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AULA 3 OBRIGA O TRIBUT RIA E RESPONSABILIDADE TRIBUT RIA

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PARTE III. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA E RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
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OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Art. 113 (CTN). A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária, tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
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OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
A OBRIGAÇÃO PRINCIPAL É SEMPRE UMA OBRIGAÇÃO DE PAGAR (TRIBUTO OU MULTA). A OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA É UMA OBRIGAÇÃO DE FAZER OU NÃO-FAZER RELACIONADA COM A ARRECADAÇÃO OU FISCALIZAÇÃO DE TRIBUTOS.
A OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E A ACESSÓRIA SÃO TOTALMENTE INDEPENDENTES. 
A OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA NÃO EXIGE LEI. 
O DESCUMPRIMENTO DE UMA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA CONVERTE-A NUMA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL QUANTO À PENALIDADE PECUNIÁRIA (MULTA).
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FATO GERADOR
FATO GERADOR OBRIG. TRIB. PRINCIPAL 
FATO GERADOR PENDENTE
É AQUELE QUE, TENDO INICIADO SOB A VIGÊNCIA DE UMA LEI ANTIGA, SÓ SE APERFEIÇOA SOB A VIGÊNCIA DE UMA NOVA LEI.
CONSEQUÊNCIA: NESSES CASOS, A OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA SOMENTE SURGE NO MOMENTO DA CONCLUSÃO DO FATO GERADOR.
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FATO GERADOR
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.
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SUJEITOS DA RELAÇÃO TRIBUTÁRIA
SUJEITO A T I V O
PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO QUE DETÉM CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA, OU SEJA, O PODER DE EXIGIR A SATISFAÇÃO DE OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS.
UNIÃO
ESTADOS
DF
MUNICÍPIOS 
AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES DE DIREITO PÚBLICO (ESSAS DUAS APENAS SE RECEBEREM CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA POR DELEGAÇÃO)
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SUJEITOS DA RELAÇÃO TRIBUTÁRIA
SUJEITO PASSIVO
PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA QUE ESTÁ SUJEITA A SATISFAZER OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS. POSSUI A CHAMADA CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA.
SUJEITO PASSIVO DE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL
PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA QUE ESTÁ SUJEITA UMA OBRIGAÇÃO DE PAGAR TRIBUTO OU MULTA (penalidade pecuniária).PODE SER DE DOIS TIPOS:
- CONTRIBUINTE OU RESPONSÁVEL.
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SUJEITOS DA RELAÇÃO TRIBUTÁRIA
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. 
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - CONTRIBUINTE, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;
II - RESPONSÁVEL, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.
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CONVENÇÕES PARTICULARES
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
EX: CLÁUSULA DE CONTRATO DE LOCAÇÃO QUE DETERMINA QUE O LOCATÁRIO ASSUMIRÁ O PAGAMENTO DO IPTU. TAL CLÁUSULA NÃO POSSUI NENHUMA VALIDADE CONTRA A FAZENDA PÚBLICA.
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SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA
Art. 124. São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal; (SOLIDARIEDADE DE FATO)
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
(SOLIDARIEDADE JURÍDICA)
PELA SOLIDARIEDADE, TODOS OS ENVOLVIDOS SÃO DEVEDORES COMUNS DA MESMA OBRIGAÇÃO PELO VALOR TODO.
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SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA
1. QUALQUER UM É DEVEDOR DE TODA A OBRIGAÇÃO PELO SEU VALOR INTEGRAL;
2. NÃO HÁ BENEFÍCIO DE ORDEM; 
3. O PAGAMENTO REALIZADO POR UM DOS OBRIGADOS APROVEITA AOS DEMAIS.
4. A ISENÇÃO OU A REMISSÃO BENEFICIA A TODOS, SALVO QUANDO CONCEDIDA EM CARÁTER PESSOAL, RESTANDO A RESPONSABILIDADE DOS DEMAIS SOBRE O SALDO;
5. A INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO EM RELAÇÃO A UM FAVORECE OU PREJUDICA OS DEMAIS.
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SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA
EX.: DÍVIDA DE IPTU: R$ 10.000,00
A = 20%
B = 50% 
C = 30%
A, B e C são devedores solidários da dívida de IPTU, pois possuem interesse comum na situação que constitui o respectivo fato gerador (a propriedade) (SOLIDARIEDADE DE FATO). PELA SOLIDARIEDADE, A FAZENDA PODE COBRAR OS R$ 10.000,00 INTEGRALMENTE DE QUALQUER UM DELES, NÃO HAVENDO BENEFÍCIO DE ORDEM. QUALQUER UM QUE PAGAR, LIBERA OS DEMAIS DA DÍVIDA PERANTE A FAZENDA. AQUELE QUE SUPORTOU UM ÔNUS MAIOR DO QUE LHE CABIA, TEM DIREITO DE REGRESSO CONTRA OS DEMAIS.
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SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA
EX.: DÍVIDA DE IPTU: R$ 10.000,00
A = 20%
B = 50% 
C = 30%
LEI X CONCEDE REMISSÃO (PERDÃO) DO IPTU APENAS PARA QUEM FOR APOSENTADO E QUE TENHA RENDA MENSAL DE ATÉ 3 SALÁRIOS MÍNIMOS. CONSIDERE QUE APENAS “A” ATENDE ESSAS CONDIÇÕES. ASSIM, A REMISSÃO NÃO FAVORECE OS DEMAIS. MAS EXCLUI A PARCELA IDEAL DA DÍVIDA DE “A” DO RESTANTE. ASSIM, “B” E “C” NÃO FORAM PERDOADOS, MAS SUA SOLIDARIEDADE PASSIVA AGORA SE DÁ APENAS SOBRE O VALOR DE R$ 8.000,00. A PARTE IDEAL DE “A” (R$ 2.000,00) É EXCLUÍDA.
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CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;
III - de estar a pessoa jurídica regularmenteconstituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.
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DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal: 
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade;
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante.
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RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
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RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL
CONTRIBUINTE = SUJ.PASSIVO DIRETO: QUEM REALIZOU
O FATO GERADOR E ESTÁ OBRIGADO AO PAGAMENTO.
RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO = SUJ.PASSIVO INDIRETO: TERCEIRO QUE NÃO REALIZOU O FATO GERADOR MAS ESTÁ POR LEI OBRIGADO AO PAGAMENTO
 POR TRANSFERÊNCIA
RESPONSABILIDADE
 TRIBUTÁRIA
 POR SUBSTITUIÇÃO
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RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA
	SITUAÇÃO EM QUE, NO MOMENTO DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR, O DEVER DE PAGAR A OBRIGAÇÃO SURGE PARA O CONTRIBUINTE, SENDO POSTERIORMENTE TRANSFERIDO PARA UM TERCEIRO EM FUNÇÃO DE UM EVENTO FUTURO.
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RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
EX.: A cada ano verificam-se novos fatos geradores do IPTU. Os sujeitos passivos são os proprietários dos imóveis, objetos da incidência tributária.
Todavia, com a morte do proprietário de um imóvel determinado, a sujeição é transferida para o espólio (conjunto de bens e direitos deixados pelo falecido). 
	Mais à frente, com a partilha dos bens, a responsabilidade é novamente transferida, desta feita para os sucessores e para o cônjuge meeiro, conforme determina o art. 131, II e III, do CTN
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RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO
	SITUAÇÃO EM QUE, DESDE A REALIZAÇÃO DO FATO GERADOR, O DEVER DE PAGAR A OBRIGAÇÃO NÃO SURGE PARA O CONTRIBUINTE, SENDO O MESMO DESDE JÁ SUBSTITUÍDO POR UM TERCEIRO DESIGNADO PELA LEI, QUE SERÁ O RESPONSÁVEL (SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO).
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RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
EX.: O exemplo mais conhecido é o da responsabilidade que a lei faz recair sobre a fonte pagadora dos rendimentos, no caso do imposto de renda das pessoas físicas. Nesse caso, no momento em que a fonte disponibiliza os rendimentos ou proventos, nasce a obrigação tributária relativa ao IRPF. O sujeito passivo já é a fonte pagadora, que possui o dever legal de efetuar a retenção e recolher o imposto devido aos cofres públicos federais.
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