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Conceitos de comércio exterior

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ASPECTOS CONCEITUAIS NO COMÉRCIO EXTERIOR 
 
Território Aduaneiro 
O Território Aduaneiro compreende todo o território nacional, estando dividido, para fins de 
jurisdição dos serviços aduaneiros, em “Zona Primária” e “Zona Secundária”. 
Zona Primária 
A Zona Primária compreende as faixas internas de portos e aeroportos, recintos alfandegados e 
locais habilitados na fronteira terrestre, bem como outras áreas nas quais se efetuem operações de 
carga e descarga de mercadorias, ou embarque e desembarque de passageiros, procedentes ou 
destinados ao exterior. 
 
Esta Zona é demarcada pela autoridade aduaneira local, ouvido o órgão ou empresa a que esteja 
vinculada a administração do porto, aeroporto ou estação de fronteira, e abrange: 
 
a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portos alfandegados; 
b) a área terrestre ocupada pelos aeroportos alfandegados; e, 
c) a área adjacente aos pontos de fronteira alfandegados. 
 
Aqui, os recintos alfandegados são os pátios, armazéns, terminais e outros locais destinados à 
movimentação e ao depósito de mercadorias importados ou destinadas à exportação, que devam 
se movimentar ou permanecer sob controle aduaneiro, assim como as áreas reservadas a 
verificação de bagagens destinadas ao exterior ou dele procedentes. Incluem-se ainda as 
dependências de lojas francas. 
 
Em tudo o que interessar à fiscalização aduaneira na Zona Primária, a autoridade aduaneira tem 
precedência sobre as demais que ali exerçam suas atribuições. 
 
São ainda consideradas como Zona Primária, para fins de controle aduaneiro, as áreas de livre 
comércio caracterizadas como Zonas de Processamento de Exportação (ZPE), destinadas à 
instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados com o exterior. 
Zona Secundária 
A Zona Secundária compreende o restante do território aduaneiro, nelas incluídas as águas 
territoriais e o espaço aéreo. 
 
Os recintos alfandegados na Zona Secundária são os entrepostos, depósitos, terminais ou outras 
unidades destinadas ao armazenamento de mercadorias importadas ou destinadas à exportação, 
que devam movimentar-se ou permanecer sob controle aduaneiro, incluindo-se também as 
dependências destinadas ao depósito de remessas postais internacionais sujeitas ao mesmo 
controle. 
Importações Definitivas 
A importação definitiva ocorre quando a mercadoria estrangeira importada é nacionalizada, 
independentemente da existência de cobertura cambial, o que significa integrá-la à massa de 
riquezas do País com a transferência de propriedade do bem para qualquer pessoa aqui 
estabelecida. 
Importações não-definitivas 
As importações não-definitivas, por seu turno, são aquelas em que, contrariamente às importações 
definitivas, não ocorre nacionalização. São os casos, por exemplo, de mercadorias importadas sob 
o regime aduaneiro especial de Admissão Temporária que, após a sua permanência no país, são 
reexportadas. 
 
Convém notar que essas importações poderão, à opção do importador, tornar-se definitivas, 
oportunidade na qual deverá ser providenciada toda a documentação pertinente e pagos os 
impostos devidos, se for o caso. Como regra geral, essas importações não se sujeitam ao 
pagamento de impostos, exceto no caso de Admissão Temporária com Utilização Econômica do 
bem no País que implicará no recolhimento proporcional calculado em razão do tempo de sua 
permanência e no prazo de vida útil considerando pela Secretaria da Receita Federal. 
Nacionalização 
A nacionalização é a seqüência de atos que transfere a mercadoria estrangeira para a economia 
nacional. Nas importações definitivas o documento que comprova a transferência de propriedade 
do bem importado é, normalmente, o conhecimento de embarque, enquanto que nas hipóteses de 
nacionalização de importações inicialmente ingressadas no País em caráter não-definitivo, outros 
documentos, tais como a fatura comercial, podem servir para comprovar a referida transferência. 
Despacho Aduaneiro de Importação 
Despacho aduaneiro de importação é o procedimento fiscal mediante o qual se processa o 
desembaraço aduaneiro de mercadoria procedente do exterior, seja importada a título definitivo ou 
não (Decreto nº 91030/85, Artigo 411). 
Sistema Integrado de Comércio Exterior - Siscomex 
O Siscomex é o instrumento administrativo que integra as atividades de registro, acompanhamento 
e controle das operações de comércio exterior, mediante fluxo único, computadorizado, de 
informações. 
 
Todos os importadores ou agentes credenciados têm à sua disposição um Software Siscomex e 
Sisbacen, com interface gráfica, para formulação dos documentos eletrônicos de importação e 
respectivas transmissões para o computador central. Na primeira etapa, colocada em vigor a partir 
de 1º de janeiro de 1997, podem ser efetuados: 
 
a) Formulação, Registro e Consulta do Licenciamento Não Automático de Importação (LI); 
b) Elaboração, Registro, Extrato e Consulta de Declaração de Importação (DI), bem como sua 
Retificação e respectivo Extrato; e, 
c) O Registro de Operações Financeiras (ROF), mediante conexão com o Banco Central do Brasil. 
 
No ano de 1998 foi criado, além do Acompanhamento do Despacho e do Débito Automático dos 
tributos, o registro de Declaração de Valor Aduaneiro (DVA). No ano seguinte, foram 
disponibilizados os módulos relativos aos registros de Declaração Simplificada Importação (DSI) e 
Licenciamento Simplificado de Importação (LSI). 
 
Com o software do Siscomex os importadores ou agentes credenciados devem ainda extrair e 
atualizar suas tabelas com os códigos necessários para o preenchimento dos referidos 
documentos e consultar a tabela de “Tratamentos Administrativos”. 
 
Após o registro do desembaraço das mercadorias no Sistema, a Secretaria da Receita Federal 
emitirá o Comprovante de Importação, aporá carimbo e assinatura e entregará o Comprovante de 
Importação ao importador ou seu representante legal. 
Estações Aduaneiras 
Estação Aduaneira pode ser: De fronteira, quando situada em Zona Primária de ponto alfandegado 
de fronteira, ou área contígua ou Interior, quando situada em Zona Secundária. 
Estação Aduaneira Interior - Eadi 
São terminais instalados em região onde houver expectativa concentração de carga de importação 
ou destinada à exportação, cuja permissão de funcionamento depende de processo licitatório 
realizado pela SRF. Conhecida como porto seco, destina-se exclusivamente a receber, sob 
controle fiscal, mercadoria importada ou a exportar, podendo nela ser executados todos os 
serviços aduaneiros, incluindo os de processamento de despacho. Como serviços conexos, além 
dos anteriormente definidos, poderão ser prestados exclusivamente em Eadi: 
 
- Etiquetagem e marcação de produtos destinados a exportação, visando sua adaptação a 
exigências do comprador; 
- Demonstração e testes de funcionamento de veículos, máquinas e equipamentos; 
- Acondicionamento e recondicionamento; 
- Montagem. 
 
Na importação, a permissionária assumirá a condição de depositária da mercadoria, a partir do 
momento em que atestar o seu recebimento em documento hábil. Além disso, deverá manter 
controles de entrada, permanência e saída de mercadoria, bem como de veículo e de unidade de 
carga, que poderão ser exigidos a qualquer tempo pela fiscalização aduaneira. 
Regimes Aduaneiros 
Nas Eadi poderão ser realizadas operações com mercadorias submetidas aos regimes aduaneiros 
comum e suspensivos (entreposto aduaneiro; admissão temporária; trânsito aduaneiro; drawback; 
exportação temporária; depósito alfandegado certificado; e, depósito especial alfandegado). 
 
Nas EAF e TRA serão admitidos igualmente os regimes citados, com exceção do entreposto 
aduaneiro.O prazo de permanência de mercadoria importada em EADI será de 75 (setenta e cinco) 
dias, contato da data de conclusão da operação de trânsito aduaneiro. Na hipótese de mercadoria 
importada submetida aos regimes especiais de entreposto aduaneiro, de depósito especial 
alfandegadoe de entreposto internacional da Zona Franca de Manaus, o prazo será aquele 
estabelecido para sua vigência. A mercadoria importada que se encontre armazenada em terminal 
alfandegado de uso público será considerada abandonada, após o discurso do prazo de: 
 
- 90 (noventa) dias, no caso de EAF e TRA, contrato do dia seguinte à data da descarga; 
- 45 (quarenta e cinco) dias, no caso de Eadi, contado do dia seguinte ao do vencimento do prazo 
de permanência normal. 
 
Consideram-se, também, abandonados, os veículos e as unidades de carga, assim entendidos os 
contêineres, reboques, semi-reboques e semelhantes e os vagões ferroviários, depois de esgotado 
o prazo de 180 (cento e oitenta) dias de permanência no terminal alfandegado de uso público, 
contato da data de sua entrada no local. 
Despacho Aduaneiro 
Despacho aduaneiro de importação é o processamento, motivado pelo importador, que tem por 
objetivo o desembaraço da mercadoria procedente do exterior, tenha esta sido importada a título 
definitivo ou não. 
 
É importante notar que, dentro desse contexto, inserem-se duas formas de despacho aduaneiro - 
consumo e não-consumo, variando, via de conseqüência, o tipo de Declaração de Importação a 
ser utilizada. As categorias das Declarações de Importação no Siscomex são: 
 
I - Mercadoria Oriunda Diretamente do Exterior para: 
a) Consumo (inclusive “Drawback”); 
b) Admissão em Entreposto Aduaneiro; 
c) Admissão em Eizof - Entreposto Internacional da ZFM; 
d) Admissão em Entreposto Industrial; 
e) Admissão Temporária; 
f) Admissão na ZFM - Zona Franca de Manaus; 
g) Admissão em Loja Franca; 
h) Admissão em ALC - Área de Livre Comércio; 
i) Admissão em DAD - Depósito Aduaneiro de Distribuição; 
j) Admissão em DEA - Depósito Especial Alfandegado; 
k) Admissão Consumo e Admissão Temporária. 
 
II - Mercadoria com Admissão Anterior para: 
a) Nacionalização de Admissão Temporária; 
b) Nacionalização de Entreposto Aduaneiro; 
c) Saída de Eizof - Entreposto Internacional da ZFM; 
d) Saída de Entreposto Industrial; 
e) Nacionalização de DEA - Depósito Especial Alfandegado; 
f) Nacionalização de DAD - Depósito Aduaneiro de Distribuição; 
g) Internação de ZFM-PI (Produtos Industrializados); 
h) Internação de ZFM-PE (Produtos Estrangeiros); 
i) Internação de ALC - Área de Livre Comércio. 
Declaração de Importação 
O despacho aduaneiro tem por base declaração formulada pelo importador, ou por seu 
representante, no Siscomex, devendo nela constar Informações Gerais (Importador, Básicas, 
Transporte, Carga, Pagamento) e Informações Específicas - Adição (Fornecedor, Mercadoria, 
Valor Aduaneiro e Métodos, Incoterms, Tributos e Câmbio). 
 
Em principio, deverá ser formulada uma única declaração de importação para cada conhecimento 
internacional de carga. Entretanto, em função do tipo do produto, da vida de transporte utilizada, da 
operação comercial e, desde que i importador se encontre em situação fiscal regular, o Chefe da 
Unidade da SRF poderá autorizar o registro de mais de uma declaração para o mesmo 
conhecimento ou de uma única declaração para vários conhecimentos, desde que assegurados os 
meios de controle aduaneiro. A exemplo do que ocorre com o Licenciamento Não-Automático, a 
Declaração de Importação deverá ser formulada no microcomputador do usuário, sem que esteja 
conectado ao computador central (off-line). Nessa fase, deverá o usuário selecionar o tipo de 
declaração e a modalidade de despacho aduaneiro que envolve a operação, conforme as opções 
disponibilizadas pelo programa do Siscomex. 
 
Prestadas as Informações Gerais, deverão ser inseridas as Informações Específicas (Adição) 
correspondente a cada mercadoria acobertada pela Declaração de Importação. Considerando-se a 
ocorrência de várias adições para uma mesma Declaração de Importação, o sistema gerará um 
número seqüencial para cada adição que ficará agregado ao número da Declaração. Em 
determinadas situações poderão ser reunidas em uma única adição mercadorias que tenham 
características comuns, tais como: NCM; Ex/Ato; Regime de Tributação; Natureza Cambial; 
Exportador; Fabricante; Licenciamento Não-Automático; Moeda na Condição de Venda, entre 
outras determinantes. 
 
Quando a(s) mercadoria(s) objeto(s) de adição estiver(em) sujeita(s) ao Licenciamento Não-
Automático, o número da Licença de Importação deverá ser informado pelo importador para que o 
Sistema faça a vinculação da Licença de Importação com a Declaração de Importação. Elaborada 
a Declaração de Importação, poderá o importador transmiti-la para o Computador Central do 
Siscomex para simples análise ou registro, observando-se que neste último caso, registrada a 
Declaração de Importação no Sistema, considerar-se-á iniciado o processo de despacho 
aduaneiro. Nos casos de transmissão para análise, exclusivamente para a verificação de erros ou 
omissões no preenchimento, não serão exigidos os dados referentes ao pagamento dos tributos. 
 
O registro da Declaração de Importação no Siscomex será efetivado mediante a sua numeração 
automática única, seqüencial e nacional, salvo qualquer irregularidade impeditiva de seu registro 
ou outro motivo identificado pela Receita Federal. 
Nomenclatura e Classificação de Mercadorias - NCM 
Concluído o período de transição do Mercosul 1991 a 1994 os países - Argentina, Brasil, Paraguai 
e Uruguai - passaram a incrementar outros mecanismos para consolidar os processo de 
integração, principalmente o estabelecimento de uma União Aduaneira. Para atingir este modelo 
de integração, faz-se necessária, além da liberação tarifária e não-tarifária no comércio de bens 
intra-regional, a manutenção de um regime tarifário comum para o comércio extra-regional. Assim, 
os atributos aduaneiros aplicados para terceiros países deverão ser uniformes para qualquer um 
dos Estados-Partes. A necessidade de uma nomenclatura unificada para ser utilizada entre os 
quatro Estados-Partes levou à criação da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), com base no 
Sistema Harmonizado. Foram procedidas as adaptações necessárias, inclusive a introdução de 
subdivisões em nível de itens, acrescentadas e codificadas após o código numérico de seis dígitos 
do Sistema Harmonizado, de sorte a obter melhor detalhamento das mercadorias e respectivas 
classificações, satisfazendo os interesses de todos os Estados-Partes. 
Admissão Temporária 
O regime aduaneiro especial de admissão temporária é o que permite a importação de bens que 
devam permanecer no País durante prazo determinado com suspensão do pagamento dos 
impostos incidentes na importação, ou com pagamento proporcional ao tempo de permanência no 
País. 
 
A aplicação do regime de admissão temporária ficará sujeita ao cumprimento das seguintes 
condições: 
 
- importação em caráter temporário e sem cobertura cambial; 
- adequação à finalidade para a qual foram importados; 
- utilização em conformidade com prazo de permanência e a finalidade constantes do ato 
concessivo. 
Trânsito Aduaneiro 
O regime especial de trânsito aduaneiro é o que permite o transporte de mercadoria, sob controle 
aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão de tributos. 
 
O regime subsiste do local de origem ao local de destino e desde o momento do desembaraço 
para trânsito aduaneiro pela repartição de origem até o momento em que a repartição de destino 
certifique a chegada da mercadoria. 
Entreposto Aduaneiro 
São admissíveis no regime quaisquer mercadorias, exceto as usadas e aquelas cuja importação 
esteja proibida por lei ou em decorrência de compromissos internacionais assinados pelo Brasil. 
 
Para a remoção da mercadoria importada da repartição alfandegária de Zona Primária até a Eadi 
onde a mercadoria será entrepostada deverá ser requerido, junto à autoridade fiscal, o Trânsito 
Aduaneiro mediante apresentação de documento chamado DTA. Concluída a remoção com a 
chegada da mercadoria na unidade de entreposto, deverá ser processado o Despacho de 
Admissão, quando então será feita a conferênciado bem, com base na fatura comercial pro forma 
e no conhecimento de embarque. A permanência de mercadoria no entreposto é onerada com a 
cobrança de taxa de armazenagem pelo permissionário, geralmente por cada período de 10 (dez) 
dias. 
 
O despacho para consumo pode abranger parte ou a totalidade dos bens entrepostados, a critério 
do importador - consignatário, ocasião em que deverá ser formulada a respectiva Declaração de 
Importação e pagos os correspondentes impostos calculados com base nas alíquotas vigentes na 
data de registro da DI, adotando-se a taxa de câmbio do mesmo período. 
Revisão Aduaneira 
Revisão Aduaneira é o ato pelo qual a autoridade fiscal, após o Desembaraço Aduaneiro, 
reexamina o Despacho Aduaneiro, com a finalidade de verificar a regularidade da importação 
quanto aos aspectos fiscais e inclusive o cabimento de benefício fiscal. 
 
Verificada, em ato de revisão, diferença de tributos ou irregularidades cuja prova permaneça na 
declaração, nos documentos que a instruem ou em processo correlato, será adotado o 
procedimento fiscal cabível para fins de recolhimento do que for devido. 
 
A revisão aduaneira poderá ser realizada enquanto não decair o direito da Fazenda Nacional de 
constituir o Crédito Tributário que, conforme prescreve o Código Tributário Nacional, é de 5 (cinco) 
anos a contar da data de registro da Declaração de Importação. Expirado esse prazo, sem 
pronunciamento da autoridade competente, o lançamento será considerado homologado e o 
crédito definitivamente extinto, salvo se comprova a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. 
Imposto de Importação - II 
O imposto incide sobre mercadorias estrangeiras, assim como sobre aquelas definidas no artigo 84 
do Regulamento Aduaneiro, aprovado pelo Decreto nº 91.030/85, tendo como fato gerador a 
entrada de qualquer uma dessas mercadorias no território aduaneiro. 
 
Apesar de serem mercadorias estrangeiras, o Regulamento Aduaneiro exclui da incidência as 
seguintes situações: 
 
a) mercadoria corretamente declarada que chegar ao País por erro manifesto ou comprovado de 
expedição, e que for redestinada ao exterior; 
b) mercadoria em substituição a outra anteriormente importada que tenha se revelado, após o 
despacho aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava; 
c) mercadoria que tenha sido objetivo da pena de perdimento; e, 
d) mercadoria devolvida ao exterior antes do registro da Declaração de Importação. 
 
Para efeito de cálculo do imposto, considera-se o fato gerador na data de registro da Declaração 
de Importação de mercadoria despachada para consumo. 
O Regulamento Aduaneiro que não constitui fato gerador do imposto: 
 
a) retorno de exportação temporária; 
b) reimportação de mercadoria enviada ao exterior em consignação e não vendidas nos prazos 
autorizados; por defeito técnico que exija a sua devolução para reparo ou substituição; quaisquer 
motivos alheios à vontade do exportador; 
 
A base de cálculo do imposto é: 
 
a) quando a alíquota for específica, a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida 
indicada na Tarifa Externa Comum (TEC); 
 
A Taxa de Câmbio para a conversão de valores expressos em moedas estrangeiras, para efeito da 
tributação de mercadorias importadas, será a fixada no Siscomex para o respectivo dia. 
 
As alíquotas do Imposto de Importação se encontram especificadas na Tarifa Externa Comum - 
AEC, que se apóia na codificação da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM. 
 
As isenções ou reduções do Imposto de Importação são concedidas através de leis, podendo ser 
vinculadas à qualidade do importador ou à destinação dos bens. 
 
O pagamento do Imposto de Importação devido, é efetuado mediante débito automático na conta 
corrente indicada na DI, junto a agência habilitada de banco integrante da rede arrecadatória de 
receitas federais, por meio de DARF ELETRÔNICO, no momento do registro da Declaração de 
Importação. 
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI 
O imposto incide sobre produtos industrializados, e tem como fato gerador, entre outras hipóteses, 
o desembaraço aduaneiro daqueles produtos de procedência estrangeira. 
 
Salvo disposição especial do regulamento, o imposto será calculado mediante a aplicação da 
alíquota do produto, constante da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados 
- TIPI, sobre o valor que servir ou que serviria de base para cálculo do tributo aduaneiro, por 
ocasião do despacho de importação, acrescido do montante desse tributo e dos encargos cambiais 
efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis. 
 
Aplicam-se ao pagamento do referido imposto os mesmos procedimentos estabelecidos para o 
débito em conta do Imposto de Importação apurados por ocasião do registro da Declaração de 
Importação.

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