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FACULDADE SANTO AGOSTINHO-FSA

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FACULDADE SANTO AGOSTINHO-FSA
CURSO: ENFERMAGEM
DISCIPLINA: PARASITOLOGIA
PROFESSOR: FRANCISCO ADALBERTO
 DOENÇAS PARASITÁRIAS
NOVEMBRO/2013
ACADÊMICAS:
Dhenise Mikaelly;
Kerolayne Lopes;
Thayná Rodrigues.
Descrição
A teníase, popularmente conhecida como “solitária”, é uma doença causada pela presença da forma adulta de Taenia solium ou Taenia saginata no intestino delgado do homem. Estes vermes são cestódeos que apresentam o corpo em forma de fita, sendo que a T. solium pode atingir cerca de 8 m de tamanho e a T. saginata, 12 m. O suíno e o bovino são os hospedeiros intermediários da T. solium e T. saginata, respectivamente.
A cisticercose humana é causada pela presença de formas larvárias da T. solium nos tecidos. 
Sinonímia
Teníase- Solitária
Cisticercose- Lombriga na cabeça
Solitária
Lombriga na cabeça
Agente etiológico
A Taenia solium é a tênia da carne de porco e a Taenia saginata é a da carne bovina. Esses dois cestódeos causam doença intestinal (Teníase) e os ovos da T. solium desenvolvem infecções somáticas (Cisticercose).
Reservatório
O Homem é o único hospedeiro definitivo da forma adulta da T. solium e da T. saginata. O suíno doméstico ou javali é o hospedeiro intermediário da T. solium e o bovino é o hospedeiro intermediário da T. saginata, por apresentarem a forma larvária (Cysticercus cellulosae e C. bovis, respectivamente) nos seus tecidos.
Modo de transmissão
A teníase é adquirida pela ingesta de carne de boi ou de porco mal cozida, que contem as larvas. Quando o homem acidentalmente ingere os ovos de T. solium, adquire a Cisticercose. A Cisticercose humana por ingestão de ovos de T. saginata não ocorre ou é extremamente rara.
Período de incubação
Cisticercose humana- Varia de 15 dias a anos após a infecção. 
Teníase- Cerca de 3 meses após a ingesta de larva, o parasita adulto já é encontrado no intestino delgado humano.
Período de transmissibilidade
Os ovos das tênias permanecem viáveis meses no meio ambiente, contaminado pelas fezes de humanos portadores de Teníase.
Complicações
Teníase- Obstrução do apêndice, colédoco, ducto pan-creático.
Cisticercose- Deficiência visual, loucura, epilepsia.
Diagnóstico
Clínico, epidemiológico e laboratorial. 
Exames parasitológicos de fezes.
Tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética.
A biópsia de tecidos. 
Diagnóstico diferencial
Na neurocisticercose, deve-se fazer o diagnóstico diferencial com distúrbios psiquiátricos e neurológicos ( principalmente epilepsia por outras causas).
Tratamento
Teníase- Mebendazol: 200mg, 2 vezes ao dia, por 3 dias, VO; Niclosamida ou Clorossalicilamida: adulto e criança com 8 anos ou mais, 2g, e crianças de 2 a 8 anos, 1g, VO, dividida em tomadas; Praziquantel, VO, dose única, 5 a 10mg/kg de peso corporal; Albendazol, 400mg/dia, durante 3 dias.
Neurocisticercose- Praziquantel, na dose de 50mg/kg/dia, durante 21 dias, associado à Dexametasona, para reduzir a resposta inflamatória, consequentemente à morte dos cisticercos. Pode-se, também usar Albendazol, 15mg/dia, durante 30 dias, dividida em 3 tomadas diárias, associado a 100mg de metilpredinisolona, no primeiro dia de tratamento, a partir do qual se mantém 20mg/dia, durante 30 dias. O uso de anticonvulsivantes, às vezes, se impõe, pois cerca de 62% dos pacientes desenvolvem epilepsia secundária ao parasitismo do SNC.
Características epidemiológicas
No Brasil a Cisticercose tem sido cada vez mais diagnosticada principalmente nas regiões Sul e Sudeste, tanto em serviços de neurologia e neurocirurgia, quanto em estudos anatomopatológicos. A baixa ocorrência de Cisticercose nas regiões norte e nordeste, pode ser explicada pela falta de notificação ou porque o tratamento dos individuos acomentidos é realizado em grandes centros, o que dificulta identificar a procedência do local da infecção.
Vigilância epidemiológica
Não é doença de notificação compulsória. Entretanto, os casos diagnosticados de Teníase e neurocisticercose devem ser informadosaos serviços de saúde, visando mapear as áreas afetadas, para que possa adotar as medidas sanitárias indicadas. 
Medidas de Controle
Trabalho educativo para a população;
Bloqueio de foco do complexo Teníase/Cisticercose;
Inspeção sanitária da carne;
Fiscalização de produtos de origem vegetal;
Cuidados na suinocultura;
Isolamento;
Desinfecção concorrente.
Referências Bibliográficas
Ministério da Saúde. (2010). Doenças Infecciosas e Parasitárias. Brasília-DF: SAÚDE.
 NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 11ª ed. São Paulo: Atheneu, 2011.
Atlas de Parasitologia Clinica e doenças infecciosas do Sistema digestivo. (2005). Acesso em 6 de 11 de 2013, disponível em Parasitologia Clinica: http://www.parasitologiaclinica.ufsc.br

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