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DIREITO EMPRESARIAL Professor: Prof. Me. Fernando Passos fernando@pss.adv.br Assistente: Prof. Me. José Branco Peres brancoperes@hotmail.com Aula 02 – 01/02/2016 e 02/02/2016 AULA DE HOJE Origem do Comércio; Sociedades Primitivas e o Comércio; Tempos Antigos e o surgimento do comércio; Idade Média e o desenvolvimento do comércio; Para relembrar: Antiguidade: 4.000 a. C. (Surgimento da Escrita) até 476 d. C. (Queda do Império Romano do Ocidente) Idade Média: 476 d. C até 1.453 d. C. (Conquista de Constantinopla pelos Turcos) Idade Moderna: 1.453 até 1.789 (Revolução Francesa) Idade Contemporânea: 1.789 até os dias de hoje. Origem do Comércio CIRCULAÇÃO RISCO (SEMPRE ESPECULATIVO) Mercadoria INTERMEDIADOR Origem do Comércio CIRCULAÇÃO RISCO (SEMPRE ESPECULATIVO) O Lucro serve para fazer frente aos riscos da Atividade. Mercadoria INTERMEDIADOR Sociedades Primitivas e seus Produtos Primeira etapa do processo de desenvolvimento humano. Produto do trabalho: caça, pesca, colheita de produtos nativos e início da agricultura. Eventuais excessos de produção eram desperdiçados. Sociedades primitivas desconheciam o comércio. Sociedades Primitivas e o Excedente de Produção Excesso de Produção. Troca entre comunidades. Escambo. Embrião do Comércio. Aparecimento do Profissional da Troca Surgimento do padrão de troca: valorar mercadorias e facilitar negociações. Padrões de Troca: gado, sal, cobre, ouro, prata, e outros, até chegarmos a moeda metal. Comércio nas Sociedades Primitivas Regra: inexistia Direito Comercial. Porém há indícios legislativos que no Império Babilônico (626 a. C. à 539 a. C.) havia práticas comerciais, como: Empréstimo a juros, Contrato de depósito, Contrato de sociedade e Contrato de comissão. Código de Hamurabi (1.772 a. C.) (http://www.culturabrasil.org/zip/hamurabi.pdf) Ausência de leis específicas Tempos Antigos e o Comércio Fenícios: (século XVI e X a. C.): importância no comércio marítimo entre a Ásia e Costa de Mediterrâneo. Gregos – (destaque no comércio marítimo): Nauticum Foenus: conhecido como empréstimo a risco ou câmbio marítimo “trapezistas”. (Texto: Contrato de Câmbio Marítimo disponível na Uniara Virtual) Ilhas de Rodes - Leis Ródias: usos e costumes dos comerciantes na Ilha de Rodes foram compilados. Os Romanos e o Comércio Romanos – período 27 a. C. a 476 d.C. Normas existentes à época: - cidadãos romanos (não praticavam comércio): jus civile (sem regras comerciais) - estrangeiros (praticavam o comércio junto com escravos) - jus gentium. - Observação: Condenação à usura. CONTRATOS COMERCIAIS MAIS CONHECIDOS NOS TEMPOS ANTIGOS Cessio bonorum – o comerciante insolvente – execução apenas dos seus bens com o desapossamento dos mesmos para venda em hasta pública. (origem romana) Nauticum Foenus – financiamento de navios comerciais, sendo que o investidor assumia o risco mediante participação vantajosa nas vendas das mercadorias trazidas ou cobrança de juros (prática grega, fenícia e romana. Lex Rhodia de Jactu – quando o navio estivesse em perigo e o Capitão fosse obrigado a lançar ao mar as mercadorias, o prejuízo seria dividido entre os proprietários das mercadorias e do navio proporcionalmente. Comércio na Idade Média Período século V ao XV. Desenvolvimento do Comércio Marítimo e Cruzadas. Surgimento dos Contratos de Comenda. Mercados e Feiras – comércio terrestre, surgimento das cidades e o papel do Estado. Corporações de Comércio. Comércio Marítimo na Idade Média - Os comerciantes financiaram os corajosos planos de navegação para o Oriente após a tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453 (dificultou o comércio terrestre). - Visavam restabelecer a ligação direta com o Oriente, para terem acesso a produtos como: as sedas, as porcelanas chinesas, os tapetes da Pérsia, as pedras preciosas, o marfim, os perfumes e as especiarias da Índia. Ligação perdida com a queda da Constantinopla. Cruzadas Período 1.095 a 1.291 Estabeleceram uma via de comunicação da Europa Feudal com o Oriente. - Permitiram a criação de um fluxo comercial, introdução de várias mercadorias orientais na Europa. - Possibilitaram o progresso intelectual necessário para o desenvolvimento das grandes navegações. Surgimento do Contrato de Comenda - Contratos que originaram as sociedades em comandita. - Os nobres forneciam dinheiro aos capitães de navio, para que estes praticassem atividades comerciais nas expedições; se obtivessem lucro, este seria repartido entre eles, e em caso de prejuízo, os emprestadores de capitais perderiam o montante investido. - Assim a nobreza passou a praticar, indiretamente, o comércio, já que à época tal atividade era considerada infame. Mercados e Feiras Segundo Fran Martins: Os mercados eram locais fixos nas cidades, em que os agricultores compareciam com seus produtos, vendendo-os e adquirindo bens ou produção. As Feiras reuniam comerciantes de várias regiões (algumas distantes), em certos dias e cidades (em média de 03 em 03 meses) e duravam dias, para fazerem as trocas dos produtos. O Estado, usufruía dos impostos nas feiras, estimulava-as e criava normas especiais de garantia para os comerciantes que a elas aderissem. Principais Mercados e Feiras As principais feiras ficavam nas regiões de Champagne, na França, na atual Itália (Gênova e Veneza) e em Flanders (atual Bélgica). As feiras foram responsáveis pelo surgimento e desenvolvimento de várias cidades européias, como a cidade de Lyon (França), Gênova e Veneza (Itália) . Das Corporações Reunião de comerciantes: visando diminuir os riscos da atividade. Características: Exército próprio; Juízes Próprios (Cônsules) e Normas Próprias. Estado reconhecia a legitimidade das corporações e respaldava as decisões consulares. Direito Comercial de uma classe (egoísta e corporativo). Dos Estatutos das Cidades Características: elaboradas pelos próprios comerciantes (codificando os usos e costumes da região). o Estado não influenciava na compilação, mas reconhecia a norma em seu território. normas mais claras e objetivas atraiam mais o comércio, tornando a região mais rica e poderosa. acordos entre cidades, (regras comerciais semelhantes) facilitavam o comércio entre as mesmas (embrião dos tratados de direito internacional). Característica do direito comercial). Principais Estatutos das Cidades BARCELONA (Consulado do Mar) FRANÇA ( Rôles de Oléron) AMALFI (Tabla Amalfitana) FRANÇA SÉC. XVI (Guidon de La Mer) PAÍSES NÓRDICOS – Leis de Wisby PISA (Breve Consulum Mares) VENEZA (Capitulares Nauticum) Obs: Leiam o texto “O Direito Comercial e as Compilações Mercantis na Idade Média” disponível na Uniara Virtual. Ordenanças Francesas Surge o estado como agente normatizador do direito comercial. Respeito aos usos e costumes. Ordenanças francesas terrestres em 1673, Código de Savary. Ordenanças francesas marítimas em 1681. Código Comercial de Napoleão 15 de setembro de 1807 com a Adoção da Teoria dos Atos de Comércio, com vigência em 01/01/1808. (Nova Fase do Direito Comercial) Estado assume papel normatizador respeitando os usos e costumes. Divisão do Código de Napoleão Livro I – Do Comércio em geral. Livro II - Do Comércio Marítimo Livro III – Das Quebras e Bancarrotas (acrescido em 1838) Livro 04 – Da Jurisdição Comercial. Sugestão de Leitura: O Código Napoleão e sua Influência no Direito Brasileiro" do Professor e Desembargador do TJ-RJ Dr. Sylvio Capanema de Souza. Influência do Código Comercial de Napoleão Adoção do mesmo sistema em outros países Haiti em 1820 Espanha em 1829 Portugal em 1833 Brasil em 1850 México em 1854 Itália em 1865 Código Comercial Brasileiro Lei 556, de 25 de junho de 1850. Divisão do Código Comercial Brasileiro PARTE PRIMEIRA - DO COMÉRCIO EM GERAL PARTE SEGUNDA - DO COMÉRCIO MARÍTIMO PARTE TERCEIRA - DAS QUEBRAS ÚLTIMA PARTE - DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA NOS NEGÓCIOS E CAUSAS COMERCIAIS Lei na íntegra: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l0556-1850.htm Regulamento n° 737 de 1850 Art. 19. Considera-se mercancia: § 1º A compra e venda ou troca de effeitos moveis ou semoventes para os vender por grosso ou a retalho, na mesma especie ou manufacturados, ou para alugar o seu uso. § 2º As operações de cambio, banco e corretagem. § 3º As emprezas de fabricas; de com missões ; de depositos ; de expedição, consignação e transporte de mercadorias; de espectaculos publicos. § 4.º Os seguros, fretamentos, risco, e quaesquer contratos relativos ao commercio maritimo. § 5. º A armação e expedição de navios.
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