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CURSO BASICO ESCRITA FISCAL 2014

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CURSO BÁSICO
DE
ESCRITA FISCAL
Professor Alessandro do Prado Marin
Apoio: 
			 	 
		2014
Goiânia
71
MARIN – Assessoria Contábil & Capacitação Profissional 
Contato: (062) 3288-4782 / (062) 9916-1657
E-mail: Alessandro.p.marin@hotmail.com
www.contabilidademarin.com.br
Palestrante
Alessandro do Prado Marin, Bacharel em Ciências Contábeis pela Uni Goiás, Especialista em Auditoria e Análise de Balanço pela PUC-GO, com 14 anos de experiência como Analista Financeiro pela VIVO, um ano como professor de capacitação profissional pela Microlins, sete anos de experiência na docência no ensino superior, no ensino presencial conectado pela UNOPAR, no ensino presencial pela Faculdade Delta e pela PUC de Goiás, além de experiências como Contador e Consultor Empresarial pela Marin - Assessoria Contábil & Capacitação Profissional. Atua também na capacitação profissional para inclusão no mercado de trabalho em parceria com a Faculdade Delta e a Netspeed Sistemas.
Empresa
MARIN - Assessoria Contábil & Capacitação Profissional
 Somos um Escritório de Contabilidade Moderno. Trabalhamos dois pilares: 
Assessoria Contábil e Capacitação Profissional. 
Missão
Transformar empresários em grandes empreendedores, que de forma sustentável farão diferença em um mercado globalizado e competitivo, através do registro e controle patrimonial adequado às normas internacionais de contabilidade, que possibilitarão à tomadas de decisões coerentes rumo a excelência no Resultado Econômico, conseqüentemente criando valor e retorno financeiro para Empresa.
Visão
 Ser reconhecida como a Melhor Empresa na prestação de serviço de assessoria contábil e capacitação profissional do Brasil, garantindo a continuidade de cada parceiro com uma cultura inovadora e eficiente, com mão de obra qualificada.
Valores
 Ética Profissional - é a base do nosso trabalho, o respeito e o cumprimento da legislação.
 Responsabilidade Socioambiental - é o nosso compromisso em superar todas as expectativas dos nossos parceiros, bem como o respeito ao meio ambiente com a considerável economia sustentável de papel com a digitalização dos documentos e utilização dos meios virtuais de informação.
 Qualidade - Prestação de Serviços de Assessoria Contábil com Excelência é o nosso Modelo de trabalho. Atender as exigências legais, oferecer capacitação, assessoria com soluções inovadoras, inteligentes e modernas.
 Simplicidade - Não abrimos mão de um contato personalizado a cada parceiro, de forma simples, com uma linguagem clara e objetiva, a fim de atender individualmente, adequando a cada cultura organizacional, para juntos nesta simplicidade atingirmos nossos objetivos da parceria.   
Sumário
01 - Escrituração 
Escrituração Fiscal
Livro Diário
Livro Razão
02 - Documentos Comerciais
Nota Fiscal
Cupom Fiscal
Nota Fiscal Modelo 1
Nota Fiscal Modelo 1A
Nota Fiscal de Venda ao Consumidor Modelo 2
Fatura 
Duplicata
Nota Promissória
RPA
03 - Noções de Tributos
Tributos
Tipos de Tributos
Impostos: Diretos e Indiretos.
Taxas
Contribuições
Contribuições para melhoria
Empréstimos Compulsórios
Competência dos Impostos:
Federais
Estaduais
Municipais
04 - Bases Conceituais dos Impostos
Contribuinte
Fato Gerador
Base de Cálculo
Alíquotas
05 - Enquadramento Tributário das Empresas
Lucro Presumido
Lucro Real
Lucro Arbitrado
Simples Nacional
06 – Noções de Legislação do ICMS
ICMS normal
ICMS Substituição tributária
07 - Codificação Fiscal das Mercadorias
CFOP
CST
NCM
08 – Nota Fiscal
Conceito de Nota Fiscal Eletrônica
Conceito de DANFE
09 - Modelos de Notas Fiscais
Nota Fiscal Eletrônica
Nota Fiscal de Serviço
Nota Fiscal de prestação de serviço de comunicação e energia
		
10 - Sistemas de Integração Fiscal
Conceito e Funcionamento do SINTEGRA.
Conceito e Funcionamento do SPED.
	
	
01 - ESCRITURAÇÃO
ESCRITURAÇÃO
É o nome dado ao conjunto de procedimentos que possibilita a análise e o controle do patrimônio das entidades.
O conjunto de todos os lançamentos realizados pela empresa, por sua vez, é o que pode ser definido, finalmente, como processo de escrituração.
Durante muito tempo este processo foi realizado manualmente. Por isso os contadores foram apelidados de guarda-livros. Mais tarde, com o surgimento das máquinas de contabilidade, os livros manuscritos foram substituídos por fichas, que ao final do processo também eram encadernadas.
Com a microinformática as rotinas contábeis se deram por meios eletrônicos.
ESCRITURAÇÃO FISCAL
Para elaboração das demonstrações contábeis, como o Balanço Patrimonial se faz necessário realizar a escrituração de todos os fatos ocorridos na empresa. Para escrituração dos fatos temos livros obrigatórios de registro destes fatos. Tudo começa com o lançamento em livro diário.
Os fatos referentes, a entradas e saídas de notas fiscais, chamaram de Escrituração Fiscal.
É por esta escrituração que chegaremos ao fato gerador dos impostos nas empresas. Algumas empresas serão tributadas pela Receita Bruta de Vendas ou da Prestação de Serviços e outras serão tributadas pelo Resultado Bruto das Vendas ou Prestação de Serviços.
LIVRO DIÁRIO:
Os lançamentos são realizados por ordem de data. Com este livro é possível manter atualizados todos os fatos incorridos na entidade de forma segura, especialmente Operações que envolvem a disponibilidade da empresa e a composição dos estoques.
LIVRO RAZÃO:
Neste livro os lançamentos serão registrados de forma individual por contas. Assim, será possível analisar tanto contas patrimoniais, como contas de resultado, com seus devidos saldos facilitando a tomada de decisão.
Observações:
- Os livros devem ser encadernados;
- As páginas devem ser numeradas seqüencialmente;
- Devem possuir termo de abertura e encerramento, com a assinatura do profissional responsável e do representante da entidade;
- Devem ser registrados no órgão competente.
02 - DOCUMENTOS COMERCIAIS
Toda e qualquer transação comercial deve ser registrada e formalizada através de algum documento comprobatório. Desta forma, pode-se afirmar que a contabilidade utiliza-se destes documentos para elaborar seus relatórios. Seguem os principais documentos comerciais:
NOTA FISCAL
Trata-se de um documento comercial que comprova a circulação de mercadorias e serviços.
Deve ser emitida sempre que ocorrem operações como: Vendas, Transferências, Devoluções, entre outras.
Existem modelos de notas fiscais, dentre elas destacamos o modelo 1, modelo 2 (venda ao consumidor) e o cupom Fiscal.
CUPOM FISCAL: É o documento mais utilizado. Substitui as notas fiscais do modelo 1 e 2, sendo emitido por equipamento apropriado, denominado ECF – (Equipamento Emissor de Cupom Fiscal). Obrigatório em empresas com faturamento superior aos R$ 10.000,00 ao mês, ou superior aos R$ 60.000,00 acumulados no semestre.
NOTA FISCAL MODELO 1: Trata-se do documento que foi emitido devido à venda de mercadorias. Pode ser utilizado como documento comprobatório de transações entre empresas, e entre empresa e consumidor final. Utilizado nas atividades industriais.
NOTA FISCAL MODELO 1A: Trata-se do documento que foi emitido devido à venda de mercadorias. Pode ser utilizado como documento comprobatório de transações apenas entre empresa e consumidor final. Utilizados somente para atividades comerciais.
NOTA FISCAL DE VENDA AO CONSUMIDOR - MODELO 2: Trata-se de uma nota fiscal do modelo 1A, porém simplificada. Tem o objetivo de atender ao consumidor final, e em geral utilizado para substituir o cupom fiscal.
FATURA: Tem como objetivo principal relacionar as notas fiscais que correspondem a determinadas compras e seus respectivos vencimentos. Deve ser emitida sempre que ocorrem vendas a prazo. Pode estar relacionada a mais de uma nota fiscal. 
DUPLICATA: Trata-se da cópia da fatura, pois seu conteúdo corresponde aos dados de uma fatura. Tem o objetivode comprovar a efetividade de um direito (para o fornecedor) ou obrigação (para o comprador). Desta forma é um título de crédito emitido através da comercialização de um produto ou serviço à prazo.
NOTA PROMISSÓRIA: É um documento utilizado para garantir ao credor (fornecedor) o recebimento de determinado valor do devedor (cliente). Trata-se de um título de crédito próprio para operações financeiras, chamada de promessa de pagamento. Pode ser emitida por pessoa física ou jurídica. Possibilita o envolvimento de uma terceira pessoa chamada de Avalista, que nada mais é do que a pessoa que se compromete a pagar o valor da nota promissória caso o devedor não pague. 
RPA – RECIBO DE PAGAMENTO A AUTÔNOMO: É um recibo utilizado por profissionais autônomos não vinculados a uma pessoa jurídica, como jardineiros, eletricistas, encanadores, e outros.
03 - NOÇÕES DE TRIBUTOS
TRIBUTO é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda, ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito. A União, Estados e Municípios e o Distrito Federal podem, por Lei, instituir os tributos de sua competência. Essa competência é dada pela Constituição Federal.
RECEBE 						PAGA
Sujeito Ativo 						Sujeito Passivo
- União 						- Pessoa Física
- Estados 						- Pessoa Jurídica
- Distrito Federal
- Municípios
Divisão de espécies de Tributos:
Os tributos são divididos em 5 espécies, assim divididos:
IMPOSTOS – Serve para atender as necessidades gerais da Coletividade. O
benefício não é individual, e sim para a toda a comunidade.
TAXAS – Utilizadas para retribuir o ônus inerente ao exercício regular do poder de polícia1 e os serviços específicos e divisíveis (coleta de lixo, licenciamento de veículos, taxa de inspeção sanitária, etc).
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA – São aquelas instituídas em razão de
valorização do particular, em função da realização de uma obra pública. (Prefeitura construiu uma Praça próxima de um terreno particular e valoriza o local do particular).
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – São instituídos visando atender as
calamidades públicas ou guerra externa e investimento público relevante para o
interesse nacional.
CONTRIBUIÇÕES – Que objetivam a regulamentação da economia, os
interesses de categorias profissionais e o custeio da seguridade social e educacional.
Classificações de IMPOSTOS: DIRETOS e INDIRETOS.
DIRETOS, são aqueles em que o valor econômico da obrigação tributária é
suportado exclusivamente pelo contribuinte sem que o ônus seja repassado para terceiros. Os impostos diretos incidem sobre o patrimônio e a renda, e são considerados tributos de responsabilidade pessoal. Exemplo : IRPF, IRPJ, IPTU, ITR, IPVA e etc.
INDIRETOS, são aqueles em que a carga financeira decorrente da obrigação
tributária é transferida para terceiros ficando sujeito passivo obrigado a recolher o respectivo valor, mas o ônus fica transferido para outrem. Os impostos indiretos são aqueles que incidem sobre a produção e a circulação de bens e serviços e são repassados para o preço, pelo produtor,vendedor ou prestador de serviço. Exemplo : IPI, ICMS, ISS, COFINS e etc.
O Sistema Tributário de Arrecadação, ou seja, a arrecadação dos tributos divide-se em : Federal, Estadual e Municipal.
Os Impostos e Contribuições possuem as seguintes competências:
Competência FEDERAL
IPI – Imposto Produtos Industrializados
PIS/PASEP – Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público
COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
SIMPLES - Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das
Microempresas e das Empresas de pequeno Porte
Competência ESTADUAL
ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
Competência MUNICIPAL
ISSQN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
NOTA
“O Distrito Federal, de acordo com a constituição Federal, possui a competência tributária para instituir todos os tributos de competência dos estados e municípios.”
 
04 - BASES CONCEITUAIS DOS IMPOSTOS
Contribuinte : É a pessoa física ou jurídica que por ter relação direta com o fato gerador, a lei atribui a obrigação de recolher o imposto.
ICMS - É qualquer pessoa física ou jurídica que realize operações
relativas a circulação de mercadorias ou preste serviço de transporte
intermunicipal e interestadual e comunicação.
IPI - É qualquer pessoa jurídica que execute operações de
industrialização.
ISS - É o prestador de serviços.
Fato Gerador : Motivo da Incidência do Tributo.
ICMS - Na saída da mercadoria do estabelecimento contribuinte ou
no início da prestação de serviço de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação.
IPI - Na saída do produto industrializado do estabelecimento industrial ou
equiparado a industrial.
ISS - Quando ocorre a prestação de serviços , por empresa ou profissional
autônomo, com ou sem estabelecimento fixo.
Base de Cálculo : Conjunto de Valores, utilizado para cálculo de Tributos.
ICMS - Para estabelecimento de comercialização e industrialização
integra a base de cálculo o valor dos produtos, mais as despesas
acessórias (frete e seguro) menos descontos incondicionais. Quando se
destinar a uso e/ou consumo próprio ou ativo imobilizado do destinatário o
IPI integra a base de cálculo do ICMS.
IPI - A base de cálculo do IPI é o valor do produto, mais o valor do frete e
das demais despesas acessórias. No caso de mercadoria recebida do
exterior, o Imposto de Importação também integra a base de cálculo.
ISS – É o valor do serviço prestado.
Alíquota : Percentual aplicado sobre a base de cálculo, resultando assim o tributo para o recolhimento.
IPI - As alíquotas do IPI e suas respectivas classificações fiscais
constam na TABELA DE INCIDÊNCIA – TIPI, Decreto 6.006 de 28 de
dezembro de 2006.
ISS - A alíquota serviços prestados é estabelecida conforme Lei
Municipal, podendo variar de 2 a 5% conforme Emenda Constitucional nº 33/2002.
ICMS – Operações ou Prestações Internas – verificar a alíquota interna do produto: 7%; 12%; 18% ou 25% - no caso de importação aplica-se a alíquota interna.
Operações ou Prestações Interestaduais que destinarem mercadorias ou serviços a contribuintes localizados nos Estados da regiões NORTE, NORDESTE, CENTROOESTE e no Estado do ESPÍRITO SANTO.................................................................7%
Operações ou Prestações Interestaduais que destinarem mercadorias ou serviços a contribuintes localizados nos Estados das regiões Sul e Sudeste..............................12%
Operações INTERESTADUAIS para NÃO-CONTRIBUINTES:
Utilizar a alíquota interna do Produto..........................................7%, 12%; 18% ou 25%
Todas Notas Fiscais de ENTRADAS de operações INTERESTADUAIS com destino ao Estado de SÃO PAULO – SP a alíquota será de..........................................................12%
Quando se tratar de retornos e devoluções, aplica-se a alíquota da operação original.
NÂO CONTRIBUINTE: É a pessoa física, órgãos governamentais, associações de classe, sociedade civil e construtoras.Quando a pessoa jurídica adquire mercadoria para uso e/ou consumo próprio (uso na manutenção e conservação), é considerada como não contribuinte.
05 - ENQUADRAMENTO TRIBUTÁRIO
LUCRO PRESUMIDO
O imposto de renda com base no lucro presumido é determinado por períodos de apuração trimestrais, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.
Via de regra, a opção é manifestada com o pagamento da primeira quota ou quota única do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração, sendo considerada definitiva para todo o ano-calendário (RIR/1999, art. 516, §§ 1o e 4o).
As pessoas jurídicas que tenham iniciado suas atividades ou que resultaremde incorporação, fusão ou cisão, ocorrida a partir do segundo trimestre do ano-calendário, poderão manifestar a sua opção por meio do pagamento da primeira ou única quota relativa ao trimestre de apuração correspondente ao início de atividade (RIR/1999, art. 517).
Podem optar as pessoas jurídicas:
- cuja receita bruta total tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), no ano-calendário anterior, ou a R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo número de meses em atividade no ano-calendário anterior (Lei nº. 10.637, de 2002, art. 46); e 
- que não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real em função da atividade exercida ou da sua constituição societária ou natureza jurídica. 
Considera-se receita bruta total a receita bruta de vendas somada aos ganhos de capital e às demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas não compreendidas na atividade. 	A opção pelo lucro presumido deverá ter sido informada na DCTF.
Para efeito da verificação do limite, considera-se como receita bruta total o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia, acrescidos das demais receitas, tais como, rendimentos de aplicações financeiras (renda fixa e variável), receita de locação de imóveis, descontos ativos, variações monetárias ativas, juros recebidos como remuneração do capital próprio etc. e dos ganhos de capital (RIR/1999, arts. 518, 519 e 521).
Nos casos em que a Pessoa Jurídica iniciou as atividades ou submeteu-se a algum processo de incorporação, fusão ou cisão durante o curso do ano-calendário anterior, o limite a ser considerado será proporcional ao número de meses em que esteve em funcionamento no referido período. Deverá ser multiplicado o valor de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) pelo número de meses em que esteve em atividade, para efeito de verificação do limite em relação à receita bruta total (Lei no 9.718, de 1998, art. 13).
A base de cálculo do imposto e adicional no regime do lucro presumido será o montante determinado pela soma das seguintes parcelas:
- valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção de lucro (variáveis conforme o tipo de atividade operacional exercida pela pessoa jurídica) sobre a receita bruta auferida nos trimestres encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário (RIR/1999, art. 518 e §§ 1º ao 6º do art. 519); 
- ao resultado obtido na forma do item 1, anterior, deverão ser acrescidos: 
- os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras (renda fixa e variável); 
- as variações monetárias ativas; 
- todos demais resultados positivos obtidos pela pessoa jurídica, inclusive os juros - recebidos como remuneração do capital próprio, descontos financeiros obtidos e os juros ativos não decorrentes de aplicações, e outros como: 
- os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas; 
- os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão; 
- a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica; 
- os juros equivalentes à taxa Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados; 
- o valor correspondente ao lucro inflacionário realizado no período em conformidade com o disposto no art. 36 da IN SRF nº. 93, de 1997. 
- multas e outras vantagens por rescisão contratual; 
- os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, salvo se o contribuinte comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se submetido à tributação com base no lucro real, ou que tais valores se refiram ao período a que tenha se submetido ao lucro presumido ou arbitrado (RIR/1999, art. 521, § 3o); 
- a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos que tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio. 
Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta são os abaixo discriminados (RIR/1999, art. 223):
	Atividades
	Percentuais (%)
	Atividades em geral (RIR/1999, art. 518).
	8,0
	Revenda de combustíveis
	1,6
	Serviços de transporte (exceto o de carga)
	16,0
	Serviços de transporte de cargas
	8,0
	Serviços em geral (exceto serviços hospitalares)
	32,0
	Serviços hospitalares
	8,0
	Intermediação de negócios
	32,0
	Administração, locação ou cessão de bens e direitos de qualquer natureza (inclusive imóveis).
	32,0
Para as pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços, exceto as que prestam serviços hospitalares e as sociedades civis de prestação de serviços de profissão legalmente regulamentada, cuja receita bruta anual não ultrapassar R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), o percentual a ser considerado na apuração do lucro presumido será de 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta de cada trimestre (RIR/1999, art. 519, § 4º). 
A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual reduzido cuja receita bruta acumulada até determinado mês do ano-calendário exceder o limite de R$120.000,00 ficará sujeita ao pagamento da diferença do imposto, apurada em relação a cada mês transcorrido, até o último dia útil do mês subseqüente aquele em que ocorrer o excesso, sem acréscimos (RIR/1999, art. 519, §§ 6o e 7o).
O exercício de profissões legalmente regulamentadas, como as escolas, inclusive as creches, mesmo com receita bruta anual de até R$120.000,00 (cento e vinte mil reais), não podem aplicar o percentual de 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta para fins de determinação do lucro presumido, devendo, portanto, aplicar o percentual de 32% (trinta e dois por cento) (ADN Cosit no 22, de 2000).
Compreende-se no conceito de receita bruta o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia.
Na receita bruta se inclui o ICMS e deverão ser excluídas: as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador, dos quais o vendedor ou prestador é mero depositário, como é o caso do IPI (RIR/1999, art. 224, parágrafo único; IN SRF no. 93, de 1997, art. 36, § 3o).
A pessoa jurídica, optante pelo regime de tributação com base no lucro presumido, poderá adotar o critério de reconhecimento de suas receitas de venda de bens ou direitos ou de prestação de serviços pelo regime de caixa ou de competência, observando-se as exigências descritas na IN SRF nº. 104, de 1998; 
A alíquota do imposto de renda que incidirá sobre a base de cálculo é de 15% (quinze por cento) (RIR/1999, art. 541).
O adicional do imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido será calculado mediante a aplicação do percentual de 10% (dez por cento) sobre a parcela do lucro presumido que exceder ao valor de R$60.000,00 (sessenta mil reais) em cada trimestre.
O valor do adicional deverá ser recolhido integralmente, não sendo admitidas quaisquer deduções.
Na hipótese de período de apuração inferior a três meses (início de atividade, por exemplo), deverá ser considerado para fins do adicional o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) multiplicado pelo número de meses do período.
A pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido deverá (RIR/1999, art. 527):
- manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial. Para efeitos fiscais, é dispensável a escrituração quando a pessoa jurídica mantiver Livro Caixa, devidamente escriturado, contendo toda a movimentação financeira, inclusive bancária; 
- mantero Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no término do ano-calendário abrangido pela tributação simplificada; 
- manter em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de escrituração obrigatórios determinados pela legislação fiscal específica, bem assim os documentos e demais papéis que servirem de base para escrituração comercial e fiscal (Decreto-lei nº. 486, de 1969, art. 4º); 
- LALUR, quando tiver lucros diferidos de períodos de apuração anteriores (saldo de lucro inflacionário a tributar na situação específica de ser optante pelo lucro presumido no ano-calendário 1996, conforme IN SRF nº. 93, de 1997, art. 36, inciso V, §§ 7º e 8º) e/ou prejuízos a compensar. 
Regra geral, a pessoa jurídica apura a base de cálculo dos impostos e contribuições pelo regimento de competência, sendo exceção os rendimentos auferidos em aplicações de renda fixa e os ganhos líquidos em renda variável, os quais devem ser acrescidos à base de cálculo do lucro presumido quando da alienação, resgate ou cessão do título ou aplicação (IN SRF no 93, de 1997, art. 36, § 2o).
Contudo, poderá a pessoa jurídica adotar o critério de reconhecimento das receitas das vendas de bens e direitos ou da prestação de serviços com pagamento a prazo ou em parcelas na medida dos recebimentos, ou seja, pelo regime de caixa, desde que mantenha a escrituração do livro Caixa e observadas as demais exigências impostas pela IN SRF no 104, de 1998.
LUCRO REAL
-A pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-calendário seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões);
-Empresas cuja atividade exercida seja banco comercial, de investimento, outros bancos, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimentos, crédito imobiliário, corretoras de títulos de câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguro privadas e capitalização e entidades de previdência privada aberta (as sociedades corretoras de seguros não se enquadram como “empresas de seguros privados”);
-Contribuintes que auferiram rendimentos ou ganho de capital e lucros
provenientes do exterior;
-Empresas que usufruíram de benefícios fiscais relativos a isenção ou redução de impostos, autorizadas pela legislação tributária;
-Empresas que efetuaram pagamento mensal do imposto de renda pelo regime de Estimativa;
-Contribuintes que prestaram serviços de assessoria creditícia, gestão de créditos, mercadológica e enquadra-se como factoring;
LUCRO ARBITRADO
Fica responsável pela tributação com base no lucro arbitrado, o contribuinte que:
-Obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal;
-A escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para :
* identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária;
* determinar o lucro real.
-Deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da
escrituração comercial e fiscal, nos termos da legislação comercial, ou o Livro Caixa.
Indústria ou Equiparada a Indústria
-São considerados contribuintes INDUSTRIAIS aqueles que comercializarem
produtos cuja industrialização haja sido executada no próprio estabelecimento, ou por outro, da empresa ou de terceiros, mediante a remessa dos “insumos”3 necessários.;
-São considerados contribuintes EQUIPARADO A INDÚSTRIA os estabelecimentos importadores que derem saídas a esses produtos importados.
Equiparam-se a estabelecimento industrial, por opção, os:
-Importação é a aquisição produtos estrangeiros para o mercado nacional; ou seja, importação é quando o produto tem origem do exterior com destino para o Brasil.
-Para as empresas consideradas Indústria ou Equiparada a Indústria, acrescenta-se à responsabilidade tributária do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados. 
-O cálculo do IPI se resume no seguinte :
Operações de Entradas (Créditos), menos as Operações de Saídas (Débitos).
SIMPLES NACIONAL
Instituído pela Lei Complementar nº 123, de dezembro de 2006, destinado às
empresas enquadradas no Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, passando a vigorar a partir de 1º de julho de 2007, em substituição ao Simples Federal da Lei nº 9.317/1996.
A inscrição no SIMPLES NACIONAL implica pagamento mensal unificado dos
seguintes impostos e contribuições: IRPJ, PIS, CSLL, COFINS, IPI, ICMS e ISS.
ASPECTOS LEGAIS DO SIMPLES NACIONAL
O Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições –
Super Simples, é apenas um dos capítulos da Lei Complementar nº 123/2006 que instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.
Na prática podemos dizer que o legislador unificou em um único texto legal
matérias que estavam dispersas em duas Leis:
a) Lei nº 9.841/199 – Antigo Estatuto da ME e da EPP – em vigor até 30 de
junho de 2007;
b) Lei nº 9.317/1966 – Lei do SIMPLES/Federal.
No entanto, é preciso esclarecer que embora tenha havido esta unificação, as matérias continuam sendo distintas, ou seja, o Simples Nacional é um regime tributário, enquanto que o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte é mais amplo, abrangendo vantagens não só tributárias, como também nas esferas societárias e de crédito, entre outras.
LIMITES PARA ENQUADRAMENTO
a) Microempresa que tenha auferido renda até R$ 360.000,00.
b) Empresa de Pequeno porte é a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (Trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (Três milhões e seiscentos mil reais).
SIMPLES NACIONAL
QUAIS EMPRESAS SE ENQUADRAM???
COMO SE ENQUADRAM???
Objetivo da LC 123/06
Estabelecer normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido nos âmbitos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, no que diz respeito à:
1-Apuração e recolhimento dos tributos;
2-Cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias;
3-Acesso ao crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão.
Enquadramento da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte
1- Enquadramento;
2- Reenquadramento; 
3- Desenquadramento;
Através de instrumento específico que deve conter:
a) declaração de Equadramento de ME ou EPP
b) Declaração de Reenquadramento de ME para EPP ou EPP para
ME;
c) Declaração de Desenquadamento de ME ou EPP.
Ingresso no Simples Nacional
a) Dar-se-á por meio da internet – irretratável para todo o ano-calendário;
b) Opção no mês de janeiro até o último dia, produzindo efeito a partir do 1º dia
do ano-calendário da opção;
c) No momento da inscrição – prestar declaração de que não está enquadrado
nas vedações;
d) Início das atividades: após inscrição no CNPJ – terá o prazo de 10 dias para
efetuar a opção pelo Simples Nacional – art. 7º da Resolução 04/07.
CNAE – REGRAS
A Receita Federal do Brasil publicou a Resolução CGSN nº 6/2007, de 18/06/2007 – Resolução do Comitê Gestor de Tributação das ME e EPP que dispõe sobre os códigos previstos na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) a serem utilizados para fins da opção pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional).
Denominação Social
A Microempresa e Empresa de Pequeno Porte deverão:
a. Acrescentar ao nome da sociedade: ME ou EPP;
b. Não poderá ser efetuada no ato de inscrição do empresário e no contrato
social;
c. Após procedido o arquivamentodo ato de inscrição do empresário ou
sociedade na condição de ME ou EPP pela Junta Comercial, mediante
arquivamento da declaração é que, nos atos posteriores, deverá ser
efetuada a adição nos termos ME ou EPP
Nos termos da Lei Civil (Li 10.406/02) as ME e EPP acrescentarão à sua Firma ou denominação social as expressões ME ou EPP, sendo facultado a inclusão do objeto social na denominação social – art. 3º da IN-DNRC 103/07.
Pequeno Empresário MEI
Considera-se pequeno empresário para efeito de aplicação do disposto nos arts. 970 e 1.179 – Lei 40.406/02 (Código Civil Brasileiro), o empresário individual caracterizado como ME na forma da Lei Complementar nº 123/06 – artigo 8º, que aufira receita bruta anual de até R$ 60.000,00.
Tratamento diferenciado
a) Poderão optar por fornecer nota fiscal avulsa obtida nas Secretarias M/E;
b) Comprova receita bruta mediante registro de vendas, independentemente da
emissão do documento fiscal;
c) Fica dispensado da emissão de nota fiscal avulsa, caso requeiram nota fiscal
gratuita na Fazenda.
Inscrição e baixa – artigo 4º até o artigo 11
a) Unicidade de processo de registro e de legalização;
b) Entrada única de dados cadastrais e de documentos, resguardada a
independência das bases de dados e observada a necessidade de
informações por parte dos órgãos e entidades que as integrem;
c) O registro dos atos constitutivos, de suas alterações e extinções (baixas),
referentes a empresários e pessoas jurídicas em qualquer órgão envolvido no
registro empresarial e na abertura da empresa, nos 3 âmbitos de governo,
ocorrerá independentemente da regularidade de obrigações tributárias,
previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, do empresário, da
sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas que participem,
sem prejuízo das responsabilidades do empresário, dos sócios ou dos
administradores por tais obrigações, apuradas antes ou após o ato de
extinção;
d) Os arquivamentos nos órgãos de registro de atos constitutivos são
dispensados de alguns documentos conforme previsto no artigo 11.
Benefícios
1- Regime unificado de pagamento de tributos;
2- Desoneração das Receitas de exportação;
3- Simplificação do processo de abertura e encerramento;
4- Facilitação ao crédito e ao mercado;
5- Regulamentação da Lei 10.406/02 – Pequeno Empresário;
6- Parcelamento da dívida tributária (até a data de 31/01/2006).
Licença e Autorização de Funcionamento
Os órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de empresas que sejam responsáveis pela emissão de licenças e autorizações de funcionamento somente realizarão vistorias após o início de operação do estabelecimento, quando a atividade, por sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse procedimento.
Alíquotas, Base de Cálculo, Receita, Anexos e Tabelas
A Resolução do Comitê Gestor de Tributação das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – CGSN nº 5 de 30/05/2007, dispõe sobre o cálculo e o recolhimento dos impostos e contribuições devidos pelas microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições (Simples Nacional).
Essa Resolução foi publicada no Diário Oficial da União em 08/06/2007 e nela constam todos os 5 (cinco) Anexos e 57 (Tabelas) previstas no Simples Nacional e que merece um estudo mais aprofundado.
Vejamos, como exemplo, a Tabela 1 do Anexo I que trata de receitas decorrentes da revenda de mercadorias não sujeitas à substituição tributária, exceto as receitas decorrentes da revenda de mercadorias para exportação:
Anexo I
Anexo I – Partilha do Simples Nacional – Comércio
		Receita Bruta em 12 meses (em R$)
	Alíquota
	IRPJ
	CSLL
	Cofins
	PIS/Pasep
	CPP
	ICMS
	Até 180.000,00
	4,00%
	0,00%
	0,00%
	0,00%
	0,00%
	2,75%
	1,25%
	De 180.000,01 a 360.000,00
	5,47%
	0,00%
	0,00%
	0,86%
	0,00%
	2,75%
	1,86%
	De 360.000,01 a 540.000,00
	6,84%
	0,27%
	0,31%
	0,95%
	0,23%
	2,75%
	2,33%
	De 540.000,01 a 720.000,00
	7,54%
	0,35%
	0,35%
	1,04%
	0,25%
	2,99%
	2,56%
	De 720.000,01 a 900.000,00
	7,60%
	0,35%
	0,35%
	1,05%
	0,25%
	3,02%
	2,58%
	De 900.000,01 a 1.080.000,00
	8,28%
	0,38%
	0,38%
	1,15%
	0,27%
	3,28%
	2,82%
	De 1.080.000,01 a 1.260.000,00
	8,36%
	0,39%
	0,39%
	1,16%
	0,28%
	3,30%
	2,84%
	De 1.260.000,01 a 1.440.000,00
	8,45%
	0,39%
	0,39%
	1,17%
	0,28%
	3,35%
	2,87%
	De 1.440.000,01 a 1.620.000,00
	9,03%
	0,42%
	0,42%
	1,25%
	0,30%
	3,57%
	3,07%
	De 1.620.000,01 a 1.800.000,00
	9,12%
	0,43%
	0,43%
	1,26%
	0,30%
	3,60%
	3,10%
	De 1.800.000,01 a 1.980.000,00
	9,95%
	0,46%
	0,46%
	1,38%
	0,33%
	3,94%
	3,38%
	De 1.980.000,01 a 2.160.000,00
	10,04%
	0,46%
	0,46%
	1,39%
	0,33%
	3,99%
	3,41%
	De 2.160.000,01 a 2.340.000,00
	10,13%
	0,47%
	0,47%
	1,40%
	0,33%
	4,01%
	3,45%
	De 2.340.000,01 a 2.520.000,00
	10,23%
	0,47%
	0,47%
	1,42%
	0,34%
	4,05%
	3,48%
	De 2.520.000,01 a 2.700.000,00
	10,32%
	0,48%
	0,48%
	1,43%
	0,34%
	4,08%
	3,51%
	De 2.700.000,01 a 2.880.000,00
	11,23%
	0,52%
	0,52%
	1,56%
	0,37%
	4,44%
	3,82%
	De 2.880.000,01 a 3.060.000,00
	11,32%
	0,52%
	0,52%
	1,57%
	0,37%
	4,49%
	3,85%
	De 3.060.000,01 a 3.240.000,00
	11,42%
	0,53%
	0,53%
	1,58%
	0,38%
	4,52%
	3,88%
	De 3.240.000,01 a 3.420.000,00
	11,51%
	0,53%
	0,53%
	1,60%
	0,38%
	4,56%
	3,91%
	De 3.420.000,01 a 3.600.000,00
	11,61%
	0,54%
	0,54%
	1,60%
	0,38%
	4,60%
	3,95%
Anexo II
Partilha do Simples Nacional – Indústria
	Receita Bruta em 12 meses (em R$)
	Alíquota
	IRPJ
	CSLL
	Cofins
	PIS/Pasep
	CPP
	ICMS
	IPI
	Até 180.000,00
	4,50%
	0,00%
	0,00%
	0,00%
	0,00%
	2,75%
	1,25%
	0,50%
	De 180.000,01 a 360.000,00
	5,97%
	0,00%
	0,00%
	0,86%
	0,00%
	2,75%
	1,86%
	0,50%
	De 360.000,01 a 540.000,00
	7,34%
	0,27%
	0,31%
	0,95%
	0,23%
	2,75%
	2,33%
	0,50%
	De 540.000,01 a 720.000,00
	8,04%
	0,35%
	0,35%
	1,04%
	0,25%
	2,99%
	2,56%
	0,50%
	De 720.000,01 a 900.000,00
	8,10%
	0,35%
	0,35%
	1,05%
	0,25%
	3,02%
	2,58%
	0,50%
	De 900.000,01 a 1.080.000,00
	8,78%
	0,38%
	0,38%
	1,15%
	0,27%
	3,28%
	2,82%
	0,50%
	De 1.080.000,01 a 1.260.000,00
	8,86%
	0,39%
	0,39%
	1,16%
	0,28%
	3,30%
	2,84% 
	0,50%
	De 1.260.000,01 a 1.440.000,00
	8,95%
	0,39%
	0,39%
	1,17%
	0,28%
	3,35%
	2,87%
	0,50%
	De 1.440.000,01 a 1.620.000,00
	9,53%
	0,42%
	0,42%
	1,25%
	0,30%
	3,57%
	3,07%
	0,50%
	De 1.620.000,01 a 1.800.000,00
	9,62%
	0,42%
	0,42%
	1,26%
	0,30%
	3,62%
	3,10% 
	0,50%
	De 1.800.000,01 a 1.980.000,00
	10,45%
	0,46%
	0,46%
	1,38%
	0,33%
	3,94%
	3,38% 
	0,50%
	De 1.980.000,01 a 2.160.000,00
	10,54%
	0,46%
	0,46%
	1,39%
	0,33% 
	3,99% 
	3,41% 
	0,50%
	De 2.160.000,01 a 2.340.000,00
	10,63%
	0,47%
	0,47%
	1,40%
	0,33%
	4,01%
	3,45%
	0,50%
	De 2.340.000,01 a 2.520.000,00
	10,73%
	0,47%
	0,47%
	1,42%
	0,34% 
	4,05% 
	3,48% 
	0,50%
	De 2.520.000,01 a 2.700.000,00
	10,82%
	0,48%
	0,48%
	1,43%
	0,34%
	4,08%
	3,51%
	0,50%
	De 2.700.000,01 a 2.880.000,00
	11,73%
	0,52%
	0,52%
	1,56%
	0,37%
	4,44%
	3,82%
	0,50%
	De 2.880.000,01 a 3.060.000,00
	11,82%
	0,52%
	0,52%
	1,57%
	0,37%
	4,49%
	3,85%
	0,50%
	De 3.060.000,01 a 3.240.000,00
	11,92%
	0,53%
	0,53%
	1,58%
	0,38%
	4,52%
	3,88%
	0,50%
	De 3.240.000,01 a 3.420.000,00
	12,01%
	0,53%
	0,53%
	1,60%
	0,38%
	4,56%
	3,91%
	0,50%
	De 3.420.000,01 a 3.600.000,00
	12,11%
	0,54%
	0,54%
	1,60%
	0,38%
	4,60%
	3,95%
	0,50%
Anexo III
Partilha do Simples Nacional – Serviços
	Receita Bruta em 12 meses (em R$)
	Alíquota
	IRPJ
	CSLL
	Cofins
	PIS/Pasep
	CPP
	ISS
	Até 180.000,00
	6,00%
	0,00%
	0,00%
	0,00%
	0,00%
	4,00%
	2,00%
	De 180.000,01 a 360.000,008,21%
	0,00%
	0,00%
	1,42%
	0,00%
	4,00%
	2,79%
	De 360.000,01 a 540.000,00
	10,26%
	0,48%
	0,43%
	1,43%
	0,35%
	4,07%
	3,50%
	De 540.000,01 a 720.000,00
	11,31%
	0,53%
	0,53%
	1,56%
	0,38%
	4,47%
	3,84%
	De 720.000,01 a 900.000,00
	11,40 %
	0,53%
	0,52%
	1,58%
	0,38%
	4,52%
	3,87%
	De 900.000,01 a 1.080.000,00
	12,42%
	0,57%
	0,57%
	1,73%
	0,40%
	4,92%
	4,23%
	De 1.080.000,01 a 1.260.000,00
	12,54%
	0,59%
	0,56%
	1,74%
	0,42%
	4,97%
	4,26%
	De 1.260.000,01 a 1.440.000,00
	12,68%
	0,59%
	0,57%
	1,76%
	0,42%
	5,03%
	4,31%
	De 1.440.000,01 a 1.620.000,00
	13,55%
	0,63%
	0,61%
	1,88%
	0,45%
	5,37%
	4,61%
	De 1.620.000,01 a 1.800.000,00
	13,68%
	0,63%
	0,64%
	1,89%
	0,45%
	5,42%
	4,65%
	De 1.800.000,01 a 1.980.000,00
	14,93%
	0,69%
	0,69%
	2,07%
	0,50%
	5,98%
	5,00%
	De 1.980.000,01 a 2.160.000,00
	15,06%
	0,69%
	0,69%
	2,09%
	0,50%
	6,09%
	5,00%
	De 2.160.000,01 a 2.340.000,00
	15,20%
	0,71%
	0,70%
	2,10%
	0,50%
	6,19%
	5,00%
	De 2.340.000,01 a 2.520.000,00
	15,35%
	0,71%
	0,70%
	2,13%
	0,51%
	6,30%
	5,00%
	De 2.520.000,01 a 2.700.000,00
	15,48%
	0,72%
	0,70%
	2,15%
	0,51%
	6,40%
	5,00%
	De 2.700.000,01 a 2.880.000,00
	16,85%
	0,78%
	0,76%
	2,34%
	0,56%
	7,41%
	5,00%
	De 2.880.000,01 a 3.060.000,00
	16,98%
	0,78%
	0,78%
	2,36%
	0,56%
	7,50%
	5,00%
	De 3.060.000,01 a 3.240.000,00
	17,13%
	0,80%
	0,79%
	2,37%
	0,57%
	7,60%
	5,00%
	De 3.240.000,01 a 3.420.000,00
	17,27%
	0,80%
	0,79%
	2,40%
	0,57%
	7,71%
	5,00%
	De 3.420.000,01 a 3.600.000,00
	17,42%
	0,81%
	0,79%
	2,42%
	0,57%
	7,83%
	5,00%
Anexo IV
Partilha do Simples Nacional – Serviços
	Receita Bruta em 12 meses (em R$)
	Alíquota
	IRPJ
	CSLL
	Cofins
	PIS/Pasep
	ISS
	Até 180.000,00
	4,50%
	0,00%
	1,22%
	1,28%
	0,00%
	2,00%
	De 180.000,01 a 360.000,00
	6,54%
	0,00%
	1,84%
	1,91%
	0,00%
	2,79%
	De 360.000,01 a 540.000,00
	7,70%
	0,16%
	1,85%
	1,95%
	0,24%
	3,50%
	De 540.000,01 a 720.000,00
	8,49%
	0,52%
	1,87%
	1,99%
	0,27%
	3,84%
	De 720.000,01 a 900.000,00
	8,97%
	0,89%
	1,89%
	2,03%
	0,29%
	3,87%
	De 900.000,01 a 1.080.000,00
	9,78%
	1,25%
	1,91%
	2,07%
	0,32%
	4,23%
	De 1.080.000,01 a 1.260.000,00
	10,26%
	1,62%
	1,93%
	2,11%
	0,34%
	4,26%
	De 1.260.000,01 a 1.440.000,00
	10,76%
	2,00%
	1,95%
	2,15%
	0,35%
	4,31%
	De 1.440.000,01 a 1.620.000,00
	11,51%
	2,37%
	1,97%
	2,19%
	0,37%
	4,61%
	De 1.620.000,01 a 1.800.000,00
	12,00%
	2,74%
	2,00%
	2,23%
	0,38%
	4,65%
	De 1.800.000,01 a 1.980.000,00
	12,80%
	3,12%
	2,01%
	2,27%
	0,40%
	5,00%
	De 1.980.000,01 a 2.160.000,00
	13,25%
	3,49%
	2,03%
	2,31%
	0,42%
	5,00%
	De 2.160.000,01 a 2.340.000,00
	13,70%
	3,86%
	2,05%
	2,35%
	0,44%
	5,00%
	De 2.340.000,01 a 2.520.000,00
	14,15%
	4,23%
	2,07%
	2,39%
	0,46%
	5,00%
	De 2.520.000,01 a 2.700.000,00
	14,60%
	4,60%
	2,10%
	2,43%
	0,47%
	5,00%
	De 2.700.000,01 a 2.880.000,00
	15,05%
	4,90%
	2,19%
	2,47%
	0,49%
	5,00%
	De 2.880.000,01 a 3.060.000,00
	15,50%
	5,21%
	2,27%
	2,51%
	0,51%
	5,00%
	De 3.060.000,01 a 3.240.000,00
	15,95%
	5,51%
	2,36%
	2,55%
	0,53%
	5,00%
	De 3.240.000,01 a 3.420.000,00
	16,40%
	5,81%
	2,45%
	2,59%
	0,55%
	5,00%
	De 3.420.000,01 a 3.600.000,00
	16,85%
	6,12%
	2,53%
	2,63%
	0,57%
	5,00%
Não inclusão ao Simples Nacional.
Cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa,
optante pelo Simples ou não, desde que a Receita Bruta Global ultrapasse o limite do simples. (art. 20 IN 608/06).
1. De cujo capital participe outra pessoa jurídica (não se aplica à participação de cooperativas de crédito, centrais de compra, Bolsa de subcontratação,
sociedades de interesse econômico das ME e EPP.
2. Que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
3. Do cujo capital participe a Pessoa Física que seja inscrito como empresário o seja sócia de outra empresa que receba o tratamento jurídico diferenciado
(Simples), desde que a Receita Bruta Global ultrapasse o limite do SIMPLES.
4. Cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra Pessoa
Jurídica, não beneficiada por esta Lei Complementar (Simples), desde que a
Receita Bruta Global ultrapasse o limite do Simples;
5. Cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a Receita Bruta Global ultrapasse o limite do Simples;
6. Constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
7. Que participe do capital de outra pessoa jurídica (não se aplica à participação de cooperativas de crédito, centrais de compra, bolsa de subcontratação, sociedades de interesse econômico das ME e EPP);
8. Atividades: banco comercial, de investimento e de desenvolvimento, de caixa
econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de
crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores
mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros
privados e de capitalização ou de previdência complementar;
9. Resultante ou remanescente de cisão de qualquer outra forma de
desmembramento de Pessoa Jurídica que tenha ocorrido em um dos 5(cinco)
anos-calendário anteriores;
10. Constituída sob a forma de sociedade por ações.
Na hipótese da ME ou EPP incorrer em alguma das situações acima mencionadas, será excluída do regime, com efeitos a partir do mês seguinte ao que incorrida a situação impeditiva. CUIDADO DOBRADO NA ABERTURA.
Das Vedações – artigo 17
Não poderão recolher os impostos e contribuições na forma do Simples Nacional a ME ou EPP:
1. Empresas de Factoring;
2. Que tenha sócio domiciliado no exterior;
3. De cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta,federal, estadual ou municipal;
4. Que preste serviços de comunicação;
5. Que possua débito com o INSS, ou com as Fazendas Públicas Federal,
Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade esteja suspensa (será permitida a
permanência da PJ no Simples mediante a comprovação da regularização do
débito no prazo de 30 dias a partir da exclusão);
6. Que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de
passageiros;
7. Que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica;
8. Que exerça a atividade de importação ou fabricação de automóveis e
motocicletas;
9. Que exerça a atividade de importação de combustíveis;
10. Que exerça atividade de produção ou venda no atacado de bebidas alcoólicas, cigarros, armas, bem como de outros produtos tributados pelo IPI com alíquota ad valorem superior a 20% ou com alíquotas específicas;
11. Que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes de atividade
intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que
constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de
instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de
negócios;
12. Que realize cessão ou locação de mão-de-obra;
13. Que realize atividade de consultoria;
14. Que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis.
Não se aplica às vedações:
Anexo III
1. Creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental;
2. Agência terceirizada de correios;
3. Agência de viagem e turismo;
4. Centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte
terrestre de passageiros e de cargas;
5. Agência lotérica;
6. Serviços de manutenção e reparação de automóveis, caminhões, ônibus,
outros veículos pesados, tratores, máquinas e equipamentos agrícolas;
7. Serviços de instalação, manutenção e reparação de acessórios para
veículos automotores;
8. Serviços de manutenção e reparação de motocicletas, motonetas e
bicicletas;9. Serviços de instalação, manutenção e reparação de máquinas de escritório
e de informática;
10. Serviços de reparos hidráulicos, elétricos, pintura e carpintaria ou
estabelecimentos civis ou empresariais, bem como manutenção e
reparação de aparelhos eletrodomésticos;
11. Serviços de instalação e manutenção de aparelhos e sistemas de ar
condicionado, refrigeração, ventilação, aquecimento e tratamento de ar em
ambientes controlados;
12. Veículos de comunicação, de radio fusão sonora e de sons e imagens, e
mídia externa;
Anexo IV
13. Construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a
forma de subempreitada;
14. transporte municipal de passageiros;
15. Empresas montadoras de estandes para feiras;
16. Escolas livres, de língua estrangeiras, artes, cursos técnicos e gerenciais;
17. Produção cultural e artística;
18. Produção cinematográfica e de artes cênicas;
19. Cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros;
20. Academia de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais;
21. Academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de
esportes;
22. Vetado;
23. Elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos,
desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante;
24. Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;
25. Planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas
eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante;
26. Escritórios de serviços contábeis;
27. Serviços de vigilância, limpeza ou conservação;
28. Vetado;
29. Transportes intermunicipais e interestaduais
Proibido: Transporte intermunicipal e interestadual de passageiros (art. 17, VI)
Permitido: Transporte intermunicipal e interestadual de carga – Anexo V (art.
18, § 5º, VI);
Permitido: Transporte municipal de passageiros (Anexo IV).
SIMPLES NACIONAL - OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
DECLARAÇÃO ÚNICA
 
DEFIS
A partir do ano base de 2012, nos termos do artigo 66 da Resolução CGSN 94/2011, a Micro Empresa – ME ou Empresa de Pequeno Porte - EPP, optante pelo Simples Nacional, deve apresentar a Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS).
DASN
 
Até o ano-calendário de 2011 a ME e a EPP optantes do Simples Nacional apresentam, anualmente, declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais (DASN) que será entregue à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), por meio da internet, nos prazos fixados pelo órgão.
Declaração Eletrônica de Serviços 
As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional ficam obrigadas à entrega da Declaração Eletrônica de Serviços, quando exigida pelo Município, que servirá para a escrituração mensal de todos os documentos fiscais emitidos e documentos recebidos referentes aos serviços prestados, tomados ou intermediados de terceiros. 
A declaração referida substitui os livros “Livro Registro dos Serviços Prestados” e “Livro Registro de Serviços Tomados”, e será apresentada ao Município pelo prestador, pelo tomador, ou por ambos, observadas as condições previstas na legislação de sua circunscrição fiscal.
O empreendedor individual com faturamento anual de até R$ 60.000,00(R$ 36.000,00 até 31.12.2011) é dispensado da Declaração Eletrônica de Serviços municipal.
EMISSÃO DE NOTA FISCAL E ARQUIVAMENTO
 
Ficam, também, obrigadas a:
 
1 - emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de acordo com instruções expedidas pelo Comitê Gestor;
 
2 - manter em boa ordem a guarda os documentos que fundamentaram a apuração dos impostos e contribuições devidos e o cumprimento das obrigações acessórias relativas às informações socioeconômicas e fiscais, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes.
 
Será considerado inidôneo o documento fiscal utilizado pela ME e EPP optantes pelo Simples Nacional em desacordo com as normas previstas para sua emissão.
 
Os documentos fiscais já autorizados podem ser utilizados até o limite do prazo previsto para o seu uso, desde que observadas as demais condições previstas para sua emissão.
 
LIVROS FISCAIS E CONTÁBEIS
 
As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional deverão adotar para os registros e controles das operações e prestações por elas realizadas: 
I - Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação financeira e bancária; 
 
Nota: a apresentação da escrituração contábil, em especial do Livro Diário e do Livro Razão, dispensa a apresentação do Livro Caixa.
II - Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no término de cada ano-calendário, quando contribuinte do ICMS; 
III - Livro Registro de Entradas, modelo 1 ou 1-A, destinado à escrituração dos documentos fiscais relativos às entradas de mercadorias ou bens e às aquisições de serviços de transporte e de comunicação efetuadas a qualquer título pelo estabelecimento, quando contribuinte do ICMS; 
IV - Livro Registro dos Serviços Prestados, destinado ao registro dos documentos fiscais relativos aos serviços prestados sujeitos ao ISS, quando contribuinte do ISS; 
V - Livro Registro de Serviços Tomados, destinado ao registro dos documentos fiscais relativos aos serviços tomados sujeitos ao ISS; 
VI - Livro de Registro de Entrada e Saída de Selo de Controle, caso exigível pela legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.
 
Dispensa de Livros
 
Os livros obrigatórios poderão ser dispensados, no todo ou em parte, pelo ente tributante da circunscrição fiscal do estabelecimento do contribuinte, respeitados os limites de suas respectivas competências.
 
O empreendedor individual com receita bruta acumulada no ano de até R$ 60.000,00 (R$ 36.000,00 até 31.12.2011) fica dispensado das obrigações de escriturar os livros contábeis e fiscais.
 
Livros Específicos
 
Além dos livros previstos, serão utilizados: 
I - Livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais, pelo estabelecimento gráfico para registro dos impressos que confeccionar para terceiros ou para uso próprio; 
II - Livros específicos pelos contribuintes que comercializem combustíveis; 
III - Livro Registro de Veículos, por todas as pessoas que interfiram habitualmente no processo de intermediação de veículos, inclusive como simples depositários ou expositores.
 
Nota Fiscal Eletrônica
 
O ente tributante que adote sistema eletrônico de emissão de documentos fiscais ou recepção eletrônica de informações poderá exigi-los de seus contribuintes optantes pelo Simples Nacional, observando os prazos e formas previstos nas respectivas legislações.
 
Normas de Escrituração
 
Os livros e documentos fiscais serão emitidos e escriturados nos termos da legislação do ente tributante da circunscrição do contribuinte, com observância do disposto nos Convênios e Ajustes SINIEF que tratam da matéria, especialmente os Convênios SINIEF s/nº de 15 de dezembro de 1970, e nº 6, de 21 de fevereiro de 1989.
 O disposto não se aplica aos livros e documentos fiscais relativos ao ISS.
 
Controles Especiais
 
As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional ficam obrigadas ao cumprimento das obrigações acessórias previstas nos regimes especiais de controle fiscal, quando exigíveis pelo respectivo ente tributante.
 
GUARDA DOS DOCUMENTOS
 
Os documentos fiscais relativos a operações ou prestações realizadas ou recebidas, bem como os livros fiscais e contábeis, deverão ser mantidos em boa guarda, ordem e conservação enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes.
 
EXCLUSÃO OU IMPEDIMENTO
 
Na hipótese de a ME ou a EPP ser excluída do Simples Nacional ficará obrigada ao cumprimento das obrigações tributárias pertinentes ao seu novo regime de recolhimento, nos termos da legislação tributária dos respectivos entes federativos, a partir do início dos efeitos da exclusão.
 
O disposto aplica-se ao estabelecimento da ME ou EPP que estiver impedidode recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples Nacional, desde a data de início dos efeitos do impedimento.
 				OUTRAS OBRIGAÇÕES
 
As microempresas e empresas de pequeno porte ficam sujeitas a outras obrigações acessórias a serem estabelecidas pelo Comitê Gestor, com características nacionalmente uniformes, vedado o estabelecimento de regras unilaterais pelas unidades políticas partícipes do sistema.
 
CONTABILIDADE SIMPLIFICADA
 
As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão, opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os registros e controles das operações realizadas, atendendo-se às disposições previstas no Código Civil e nas Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade.
Veja também: NBC T 19.3 - Escrituração Contábil Simplificada para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte
06 – NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO DO ICMS
ICMS – ASPECTOS GERAIS
O ICMS (imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação) é de competência dos Estados e do Distrito Federal.
Sua regulamentação constitucional está prevista na Lei Complementar 87/1996 (chamada “Lei Kandir”), alterada posteriormente pelas Leis Complementares 92/97, 99/99, 102/2000 e 114/2002.
INCIDÊNCIAS
O imposto incide sobre:
I – operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;
II – prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores;
III – prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
IV – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;
kV – fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual.
VI – sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda quando se tratar de bem destinado a consumo ou ativo permanente do estabelecimento;
VII – sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
VIII – sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente.
NÃO INCIDÊNCIAS
O imposto não incide sobre:
I – operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;
II – operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços;
II – operações interestaduais relativas a energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à industrialização ou à comercialização;
IV – operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;
V – operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas na prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em lei complementar como sujeito ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, ressalvadas as hipóteses previstas na mesma lei complementar;
VI – operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie;
VII – operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo credor em decorrência do inadimplemento do devedor;
VIII – operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatário;
IX – operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de bens móveis salvados de sinistro para companhias seguradoras.
Equipara-se às operações de que trata o item II a saída de mercadoria realizada com o fim específico de exportação para o exterior, destinada a:
a) empresa comercial exportadora, inclusive tradings ou outro estabelecimento da mesma empresa;
b) armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.
CONTRIBUINTE
Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade:
I – importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo permanente do estabelecimento;
II – seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior,
III – adquira em licitação de mercadorias apreendidas ou abandonadas;
IV – adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
A Lei estadual poderá atribuir a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pelo seu pagamento, hipótese em que o contribuinte assumirá a condição de substituto tributário.
A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou subseqüentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto. A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias ou serviços previstos em lei de cada Estado.
É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido, que não se realizar.
OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR
Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:
I – da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular;
II – do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento;
III – da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente;
IV – da transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente;
V – do inicio da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de qualquer natureza;
VI – do ato final do transporte iniciado no exterior;
VII – das prestações onerosas de serviços de comunicação, feita por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
VIII – do fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: 
a) não compreendidos na competência tributária dos Municípios;
b) compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa de incidência do imposto da competência estadual, como definido na lei complementar aplicável,
IX – do desembaraço aduaneiro das mercadorias importadas do exterior;
X – do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior;
XI – da aquisição em licitação pública de mercadorias importadas do exterior apreendidas ou abandonadas;
XII – da entrada no território do Estado de lubrificantes e combustíveis líquidose gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização;
XIII – da utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüente.
NÃO CUMULATIVIDADE DO IMPOSTO
O imposto é não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado.
É assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação. (art. 20 da Lei Complementar 87/96).
06 – REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS
Substituição Tributária'(ST) é um instituto criado e implementado pelas Unidades da Federação antes do advento da atual Constituição Federal, por intermédio de legislação infraconstitucional, ou seja, de Convênios e Protocolos celebrados entre os secretários de fazenda estaduais. 
Durante muito tempo, a sua constitucionalidade e legitimidade foram argüidas em juízo pelos contribuintes, sob a alegação de falta de previsão constitucional e de lei complementar para a sua implementação. 
Em face da eficiência desse instituto, uma vez que a sua aplicação fez diminuir a evasão fiscal e facilitou a fiscalização, a atual Constituição Federal, no seu artigo 150, parágrafo 7º, incorporou-o definitivamente e a Lei Complementar nº. 87/96 veio a legitimá-la. 
Conceito 
A ST pode ser conceituada como sendo o regime pelo qual a responsabilidade pelo ICMS devido em relação às operações ou prestações de serviços é atribuída a outro contribuinte. 
Espécies de Substituição Tributária no ICMS 
Sobre Mercadorias 
Operações anteriores 
Nesta hipótese de substituição tributária, a legislação atribui a determinado contribuinte a responsabilidade pelo pagamento do ICMS em relação às operações anteriores. Nesta espécie se encontra o diferimento do lançamento do imposto. 
Operações subseqüentes 
A ST em relação às operações subseqüentes caracteriza-se pela atribuição a determinado contribuinte (normalmente o primeiro na cadeia de comercialização, o fabricante ou importador) pelo pagamento do valor do ICMS incidente nas subseqüentes operações com a mercadoria, até sua saída destinada a consumidor ou usuário final. (Art. 6º, parágrafo 1º, da Lei Complementar nº. 87/96). 
Operações concomitantes 
Esta espécie de ST caracteriza-se pela atribuição da responsabilidade pelo pagamento do imposto a outro contribuinte, e não àquele que esteja realizando a operação ou prestação de serviço, concomitantemente à ocorrência do fato gerador.
Nesta espécie se encontra a ST dos serviços de transportes de cargas. 
A ST do ICMS foi implementada porque se constatou que poucos fabricantes vendiam seus produtos a milhares de distribuidores e revendedores, sendo que esses últimos sonegavam ICMS. Assim passaram a tributar os fabricantes, que por serem grandes e em pouco número, seria, e são facilmente fiscalizados. 
Sobre serviço de transportes 
O ICMS sobre o serviço de transporte é devido ao local do início da prestação. 
Considerando este fato, as Unidades da Federação, por intermédio do Convênio ICMS nº. 25/90, estabeleceram que, por ocasião da prestação de serviço de transporte de carga por transportador autônomo ou por empresa transportadora de outra Unidade da Federação não inscrita no cadastro de contribuintes do Estado de início da prestação, a responsabilidade pelo pagamento do ICMS devido poderá ser atribuída: 
- ao alienante ou remetente da mercadoria, exceto se produtor rural ou microempresa, quando contribuinte do ICMS;
- ao destinatário da mercadoria, exceto se produtor rural ou microempresa, quando contribuinte do ICMS, na prestação interna;
- ao depositário da mercadoria a qualquer título, na saída da mercadoria ou bem depositado por pessoa física ou jurídica. 
Contribuintes 
Contribuinte Substituto 
É o responsável pela retenção e recolhimento do imposto incidente em operações ou prestações antecedentes, concomitantes ou subseqüentes, inclusive do valor decorrente da diferença entre as alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações de destinem mercadorias e serviços a consumidor final. Em regra geral será o fabricante ou importador no que se refere às operações subseqüentes. 
Contribuinte Substituído
É aquele que tem o imposto devido relativo às operações e prestações de serviços pagos pelo contribuinte substituto. 
Responsável 
O contribuinte que receber, de dentro ou de fora do Estado, mercadoria sujeita à substituição tributária, sem que tenha sido feita a retenção total na operação anterior, fica solidariamente responsável pelo recolhimento do imposto que deveria ter sido retido. 
Na hipótese de responsabilidade tributária em relação às operações ou prestações antecedentes, o imposto devido pelas referidas operações ou prestações será pago pelo responsável quando: 
a) - da entrada ou recebimento da mercadoria ou serviço; 
b) - da saída subseqüente por ele promovida, ainda que isenta ou não-tributada; 
c) - ocorrer qualquer saída ou evento que impossibilite a ocorrência do fato determinante do pagamento do imposto. 
Quando se aplica 
O regime da sujeição passiva por substituição tributária aplica-se nas operações internas e interestaduais em relação às operações subseqüentes a serem realizadas pelos contribuintes substituídos. 
Ressalte-se que, nas operações interestaduais, em relação a algumas mercadorias, a sujeição ocorre, também, quanto às entradas para uso e consumo ou ativo imobilizado desde que o destinatário das mercadorias seja contribuinte do ICMS e nestes casos não incidirá na operação a margem presumida, pré-definida pelo Governo, na base de cálculo do regime da ST. (Arts. 6º e 9º, parágrafo 2º, da Lei Complementar nº. 87/96). 
Quando não se aplica 
Não se aplica a ST: 
a) - às operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição da mesma mercadoria. Ex.: saída de fabricante de lâmpada para outra indústria de lâmpada; 
b) - às transferências para outro estabelecimento, exceto varejista, do sujeito passivo por substituição, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a empresa diversa; 
c) - na saída para consumidor final, salvo se a operação for interestadual e o destinatário contribuinte do ICMS, uma vez que, como me referi no subitem acima, alguns Protocolos/Convênios que dispõe sobre o regime da ST atribuem a responsabilidade ao remetente em relação à entrada para uso e consumo ou ativo imobilizado, ou seja, em relação ao diferencial de alíquotas. (No caso específico de lâmpadas os Estados de BA e PR não exigem a ST mesmo se o destinatário for contribuinte do ICMS); 
d) - à operação que destinar mercadoria para utilização em processo de industrialização. 
Mercadorias sujeitas 
Entre as mercadorias cuja sujeição nas operações foi determinada por Convênios/Protocolos subscritos por todos os Estados e/ou por uma maioria podemos citar: fumo; tintas e vernizes; motocicletas; automóveis; pneumáticos; cervejas, refrigerantes, chope, água e gelo; cimento; combustíveis e lubrificantes; material elétrico. 
Existem, também, mercadorias que foram objetos de Protocolo subscrito apenas por algumas Unidades da Federação que estão sujeitas ao regime da substituição tributária apenas em operações interestaduais: discos e fitas virgens e gravadas; bateria; pilhas; lâminas de barbear; cosméticos; materiais de construção. 
Base de cálculo (BC) 
A Lei Complementar nº. 87/96 em seuartigo 8º, ao tratar do regime de sujeição passiva por substituição, determina que a base de cálculo seja o valor correspondente ao preço de venda a consumidor acrescido do valor do frete, IPI e demais despesas debitadas ao estabelecimento destinatário, bem como a parcela resultante da aplicação (sobre esse total) do percentual de valor agregado (margem de lucro). Esse percentual é estabelecido em cada caso de acordo com as peculiaridades de cada mercadoria. 
BC = (Valor mercadoria + frete + IPI + outras despesas) x margem de lucro 
Margem de valor agregado 
A margem de valor agregado será determinada com base em preços usualmente praticados no mercado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações e outros elementos fornecidos por entidades representativas dos setores, adotando-se a média ponderada dos preços coletados. A mercadoria submetida ao regime de substituição tributária em operação interestadual terá a margem de valor agregado estabelecida em Convênio ou Protocolo. 
Forma de cálculo 
Como o contribuinte substituto pratica o fato gerador ao promover a saída das mercadorias de seu estabelecimento e, pela sistemática do regime, paga o ICMS em relação aos fatos geradores futuros praticados pelos contribuintes substituídos, sabemos que este terá: 
a) - o ICMS da operação própria; 
b) - o ICMS das operações subseqüentes. 
Consideramos, para fins de exemplificação, uma operação realizada por um fabricante de lâmpadas estabelecido no Estado de Goiás com destino a um cliente localizado no Estado de Goiás, cujo valor da venda é de R$ 1.000,00 e com IPI calculado a uma alíquota de 15%, teremos: 
. ICMS da operação própria = R$ 1.000,00 x 18% (origem GO destino GO) = R$ 180,00.
- Base cálculo da ST - R$ 1.000,00 + R$ 150,00 (IPI) + 40% (margem de valor agregado) = R$ 1.610,00
R$ 1.610,00 x 18% (alíquota interna praticada no Estado de GO) = R$ 289,80 
Como, de conformidade com o citado, o valor do imposto substituição será a diferença entre o calculado de acordo com o estabelecido no subitem “Base de cálculo" e o devido pela operação normal do estabelecimento que efetuar a substituição tributária, terão: 
R$ 289,80 - R$ 180,00 = R$ 109,80 
O ICMS-Substituição (ICMS-ST), também denominado imposto retido, ao contrário do ICMS normal, que se encontra embutido no preço, será cobrável "por fora" do destinatário, como permitem os Convênios e Protocolos específicos.
07 - CODIFICAÇÃO FISCAL DAS MERCADORIAS
CFOP – Código Fiscal de Operações e Prestações
Os códigos fiscais de operações são atribuídos para ENTRADAS e SAÍDAS,
conforme previsto no Anexo V do RICMS/SP.
Aplica-se na SAÍDA
5.000 - Saídas ou Prestações de Serviços para o Estado
6.000 - Saídas ou Prestações de Serviços para Outros Estados
7.000 - Saídas ou Prestações de Serviços para o Exterior
	DAS SAÍDAS DE MERCADORIAS, BENS OU PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
	
	
	
	
	NOVO CÓDIGO A PARTIR DE 01/01/2003
	Do
	Demais
	Demais
	Descrição
	 
	 
	 
	
	Estado
	Estados
	Países
	
	5.100
	6.100
	7.100
	- VENDA DE PRODUÇÃO PRÓPRIA OU DE TERCEIROS
	5.101
	6.101
	7.101
	– Venda de produção do estabelecimento
	 
	 
	 
	Classificam-se neste código as vendas de produtos industrializados no estabelecimento. Também serão classificadas neste código as vendas de mercadorias por estabelecimento industrial de cooperativa destinadas a seus cooperados ou a estabelecimento de outra cooperativa.
	5.102
	6.102
	7.102
	– Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros
	 
	 
	 
	Classificam-se neste código as vendas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros para industrialização ou comercialização, que não tenham sido objeto de qualquer processo industrial no estabelecimento. Também serão classificadas neste código as vendas de mercadorias por estabelecimento comercial de cooperativa destinadas a seus cooperados ou estabelecimento de outra cooperativa.
	5.103
	6.103
	-
	– Venda de produção do estabelecimento, efetuada fora do estabelecimento
	 
	 
	 
	Classificam-se neste código as vendas efetuadas fora do estabelecimento, inclusive por meio de veículo, de produtos industrializados no estabelecimento.
	5.104
	6.104
	-
	– Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, efetuada fora do estabelecimento
	 
	 
	 
	Classificam-se neste código as vendas efetuadas fora do estabelecimento, inclusive por meio de veículo, de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros para industrialização ou comercialização, que não tenham sido objeto de qualquer processo industrial no estabelecimento.
	5.105
	6.105
	7.105
	– Venda de produção do estabelecimento que não deva por ele transitar
	 
	 
	 
	Classificam-se neste código as vendas de produtos industrializados no estabelecimento, armazenados em depósito fechado, armazém geral ou outro sem que haja retorno ao estabelecimento depositante.
	5.106
	6.106
	7.106
	– Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, que não deva por ele transitar
	 
	 
	 
	Classificam-se neste código as vendas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros para industrialização ou comercialização, armazenadas em depósito fechado, armazém geral ou outro, que não tenham sido objeto de qualquer processo industrial no estabelecimento sem que haja retorno ao estabelecimento depositante. Também serão classificadas neste código as vendas de mercadorias importadas, cuja saída ocorra do recinto alfandegado ou da repartição alfandegária onde se processou o desembaraço aduaneiro, com destino ao estabelecimento do comprador, sem transitar pelo estabelecimento do importador.
	-
	6.107
	-
	– Venda de produção do estabelecimento, destinada a não contribuinte
	 
	 
	 
	Classificam-se neste código as vendas de produtos industrializados no estabelecimento, destinadas a não contribuintes. Quaisquer operações de venda destinadas a não contribuintes deverão ser classificadas neste código.
	-
	6.108
	-
	– Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, destinada a não contribuinte
	 
	 
	 
	Classificam-se neste código as vendas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros para industrialização ou comercialização, armazenadas em depósito fechado, armazém geral ou outro, que não tenham sido objeto de qualquer processo industrial no estabelecimento sem que haja retorno ao estabelecimento depositante. Também serão classificadas neste código as vendas de mercadorias importadas, cuja saída ocorra do recinto alfandegado ou da repartição alfandegária onde se processou o desembaraço aduaneiro, com destino ao estabelecimento do comprador, sem transitar pelo estabelecimento do importador.
	5.109
	6.109
	-
	– Venda de produção do estabelecimento, destinada à Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio
	 
	 
	 
	Classificam-se neste código as vendas de produtos industrializados pelo estabelecimento, destinados à Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio.
	5.110
	6.110
	-
	– Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros, destinada à Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio
	 
	 
	 
	Classificam-se neste código as vendas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros, que não tenham sido objeto de qualquer processo industrial no estabelecimento, destinadas à Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio.
	5.111
	6.111
	-
	– Venda de produção do estabelecimento remetida anteriormente em consignação industrial
	 
	 
	 
	Classificam-se neste código as vendas efetivas de produtos industrializados no estabelecimento remetidos anteriormente a título de consignação industrial.
	5.112
	6.112
	-
	– Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros remetida anteriormente em consignação industrial
	 
	 
	 
	Classificam-se neste código as vendas efetivas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros, que não tenham sido objeto de qualquer

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