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CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇOES

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CLERISTO TAMEIRÃO
EDUARDO WOLFF
HENRIQUE SANTANA
ILDERVAL TAMEIRÃO
NATHALIA REIS
ROBERTA COLARES
CLASSIFICAÇÕES ESPECIAIS DAS OBRIGAÇÕES
TEÓFILO OTONI
FACULDADES UNIFICADAS DOCTUM DE TEÓFILO OTONI-MG
2014
1- Direito das Obrigações
O direito das obrigações regula a relação jurídica entre os sujeitos, credor e devedor, em que um está unido ao outro por uma prestação. Ou seja, existe um sujeito ativo (credor) e um sujeito passivo (devedor) que vinculam obrigações entre si.
 Dentro do âmbito do direito das obrigações existem varias interrelações, como o direito obrigacional e o direito real
 O direito obrigacional é uma relação entre os sujeitos e uma prestação, sendo ele ilimitado, e não oponíveis a terceiros. O direito obrigacional se extingue assim que se dá o cumprimento da prestação.
 Já o direito real consiste na relação entre o sujeito e a coisa(bem), sendo um direito limitado,pois sofre as limitações da lei, oponíveis a terceiros e não se extingue com o uso. São direitos que uma pessoa tem sobre o bem.
2. Classificações especiais das obrigações 
 - Obrigações Proptem Rem e Obrigações de Eficácia Real
 Existem algumas relações jurídicas que possuem características tanto do direito obrigacional quanto do direito real. São as chamadas figuras híbridas, um misto entre estes direitos. As figuras Hibridas se classificam em: obrigações proptem rem, as obrigações de eficácia real e os ônus reais.
 Propter Rem é um termo do latim que traduzido quer dizer em “ razão da coisa “ , sendo assim as obrigações que se enquadram nesses moldes são de caráter acessório , acompanham a coisa e são necessárias a sua manutenção , transmitidas de um adquirente a outro e recaem sobre estes em virtude da sua condição de proprietário ou titular de um direito real sobre determinada coisa .
Podemos tomar como exemplo o Artigo 1345 do Código Civil que nos mostra que o adquirente de um bem passa a responder pelos débitos referentes ao mesmo ( condomínio , IPTU) , inclusive juros e multa , também o Art. 1315 que deixa claro a relação de obrigação propter rem entre o condômino que deve arcar na proporção de sua parte com as despesas condominiais , obrigações tais que são transmitidas no momento da tradição.
 Vale ressaltar que tais obrigações como já dito, recaem sobre o proprietário ou titular de um direito real sobre o bem, ou seja, numa relação locatícia o locatário passa a ser o titular dos direitos sobre o bem , arcando assim com as obrigações inerentes a este .
 Nessa modalidade de obrigações, o titular responde com todos os seus bens, inclusive o bem do qual se originou a obrigação, sendo esta passível de exoneração mediante a alienação do bem, recaindo sobre o adquirente as obrigações advindas do mesmo, essa relação de obrigação se dará por terminada através da transmissão do bem a outrem por meio de negócio jurídico, ou renúncia do titular do direito pelo respectivo bem. 
 As obrigações de eficácia real são as que não perdem sua característica de direito a uma prestação, ainda que seja transmitida. São obrigações oponíveis a terceiros, ou seja, se um terceiro possuir agora o poder sobre este bem, ele terá que respeitar a obrigação estipulada no contrato que foi averbado. São exceções que dependem de uma previsão legal e precisam ser registradas. A obrigação de eficácia real não é um direito real, mas por ser resultante de um contrato que foi averbado, resulta em um direito real. 
 Como diz Maria Helena Diniz: as obrigações terão eficácia real quando, sem perder seu caráter de direito a uma prestação, se transmite e é oponível a terceiro que adquira o direito sobre determinado bem, pois certas obrigações resultantes de contratos alcançam, por força de lei, a dimensão de direito real.
 Um exemplo claro de uma obrigação de eficácia real, é o artigo 8° da lei do inquilinato, Lei 8245/91
“Art. 8º Se o imóvel for alienado durante a locação, o adquirente poderá denunciar o contrato, com o prazo de noventa dias para a desocupação, salvo se a locação for por tempo determinado e o contrato contiver cláusula de vigência em caso de alienação e estiver averbado junto à matrícula do imóvel.”
Logo houve um contrato entre locador e locatário de aluguel, sendo que o locador resolve por vender o imóvel. Agora o adquirente passa a ter poder sobre o bem e ter o direito de pedir a desocupação. Porém, se o contrato determinar o tempo de locação e clausula de vigência em caso de alienação e se este contrato for averbado junto a matricula do imóvel, o adquirente terá que respeitar o contrato. 
 Há obrigação de eficácia real porque foi feito um acordo no contrato e este foi averbado junto á matricula do imóvel, sendo agora oponível a terceiros.
 
- Obrigações Principais e Acessórias
As obrigações podem se dividir em principais e acessórias. Tais conceitos estão imbuídos no Código Civil de 2002, como veremos a seguir.
Obrigações principais são aquelas que, para sua existência, independem da existência de outra obrigação. Já as acessórias pressupõem a existência de uma obrigação principal, ou seja, ela não existiria sem uma obrigação inicial (principal).
O artigo 92 do CC, que trata sobre os bens reciprocamente considerados, nos traz a ideia descrita acima dada pelo legislador: “Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal”
Como exemplo para um melhor entendimento podemos citar a obrigação de pagar R$1.000,00 a juros de 5% ao mês. Nessa relação tem-se a obrigação principal, “pagar R$1.000,00” e a obrigação acessória, “pagar juros de 5% ao mês”.
Nota-se que a obrigação principal existiria mesmo se não existisse a obrigação acessória, todavia, o raciocínio inverso não é verdadeiro, pois a obrigação de “pagar juros de 5% ao mês” só existe pela existência da obrigação principal, sendo assim, obrigações acessórias têm sua existência subordinada a outra relação jurídica.
Neste diapasão, o artigo 184 do CC, segunda parte, nos diz que a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal. Utilizando do mesmo exemplo anteriormente dito, temos que, sendo inválida a obrigação de pagar R$ 1.000,000 (obrigação principal), também será inválida a obrigação de pagar juros de 5% ao mês (obrigação acessório). No entanto, caso somente a obrigação de pagar juros de 5% ao mês (obrigação acessória) seja invalida, não será inválida a obrigação de pagar R$ 1.000,00 (obrigação principal), ficando o devedor obrigado a pagar esta. Vale salientar que esse mesmo princípio se aplica em caso de prescrição da obrigação principal ou acessória.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Gonçalves, Carlos Roberto. Direito das Obrigações. 9. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2012. 436p.
Pinto, Antônio Luiz de Toledo e outros. VadeMecum. 11. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2011. 2003p

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