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Direito Civil - pessoa natural - comentários

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PESSOA NATURAL
Previsto nos artigos 1 ao 39 do Código Civil.
Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
Nasceu, possui personalidade e, portanto, é capaz de adquirir direitos e deveres na ordem civil.
Pessoa também pode ser interpretada como pessoa jurídica.
Toda pessoa é a criança, adolescente, adulto, idoso = todo ser nascido com vida. 
Capaz está falando da capacidade de direito ou de gozo, que é a capacidade de adquirir direitos e deveres na ordem civil, não quer dizer que é capaz de exercer esses direitos, e sim capaz de receber. 
Não está especificado que toda pessoa será capaz de exercer esses direitos e deveres.
Ex: Uma criança de 3 anos de idade recebe um imóvel em doação, ela adquire direitos e contrai obrigações em relação ao imóvel. 
Direito = de propriedade.
Dever = pagar o IPTU. 
Criança de 3 anos é capaz (capacidade de direito ou gozo) de adquirir direito a imóvel, mas não é capaz (capacidade de fato ou de exercício) de pagar o IPTU, porque é uma criança de 3 anos.
Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Nascimento com vida = Teoria Natalista = nasceu = respirou = adquiriu personalidade. 
Personalidade é aptidão que toda pessoa tem para adquirir direitos e deveres, pelo simples fato de existir e ser pessoa, pelo simples fato de existir e ser pessoa.
Nascituro = é o feto que está no ventre materno.
Concepção = fecundação, quando o espermatozoide fecunda o óvulo. 
O nascituro não tem personalidade, porque ainda não nasceu com vida, mas já tem alguns direitos assegurados pela legislação como: direito à vida; direito ao pré-natal; direitos aos alimentos gravídicos; a ser contemplado em doações, etc. 
Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
Menor de 16 anos. 
O absolutamente incapaz precisa de um representante para exercer os atos da vida civil em seu nome. 
O absolutamente incapaz não pode exercer os atos da vida civil porque tem apenas a capacidade de direito, que é a capacidade de adquirir direitos e deveres na ordem civil, mas não tem a capacidade de fato ou exercício que é a capacidade de exercer esses direitos. Por isso ele vai precisar do represente, para poder exercer esses direitos em seu nome. 
Ex: uma criança 10 anos herda um imóvel, tem direito sobre imóvel, direito de propriedade, e este móvel está alugado, tenho direito ao aluguel sobre esse imóvel e também tem obrigações do imóvel, de pagar os impostos, como tem 10 anos não tem condições de exercer esses direitos e deveres, então precisa de um representante para exercer esses direitos, pagar os impostos e receber o aluguel em seu nome. 
Representante dos absolutamente incapazes: 
Pais. - (Art. 1634 do CC) ou
Tutores = representam os menores quando não possuem pais, ou filhos de pais que perderam o poder familiar. (Art. 1728 e ss do CC)
Art. 4o  São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
Excetos os atos previstos na lei, como votar, assinar contrato de trabalho, etc. (Assistidos pelos seus pais ou tutores).
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
Ébrios habituais são os alcoólatras e viciados em tóxicos, cocaína, heroína, crack são os toxicômanos. Só serão interditados e considerados relativamente incapaz caso o uso da droga ou álcool seja habitual e interfira no seu discernimento para os atos da vida civil. (Assistidos pelos seus curadores).
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
Causa transitória = coma / causa permanente = doença mental. (Assistidos pelos seus curadores).
IV - os pródigos. 
Pródigos são as pessoas que fazem dividas de jogos, fazem financiamentos e não pagam, vendem imóveis da família, quem não tem controle do dinheiro, é realizado um processo de interdição que considera relativamente incapaz e juiz nomeara um curador para auxiliar nos atos da vida civil. (Assistidos pelos seus curadores).
A pessoa relativamente incapaz não possui idade, discernimento ou condições físicas de exercer plenamente a sua vontade, por este motivo ela precisa de um assistente para lhe auxiliar nos atos da vida civil. 
Diferença entre ABSOLUTAMENTE INCAPAZ e RELATIVAMENTE INCAPAZ:
Absolutamente = menor de 16. Não pode exprimir a sua vontade, quem exprime a vontade é seu representante. 
Relativamente = maior 16 e menor de 18 anos, a partir do primeiro minuto dos 16 anos até o último minuto dos 17 anos. Sua vontade é levada em consideração, mas seus atos só teram validades se forem assistidos por seu assistente. 
Absolutamente incapaz precisa de um representante para realizar os atos por ele.
Relativamente incapaz precisa de assistente para realizar o ato com ele.
Existe atos que o relativamente incapaz pode fazer sem ajuda do assistente, atos previstos em lei como: fazer testamento, celebrar contrato de trabalho, ser testemunha de um processo, votar, etc.
Assistentes do relativamente incapaz:
Pais. - (Art. 1634 do CC); ou
Tutores = representam os menores quando não possuem pais, ou filhos de pais que perderam o poder familiar. (Art. 1728 e ss do CC); ou
Curadores: Assistem os maiores relativamente incapazes. (Art. 1767 e ss do CC).
Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:
Emancipação voluntaria: 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
Dois pais precisam consentir, caso não haja os dois precisa somente um, caso um não queria pode se realizar uma ação de suprimento de consentimento, onde juiz supre o consentimento do pai, e mesmo se juiz suprir continua uma emancipação voluntária. Não se dá por processo judicial, se faz no cartório através de um instrumento público chamado certidão de emancipação, e posteriormente será anotada na certidão de nascimento de uma pessoa. Diretamente no cartório e exclusivamente no cartório, e menor precisa ter 16 anos completos. 
Emancipação Judicial:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
	Ocorre quando menor não possui os pais, quando menor tem tutor que não tem a capacidade de emancipar diretamente no cartório como os pais teriam, então, quem vai emancipar o menor é o juiz, por sentença do juiz, através de um processo judicial, e nesse processo o menor será emancipado pelo juiz, que ouvira o tutor, mas não a opinião do tutor vinculara a decisão do juiz. Menor tem tutor quando perder os pais ou o mesmo não tiverem o poder familiar sobre o menor, e precisa ter 16 anos completos. Requisitos: processo mediante uma sentença, com juiz ouvindo tutor e 16 anos completos.
Emancipação legal:
II - pelo casamento;
Casamento até os 16 anos, dos 16 até os fazer 18 anos precisa da autorização dos pais, esta autorização não emancipa o filho, o que emancipa o filho é o casamento valido, se ele se divorcia ele continua emancipado, é irreversível. 
Fundamento: se o menor é capaz de administrar uma família, também o é para administrar sua própria vida. 
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
Quem passou em concurso público e entra em exercício no cargo ela se torna emancipada.
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
Curso técnico não é considerado, ensino superior em faculdade ou universidade.
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Estabelecimento civil,comercial ou relação de emprego. Ex: jogador de futebol empregado de um clube, cantor empregado de gravadora ou abre uma empresa ou comercio. 
Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Morte real = existência de um corpo. Se comprova com certidão de óbito. 
Morte presumida = temos que presumir a morte, pois não existe um corpo.
Com a morte ocorre a extinção da personalidade.
Consequências jurídicas: extingue as obrigações de vinculo conjugal, pensão alimentícia, contratos personalíssimos, etc.
Morte real se dá por um corpo, a comprovação jurídica da morte real se dá pela certidão de óbito. A morte extingue a personalidade civil e a extinção da personalidade põe fim aos direitos e obrigações da pessoa.
	Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Morte presumida = sem corpos
	2 tipos de morte presumida: com decretação de ausência e sem declaração de ausência.
	Com decretação de ausência: Ex: a pessoa saiu para trabalhar e nunca mais foi vista.
	Quando isso ocorre se abre um processo judicial de ausência, que possui 3 fases:
	Curadoria;
	Sucessão Provisória;
	Sucessão definitiva.
	Somente após aberta a sucessão definitiva vai ser presumida a morte da pessoa. 
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
Morte presumida = sem corpos
Morte presumida sem declaração de ausência 
Ocorre em duas situações:
1ª - Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida.
Ex: Catástrofe como 11 de setembro, tsunami, acidente de avião, etc. e não se encontra o corpo da pessoa.
É tão provável que ela esteja morta, já que estava envolvida no acidente que após feitas as buscas o juiz declara que a pessoa está morta.
2º - Se alguém desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o termino de guerra.
	Ex: prisioneiro de guerra. 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
A decisão de morte presumida pode ser reversível se for encontrada a pessoa; ou o momento da morte pode ser revisto se for encontrado o corpo da pessoa.
Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
Comoriência = morte simultânea.
Preminência = quando uma pessoa morre antes da outra.
Pós-moriência = quando uma pessoa morre depois da outra.
A comoriencia somente tem importância jurídica quando se discute transferência de direitos entre os comorientes, ou herança, pois não há transmissão de direitos entre comorientes. 
Ex 1 : Thiago é pai de Pedro com uma mãe e pai de João com outra mãe, dois filhos com mães diferentes.
Thiago, Pedro e Joao foram viajar de carro e se envolveram em um acidente, Thiago e Pedro faleceram na hora, houve comoriencia, João sofreu ferimentos leves.
Como fica a herança de Thiago? 
Como houve comoriencia, João não transmitira nenhuma herança para Pedro, e João como sobrevivente recebera 100% da herança de João. 
Ex 2: Thiago faleceu no momento do acidente e Pedro faleceu depois a caminho do hospital e João sobreviveu.
Como fica a herança de Thiago?
Como não houve comoriencia, Thaigo faleceu primeiro, e Pedro e João estavam vivos quando ele faleceu, então ele transmitiu 50% de herança para Pedro e 50% para João, mesmo que Pedro tenha morrido no caminho do hospital, não importa, porque no momento em que João faleceu Pedro estava vivo e já herdou nesse momento 50% da herança de Thiago.
Ex3: Thiago, Pedro e João morreram na mesma hora, houve comoriencia entre os três.
Como fica a herança de Thiago?
Como houve comoriencia entre os três, nenhum dos filhos receberá herança, então a herança será transmitida para outro herdeiro, mas não será transmitida nem para Pedro e João.
DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
É o direito que a pessoa tem para defender os direitos de sua própria existência; os direitos inerentes ao ser humanos; os direitos da pessoa.
Não são de direitos patrimoniais, mas sim aqueles que dizem a respeito aos atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa.
Para a pessoa adquirir direitos patrimoniais, ex, locação de uma casa, ela precisa ter o contrato de locação da casa.
Já para a pessoa adquirir os direitos da personalidade basta a pessoa nascer e existir.
Ex: direito a vida; ao nome; à honra; a dignidade, etc.
Intransmissíveis = pertence somente ao seu titular, não pode ser transmitido. Ex: tem direito ao nome, não pode dar este nome a outra pessoa.
Irrenunciáveis = não pode abrir mãos dos direitos da personalidade. Ex: se eu quiser que alguém tire a minha vida, a pessoa que fizer vai responder por este crime, porque o direito à vida é irrenunciável, é um direito da personalidade e os direitos da personalidade são irrenunciáveis. 
Ilimitados = não tem como enumerar todos os direitos da personalidade.
Absoluto = todo mundo é obrigado a respeitar os direitos da personalidade.
Extrapatrimoniais = estão fora do comercio, não tem como dar um valor do direito da personalidade, uma vida, uma honra, não tem valor.
Impenhoráveis = não pode penhorar o nome, a honra de uma pessoa.
Indisponíveis = não posso doar meu coração para salvar a vida de um filho e com isso vou perder a minha vida, não posso fazer isso, porque a minha integridade física é indisponível.
Imprescritíveis = não tem prazo de validade. Ex: tenho 25 anos e não tenho certidão de nascimento, mesmo assim eu posso exercer esse direito de ter um nome, que é um direito da personalidade, e, portanto, não prescreve, posso exercer a qualquer momento.
Vitalícios = acompanha a pessoa desde que ela nasce até o momento de sua morte, muitos até persistem após sua morte, como à honra e à imagem.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Trata-se da proteção aos direitos de personalidade.
Lembrando que:
Os direitos da personalidade são absolutos, são oponíveis Erga omnes, sendo assim todas pessoas tem que respeitar os direitos da personalidade de outra pessoa.
O direito de personalidade é direito subjetivo, ou seja, é o direito de defender os direitos inerentes a sua pessoa. 
ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade pode exigir várias medidas:
Preventiva = Ex: impedir de publicar uma bibliografia não autorizada.
Cominatoria = Ex: imposição de multa diária a cada dia em que for veiculado um vídeo na internet.
Repressiva = Ex: Suspender a inscrição do nome da pessoa no SERASA.
Ex. de medidas judiciais para a proteção dos direitos de personalidade:
Habeas corpus, Habeas data, mandato de Segurança e Mandato de Injunção.
reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Além de pedir para cessar também pode pedir e danos por essa lesão que ela teve. Se esse fato for um crime a pessoa também vai responder criminalmente por este fato.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.

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