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DIREITO PENAL

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DIREITO PENAL 
Princípios no Direito Penal 
 Conceito de princípios: São normas não escritas ou escritas que servem para 
fundamentar a atuação do Direito Penal. 
 Classificações 
 Constitucionais: Possuem previsão na própria constituição. Ex.: Art. 5º, 
XXXIX, CF: “Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem 
prévia cominação legal.” 
 Infraconstitucionais: São inferiores a constituição, encontram disposição 
em outras leis que não seja a constituição. 
 Explícitos: São princípios que estão escritos na CF e na Legislação 
Extravagante. 
 Implícitos: São princípios que não estão escritos. Para se chegar nos 
meios dos implícitos são necessárias técnicas interpretativas. Ex.: 
Princípio da Proporcionalidade. 
 
 Extratividade: É a capacidade da lei se manter no tempo, atingindo fatos 
praticados antes mesmo de sua vigência (retroatividade) ou alcançando fatos 
futuros, após a sua revogação (ultratividade). 
 
Modalidades 
 Retroatividade: Quando se aplica; 
 Ultratividade: A lei vai ser aplicada mesmo depois de revogada. 
Exceção 
 Crime continuado e crime permanente: Súmula 711, STF: “A lei penal mais 
grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência 
é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.” 
 
 
 
Normas Penais Normas Processuais Penais 
 “tempus regit actum” 
“tempo de agir regras”. 
 Cria crimes e penas; 
 Somente a norma penal move-se 
no tempo, seja através da 
retroatividade ou ultratividade. 
 
 “tempus regit actum” 
“tempo de agir as regras”. 
 Como as partes devem se 
comportar durante o tramite de 
um processo; 
 Não se movem no tempo, não 
retroagem e não ultragem; 
 Para a norma processual penal 
o critério de tempus regit actum 
é absoluto, não comportando 
exceções, portanto não 
retroagirá ainda que mais 
benéfico ao réu. 
Princípios 
 
1. Princípio da Legalidade 
Previsto no art. 5º, inciso XXXIX, da Constituição Federal “não há crime 
sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”, 
neste princípio a lei deve ser anterior ao fato, ou seja, nenhum ato poderá 
ser considerado como criminoso, sem que antes de sua execução exista lei 
nesse sentido. Exemplo: pensar em matar alguém não pode ser 
considerado como uma infração penal, pois não está previsto em lei, 
porém, matar alguém é considerado como uma conduta criminosa, pois 
está previsto em lei; Ou seja, tudo o que não estiver previsto na lei não 
pode ser considerado como conduta criminosa. O Princípio da Legalidade 
possui dois desdobramentos, sendo eles o Princípio da Reserva Legal e o 
Princípio da Anterioridade. 
 
Princípio da Reserva Legal 
Neste princípio a lei deve passar por todas as etapas legislativas, ou 
seja, apenas a lei elaborada diretamente pelo Poder Legislativo poderá 
determinar o que é considerado ato criminoso e, caso o ato seja 
praticado, qual será a pena aplicada. 
 
Princípio da Anterioridade da Lei Penal 
Neste princípio a lei penal deve ser anterior ao ato praticado, para que 
tal seja considerado criminoso, ou seja, quando uma lei é editada os 
fatos ocorridos poderão apenas ser considerados criminosos após a 
vigência da mesma, exceto quando favorecer o criminoso: art. 5º, 
inciso XL, da Constituição Federal “a lei não retroagirá, salvo para 
beneficiar o réu”. 
 
 
 Desdobramentos 
 Lex previa: Lei anterior; 
 Lex scripta: A lei deve ser escrita/positivada em nosso 
ordenamento; 
 Lex stricta: A lei deve passar por todas as etapas 
legislativas; 
 Lex certa: A lei deve ser determinada/precisa. 
 Proibir incriminações vagas, abertas 
 
 
 
 
 
 
Princípio da Taxatividade: os 
tipos penais devem estar 
positivados, taxativos na lei. 
Princípio da Determinação: o 
princípio que veda a incriminação 
de condutas vagas. 
2. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana/Princípio da 
Humanidade 
 
 Art.: 1º, III, CF; 
 O Direito Penal não pode atentar contra o Direito Humano. 
 
 
 
 
 Conceito: A dignidade da pessoa humana é, em si, qualidade 
intrínseca e indissociável de todo e qualquer ser humano. Constituí 
elemento que o qualifica como tal e dele não pode ser separado. 
Não é algo concedido à pessoa humana, porque já lhes pertence de 
forma inata. Por isso, é irrenunciável e inalienável, porquanto se 
trata de um atributo de todo o ser humano. 
 Enfoque objetivo: Ex.: Art. 7º, IV, CF: “Salário mínimo, fixado 
em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas 
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, 
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, 
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe 
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para 
qualquer fim.” Significa que o Direito Penal não pode atentar 
contra o direito humano. 
 Enfoque subjetivo: Sentimento de respeitabilidade. 
 
 
 Modalidades de penas não admitidas: Art. 5º, XLVII, CF 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Princípio da Pesividade/Ofensividade 
 “Nullum crimen sine injúria”: Não há crime sem ofensa ao bem 
jurídico de 3º. Para este princípio, uma conduta só será considerada 
Integridade física 
Integridade psíquica 
Integridade moral 
Sentimento que o indivíduo tem 
para consigo mesmo. 
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e 
à propriedade, nos termos seguintes: XLVII. Não 
haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra 
declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter 
perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; 
e) cruéis”. 
criminosa quando causar lesão ou perigo de lesão a um bem 
juridicamente tutelado. 
 Perigo abstrato: são aqueles em que se presume ofensa a um bem 
jurídico: presunção. 
 Perigo concreto: a própria lei exige a ocorrência de uma situação 
de perigo. Ex.: Art. 306, CTB. 
 
Espiritualização 
Desmoralização Do bem jurídico. 
Dinamização 
 
 
 
A. Vedação à criminalização a pensamentos; 
B. Vedação à criminalização de condutas que não tinham caráter 
transcendental; 
C. Vedação à criminalização pelo mero estado existencial. 
 
4. Princípio da Culpabilidade 
 “Nullum crimen sine culpa” 
 
 Este princípio consagra a ideia de responsabilidade penal 
subjetiva, mediante a comprovação de dolo ou culpa. 
 Culpa (sentido amplo) ocorre de duas formas: 
 
 Dolo: Intenção, vontade, consciente. 
Art. 18, CP 
 Culpa: É a quebra de um dever objetivo de cuidado. 
 
 Negligência: não fazer algo; 
 Imprudência: fazer algo; 
 Imperícia: falta de aptidão técnica. 
 
 Consequência: Sem dolo ou culpa o fato é atípico/o fato não será 
considerado crime. 
 Teoria do Finalismo: para se compreender à respeito do fato 
criminoso, deve-se verificar a finalidade pretendida, pelo agente. 
Deve importar o que o indivíduo queria. Previamente prevalecia o 
causalismo, onde, a conduta humana se caracterizava pelo 
resultado. Já no finalismo (adotado pelo código penal) a conduta 
humana se caracteriza pela finalidade do agente. 
 
Significa que o Direito Penal 
está tutelando bens jurídicos 
coletivos. Ex.: Meio ambiente 
Responsabilidade 
5. Princípio da Altericidade/Alteratividade/Transcedentalidade 
 Este princípio veda a criminalização de condutas que ajeitem 
somente a esfera particular do indivíduo. Não há incriminação da 
auto lesão. 
 Exceção: Se da auto lesão se ocorrer prejuízo a terceiros; oagente 
responderá pelo crime praticado. Ex.: Fraude contra o seguro. 
 
6. Princípio da Intervenção Mínima 
 
 Direito Penal deve intervir minimamente; 
 
DECORRENTES 
6.1 Princípio da Subsidiariedade 
O Direito Penal será aplicado de forma subsidiaria aos demais. 
6.2 Princípio da Fragmentariedade 
1ª vertente: O Direito Penal fragmenta o bem jurídico e incrimina 
somente as condutas mais relevantes; 
2ª vertente: O Direito Penal não é exclusividade de um único diploma, 
podendo encontrar disposição em diversas legislações. 
 
7. Princípio da Insignificância ou Bagatela 
 
 
 
 
 
 Conceito analítico de crime: 
Fato típico: Conduta descrita como crime na lei 
 
 Tipicidade 
 
 
 
 
Princípio destinado ao legislador; 
“ultima ratio” “ultima instância” 
Neste princípio o Direito Penal deve 
atuar somente quando a punição por 
outra esfera do Direito se mostrar 
insuficiente. Deve ser a última 
instância. 
Lesões ínfimas devem ser desconsideradas. 
Não se leva em conta só o valor, mas sim a 
potencialidade lesiva da conduta. 
 
Material: a tipicidade material guarda 
relação com a potencialidade lesiva da 
conduta, portanto, se a lesão for 
irrelevante não existirá tipicidade 
material, consequentemente o fato será 
atípico. 
Formal: É a subsunção do fato à 
norma. Ex.: “Cara crachá” 
É obrigatório o aparecimento 
das duas. Quando faltarem as 
duas será atípico. 
 Requisitos para aplicação sustentados pelo STF 
 Mínima ofensividade da conduta; Ex.: Furto ao pincel do 
professor. 
 Ausência de periculosidade social da ação; 
 Reduzidíssimo grau de reprovabilidade de 
comportamento; 
 Inexpressividade da lesão. 
 
 
 
 
 
 
8. Princípio da Adequação Social 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. Princípio do “ne bis in idem” 
 
 
Se afetar a esfera individual se aplicará 
Se afetar a coletividade não se aplicará P. da Insignificância 
Não possui aplicação obrigatória 
Relevância Social 
Diz respeito a um fato 
positivado (criminoso) que 
passa a ser aceito pela sociedade 
(toda a sociedade). É uma 
conduta que perdeu a eficácia 
social. Ex.: Jogo do bicho. 
A conduta, embora ilícita, é aceita pela sociedade 
Art. 229, CP 
Motel 
Bordel 
Crítica: Costume não revoga lei/crime. 
A crítica gira em torno de que o 
costume não revoga lei penal, 
que só pode ser revogada por 
outra lei (expressamente ou 
tacitamente). 
Veda a dupla punição pelo mesmo fato ou pela mesma circunstância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. Princípio da Proporcionalidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11. Princípio da Confiança 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ex.: Art. 217 – A C/C Art. 61 “h”, CP 
Estupro de vulnerável: menor 
de 14 anos 
Agravantes 
Quando eventual causa de 
aumento de pena fizer parte 
da própria estrutura do delito, 
ela não pode ser isoladamente 
considerada, sob pena de “bis 
in indem”. 
Custo benefício; 
Voltado ao legislador; 
Sem previsão constitucional; 
2 vertentes 
1ª vertente: O legislador ao criar 
um crime deve estar atento ao 
seu custo benefício, não 
podendo causar única e 
exclusivamente temor público, 
ou seja, a conduta proibida deve 
possuir relevância social; 
2ª vertente: A pena deve ser 
proporcional ao delito. 
As pessoas agem de acordo com 
a expectativa de que as outras 
atuarão dentro do que lhes é 
normalmente esperado. 
Não comete crime aquele que age de 
acordo com o Direito e se envolve em 
situação que terceiro descumpre seu 
dever de lealdade e cuidado. 
12. Princípio da Autorresponsabilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
13. Princípio da Personalidade/Intranscendência 
 
 
 
14. Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15. Princípio do Devido Processo Legal 
 Art. 5º, LIV, CF 
 “Deve process of law” 
 
 
 
 
 
Os resultados danosos que 
decorrem da ação livre e 
consciente de alguém, só pode 
ser imputado a este, e não a 
quem o tenha motivado. Ex.: 
Kart. 
CUIDADO! Se induzir ou 
instigar ou auxiliar o suicido o 
indivíduo será responsabilizado. 
Art. 122, CP 
Art. 5º, XLV, CF 
Nenhuma pena passará da pessoa do condenado. 
Art. 5º, LV, CF “Aos litigantes, 
em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados 
em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, 
com os meios e recursos a ela 
inerentes.” 
Autodefesa: é a defesa produzida 
pelo próprio acusado, quando ele 
expõe sua versão sobre os fatos; o 
silêncio também é uma forma de 
autodefesa, conforme o art. 5º, 
LXIII, CF. 
Defesa técnica: É aquela 
produzida por um profissional 
habilitado, como por exemplo, 
advogados. 
Esse princípio tem matriz nessa 
frase que é constituída na Magna 
Carta Inglesa de 1215. 
Ninguém será processado ou 
privado de seus bens sem o 
devido processo legal. 
16. Princípio da Presunção de Inocência/da Culpabilidade/da Não Culpa 
 Art. 5º, LVII, CF 
 
 
 
17. Princípio do Juiz Natural 
 
 
 
 
 
18. Princípio da Imparcialidade do Juiz 
 Julgar sem paixão; 
 Não se deixa corromper; 
 Art. 252 e 254, CPP 
 
 
19. Princípio da Publicidade 
 Art. 93, IX, CF 
 Art. 5º, LX, CF 
 
 
Regra: Todos os atos são públicos; 
Exceção: Defesa da intimidade: menor de idade/violência sexual; 
 Interesse social: segurança do réu. 
 
 
 
20. Princípio da Vedação à Provas Ilícitas 
 Art. 5º, LVI, CF 
 
 
 
 
 
Ninguém será considerado 
culpado até o transito em 
julgado ou sentença penal 
condenatória. 
Ninguém será processado e 
julgado senão pela autoridade 
competente. Esse princípio diz 
respeito ao tribunal, ao 
órgão, que não pode 
julgar casos anterior a 
sua criação 
Ao juiz é vedado o julgamento 
com paixão, com o coração. 
Todos os atos processuais são públicos. 
Segredo de justiça. 
Garantia da ordem pública. 
Dentro de um processo as provas que 
porém produzidas em desacordo com 
as normas Processuais Penais serão 
consideradas ilícitas. Ex.: 
Interceptação telefônica sem 
autorização social. 
21. Princípio da motivação das decisões 
 Art. 93, IX, CF 
 
 
 
22. Princípio da Igualdade ou Isonômia 
 Art. 5º, “caput”, CF 
 
 
 
 
Eficácia da Lei Penal no tempo 
1. Introdução 
 “Tempus regit actum” 
 Lei da data do fato. 
 Extratividade Da lei benéfica 
 Retroatividade 
 
 
 
 
 Ultratividade 
 
 
 
2. Tempo do crime 
 Art. 4º, CP 
 
 
 
 
 
Todas as decisões judiciais 
devem ser devidamente 
fundamentadas, sob pena de 
nulidade. 
Todos são iguais perante a lei, não 
podendo haver distinção quanto a sexo, 
raça, opção sexual, etnia, religião. 
Deve-se tratar igualmente os iguais e 
desigualmente os iguais, nas medidas 
de suas desigualdades. Será aplicado 
campo social. 
É a possibilidade de a lei se 
aplicar a um momento anterior 
a sua vigência. Art. 5º, XL, 2ª 
parte CF/Art. 1º, CP. 
 
Consiste na aplicação da lei 
benéfica em um momento 
posterior a sua revogação. 
Considera-se praticada a 
infração penal no momento da 
ação ou omissão, ainda que 
outro seja o momento do 
resultado. 
 Teoria da atividade 
 
 
 
3. Sucessão de leis penais no tempo 
 Art. 5º, XL, CF 
3.1 “Novatio legisincriminadora” 
 Ex.: Art. 311, A, CP 
 Vigência e 16/12/2011 
 
 
 
3.2 “Novatio legis in pejus” 
 “Lex gravior” 
 Crime permanente e 
crime continuado: 
Súmula 711, STF. 
 
 
 
 
 
3.3 “Abolitio crimines” 
 Art. 2º, CP 
 Efeitos penais desaparecem 
 Extrapenais (Arts. 91 e 92, CP) 
 
 
 
 
3.4“Novatio legis in mellius” 
 Art. 2º, P.Ú., CP 
 Quem aplica a lei 
mais benéfica? 
 
 
Considera-se praticado o crime no momento da ação ou 
omissão. O tempo do crime é relevante para se 
identificar qual a lei que será aplicada ao caso concreto. 
Uma nova lei que passa a 
incriminar certa conduta 
anterior a lei não é crime, a lei 
não retroagirá a casos anteriores 
a sua vigência. 
É uma nova lei que surge para 
prejudicar o indivíduo de 
alguma forma. Não retroagirá. 
A lei penal mais grave aplica-se 
ao crime continuado ou a crime 
permanente, se a sua vigência é 
anterior a cessação da 
continuidade ou da 
permanência. 
Ninguém será punido por lei posterior 
que suprime (tira do ordenamento 
jurídico) uma figura criminosa, 
cessando em razão da nova lei todos os 
efeitos penais daquela conduta 
permanecendo os efeitos extrapenais. 
Uma nova lei que melhore a condição do indivíduo. 
Sempre é o juiz que vai aplicar através de requerimento. Se o 
processo tiver na fase de conhecimento é o juiz que estiver 
analisando o processo se estiver passado do período. 
 Admite-se a combinação de leis? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dúvida na lei mais benéfica 
Em caso de dúvida à respeito da lei mais benéfica, incumbe ao 
julgador questionar ao réu sobre qual lei ele pretende ser 
beneficiado. 
 
3.5 Princípio da Continuidade Normativa Típica 
 Do Art. 219 passou ao Art. 148, V, CP. 
 Crime permanente 
 Crime continuado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lei temporária e lei excepcional 
 
 
 
Sim, sustentada pelo STF/será 
julgado pelo juiz da exceção. 
1ª corrente: É possível, pois, se o 
juiz pode aplicar o todo da lei penal, 
é justo que aplique as frações que 
forem convenientes ao benefício do 
indivíduo sustentado pelo STF. 
2ª corrente: Não é possível, pois, 
agindo dessa forma o magistrado 
estaria inovando na sua função e 
criando uma nova lei. 
Ex.: Lei de Drogas (6368/79), tinha 
uma pena de 3.012 anos, mas, não 
trazia nenhum benefício; foi revogada 
pela lei 11.343/06 que tem pena de 
5.015 anos, mas traz benefício de 
redução de pena de 1/6 a 2/3. 
Uma nova lei não tira o caráter 
ilícito da conduta, mas transfere 
o seu teor para outro dispositivo. 
É aquele crime que a sua consumação 
se estende no tempo. Ex.: Se um 
sequestro está e andamento, com a 
vítima em cativeiro, havendo a entrada 
em vigor de uma lei nova, aumentando 
consideravelmente as penas para tal 
delito, aplica-se de imediato a norma 
prejudicial ao agente, pois o delito está 
em plena consumação. 
Quando o agente pratica várias 
condutas, implicando na concretização 
de vários resultados, terminando por 
cometer infrações penais de mesma 
espécie, em circunstâncias parecidas 
de tempo, lugar e modo de execução, 
aparentando que umas são meras 
continuações das outras; Em face disso 
aplica-se a pena de um só dos delitos. 
Portanto, se uma lei nova tiver vigência 
durante a continuidade, deverá ser 
aplicada ao caso prejudicando ou 
beneficiando. 
Leis autorrevogáveis 
Leis intermitentes 
Leis de vigência temporária 
Leis de eficácia transitória 
 Art. 3º, CP: “A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua 
duração ou cessadas as circunstâncias que a determinam, aplica-se ao fato 
praticado durante a sua vigência.” 
 
 
 Lei temporária: É a lei criada com prazo certo, instituída por um prazo 
determinado, ou seja, é a lei que criminaliza uma conduta fixando seu prazo de 
início e também seu prazo final. Ex.: A partir de tal dia ela se torna vigente e a partir 
de tal dia ela não existe mais. Ex.: Lei 12663/2012: Tudo o que for praticado (conduta 
criminosa) dentro do período de vigência da lei temporária ficará sujeito às disposições 
desta lei, ainda que, seja mais grave que a lei posterior. 
 Lei excepcional: A lei é editada em razão de algum evento transitório e 
excepcional, com o estado de guerra, calamidade pública ou qualquer outra 
necessidade estatal. Produz efeitos enquanto existir a situação de emergência. A 
lei excepcional produz efeitos enquanto existir necessidade não havendo limite 
temporal. Ex.: no período de seca é crime esbanjar água. 
 
1. Características 
 Autorrevogáveis 
Cessado o período de vigência (nos casos das leis temporárias) ou 
superada a situação de emergência (lei excepcional), a lei é 
automaticamente revogada, não necessitando de outra lei revogadora. 
 Ultrativas 
Aplicar-se-á a lei temporária ou excepcional mesmo após seu período de 
vigência, desde que o fato tenha sido praticado enquanto a lei ainda 
produzia seus efeitos. 
 
2. Constitucionalidade 
Não há que se falar em inconstitucionalidade dessas leis (excepcionais ou 
temporárias), uma vez que o Art. 3º, CP foi recepcionado pela CF e, portanto, 
é apto a produzir efeitos. 
 
3. Lei Penal no tempo: questões complementares 
 Retroatividade de Jurisprudência 
Não poderá haver retroatividade, pois, o Art. 5º, XL, CF autoriza a 
retroatividade da Lei Penal, e Jurisprudência não é lei (não tem período de 
início). 
 Lei Intermediária 
Quando a lei revogadora é revogada. 
 
 
 
 
 
Temporária Excepcional 
 
 
 
 
Lei A Lei B Lei C 
 
 
 
 
 
 
Eficácia da Lei Penal no Espaço 
1. Princípios aplicáveis 
 Princípio da Territorialidade 
Aplica-se a Lei Nacional aos crimes praticados dentro do território 
brasileiro. 
 Princípio da Nacionalidade ou Personalidade Ativa 
Aplica-se a lei da nacionalidade do sujeito ativo. 
 Sujeito da Nacionalidade ou 
Personalidade Passiva 
Aplica-se a lei da nacionalidade 
da vítima. 
 Princípio da Defesa ou Real ou 
Proteção 
Aplica-se a lei da nacionalidade 
do bem jurídico, pouco 
importando a nacionalidade do agente, da vítima ou do local do crime. 
 Princípio da Justiça Universal ou Cosmopolita 
O agente fica sujeito a lei do país onde for encontrado, não importando a 
sua nacionalidade, do bem jurídico ou do local do crime. Esse princípio 
está relacionado com os Tratados Internacionais de Cooperação e 
Repressão de delitos de natureza transnacional. 
 Princípio da Representação/Bandeira/Pavilhão/Substituição 
Aplica-se a lei nacional aos delitos cometidos em aeronaves e 
embarcações privadas brasileiras, quando praticados no estrangeiro e ai 
não sejam julgados. 
 
2. Territorialidade 
 Art. 5º, CP: “Aplica-se a lei nacional, sem prejuízo dos tratados, 
convenções e normas de Direito Internacional, aos crimes praticados no 
Brasil.” 
 
 
- Pena de 2 a 4 anos 
- Lei + severa 
- Vigente à época do 
fato 
Pena de 1 a 2 anos 
+Benéfica 
- Pena de 4 a 6 anos 
- +Severa 
- Vigente à época de 
julgamento 
Retroatividade Ultratividade 
OBS.: 
 
Sujeitos do crime 
Ativo: quem 
pratica a 
conduta 
criminosa 
Passivo: Vítima 
Regra/P. da Territorialidade Relativa ou Temperada 
Exceção/P.da Intraterritorialidade 
 Território Nacional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Espaço Físico 
 
 
 Espaço Jurídico/Território por extensão/Equiparação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Navio do aborto: navio holandês, com bandeiras holandesa. 
2.1. Embaixada é extensão do território que representa? 
 Não. A estrutura física da embaixada não é considerada extensão do território 
nacional, ficando sujeito a legislação local. 
 
 
Embarcações ou aeronaves Aplica-se a lei brasileira 
Pública ou a serviço do governo 
brasileiro 
Onde quer que se encontrem 
Mercante ou de propriedade privada Território Nacional, espaço aéreo 
correspondente ou alto mar 
Pública estrangeira Nunca 
Mercante ou de propriedade privada 
estrangeira 
Território Nacional 
Extraterritorialidade: a lei nacional se 
aplicando fora do território nacional. 
Intraterritorialidade: a lei do exterior se 
aplicando em território nacional. 
Faixa de 12 milhas: mar territorial/ainda é território 
nacional dentro da faixa. 
Alto mar, após a faixa de 12 milhas é 
território neutro. 
Terrestre: espaço seco 
Marítimo: lagos, rios, mar territorial 
Aéreo: linha reta a partir do espaço terrestre; vai até o limite da 
atmosfera c/ o espaço cósmico. 
Art. 5º, §1º e 2º, CP 
1. Embarcações ou aeronaves brasileiras públicas ou a serviço 
do governo, onde ela estiver. 
2. Embarcações ou aeronaves brasileiras mercantes ou 
privadas que se encontrem em território nacional (dentro da 
faixa de 12 milhas ou no espaço aéreo correspondente) ou 
em alto mar. 
3. Abordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de 
propriedade privada que se acham em pouso no território 
nacional ou sobrevoando o espaço correspondente ou em 
porto de mar territorial do Brasil. 
2.2. Direito de passagem inocente 
 Art. 3º, Lei 8.617/93 
Se uma embarcação ou aeronave adentrar ao território nacional ou o 
espaço aéreo correspondente, apenas como caminho (passagem) e nesse período 
ocorrer um crime, a passagem será considerada inocente, desde que não afete a 
soberania, a boa ordem e a segurança do Estado brasileiro. 
 
3. Lugar do crime 
 
 
 
 
4. Extraterritorialidade 
 
 
a) Inaplicável às contravenções 
 
 
b) Art. 7º, I, CP. Extraterritorialidade Incondicionada 
 Vida/Liberdade do Presidente da República; 
 Bens/Interesses da União; 
 Contra a Administração Pública por quem esteja a serviço; 
 Genocídio: Por brasileiro ou residente do Brasil; 
 Punido no Brasil mesmo que punido no estrangeiro; 
 “Bis in idem”? 
 
 
 
 
c) Extraterritorialidade Condicionada (Art. 7º, II, CP) 
 
 Tratado ou convenção que o Brasil se obrigou a reprimir; 
 Praticados por brasileiro; 
 Praticados em aeronaves ou 
embarcações brasileiras, mercantes/privadas, quando em território 
estrangeiro e lá não sejam julgados. 
 
 
Art. 6º, CP 
Teoria do Resultado 
Teoria da Atividade 
Teoria da Ubiquidade ou 
Mista ou Híbrida 
Lei se aplicando fora do Brasil 
2º Dec – Lei 3688/41 Possui incidência imediata. 
Em regra o indivíduo 
não pode ser julgado 
duas vezes, porém, 
neste princípio ele pode. 
A extraterritorialidade 
incondicionada configura a 
única exceção a vedação da 
dupla punição pelo mesmo fato. 
Depende das condições. 
Tráfico de drogas; Pedofília; Racismo... 
 Condições Cumulativas 
 i) entrar o agente no território nacional; 
 ii) dupla tipicidade: deve ser crime lá e cá; 
 iii) Brasil autorizar extradição: crimes com pena máxima maior que 1 ano; 
 iv) não ter sido o agente absolvido, perdoado ou cumprido pena no 
estrangeiro. 
 
 
 
 
d) Extraterritorialidade Hipercondicionada (Art. 7º, § 3º, CP) 
 
 
i) não ter sido solicitado ou negada a extradição; 
ii) requisição M.J 
 
 
 
 
 Pena cumprida no estrangeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instrumento de cooperação 
internacional, onde um Estado ou um 
País se obriga a entregar a outro um 
agente para ser processado ou para que 
cumpra pena. 
Deve preencher todos os requisitos da 
condicionada e mais os 2 dela mesma. 
Todos devem estar 
preenchidos no caso 
concreto. 
Autorização para o início do processamento. 
Crime praticado por estrangeiro contra 
brasileiro e não seja julgado no 
exterior. 
Art. 8º, CP. Só se aplicará na extraterritorialidade incondicionada. 
Critério Quantitativo: relação com a quantidade de pena. 
Critério Qualitativo: relação com a qualidade da pena. 
Por força do princípio do “NE BIS IN IDEM” ninguém pode ser condenado 
2 vezes pelo mesmo crime. Porém essa regra não é absoluta. A exceção está 
precisamente na hipótese de extraterritorialidade incondicionada. Nesse caso, 
pode o país onde se deu o crime condenar o agente e o Brasil também. Por 
força do Art. 8º, CP, a pena cumprida no estrangeiro deve ser compensada na 
pena fixada no Brasil. (Luis Flávio Gomes) 
 Eficácia da Sentença Estrangeira 
 
 
 
 
 
 
 Contagem de prazo 
 
 
 
 
 
 
 
 Frações não computáveis da pena 
 
 
 
 Concurso/Conflito aparente de normas 
 
 
 
 Obs. 1: Não se confunde com concurso de crimes 
 
 
 
 
PRAZO PENAL PRAZO PROCESSUAL 
Incluí o dia do início; Não incluí o dia do início; 
É improrrogável (Se for no domingo o 
dia de soltar o indivíduo ele deverá ser 
solto). 
É prorrogável (Se for domingo o dia de 
soltar o indivíduo poderá ser prorrogado 
para a segunda). 
Art. 9º, CP. : Reparação do dano/Cumprimento de medida de segurança; 
Homologação STJ Art. 105, I, “i”, CF; 
Súmula 420 STF. 
Para a sentença ser homologada faz-se necessária a comprovação do 
trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Sentença penal 
condenatória em transito em julgado: sentença que não cabe mais 
recurso. 
Art. 10, CP. : Conta-se o dia do início de quando o indivíduo praticou o 
crime e foi preso ou intimado. 
Calendário comum/gregoriano 
Prazo improrrogável (PENAL): O prazo para soltar o indivíduo não pode 
ser prorrogado. 
Prazo Processual: Não conta o dia do início. 
 
Art. 11, CP; 
Frações de dia: HORAS; 
Frações de moeda (vigente): CENTAVOS. 
Unidade de fato: 1 único fato; 
Pluralidade de leis: mais de uma lei para o fato. 
Pressupõe a existência de mais de um crime. 
 Obs. 2: Não se confunde com sucessão de leis penais no tempo. 
 
 
 Critério para resolver conflito aparente de normas 
a) Especialidade: “lex especiatis derogat lex generalis” 
 
 
 
 
 
 
b) Subsidiariedade: “Soldado de reserva” 
 
 
 
 
c) Consunção/Absorção 
Se temos 2 dispositivos em vigência, só se está 
em dúvida em qual lei vigente será aplicada. 
 
“Critérios especializantes” 
 Art. 12, CP. Interpretação inversa 
Caso exista lei especial sobre determinado tema ela deve 
ser utilizada, mas se for omissa utiliza-se a lei geral em 
caráter residual. 
Lei especial revoga a lei geral. 
A lei especial sempre vai 
prevalecer sob a lei geral. 
Ex.: Art. 132, CP (Parte geral) 
 Uma lei tem caráter subsidiário quando o fato por ela incriminado é também 
incriminado por outra, tendo um âmbito de aplicação comum mas de 
abrangência diversa, ou seja, responderá pela infração subsidiária quando o 
fato não for punível como crime mais grave. 
Um crime é meio para a realização de outro; 
Ex.: Lesão corporal para causar homicídio; 
Ex.: Falsificação de documento para estelionato. 
RESPONDERÁ PELO CRIME PRINCIPAL.

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