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RESUMO – PINOS INTRA-RADICULARES 1- Quais os objetivos da restauração c/ pino intra-radicular? Permitir melhor distribuição de forças; Retenção e estabilidade dos materiais restauradores coronários; Retenção p/ núcleo de preenchimento; 2- Quais as indicações do pino intra-radicular? Dentes c/ tratamento endodôntico, nas seguintes situações: Dentes anteriores c/ grande perda tecidual; Dentes posteriores c/ grande perda tecidual e necessidade de ancoragem intra-radicular p/ retenção da restauração; Dentes c/ grande perda tecidual e que são pilares p/ PPF; Dentes c/ grande perda tecidual e que são guias de desoclusão; Dentes c/ raízes fragilizadas; 3- Quais as vantagens do pino intra-radicular em relação ao núcleo metálico fundido? Desgaste mais conservador; Menor número de variáveis (etapas laboratoriais, moldagem, etc.); Sessão clínica única; Baixo módulo de elasticidade (diminui as tensões sobre a porção radicular do dente, evitando formação de trincas e fraturas); 4- Como são classificados os pinos intra-radiculares? Quanto ao módulo de elasticidade: Rígidos – Alto módulo de elasticidade. Podem ser: Metálicos e Cerâmicos; Flexíveis – Módulo de elasticidade mais próximo ao do dente. Podem ser: Fibra de vidro e fibra de carbono; Quanto à técnica de uso clínico: Indiretos – Feitos em 2 sessões clínicas, interpostas por 1 sessão laboratorial. São anatômicos (reproduzem melhor a morfologia interna do canal). Podem ser: Metálicos, cerâmicos e fibra de vidro; Semidiretos – Feitos em 1 sessão clínica. Demandam modelagem do canal c/ o próprio pino, acrescido de resina composta. São de fibra de vidro; Diretos – São pré-fabricados. Podem ser: Metálicos, cerâmicos, fibra de vidro e fibra de carbono; Quanto ao modo de confecção / comercialização: Anatômicos – Tem melhor adaptação ao canal (exigem modelagem, que pode ser feita através das técnicas: Indireta, semidireta ou direta); Pré-Fabricados – Estão disponíveis em diversos tamanhos, formatos e materiais. Podem ser: Metálicos, cerâmicos, fibra de vidro, fibra de carbono e fibra de quartzo; Quanto ao formato: Cilíndricos – Tem maior retenção no canal. Precisam de desgaste adicional p/ sua adaptação; Cônicos – São menos retentivos, mais anatômicos (acompanham a conicidade do canal e obturação endodôntica prévia) e mais conservadores que os cilíndricos; Dupla Conicidade – Tem formato muito similar à modelagem do canal. Precisam de menor desgaste p/ sua adaptação. Permitem menor espessura de cimento no terço cervical do preparo (isso confere maior retenção do pino ao canal); Acessórios – São cônicos e de diâmetro fino. São utilizados no preenchimento adicional de canais muito amplos, quando um único pino pré-fabricado não é suficiente p/ a restauração do espaço intra- radicular; Quanto à composição: Pinos Metálicos – São confeccionados em ligas de aço inoxidável, titânio, ligas nobres ou ligas alternativas. Podem ser: Indiretos ou diretos; Pinos Cerâmicos – São confeccionados à base de cerâmicas fundíveis e/ou prensadas. Possuem grande rigidez. Podem ser: Indiretos ou diretos; Pinos de Fibra de Carbono – São constituídos de aprox. 64% de fibras de carbono longitudinais e 36% de resina epóxica. São diretos; Pinos de Fibra de Vidro – São constituídos de aprox. 42% de fibras de vidro longitudinais envoltas em uma matriz de resina epóxica (29%) e partículas inorgânicas (29%). Podem ser: Indiretos, semidiretos e diretos; 5- Quais as vantagens e limitações dos tipos de pinos intra-radiculares? 6- Quais fatores auxiliam no diagnóstico p/ restauração c/ pinos intra-radiculares? Quantidade de estrutura dental remanescente; Condição e morfologia da raíz remanescente; Localização do dente no arco; Oclusão; Tipo de restauração a ser confeccionado; Expectativa estética do paciente; 7- Como são as técnicas restauradoras p/ dentes anteriores e posteriores, em função da integridade da coroa dental? 8- Descreva o protocolo clínico p/ a restauração c/ pino intra-radicular direto de fibra de vidro? Exame clínico: Observação detalhada da região adjacente e do(s) dente(s) a ser(em) restaurado(s); Remover a restauração antiga e/ou o material restaurador provisório (p/ permitir melhor acesso e avaliação do formato e diâmetro do canal); Exame radiográfico periapical, p/ avaliar: Qualidade da obturação; Dimensão do canal; Condição da região periapical; Espessura da dentina radicular remanescente; Anatomia radicular (Presença ou não de curvatura; Comprimento da raíz; Inclinação da raíz); Desobturação e preparo do canal: Remover a guta-percha c/: Brocas Gattes-Gliden (de tamanho compatível c/ o diâmetro do canal); Instrumento aquecido; Broca específica disponibilizada pelo fabricante do pino (em baixa rotação e c/ refrigeração), selecionada de acordo c/ o diâmetro do pino. OBS.: Utilizar stop de borracha, na medida correta; O movimento de introdução (da Gattes-Gliden / Instrumento aquecido / Broca específica) deve ser paralelo ao longo eixo do canal (evitando movimentos oscilatórios e desgaste lateral desnecessário); Tirar Rx Periapical p/: Conferir se há pelo menos 4-5 mm de guta-percha na região apical; Garantir selamento da obturação; Verificar presença ou não de material obturador aderido às paredes do canal (isso interfere na cimentação do pino); Conferir adaptação do pino no canal; Normalmente, os fabricantes disponibilizam pinos e brocas p/ preparo do canal (em 3 diâmetros); Teste do pino no canal: Inserir o pino p/ avaliar: Adaptação, inclinação e comportamento do mesmo no canal; O pino deve reproduzir o espaço deixado pelo preparo c/ a broca; Comprimento do pino: 2/3 da extensão do canal. Isso confere: Maior estabilidade, maior retenção e melhor distribuição das forças no dente; Formato do pino: Cônico, paralelo ou dupla conicidade; Realizar corte no pino aprox. 2 mm aquém da borda incisal do dente, c/ ponta diamantada (em alta rotação e c/ refrigeração), em movimento único e transversal ao longo eixo do pino ou de suas fibras longitudinais; Tratamento da superfície do pino: Objetivo: Favorecer a união química da porção orgânica do cimento resinoso c/ o quartzo ou c/ a porção inorgânica das fibras do pino, pois o silano apresenta molécula bifuncional; Limpar o pino c/ álcool, p/ remover detritos; Após a limpeza, realizar o tratamento da superfície do pino, de acordo c/ a composição do mesmo; Aplicar silano no pino (esperar aprox. 1 minuto), secar c/ leves jatos de ar e aplicar o sistema adesivo; Não utilizar microjateamento c/ óxido de alumínio no pino (altera sua superfície, prejudica sua resistência e sua adesão); Em casos de canais muito amplos e em que há uma boa adaptação do pino no terço apical (mas este fica frouxo no terço médio e/ou cervical), realizar o reembasamento do mesmo c/ resina composta; Esse reembasamento permite melhor adaptação do pino ao canal radicular, resultando em: Menor linha de cimentação; Menor incorporação de bolhas; Menor incidência de falhas; Menor contração de polimerização dos cimentos resinosos; Protocolo clínico p/ reembasamento do pino: Isolar o canal c/ lubrificante hidrossolúvel p/ modelagem e limpar o pino. Aplicar uma camada de adesivo puro no pino c/ microbrush e fotopolimerizar por 10 segundos. Colocar a resina composta sobre o pino, inseri-lo no canal e fotopolimerizar a resina durante 5 segundos. Remover o conjunto e fotopolimerizar a resina por 20 segundos (em cada face do pino). Lavar o pinoe o canal c/ bastante água. Condicionamento ácido do pino c/ Ácido Fosfórico à 37% durante 15 segundos. Lavagem, secagem e aplicação do silano no pino; Aplicação do sistema adesivo no canal e na estrutura dentária remanescente: Utilizar sistema adesivo dual ou quimicamente ativado de 3 etapas; Aplicar o Ácido Fosfórico c/ ponta fina e longa (p/ facilitar seu posicionamento em toda a extensão do canal e na porção coronária remanescente), por 30 segundos; Lavagem abundante c/ água e secagem c/ sugador endodôntico e cones de papel absorvente (p/ remover o excesso de água); Aplicar o primer + sistema adesivo de acordo c/ o fabricante e utilizar microbrush fino e longo (p/ atingir toda a extensão do canal); OBS.: Fotopolimerizar o adesivo por aprox. 40 segundos (dependendo do fabricante), posicionando a ponta do aparelho fotopolimerizador o mais próximo possível da entrada do canal; Inserção do cimento resinoso: Condicionamento ácido do canal c/ Ácido Fosfórico à 37% por 15 segundos, seguido de lavagem e secagem; Aplicar o ativador do sistema adesivo c/ microbrush + Secagem c/ leves jatos de ar por 5 segundos e remoção do excesso c/ pontas de papel absorvente. Realizar o mesmo p/ o primer do sistema adesivo; Aplicar o catalizador e inserir o cimento resinoso c/ seringa p/ aplicação de materiais dentários viscosos (c/ ponta agulhada). A ponta agulhada deve ser introduzida até o final do canal, p/ iniciar a inserção do cimento (isso evita formação de bolhas); Introduzir rapidamente o pino no canal; Aguardar o tempo da polimerização química do cimento resinoso (cerca de 2 minutos). Remover o excesso de cimento extravasado; Realizar a fotopolimerização do cimento por 40 segundos em cada face do dente; Confecção do núcleo de preenchimento (c/ resina composta micro-híbrida ou nanoparticulada): Escolher a cor da resina; Aplicar a resina em incrementos de aprox. 2 mm de espessura cada e fotopolimerizar por 20-40 segundos; Realizar o preparo do núcleo (c/ pontas diamantadas, em alta rotação), definindo a forma do mesmo; OBS.: Pode-se utilizar núcleos pré-fabricados de fibra de vidro (disponíveis em 3 tamanhos), que podem ser “personalizados”. Realizar a fixação do núcleo pré-fabricado ao pino (previamente cimentado) c/ sistema adesivo e resina; Restauração Direta ou Indireta: Restauração Direta: C/ resina composta micro-híbrida ou nanoparticulada; Realizar a restauração através da técnica incremental, acompanhando a forma natural do dente; Restauração Indireta: Realizar moldagem, confecção do provisório e enviar a moldagem p/ o laboratório de prótese; Realizar cimentação do provisório; Em outra sessão, realizar prova e cimentação da restauração indireta;
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