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Direito Penal RESUMO

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Direito Penal
Crime: infração penal que a lei comina pena de RECLUSÃO ou DETENÇAO isolada, alternativa ou cumulativamente com multa. Não excederá 30 anos.
Contravenção Penal: é aplicada pena de PRISAO SIMPLES ou multa, isolada ou cumulativamente. Não Pune tentativa. Não excederá 5 anos
Princ. da Insignificância: ocorrerá sempre que uma lesão ao bem jurídico tutelado na lei for insignificante.
Princ. da Intervenção Mínima: a lei penal só deve intervir quando absolutamente necessário (ultima ratio).
Princ. da proporcionalidade: a todo fato descrito na lei como crime, deve ter uma pena na mesma proporção.
Princ. da Intranscendência: ninguém pode ser responsabilizado por fato que foi cometido por terceiro.
Princ. da Reserva Legal: prevê que não há crime sem lei anterior que o define, nem pena sem prévia cominação legal. É uma espécie do Princ. Da Legalidade, que significa o respeito e submissão à lei.
Analogia in bonam partem: aplica-se ao caso omisso uma norma favorável ao réu.
Abolitio Criminis: é uma causa de Extinção da Punibilidade. Ocorre quando uma lei nova trata como lícito um fato tido antes como criminoso. Atinge os fatos sobre os quais já houve coisa julgada. ( adultério).
Novatio Legis Incriminadora: ocorre quando uma conduta considerada lícita passa a ser considerado crime por lei posterior.
Lei Excepcional e Lei Temporária: possuem ULTRATIVIDADE, mesmo após o término da situação continuam aplicáveis aos fatos anteriormente ocorridos.
Tempo do Crime: adota-se a TEORIA DA ATIVIDADE, o crime ocorre no lugar em que foi praticada a conduta (ação ou omissão). Nos Crimes Permanentes aplica-se a lei apenas quando houver a cessação da permanência. Nos Crimes Continuados aplica-se a lei da última conduta na prática delitiva.
Lugar do Crime: adota-se a TEORIA DA UBIQUIDADE (ou mista), o crime é cometido tanto no lugar da atividade quanto no lugar do resultado. Nos Crimes Plurilocais comuns aplica-se a Teoria do resultado (se considera como lugar do crime o local onde ocorre a consumação). Ex: conduta praticada em São Paulo e resultado consumado em Campinas
Extraterritorialidade incondicionada: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes contra Presidente da República, Contra patrimônio ou fé pública das pessoas jurídicas da organização direta e indireta, contra a Adm. Púb, e de Genocídio quando o agente for brasileiro.
Prazo: o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Sempre deve diminuir um dia no final.
Suj. Passivo Formal ou Mediato: Estado
Suj. Passivo Material ou Imediato: Titular do direito protegido. Pessoas físicas, pessoa jurídica, a coletividade ou o próprio Estado.
Conceito de Crime: Critério Analítico (formal/dogmático): FATO TÍPICO + ILÍCITO + CULPÁVEL (Teoria Clássica).
Tipicidade: adequação entre o fato e a conduta definida em lei.
Ilicitude: conduta definida em lei como ilícita.
Culpabilidade: juízo de reprovação sobre determinada conduta contra a normal penal.
1- Fato Típico: CONDUTA (dolosa ou culposa) + RESULTADO (salvo nos crimes de mera conduta) + NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE A CONDUTA E O RESULTADO (salvo nos crimes de mera conduta e formais) + TIPICIDADE
Excludentes da Conduta e de Tipicidade: Coação FÍSICA Irresistível (exclui a conduta), Caso fortuito e força maior (exclui a conduta), Hipnose (exclui a conduta), Sonambulismo (exclui a conduta), Movimento reflexo (exclui a conduta). Erro de tipo, Arrependimento eficaz e desistência voluntária e Principio da Insignificância excluem a TIPICIDADE.
Resultado – Jurídico ou naturalístico. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (Teoria da equivalência dos antecedentes causais); A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. (Exceção: Teoria da causalidade adequada).
Dolo Direto: o agente prevê o resultado e age para alcançá-lo.
Dolo Eventual: o agente prevê o resultado e assume o risco de produzi-lo, aceita tal possibilidade.
Elementos do Dolo: cognitivo ou intelectual (tem consciência do que faz) e volitivo (quer realizar a conduta).
Crime Culposo: quando o agente dá causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. O agente produz um resultado indesejado, não previsto, que podia com a devida atenção, ter evitado. 
Espécies de Culpa: Culpa Consciente (o resultado causado foi previsto pelo sujeito, mas esperava sinceramente que não iria ocorrer ou que poderia evitá-lo). Culpa Inconsciente (o resultado não é previsto pelo agente, embora previsível). Culpa própria (não quer nem assume o risco de produzir). Culpa Imprópria (o agente por erro na situação, que se real justificaria sua conduta, provoca intencionalmente o resultado ilícito).
Elementos do Crime Culposo: 
CONDUTA HUMANA VOLUNTÁRIA
INOBSERVÂNCIA DO DEVER OBJETIVO DE CUIDADO
PREVISIBILIDADE
RESULTADO NATURALÍSTICO (INVOLUNTÁRIO)
NEXO CAUSAL
TIPICIDADE
Modalidades de Culpa:
NEGLIGÊNCIA: ausência de precaução; é o deixar de fazer o devido. (deixar arma de fogo próxima a uma criança).
b) 	IMPRUDÊNCIA: pessoa que não toma o cuidado necessário. (dirigir com excesso de velocidade).
c)	IMPERÍCIA: é a inaptidão para o exercício de arte ou profissão. Deveria dominar a técnica, mas não a domina.
ITER CRIMINIS (fases do crime): 1°) cogitação; 2°) preparação; 3°) execução; 4°) consumação.
Crime Consumado: ocorre quando se reúnem todos os elementos de sua definição legal. 
Crime Tentado: ocorre quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. Perfeita, falha (a fase de execução é acabada, mas não ocorre a consumação por circunstâncias alheias vontade do agente) e Imperfeita (a fase de execução é interrompida antes de ser esgotada e o crime não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente); Incruenta ou branca ( a vitima não é atingida) e Cruenta ou vermelha( a vitima chega a ser atingida).
		
** NÃO ADIMITEM TENTATIVA: Crimes Culposos, Contravenções Penais, Crimes Omissivos Próprios, Crimes unissubsistentes, Crimes Habituais e Crimes Preterdolosos.
EXCLUDENTES DE ILICITUDE: 
I - em estado de necessidade; (Teoria Unitária) 
		Requisitos: PERIGO ATUAL;
 PERIGO NÃO PROVOCADO VOLUNTARIAMENTE;
 AMEAÇA A DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO;
 AUSÊNCIA DE DEVER LEGAL DE ENFRENTAR O PERIGO.
 INEVITABILIDADE DO PERIGO POR OUTRO MODO;
 PROPORCIONALIDADE.
II - em legítima defesa; 
 Requisitos: AGRESSAO INJUSTA;
			 AGRESSAO ATUAL OU IMINETE;
			 DEFESA DE DIREITO PROPRIO OU ALHEIO;
			 REACAO COM OS MEIOS NECESSARIOS;
			 USO MODERADO DOS MEIOS.
III - em estrito cumprimento de dever legal; (policiais efetuando prisões; oficial de just realizando busca e apreensão)
 IV - exercício regular de direito. (Ofendículos, intervenção medica)
Causa SUPRALEGAL: consentimento do ofendido.
CULPABILIDADE: 
I - Imputabilidade; 
São Inimputáveis (excluem a culpabilidade):
1. Menoridade; (Critério Biológico) 
2. Doença mental; (Critério Biopsicológico)
4. Desenvolvimento mental incompleto ou retardado; (Critério Biopsicológico)
5. Embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior (acidental ou involuntária); Isento de pena.
II - Potencial consciência da ilicitude;
O agente deve possuir a consciência da ilicitude do fato ou ao menos, ter a possibilidade de conhecê-la. Exclui a potencial consciência da ilicitude:		
- ERRO DE PROIBICAO ou erro sobre a ilicitude do fato inevitável, invencível ou escusável (art. 21, caput): E ISENTO DE PENA quando o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando, pelas circunstâncias, não lhe era possível ter ou atingir essaconsciência. Caso o erro seja evitável, vencível ou inescusável apenas diminui a pena (de 1/6 a 1/3)
III - Exigibilidade de conduta diversa.
Exclui a exigibilidade de conduta diversa: - Coação Moral Irresistível e Obediência Hierárquica.
ERRO DE TIPO: é a falsa percepção da realidade. O sujeito se equivoca sobre a elementar do tipo penal. SEMPRE exclui o DOLO;
Inevitável, invencível ou escusável: exclui DOLO e CULPA.
Evitável, vencível ou inescusável: exclui o DOLO, mas permite a punição por crime culposo.
Erro sobre a Pessoa: in persona. Irmãos gêmeos. O sujeito pratica a conduta prevendo o resultado contra a vítima pretendida e acaba produzindo o resultado contra outra pessoa.
REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS:
				I - Pluralidade de agentes e condutas;
				II - Relevância causal de cada conduta;
				III – Vinculo/liame Subjetivo entre os agentes; (é desnecessária a prévia combinação);
				IV - Identidade de infração penal
** Teoria Monista (ou unitária): determina o reconhecimento de um único crime para a responsabilização do autor, co-autor e participe. Há exceção (Teoria Pluralista), 124, 2a parte, e 126, a parteira comete um crime e a gestante outro.
				
AS PENAS SÃO: PRIVATIVAS DE LIBERDADE, RESTRITIVAS DE DIREITO E DE MULTA.
PPL: RECLUSAO deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. DETENCAO, em regime semi-aberto, ou aberto, SALVO necessidade de transferência ao regime fechado.
a) regime fechado: estabelecimento de segurança máxima ou média; Superior a 8 anos
b) regime semiaberto: colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; Não reincidente, pena superior a 4 anos e não exceda a 8.
c) regime aberto: casa de albergado ou estabelecimento adequado. Não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 anos.
1ª Fase - fixação da pena-base considerando as circunstâncias judiciais (art. 59).
2ª Fase - aplicação das circunstâncias atenuantes e agravantes.
3ª Fase - causas de diminuição e aumento.
Circunstâncias agravantes: Todas incidem sobre CRIMES DOLOSOS, com exceção da Reincidência.
	I - a reincidência (para crimes culposos e dolosos)
	II - ter o agente cometido o crime:
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime;
c) à traição, emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou conjugue;
f) com abuso de autoridade ou com violência domestica ou contra mulher; 
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão; 
h) contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida; 
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade; 
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido; 
l) em estado de embriaguez preordenada.
 		
Agravantes no caso de concurso de pessoas 
I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; 
II - coage ou induz outrem à execução material do crime; (Coação Moral Irresistível)
III - instiga a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; 
IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa.
				
Circunstâncias atenuantes 
 I - ser o agente menor de 21, na data do fato, ou maior de 70 anos, na data da sentença; 
II - o desconhecimento da lei; 
 III - ter o agente: a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano; 
c) cometido o crime sob coação a que PODIA RESISTIR, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima; 
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime; 
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Penas restritivas de Direito: a PPL será convertida em PRD desde se o fato não tiver sido cometido com violência ou ameaça; não for o réu reincidente em crime doloso; e as circunstâncias pessoais do agente o recomendarem; e qualquer que seja a pena no crime culposo:
I - prestação pecuniária: pagamento em dinheiro a vitima, não inferior a 1 salário mínimo nem superior a 360, pode consistir em prestação de outra natureza.
II - perda de bens e valores: destinado ao Fundo Penitenciário Nacional.
III - limitação de fim de semana: Por 5 horas diárias aos sábados e domingos.
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas: aplicável a penas superiores a 6 meses de PPL.
V - interdição temporária de direitos: 
I - proibição do exercício de cargo, função ou ativ pub, e de mandato eletivo. TEMPORÁRIO
II - proibição do exercício de profissão, ativ ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público; NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO APENAS.
 III - suspensão de autorização ou habilitação para dirigir veículo. DELITOS CULPOSOS DE TRÂNSITO
IV – proibição de freqüentar determinados lugares;
V - proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exames públicos. 
Concurso Material: Quando o agente, mediante MAIS DE UMA ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se CUMULATIVAMENTE as PPL em que haja incorrido. (Sistema de Cúmulo Material).
Concurso Formal: Quando o agente, mediante UMA SÓ ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, será aplicada a mais grave das penas. (Sistema de Exasperação).
Se forem iguais, aplica-se somente uma delas, mas aumentada de UM SEXTO ATÉ METADE. 
Pelo Concurso Material Benéfico se as regras de Exasperação prejudicarem o acusado, as penas deverão ser SOMADAS. Entretanto, as penas aplicam-se cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes resultam de desígnios autônomos. (Concurso Formal Impróprio).
Crime continuado (Continuidade Delitiva): Quando o agente, mediante MAIS DE UMA ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da MESMA ESPÉCIE e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se a pena de um só dos crimes, se idênticas. Porém aplica-se a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de UM SEXTO A DOIS TERÇOS. (Sistema de Exasperação).
		Parágrafo Único: crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa: Aumenta-se a pena de UM SEXTO ATÉ O TRIPLO pelo grau de culpabilidade.
Requisitos: pluralidade de condutas; pluralidade de crimes da mesma espécie; mesmas condições: de lugar, de tempo e de modo de execução.
ERRO NA EXECUÇÃO (Aberratio Ictus): quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente atinge pessoa diversa. Ou seja, o agente "falha na pontaria e erra o alvo.”
		Resultado único: Se o agente atingir apenas pessoa diversa da pretendida, será punido considerando-se as condições e qualidades da vítima desejada e não da vitima atingida.
		Resultado duplo: O agente, ALÉM de atingir a vítima desejada, atinge pessoa diversa. Aplica-se a regra do concurso formal (sistema da exasperação), sendo aplicada a mais grave das penas cabíveis. Se idênticas, somente uma delas, mas com o aumento de UM SEXTO ATÉ METADE.
RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO (ABERRATIO CRIMINIS): quando por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido. Ou seja, o agente quer atingir um bem jurídico e atinge outro de espécie distinta. Pode ocorrer que o agente produza também o resultado pretendido. COISA X PESSOA.
		Se além do resultado não pretendido ocorrer também o resultado pretendido, será aplicadaa mais grave das penas cabíveis. Se idênticas, somente uma delas, mas com o aumento de UM SEXTO ATÉ METADE.
		Aplicam-se cumulativamente as penas se caso o agente tenha previsto ou assumido o risco de produzir o resultado.
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS): A execução de PPL, não superior a 2 anos, poderá ser suspensa, por 2 a 4 anos, desde que:
		-O condenado não seja reincidente em crime doloso; atenda-se às circunstancias do art. 59; e não sejam cabíveis PRDs.
		Sursis Simples: No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade ou submeter-se à limitação de fim de semana.
		Sursis Especial: O condenado NÃO precisa prestar serviços à comunidade e não se submete à limitação de fim de semana no primeiro ano do período de prova, caso haja REPARADO O DANO, salvo justificativa, e se as condições do art. 59 forem favoráveis, poderá substituir pelas seguintes condições: a) proibição de freqüentar determinados lugares; b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; c) comparecimento pessoal e obrigatório ao juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades.
		Revogação obrigatória: é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; frustrar, a execução de pena de multa ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano; descumpre a condição do § Iº do art. 78 (prest de serv à comun. ou limitação de fds).
		Revogação facultativa: a) descumprimento de qualquer outra condição imposta. b) o agente é irrecorrivelmente condenado, durante o período de prova, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos.
LIVRAMENTO CONDICIONAL: forma de antecipação da liberdade do condenado antes de terminar o cumprimento da pena.
Pena Privativa de Liberdade deve ser IGUAL ou SUPERIOR a 2 anos e:
Cumprir mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes. 
Cumprir mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso. 
Cumprir mais de dois terços da pena nos casos de condenação por crime hediondo, tortura, tráfico, e terrorismo, se o apenado não for reincidente em crimes dessa natureza. 
Reparação do dano causado pela infração, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo.
EFEITOS DA CONDENAÇÃO:
	Automáticos: a) obrigação de reparação/indenização do dano; b) perda em favor da União dos instrumentos e produtos do crime.
	Não-Automáticos (específicos):
 Perda de cargo, função pública ou mandato eletivo;
 A incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado.
A Inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE:
			I - pela morte do agente; 
II - pela anistia (Congresso Nacional), graça ou indulto (Presidente pode delegar); 
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso (ABOLITIO CRIMINIS); 
IV - pela prescrição, decadência (perda do direito de responsabilizar alguém por parte da vítima) ou perempção; 
V - pela renúncia do direito de queixa OU pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada (expressa ou tácita); 
VI - pela retratação do agente; 
VII - pelo perdão judicial.
Efeitos da reincidência 
a) é considerada circunstância agravante (art. 61, 1), a ser considerada na segunda fase do processo dosimétrico; 
b) no concurso de agravantes, constitui circunstância preponderante. (art. 67); 
c) impede a concessão da suspensão condicional da execução da pena (art. 77, I); 
d) aumenta o prazo de cumprimento da pena para a obtenção do livramento condicional (art. 83, li); 
e) aumenta o prazo da prescrição da pretensão executória (CP, art. 110, caput); 
f) é causa interruptiva da prescrição da pretensão executória (art. 117, VI); 
g) afasta a incidência de certas causas de diminuição de pena (ex.: arts. 155, § 2°, 170 e 171, § 1°, todos do CP).
Crime Omissivo Próprio: o tipo penal descreve uma conduta omissiva (não fazer). É a omissão do autor quando deve agir. Omissão de Socorro.
Crime Omissivo Impróprio ou Comissivo por Omissão: o agente deixa de evitar o resultado quando podia e devia agir (ex.: salva-vidas dolosamente deixa de evitar a morte de pessoa que estava se afogando).
Desistência Voluntaria: ocorre quando o agente desiste voluntariamente de prosseguir nos atos executórios e não ocorre a consumação do crime inicialmente almejado.
Arrependimento Eficaz: se dá quando o agente, depois de realizados os atos executórios, arrepende-se e pratica uma ação impedindo a produção do resultado, evitando a consumação do crime.
Arrependimento Posterior: Requisitos – Crime cometido sem violência ou grave ameaça, reparação do dano ou restituição do material, ato voluntario e reparação ate o recebimento da denuncia ou queixa.
Norma Penal em Branco em SENTIDO LATO: o complemento é determinado pela MESMA fonte formal da norma incriminadora.
Norma Penal em Branco em SENTIDO ESTRITO: o complemento vem de um ato normativo DIVERSO da lei.
Crimes Comuns: praticados por qualquer pessoa.
Crimes Próprios: exigem uma qualidade especial do sujeito ativo (ex.: peculato, que requer a qualidade de funcionário público).
Crimes de Mão Própria: não podem ser praticados por intermédio de outrem, não admitindo co-autoria. (Falso testemunho, auto-aborto).
Crime Instantâneo: a consumação é imediata. (furto)
Crime Permanente: a consumação se prolonga no tempo (cárcere privado).
Crime Instantâneo de efeitos Permanentes: a consumação é imediata, mas o resultado se prolonga no tempo independente da vontade do agente (bigamia).
Crime material: o tipo descreve a conduta e o resultado naturalístico. Para consumar o delito é necessário o resultado naturalístico (ex.: homicídio, furto, roubo). 
Crime Formal: o crime se tem consumado independentemente do resultado naturalístico, não exigindo para a sua consumação o resultado pretendido pelo agente. (Ameaça, extorsão mediante seqüestro, concussão).
Crime de mera conduta: o tipo descreve apenas a conduta, da qual não exige nenhum resultado naturalístico (ex.: violação de domicílio, porte ilegal de arma de fogo).
HEDIONDOS:
homicídio, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado.
lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts.1422 e 144 da CF, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição;
latrocínio (art. 157, § 3º, in fine)
extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2º)
extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lº, 2º e 3º)
estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º)
estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1º, 2º, 3º e 4º)
epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º)
falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1º, § 1º-A e § 1º-B)
favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º)
genocídio (Lei 2.889/56).

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