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Direito Penal Crime: infração penal que a lei comina pena de RECLUSÃO ou DETENÇAO isolada, alternativa ou cumulativamente com multa. Não excederá 30 anos. Contravenção Penal: é aplicada pena de PRISAO SIMPLES ou multa, isolada ou cumulativamente. Não Pune tentativa. Não excederá 5 anos Princ. da Insignificância: ocorrerá sempre que uma lesão ao bem jurídico tutelado na lei for insignificante. Princ. da Intervenção Mínima: a lei penal só deve intervir quando absolutamente necessário (ultima ratio). Princ. da proporcionalidade: a todo fato descrito na lei como crime, deve ter uma pena na mesma proporção. Princ. da Intranscendência: ninguém pode ser responsabilizado por fato que foi cometido por terceiro. Princ. da Reserva Legal: prevê que não há crime sem lei anterior que o define, nem pena sem prévia cominação legal. É uma espécie do Princ. Da Legalidade, que significa o respeito e submissão à lei. Analogia in bonam partem: aplica-se ao caso omisso uma norma favorável ao réu. Abolitio Criminis: é uma causa de Extinção da Punibilidade. Ocorre quando uma lei nova trata como lícito um fato tido antes como criminoso. Atinge os fatos sobre os quais já houve coisa julgada. ( adultério). Novatio Legis Incriminadora: ocorre quando uma conduta considerada lícita passa a ser considerado crime por lei posterior. Lei Excepcional e Lei Temporária: possuem ULTRATIVIDADE, mesmo após o término da situação continuam aplicáveis aos fatos anteriormente ocorridos. Tempo do Crime: adota-se a TEORIA DA ATIVIDADE, o crime ocorre no lugar em que foi praticada a conduta (ação ou omissão). Nos Crimes Permanentes aplica-se a lei apenas quando houver a cessação da permanência. Nos Crimes Continuados aplica-se a lei da última conduta na prática delitiva. Lugar do Crime: adota-se a TEORIA DA UBIQUIDADE (ou mista), o crime é cometido tanto no lugar da atividade quanto no lugar do resultado. Nos Crimes Plurilocais comuns aplica-se a Teoria do resultado (se considera como lugar do crime o local onde ocorre a consumação). Ex: conduta praticada em São Paulo e resultado consumado em Campinas Extraterritorialidade incondicionada: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes contra Presidente da República, Contra patrimônio ou fé pública das pessoas jurídicas da organização direta e indireta, contra a Adm. Púb, e de Genocídio quando o agente for brasileiro. Prazo: o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Sempre deve diminuir um dia no final. Suj. Passivo Formal ou Mediato: Estado Suj. Passivo Material ou Imediato: Titular do direito protegido. Pessoas físicas, pessoa jurídica, a coletividade ou o próprio Estado. Conceito de Crime: Critério Analítico (formal/dogmático): FATO TÍPICO + ILÍCITO + CULPÁVEL (Teoria Clássica). Tipicidade: adequação entre o fato e a conduta definida em lei. Ilicitude: conduta definida em lei como ilícita. Culpabilidade: juízo de reprovação sobre determinada conduta contra a normal penal. 1- Fato Típico: CONDUTA (dolosa ou culposa) + RESULTADO (salvo nos crimes de mera conduta) + NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE A CONDUTA E O RESULTADO (salvo nos crimes de mera conduta e formais) + TIPICIDADE Excludentes da Conduta e de Tipicidade: Coação FÍSICA Irresistível (exclui a conduta), Caso fortuito e força maior (exclui a conduta), Hipnose (exclui a conduta), Sonambulismo (exclui a conduta), Movimento reflexo (exclui a conduta). Erro de tipo, Arrependimento eficaz e desistência voluntária e Principio da Insignificância excluem a TIPICIDADE. Resultado – Jurídico ou naturalístico. O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (Teoria da equivalência dos antecedentes causais); A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. (Exceção: Teoria da causalidade adequada). Dolo Direto: o agente prevê o resultado e age para alcançá-lo. Dolo Eventual: o agente prevê o resultado e assume o risco de produzi-lo, aceita tal possibilidade. Elementos do Dolo: cognitivo ou intelectual (tem consciência do que faz) e volitivo (quer realizar a conduta). Crime Culposo: quando o agente dá causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. O agente produz um resultado indesejado, não previsto, que podia com a devida atenção, ter evitado. Espécies de Culpa: Culpa Consciente (o resultado causado foi previsto pelo sujeito, mas esperava sinceramente que não iria ocorrer ou que poderia evitá-lo). Culpa Inconsciente (o resultado não é previsto pelo agente, embora previsível). Culpa própria (não quer nem assume o risco de produzir). Culpa Imprópria (o agente por erro na situação, que se real justificaria sua conduta, provoca intencionalmente o resultado ilícito). Elementos do Crime Culposo: CONDUTA HUMANA VOLUNTÁRIA INOBSERVÂNCIA DO DEVER OBJETIVO DE CUIDADO PREVISIBILIDADE RESULTADO NATURALÍSTICO (INVOLUNTÁRIO) NEXO CAUSAL TIPICIDADE Modalidades de Culpa: NEGLIGÊNCIA: ausência de precaução; é o deixar de fazer o devido. (deixar arma de fogo próxima a uma criança). b) IMPRUDÊNCIA: pessoa que não toma o cuidado necessário. (dirigir com excesso de velocidade). c) IMPERÍCIA: é a inaptidão para o exercício de arte ou profissão. Deveria dominar a técnica, mas não a domina. ITER CRIMINIS (fases do crime): 1°) cogitação; 2°) preparação; 3°) execução; 4°) consumação. Crime Consumado: ocorre quando se reúnem todos os elementos de sua definição legal. Crime Tentado: ocorre quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. Perfeita, falha (a fase de execução é acabada, mas não ocorre a consumação por circunstâncias alheias vontade do agente) e Imperfeita (a fase de execução é interrompida antes de ser esgotada e o crime não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente); Incruenta ou branca ( a vitima não é atingida) e Cruenta ou vermelha( a vitima chega a ser atingida). ** NÃO ADIMITEM TENTATIVA: Crimes Culposos, Contravenções Penais, Crimes Omissivos Próprios, Crimes unissubsistentes, Crimes Habituais e Crimes Preterdolosos. EXCLUDENTES DE ILICITUDE: I - em estado de necessidade; (Teoria Unitária) Requisitos: PERIGO ATUAL; PERIGO NÃO PROVOCADO VOLUNTARIAMENTE; AMEAÇA A DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO; AUSÊNCIA DE DEVER LEGAL DE ENFRENTAR O PERIGO. INEVITABILIDADE DO PERIGO POR OUTRO MODO; PROPORCIONALIDADE. II - em legítima defesa; Requisitos: AGRESSAO INJUSTA; AGRESSAO ATUAL OU IMINETE; DEFESA DE DIREITO PROPRIO OU ALHEIO; REACAO COM OS MEIOS NECESSARIOS; USO MODERADO DOS MEIOS. III - em estrito cumprimento de dever legal; (policiais efetuando prisões; oficial de just realizando busca e apreensão) IV - exercício regular de direito. (Ofendículos, intervenção medica) Causa SUPRALEGAL: consentimento do ofendido. CULPABILIDADE: I - Imputabilidade; São Inimputáveis (excluem a culpabilidade): 1. Menoridade; (Critério Biológico) 2. Doença mental; (Critério Biopsicológico) 4. Desenvolvimento mental incompleto ou retardado; (Critério Biopsicológico) 5. Embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior (acidental ou involuntária); Isento de pena. II - Potencial consciência da ilicitude; O agente deve possuir a consciência da ilicitude do fato ou ao menos, ter a possibilidade de conhecê-la. Exclui a potencial consciência da ilicitude: - ERRO DE PROIBICAO ou erro sobre a ilicitude do fato inevitável, invencível ou escusável (art. 21, caput): E ISENTO DE PENA quando o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando, pelas circunstâncias, não lhe era possível ter ou atingir essaconsciência. Caso o erro seja evitável, vencível ou inescusável apenas diminui a pena (de 1/6 a 1/3) III - Exigibilidade de conduta diversa. Exclui a exigibilidade de conduta diversa: - Coação Moral Irresistível e Obediência Hierárquica. ERRO DE TIPO: é a falsa percepção da realidade. O sujeito se equivoca sobre a elementar do tipo penal. SEMPRE exclui o DOLO; Inevitável, invencível ou escusável: exclui DOLO e CULPA. Evitável, vencível ou inescusável: exclui o DOLO, mas permite a punição por crime culposo. Erro sobre a Pessoa: in persona. Irmãos gêmeos. O sujeito pratica a conduta prevendo o resultado contra a vítima pretendida e acaba produzindo o resultado contra outra pessoa. REQUISITOS DO CONCURSO DE PESSOAS: I - Pluralidade de agentes e condutas; II - Relevância causal de cada conduta; III – Vinculo/liame Subjetivo entre os agentes; (é desnecessária a prévia combinação); IV - Identidade de infração penal ** Teoria Monista (ou unitária): determina o reconhecimento de um único crime para a responsabilização do autor, co-autor e participe. Há exceção (Teoria Pluralista), 124, 2a parte, e 126, a parteira comete um crime e a gestante outro. AS PENAS SÃO: PRIVATIVAS DE LIBERDADE, RESTRITIVAS DE DIREITO E DE MULTA. PPL: RECLUSAO deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. DETENCAO, em regime semi-aberto, ou aberto, SALVO necessidade de transferência ao regime fechado. a) regime fechado: estabelecimento de segurança máxima ou média; Superior a 8 anos b) regime semiaberto: colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; Não reincidente, pena superior a 4 anos e não exceda a 8. c) regime aberto: casa de albergado ou estabelecimento adequado. Não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 anos. 1ª Fase - fixação da pena-base considerando as circunstâncias judiciais (art. 59). 2ª Fase - aplicação das circunstâncias atenuantes e agravantes. 3ª Fase - causas de diminuição e aumento. Circunstâncias agravantes: Todas incidem sobre CRIMES DOLOSOS, com exceção da Reincidência. I - a reincidência (para crimes culposos e dolosos) II - ter o agente cometido o crime: a) por motivo fútil ou torpe; b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime; c) à traição, emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido; d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum; e) contra ascendente, descendente, irmão ou conjugue; f) com abuso de autoridade ou com violência domestica ou contra mulher; g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão; h) contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida; i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade; j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido; l) em estado de embriaguez preordenada. Agravantes no caso de concurso de pessoas I - promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; II - coage ou induz outrem à execução material do crime; (Coação Moral Irresistível) III - instiga a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal; IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. Circunstâncias atenuantes I - ser o agente menor de 21, na data do fato, ou maior de 70 anos, na data da sentença; II - o desconhecimento da lei; III - ter o agente: a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; b) procurado, por sua espontânea vontade, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano; c) cometido o crime sob coação a que PODIA RESISTIR, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima; d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime; e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou. Penas restritivas de Direito: a PPL será convertida em PRD desde se o fato não tiver sido cometido com violência ou ameaça; não for o réu reincidente em crime doloso; e as circunstâncias pessoais do agente o recomendarem; e qualquer que seja a pena no crime culposo: I - prestação pecuniária: pagamento em dinheiro a vitima, não inferior a 1 salário mínimo nem superior a 360, pode consistir em prestação de outra natureza. II - perda de bens e valores: destinado ao Fundo Penitenciário Nacional. III - limitação de fim de semana: Por 5 horas diárias aos sábados e domingos. IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas: aplicável a penas superiores a 6 meses de PPL. V - interdição temporária de direitos: I - proibição do exercício de cargo, função ou ativ pub, e de mandato eletivo. TEMPORÁRIO II - proibição do exercício de profissão, ativ ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do poder público; NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO APENAS. III - suspensão de autorização ou habilitação para dirigir veículo. DELITOS CULPOSOS DE TRÂNSITO IV – proibição de freqüentar determinados lugares; V - proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exames públicos. Concurso Material: Quando o agente, mediante MAIS DE UMA ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se CUMULATIVAMENTE as PPL em que haja incorrido. (Sistema de Cúmulo Material). Concurso Formal: Quando o agente, mediante UMA SÓ ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, será aplicada a mais grave das penas. (Sistema de Exasperação). Se forem iguais, aplica-se somente uma delas, mas aumentada de UM SEXTO ATÉ METADE. Pelo Concurso Material Benéfico se as regras de Exasperação prejudicarem o acusado, as penas deverão ser SOMADAS. Entretanto, as penas aplicam-se cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes resultam de desígnios autônomos. (Concurso Formal Impróprio). Crime continuado (Continuidade Delitiva): Quando o agente, mediante MAIS DE UMA ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da MESMA ESPÉCIE e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se a pena de um só dos crimes, se idênticas. Porém aplica-se a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de UM SEXTO A DOIS TERÇOS. (Sistema de Exasperação). Parágrafo Único: crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa: Aumenta-se a pena de UM SEXTO ATÉ O TRIPLO pelo grau de culpabilidade. Requisitos: pluralidade de condutas; pluralidade de crimes da mesma espécie; mesmas condições: de lugar, de tempo e de modo de execução. ERRO NA EXECUÇÃO (Aberratio Ictus): quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente atinge pessoa diversa. Ou seja, o agente "falha na pontaria e erra o alvo.” Resultado único: Se o agente atingir apenas pessoa diversa da pretendida, será punido considerando-se as condições e qualidades da vítima desejada e não da vitima atingida. Resultado duplo: O agente, ALÉM de atingir a vítima desejada, atinge pessoa diversa. Aplica-se a regra do concurso formal (sistema da exasperação), sendo aplicada a mais grave das penas cabíveis. Se idênticas, somente uma delas, mas com o aumento de UM SEXTO ATÉ METADE. RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO (ABERRATIO CRIMINIS): quando por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido. Ou seja, o agente quer atingir um bem jurídico e atinge outro de espécie distinta. Pode ocorrer que o agente produza também o resultado pretendido. COISA X PESSOA. Se além do resultado não pretendido ocorrer também o resultado pretendido, será aplicadaa mais grave das penas cabíveis. Se idênticas, somente uma delas, mas com o aumento de UM SEXTO ATÉ METADE. Aplicam-se cumulativamente as penas se caso o agente tenha previsto ou assumido o risco de produzir o resultado. SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA (SURSIS): A execução de PPL, não superior a 2 anos, poderá ser suspensa, por 2 a 4 anos, desde que: -O condenado não seja reincidente em crime doloso; atenda-se às circunstancias do art. 59; e não sejam cabíveis PRDs. Sursis Simples: No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade ou submeter-se à limitação de fim de semana. Sursis Especial: O condenado NÃO precisa prestar serviços à comunidade e não se submete à limitação de fim de semana no primeiro ano do período de prova, caso haja REPARADO O DANO, salvo justificativa, e se as condições do art. 59 forem favoráveis, poderá substituir pelas seguintes condições: a) proibição de freqüentar determinados lugares; b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; c) comparecimento pessoal e obrigatório ao juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. Revogação obrigatória: é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; frustrar, a execução de pena de multa ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano; descumpre a condição do § Iº do art. 78 (prest de serv à comun. ou limitação de fds). Revogação facultativa: a) descumprimento de qualquer outra condição imposta. b) o agente é irrecorrivelmente condenado, durante o período de prova, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. LIVRAMENTO CONDICIONAL: forma de antecipação da liberdade do condenado antes de terminar o cumprimento da pena. Pena Privativa de Liberdade deve ser IGUAL ou SUPERIOR a 2 anos e: Cumprir mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes. Cumprir mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso. Cumprir mais de dois terços da pena nos casos de condenação por crime hediondo, tortura, tráfico, e terrorismo, se o apenado não for reincidente em crimes dessa natureza. Reparação do dano causado pela infração, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo. EFEITOS DA CONDENAÇÃO: Automáticos: a) obrigação de reparação/indenização do dano; b) perda em favor da União dos instrumentos e produtos do crime. Não-Automáticos (específicos): Perda de cargo, função pública ou mandato eletivo; A incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado. A Inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime doloso. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE: I - pela morte do agente; II - pela anistia (Congresso Nacional), graça ou indulto (Presidente pode delegar); III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso (ABOLITIO CRIMINIS); IV - pela prescrição, decadência (perda do direito de responsabilizar alguém por parte da vítima) ou perempção; V - pela renúncia do direito de queixa OU pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada (expressa ou tácita); VI - pela retratação do agente; VII - pelo perdão judicial. Efeitos da reincidência a) é considerada circunstância agravante (art. 61, 1), a ser considerada na segunda fase do processo dosimétrico; b) no concurso de agravantes, constitui circunstância preponderante. (art. 67); c) impede a concessão da suspensão condicional da execução da pena (art. 77, I); d) aumenta o prazo de cumprimento da pena para a obtenção do livramento condicional (art. 83, li); e) aumenta o prazo da prescrição da pretensão executória (CP, art. 110, caput); f) é causa interruptiva da prescrição da pretensão executória (art. 117, VI); g) afasta a incidência de certas causas de diminuição de pena (ex.: arts. 155, § 2°, 170 e 171, § 1°, todos do CP). Crime Omissivo Próprio: o tipo penal descreve uma conduta omissiva (não fazer). É a omissão do autor quando deve agir. Omissão de Socorro. Crime Omissivo Impróprio ou Comissivo por Omissão: o agente deixa de evitar o resultado quando podia e devia agir (ex.: salva-vidas dolosamente deixa de evitar a morte de pessoa que estava se afogando). Desistência Voluntaria: ocorre quando o agente desiste voluntariamente de prosseguir nos atos executórios e não ocorre a consumação do crime inicialmente almejado. Arrependimento Eficaz: se dá quando o agente, depois de realizados os atos executórios, arrepende-se e pratica uma ação impedindo a produção do resultado, evitando a consumação do crime. Arrependimento Posterior: Requisitos – Crime cometido sem violência ou grave ameaça, reparação do dano ou restituição do material, ato voluntario e reparação ate o recebimento da denuncia ou queixa. Norma Penal em Branco em SENTIDO LATO: o complemento é determinado pela MESMA fonte formal da norma incriminadora. Norma Penal em Branco em SENTIDO ESTRITO: o complemento vem de um ato normativo DIVERSO da lei. Crimes Comuns: praticados por qualquer pessoa. Crimes Próprios: exigem uma qualidade especial do sujeito ativo (ex.: peculato, que requer a qualidade de funcionário público). Crimes de Mão Própria: não podem ser praticados por intermédio de outrem, não admitindo co-autoria. (Falso testemunho, auto-aborto). Crime Instantâneo: a consumação é imediata. (furto) Crime Permanente: a consumação se prolonga no tempo (cárcere privado). Crime Instantâneo de efeitos Permanentes: a consumação é imediata, mas o resultado se prolonga no tempo independente da vontade do agente (bigamia). Crime material: o tipo descreve a conduta e o resultado naturalístico. Para consumar o delito é necessário o resultado naturalístico (ex.: homicídio, furto, roubo). Crime Formal: o crime se tem consumado independentemente do resultado naturalístico, não exigindo para a sua consumação o resultado pretendido pelo agente. (Ameaça, extorsão mediante seqüestro, concussão). Crime de mera conduta: o tipo descreve apenas a conduta, da qual não exige nenhum resultado naturalístico (ex.: violação de domicílio, porte ilegal de arma de fogo). HEDIONDOS: homicídio, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado. lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts.1422 e 144 da CF, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; latrocínio (art. 157, § 3º, in fine) extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2º) extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lº, 2º e 3º) estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º) estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1º, 2º, 3º e 4º) epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º) falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1º, § 1º-A e § 1º-B) favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º) genocídio (Lei 2.889/56).
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