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CASO CONCRETO 1 AO 16 DE DIREITO CIVIL 1'

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Caso CONCRETO 1
 Em plena Copa do Mundo de Futebol, Augusto é torcedor fanático da seleção da Argentina. No setor que trabalha, há grande rivalidade “amistosa” entre os funcionários, sendo que a maioria maciça é torcedora da seleção brasileira. Na tentativa de preservar-se um pouco mais, requereu que fosse reservado um local de trabalho para uso exclusivo seu e de outros colegas de trabalho que também torcem pelo país vizinho e por outras equipes, haja vista que os deboches e as provocações têm sido difíceis de suportar. Embasa sua pretensão no fato de o Código Civil dispor ser vedada a limitação de exercício de direitos sem expressa previsão legal, bem como a Constituição garantir a liberdade de expressão. 
Analise o caso concreto a partir dos seguintes tópicos:
Diante do exposto, poderíamos afirmar que a ausência de um  local reservado para Augusto poderia caracterizar lesão aos postulados constitucionais e legais?
RESPOSTA: Não, pelo Princípio da socialidade: reflete a prevalência dos valores coletivos sobre os individuais, sem perda, porém, do valor fundamental da pessoa humana. Pelo fato de estarmos no Brasil, e logicamente com grande maioria de torcedores Brasileiros, não é razoável que haja locais exclusivos para torcedores de outros países. O ideal é que todos assistam os jogos juntos, e caso haja necessidade, os outros torcedores providenciem locais exclusivos.
O que é a constitucionalização do Direito Civil ?
RESPOSTA: é a analise do direito privado com base nos fundamentos constitucionalmente estabelecidos. É a aplicação dos mandamentos constitucionais no direito privado.
“A constitucionalização do direito civil é um novo movimento hermenêutico, que implica a aplicação da principiologia constitucional na interpretação dos institutos de direito civil de modo que seus institutos sejam instrumentos de proteção e promoção da dignidade humana. consiste ainda na nova forma de aplicação do diretio civil de maneira que seus institutos percam o caráter absoluto herdado do estado liberal e se tornem instrumento de efetivação o único valor absoluto do nosso ordenamento jurídico que é a pessoa humana concretamente considerada. 
 
Caso 2
A Indústria Farmacêutica XYZ coloca no mercado um eficaz remédio, recentemente descoberto pelos seus químicos, que neutraliza os efeitos da Síndrome da Imunodeficiência adquirida, conhecida como AIDS. O valor do medicamento inviabiliza a compra pela maior parte dos que sofrem da doença. 
É certo que a Lei 9.279/96, nos artigos 40 e 42, dispõe que o prazo será de 20 (vinte) anos para vigência da patente, ou seja, poderá o titular (Indústria farmacêutica XYZ), durante este tempo, usar, gozar, dispor e impedir terceiro de reproduzir a fórmula. Contudo, a Constituição Federal (art. 5º, XXIII ) e o Código Civil, artº 1.228, § 1º, reconhecem para o ordenamento pátrio o princípio da função social da propriedade, que tem natureza de cláusula geral. 
Pergunta-se:
O princípio da função social da propriedade decorre de qual princípio do Código Civil de 2002 ? 
RESPOSTA: Sociabilidade, porque observamos a flexibilidade do direito de propriedade e o interesse partindo do interesse social privado. o direito à propriedade deve estar de acordo à função social, ou seja, deve estar limitado ao interesse da coletividade.
A função social se apresenta no Código Civil como uma cláusula geral. Qual o conceito de cláusula geral e qual sua finalidade?
RESPOSTA: São normas com diretrizes indeterminadas, que não trazem expressamente uma solução.
O tema direito de propriedade pode ao mesmo tempo ser previsto e disciplinado no Código Civil e na Constituição? Esclareça:
RESPOSTA: Sim, pois tanto CP, quanto CF, trazem em seus artigos o direito a propridade, porém o código civil traz o direito a propriedade, mas não de forma concisa, mas sim os seus trâmites legais para adquirir uma propriedade, já a Constituição, posiciona-se a favor do coletivo ao determinar ser facultado ao Poder Público Municipal promover a desapropriação do solo urbano quando este não cumprir a sua função social, estando não edificado, subutilizado ou não utilizado. o parágrafo  1.º do art. 1228, CC, estabelece que “O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas."
Poderíamos sustentar que seria lícito ao Poder Público  determinar a suspensão do privilégio da patente, a fim de atender a demanda social pelo remédio fabricado pela Indústria Farmacêutica ? Qual seria a justificativa da  sua resposta.
RESPOSTA: Sim, pois ainda citando o parágrafo 1º “O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com suas finalidades econômicas e sociais...” o Poder Público atua em nome do interesse público.
 
QUESTÃO OBJETIVA 
No Código Civil, a função das cláusulas gerais é:
I – dotar o sistema interno do Código Civil de mobilidade, mitigando as regras mais rígidas.
II – a de atuar de forma a concretizar o que se encontra previsto nos princípios gerais de direito e nos conceitos legais indeterminados. 
III – a de, também, abrandar as desvantagens do estilo excessivamente abstrato e genérico da lei.
Assinale, portanto, a alternativa ou alternativas corretas:
a) nenhuma das alternativas está correta.
(X) b) todas as alternativas estão corretas.
c) apenas a alternativa II está correta.
d) apenas as alternativas I e III estão corretas.
e) apenas as alternativas II e III estão corretas
(TJ-SC-04/08/2002 – Direito Civil – Questão n.º 33 
CASO CONCRETO 2
Caso Concreto 1 
O registro civil de nascimento é gratuito para todos os brasileiros, e também é de graça a primeira certidão de nascimento que o cartório fornece. Apesar disso ainda é grande o número de brasileiros que não possuem o registro civil de nascimento, por isso o governo federal instituiu A Campanha do Dia Nacional pelo Registro Civil de Nascimento que movimenta centenas de cartórios por todo o país. 
MARIA DAS DORES DE SOUSA, 65 anos, portanto, maior e capaz, chegou cedo ao local para garantir a primeira via de sua certidão de nascimento. "Nasci em Cuiabá e ainda quando criança fui levada para morar no sítio. Para minha família era difícil vir à cidade e ter acesso a este serviço, por isso, não tenho a certidão até hoje. Tenho uma filha de 18 anos e não pude registrá-la até agora. A falta do documento me prejudicou. Tive sempre que trabalhar em casa, lavando roupa ou limpando quintais da vizinhança. Fiquei muito feliz em saber desta ação, que facilitará minha vida", disse emocionada. 
Pergunta-se: 
a) O fato de MARIA DAS DORES até os 65 anos de idade não possuir registro civil faz com que não possua personalidade jurídica? Por quê? 
Não. Segundo o Art. 2º do Código Civil, “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida(...)”. A personalidade jurídica é reconhecida a todo ser humano e independe da consciência ou da vontade do indivíduo, este é um atributo inseparável da pessoa, à qual o direito reconhece a possibilidade de ser titular de direitos e obrigações. Desta forma, só o fato de Maria das Dores ter nascido com vida já lhe dá o direito a personalidade jurídica. 
b) Qual a função do registro civil das pessoas naturais? 
O registro civil é um atestado para com o cidadão e o Estado, ele presta a garantia do cidadão com o termo jurídico e garante direitos e deveres que assim lhe são devidos. O Art. 9º do Código Civil explicita em seus incisos I, II, III e IV, os registros de nascimentos, casamentos e óbitos, também da emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz, interdição por incapacidade absoluta ou relativa e a sentença declaratória de ausência e de morte presumida. 
c) Qual a relação entre personalidade jurídica e capacidade jurídica? 
A personalidade jurídica e a capacidade jurídica determinam os direitose deveres de uma pessoa, porém enquanto que a personalidade jurídica é um bem comum de todos os seres humanos, a capacidade jurídica 
determina o grau de competência dos exercícios de direito, determinando ser a pessoa tem capacidade plena (de direito e de fato) ou a capacidade limitada (a pessoa que tem somente a capacidade plena ou a de fato). 
Caso Concreto 2 
Personalidade jurídica: aquisição e perda 
BETO ESCALIBUR JR., playboy milionário e famoso, frequentador conhecido da noite paulista e de preferências sexuais peculiares, aos trinta anos de idade, solteiro, sem filhos, descobriu ser portador de mal incurável e que lhe restavam poucos meses de vida. Em razão desse fato, dispôs sobre seu valioso patrimônio (um terreno de 10.000 metros quadrados em Búzios/RJ, uma mansão no bairro dos Jardins/SP, dois apartamentos na Riviera francesa, uma frota de 30 caminhões e 57 ônibus de turismo e um abrigo para alpinistas nos Alpes suíços) em testamento público, determinando que o mesmo fosse distribuído; sendo um terço para seu cão de estimação, da raça chow chow, chamado “Good Dick”, e os dois terços restantes para seus pais Giovanna e Roberto. Tendo em vista que pouco tempo depois de testar Beto faleceu, pergunta-se: 
a) Como é diagnosticado o evento biológico morte de Beto e quais as consequências jurídicas desse diagnóstico? 
A Legislação brasileira estabelece que a morte natural do ser humano significa o fim da personalidade (Art. 6º do código Civil), desde que haja a confirmação do óbito do indivíduo. O evento biológico morte é diagnosticado após a parada do sistema cardiorrespiratório e a ausência dos sinais vitais que podem ser atestadas por um médico para descobrir as causas do óbito. 
b) O cão "Good Dick" pode receber a parte que lhe cabe da herança de Beto sob a forma de cuidados efetuados por pessoal especializado e ração canina de primeira qualidade? 
Uma vez que o código civil existe para estabelecer relações entre seres humanos e não objetos inanimados e animais, o cão “Good Dick” não poderá receber a parte que lhe cabe da herança de Beto, pois não possui capacidade sucessória. Segundo o Art. 1.798 do Código Civil: “Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão.” E também o art. 1.799, incisos I, II e III que determinam os chamados as suceder: “I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão; II - as pessoas jurídicas; III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação.” 
c) "Good Dick" poderia ser representado por um curador? 
Como dito na questão anterior, coisas inanimadas ou animais não se aplicam a questões de herança, logo “Good Dick” não poderia ser representado por um curador, este só se faz necessário para tratar de negócios daqueles que estão incapacitados de fazer, como órfãos menores, toxicômanos, doentes mentais ou inválidos. No caso concreto citado, o cachorro “Good Dick” não pertence a nenhum desses grupos. 
QUESTÃO OBJETIVA 
Natureza jurídica do nascituro. 
Assinale a alternativa correta e justifique sua escolha. 
Em relação a aquisição da personalidade jurídica, no ordenamento jurídico brasileiro, podemos dizer que: 
(a) para Maria Helena Diniz, o nascituro possui personalidade jurídica material; 
(b) o registro do nascimento é um dos requisitos legais para aquisição da personalidade; 
(c) o natimorto adquire a personalidade jurídica depois de nascer com vida; 
(d) a teoria natalista não reconhece os direitos que a lei põe à salvo ao nascituro; 
(e) começa para a pessoa natural, do nascimento com vida, segundo teoria natalista. 
A teoria natalista parte da interpretação literal e simplificada da lei. Dispõe que a personalidade jurídica começa com o nascimento com vida, o que traz a conclusão de que o nascituro não é pessoa, portanto, tem apenas expectativa de direitos. Nega seus direitos fundamentais, tais como, o direito à vida, à investigação de paternidade, aos alimentos, ao nome e até à imagem. 
CASO CONCRETO 3
 Caso Concreto 1 
Alteração do registro civil. 
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul autorizou a alteração do nome de um transexual. A mudança no registro de nascimento poderá ser feita logo depois da cirurgia de mudança de sexo. A decisão é da 7ª Câmara Cível. Cabe recurso. 
O recurso foi ajuizado por um jovem de 23 anos contra a decisão de primeira instância, que negou o pedido de retificação de registro civil. No processo, alegou que desde os 16 anos usa nome de mulher e por isso passa por situações constrangedoras. 
A relatora, desembargadora Maria Berenice Dias, acolheu os argumentos. “Há um descompasso entre o sexo anatômico e o psicológico, pois o transexual acredita ter nascido num corpo que não corresponde ao gênero por ele exteriorizado social, espiritual, emocional e sexualmente”, enfatizou. 
Tendo em conta o caso acima narrado, pergunta-se: 
1. O que vem a ser o registro civil de uma pessoa natural? 
O registro civil de uma pessoa, consta no Art. 9º do código civil, onde se discrimina os acontecimentos sociais que devem ser historiados em cartórios (os incisos I, II, III e IV). Nada mais é do que uma certidão de que tal celebração aconteceu, seja ela de nascimento, de casamento, de óbito, etc. Tal fato concede garantias às pessoas para adquirir direitos e contrair obrigações, permitindo assim com que essa pessoa passe a ser notada como sujeito das relações jurídicas.
 
2. A legislação civil brasileira prevê alteração de registro civil nos casos de transexualismo? 
Não, a legislação brasileira não prevê alteração em nenhum registro civil nos casos de transexualismo, uma vez que o art. 2º do código civil determina que a personalidade civil da pessoa começa no nascimento com vida e o art. 11 determina que os direitos de personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, isso significa que no Direito Brasileiro a regra predominante é a imutabilidade do nome civil (salvo em casos de constrangimento, de testemunhas protegidas pela lei ou caso de nomes e apelidos conhecidos que se podem acrescentar ao nome ou trocar pelo nome). 
3. O que é transexualismo? 
Transexualismo é a condição em que uma pessoa se identifica como sendo do gênero oposto ao sexo refletido pelo corpo (sexo psicológico oposto ao sexo biológico). Um transexual female-to-male (FTM, homem transexual) é uma pessoa que sente que o seu gênero é masculino, embora tenha nascido com corpo feminino e um transexual male-to-female (MTF, mulher transexual) é uma pessoa que sente que o seu gênero é feminino, embora tenha nascido com corpo masculino. 
Caso Concreto 2 
Domicílio civil. Classificação. 
André de Lima e Silva, 17 anos, está mais do que feliz, afinal foi aprovado em Concurso Público promovido pela Secretaria de Ação Social da Prefeitura de Duque de Caxias. Ocorre que André reside alguns dias da semana na capital do Estado do Rio de Janeiro e outros dias da semana reside na cidade de Saquarema, no interior do Estado do Rio, onde mora sua querida tia Lilica Lima, surfista profissional, com quem aprendeu a pegar ondas desde pequenino. Com base nas informações acima fornecidas responda: 
a) Onde será(ão) considerado(s) o(s) domicílio(s) de André? Justifique sua resposta com fundamento no Novo Código Civil. 
O art. 71 do Código Civil diz que “Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicilio seu qualquer delas.”, ou seja, no caso de André, poderá ser considerada residência tanto a da capital do Estado do Rio de Janeiro quanto a de Saquarema. 
b) Qual(is) a(s) espécie(s) de domicílio(s) se apresenta(m) no caso em tela? 
Uma vez que André vive alternadamente em duas residências, a espécie de domicílio apresentada no caso em tela é a Pluralidade de Domicílio, admitida pela legislação através do art. 71 do código civil. 
Caso Concreto 3 
Término da existência da Pessoa Natural. Ausência 
Apósum dia normal de trabalho em seu escritório, JOÃO DE DEUS HONÓRIO DOS SANTOS, advogado bem sucedido no ramo do direito empresarial, 40 anos, chega em casa avisando a mulher e aos filhos que estava muito feliz, pois sua escola de samba ganhou o campeonato depois de 16 anos de espera e que ia à padaria comprar umas cervejas para comemorarem juntos. João saiu e nunca mais voltou, já faz nove anos, oito meses e quinze longos dias. Sendo certo que não deixou representante ou procurador. 
Pergunta-se: 
a) O caso de João se trata de ausência ou morte presumida? 
O caso de João se trata de ausência. O art. 22 do código civil diz que “Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.”. O caso de morte presumida só seria possível se o advogado João de Deus Honório dos Santos estivesse em situação de perigo ou sendo prisioneiro de guerra, tal como informa o artigo 77 do mesmo códigol. 
b) Após todo esse tempo desaparecido, é correto afirmar que a propriedade dos bens de João poderá ser definitivamente entregue aos seus herdeiros? 
Não, uma vez que se passaram somente nove anos, oito meses e quinze dias desde o seu desaparecimento, não temos nesse período o tempo hábil para os tramites legais. No código Civil, art. 26 diz que “(...)em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a 
ausência e se abra provisoriamente a sucessão.” e no art. 37 diz que “Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas.”. ou seja, será necessário no mínimo 13 anos após o desparecimento para que então a propriedade dos bens de João possam ser definitivamente entregues aos seus herdeiros. 
c) E se João Batista aparecer nove anos e onze meses depois alegando que fora abduzido por alienígenas, terá direito a ter seus bens de volta? 
Sim, os bens e metade dos frutos, se houver. Desta forma, o curador receberá a outra metade dos frutos. 
CASO CONCRETO 4
Caso Concreto
O britânico George Garratt solicitou alteração do seu nome para “Captain
Fantastic Faster than Superman Spiderman Batman Wolverine The Hulk And The
Flash Combined”. Caso fosse brasileiro, poderia realizar a alteração de seu nome
original para este? Justifique sua resposta em no máximo 5 linhas.
Não, segundo a legislação que vigora no Brasil, não se pode mudar o nome
de batismo (imutabilidade do nome) salvo exceções, para evitar nomes homônimos
ou quando o nome expõe a pessoa ao ridículo, nesse caso a mudança de nome é
motivada, ela tem motivos para se mudada, outra alternativa seria no período de
até um ano após completar 18 anos, nesse caso a troca de nome é imotivada.
Questão objetiva 1
(MP-SE 2013) É correto afirmar:
a. Salvo os casos previstos em lei, os direitos da personalidade são livremente
transmissíveis e renunciáveis.
b. É irrevogável o ato de disposição gratuita do próprio corpo, para depois da
morte do doador.
c. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio
corpo, quando importar diminuição permanente da integridade
física, ou contrariar os bons costumes.
d. O pseudônimo adotado, ainda que para atividades lícitas, não goza da
mesma proteção que se dá ao nome da pessoa natural.
e. A exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa são direitos
personalíssimos do ofendido, não se transmitindo a qualquer herdeiro a
possibilidade de sua proteção jurídica.
Questão objetiva 2
(AL-PB 2013) A respeito dos direitos da personalidade, é INCORRETO afirmar que
(1,0):
a. O cônjuge ou qualquer parente em linha reta ou colateral até o quarto grau
poderá exigir que cesse a lesão a direito de personalidade do morto, bem
como reclamar perdas e danos.
b. É defeso, salvo por exigência médica, o ato de disposição do próprio corpo,
quando importar diminuição permanente da integridade física ou contrariar
os bens costumes.
c. Independe de prova do prejuízo a indenização, pela publicação não
autorizada de imagem de pessoa, com fins econômicos ou comerciais.
d. A proteção do pseudônimo de autor de obra artística, literária ou
científica só goza de proteção legal quando constar do registro civil
da pessoa que o utilizar.
e. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda
comercial.
CASO CONCRETO 5
Caso Concreto 1
1. (CESPE 2012 – STJ Analista Judiciário - adaptada) Nas obrigações
alternativas, quando a escolha couber ao credor e recair sobre prestação
inexigível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a
prestação subsistente ou optar pelo recebimento do valor da inexigível
acrescentado de perdas e danos. Certo ou Errado? Justifique sua
resposta.
De acordo com o artigo 255 do Código Civil, a afirmativa acima está
certa. Segundo Carlos Alberto Gonçalves, se a escolha couber ao credor,
pode este exigir o valor de qualquer das prestações (e não somente da
que por último pereceu, pois a escolha é sua), além das perdas e danos.
Se somente uma das prestações se tornar impossível por culpa do
devedor, o credor terá direito de exigir ou a prestação subsistente ou o
valor da outra, com perdas e danos. Nesse caso, o credor não é obrigado
a ficar com o objeto remanescente, pois a escolha era sua. Pode dizer
que pretendia escolher justamente o que pereceu, optando por exigir o
seu valor, mais as perdas e danos.
Por exemplo, se alguém se obriga a entregar um veículo ou um
animal, e aquele primeiro sofre deterioração em virtude da má condução
do devedor, o credor pode alegar que não tem onde guardar o animal e
exigir o valor do veículo que pereceu, mais perdas e danos.
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. OBRIGAÇÃO
ALTERNATIVA. ESCOLHADO CREDOR.
INEXIQUIBILIDADE DA PRESTAÇÃO ESCOLHIDA.
INCIDÊNCIA DASDISPOSIÇÕES DO ARTIGO 255 DO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 1. Nas obrigações
alternativas a escolha é a concentração da obrigação na
prestação indicada, momento no qual torna-se simples,
pelo que, apenas a escolhida poderá ser reclamada. 2.
Segundo dispõe o artigo 255 do Código Civil, se a
escolha couber ao credor e uma das prestações
houver perecido, pode escolher a outra ou optar
pelo valor da perdida mais perdas e danos. 3.
Devedor de obrigação alternativa que grava com ônus
reais imóvel que era objeto de possível escolha pelo
credor, sem adverti-lo de tal hipótese, torna viciosa
escolha, mormente quando não honrar a obrigação com
credor hipotecário que, posteriormente, vem a executar
a garantia. Assim, concentrada a obrigação em
prestação inexigível por culpa do devedor, terá o credor
o direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da
outra. 4. Recurso especial conhecido e provido.
(STJ, Relator: Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,
Data de Julgamento: 22/06/2010, T4 - QUARTA
TURMA)
2. Analise o relato a seguir e aponte pelo menos cinco erros na assertiva
referente ao problema (cada erro encontrado deve ser indicado e
corrigido corretamente). Os cinco erros encontrados devem ser
corrigidos (reescrever a frase ou expressão apontando o erro que se
pretende corrigir) e, quando for possível, corrigi-lo indicando o artigo
respectivo!
Caroline compromete-se a entregar a Joana, em razão de contrato de
compra e venda, o cachorro Ickx ou o cachorro Jack, ambos de seu
premiado canil. O preço ajustado é de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos
reais). O direito de escolha é conferido a Caroline que deverá exercê-lo
até 1º de outubro de 2009, direito que é exercido em 25 de setembro
recaindo a escolha sobre o cachorro Ickx. A comunicação da escolha é
feita em 26 de setembro. A tradição do bem, então deverá ser realizada
até 10 de novembro de 2009 no domicílio da credora.
Pode-se afirmar que, quanto ao cachorro escolhido, Caroline é o
solvens e Joana o accipiens. Trata-sede uma obrigação natural (civil),
divisível (indivisível), facultativa (alternativa), de execução
instantânea (execução diferida) e condicional (a termo). A sua fonte
mediata é a lei e a fonte imediata obrigação de dar coisa certa (antes da
concentração), cuja escolha pertence ao devedor. O seu objeto imediato
é o contrato de compra e venda e seu objeto mediato é a obrigação de
dar coisa certa (após a concentração). Imagine que antes da
concentração da obrigação, o cachorro Jack morre fulminado por doença
genética incurável; pode-se afirmar que a obrigação, nesse caso, se
resolverá nos termos do art. 234, CC. Em outra situação, após a
concentração da obrigação, o cachorro escolhido morre porque Caroline
deixou de vaciná-lo; nesse caso, a obrigação se concentrará no cachorro
remanescente, nos termos do art. 253, CC.
3. (CEPERJ 2012 – PROCON RJ) Mévio contrata com Caio o empréstimo de
um valor correspondente a R$ 10.000,00 (dez mil reais), que poderá ser
pago em moeda nacional corrente ou através da transferência de um
bem, do mesmo valor, à escolha do devedor. Nesse caso, estamos diante
da seguinte obrigação:
a) Alternativa (contrato estabelecido para pagamento de uma ou
outra prestação).
b) Condicional (contrato não está vinculado a evento futuro e
incerto).
c) Cumulativa (só acontece quando 2 objetos devem ser
cumpridos em sua totalidade).
d) Simples (está sujeita a termo, a forma a qual o devedor
escolherá pagar).
e) Instantânea (não está sendo cumprida imediatamente após a
sua constituição).
4. (MP/RS - 2001) À solução de questões que envolvem danos decorrentes
de erro médico, nas cirurgias plásticas de correção de defeito físico e
embelezamento, quanto à relação paciente-médico e à relação pacientehospital,
é correto afirmar-se que:
a) a relação paciente-hospital (paciente-médico) é regulada pela
responsabilidade civil subjetiva. (uma vez que o hospital é pessoa
jurídica, não há o que se falar em responsabilidade civil).
b) a relação paciente-médico não é contratual. (A doutrina acredita
ser contratual o vínculo pois estão presentes os requisitos do
artigo 82 do Código Civil - ato jurídico - somados com a
manifestação da vontade).
c) a obrigação resultante da relação paciente-médico é de
resultado, salvo prova de intervenção de fator imprevisível,
força maior ou caso fortuito.
d) a obrigação resultante da relação paciente-médico é sempre de meio.
(No caso de cirurgia plástica para embelezamento, a
obrigação é de resultado).
e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. (A alternativa C
é a correta).
CASO CONCRETO 6
Caso Concreto
1. (DPF/DEL/NAC 2004 - adaptada) Em fevereiro de 2004, Jerônimo, de boafé,
adquiriu da empresa Épsilon, mediante contrato de compra e venda, um
veículo usado, que foi pago em seis prestações mensais. Não se tratava de
nenhum veículo raro, com características especiais de interesse de
colecionadores. No contrato, ficou expresso que o negócio seria desfeito, e o
veículo restituído à empresa, no caso de atraso de três prestações
consecutivas. Não havia, porém, cláusula referente à responsabilidade pela
evicção. O certificado de registro de veículo foi emitido em nome de
Jerônimo. Esse veículo pode ser classificado como um bem móvel, divisível,
infungível, inconsumível, singular. Considerando a situação hipotética
descrita, quanto à classificação do veículo a frase está certa ou errada.
Justifique sua resposta em no máximo cinco linhas.
A Frase está errada. O bem adquirido por Jerônimo pode ser
classificado como bem móvel, inconsumível e singular, mas não se pode
dizer que o automóvel é um bem divisível nem infungível.
O veículo adquirido por Jerônimo pode se classificado por bem
móvel, uma vez que o código civil caracteriza em seu art. 82 os bens
suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia,
sem alteração da substância ou da destinação econômico social; o
bem também é inconsumível na medida em que ele pode ser usado
continuamente sem a destruição da sua substancia. e singular.
Entretanto, não se pode dizer que o automóvel que Jerônimo
adquiriu é um bem divisível, pois os bens divisíveis, caracterizado no
art. 87 do código civil são os que podem fracionar sem alteração na
sua substância, e um carro, é um bem indivisível, pois cada parte
não conservará as qualidades essenciais do todo, se for desmontado.
Também não se pode dizer que o bem é infungível, uma vez que esta
se caracteriza pela não substituição por outro da mesma espécie, no
caso concreto em questão se deixa bem claro que o carro não
apresenta nenhuma característica especial de interesse de
colecionadores.
2. (OAB - X Exame 2013) Os vitrais do Mercado Municipal de São de Paulo,
durante a reforma feita em 2004, foram retirados para limpeza e
restauração da pintura. Considerando a hipótese e as regras sobre bens
jurídicos, assinale a afirmativa correta.
a. Os vitrais, enquanto separados do prédio do Mercado Municipal durante
as obras, são classificados como bens móveis.
b. Os vitrais retirados na qualidade de material de demolição,
considerando que o Mercado Municipal resolva descartar- se
deles, serão considerados bens móveis.
c. Os vitrais do Mercado Municipal, considerando que foram feitos por
grandes artistas europeus, são classificados como bens fungíveis.
d. Os vitrais retirados para restauração, por sua natureza, são classificados
como bens móveis.
3. (OAB 2009) No que se refere aos bens, assinale a opção correta:
a. Um bem consumível pode tornar-se inconsumível por vontade das partes,
o que vinculará terceiros.
b. A lei não pode determinar a indivisibilidade do bem, pois esta
característica decorre da natureza da coisa ou da vontade das partes.
c. Não podem ser considerados móveis aqueles bens que, uma vez
deslocados, perdem a sua finalidade.
d. A regra de que o acessório segue o principal tem inúmeros efeitos, entre
eles, a presunção absoluta de que o proprietário da coisa principal
também seja o dono do acessório.
CASO CONCRETO 7
Caso Concreto
1. Em Curitiba, podemos encontrar os seguintes bens: 1- Palácio Iguaçu, sede
do Governo Estadual; 2- Praça da Espanha; 3- Estádio Joaquim Américo
(Clube Atlético Paranaense); 4- Prédio Histórico da UFPR localizado na Praça
Santos Andrade; 5- Área localizada no Bairro Uberaba e desafetada para ser
doada à COHAB (doação ainda não consumada). Utilizando a classificação
destinada aos bens públicos e privados, classifique cada um desses bens em
no máximo cinco linhas.
Podemos classificar o palácio Iguaçu e o prédio histórico da UFPR
como bem especial, a praça da Espanha como bem comum, o Estádio
Joaquim Américo como privado e a área localizada no bairro Uberaba como
dominical.
2. (TRT 8a. Região) Relativamente aos bens, assinale a alternativa CORRETA:
a. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou
artificialmente, e, ainda, para os efeitos legais, os direitos reais sobre
imóveis e as ações que os asseguram, e o direito à sucessão aberta. Não
perdem o caráter de imóveis as edificações que, separadas do solo, mas
conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; os materiais
provisoriamente separados de um prédio para nele se reempregarem. E são
bens móveis os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por
força alheia, ainda que com (sem) alteração da substância ou da
destinação econômico- social.
b. São fungíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da
mesma espécie, qualidade e quantidade; consumíveis aqueles cujo
uso importa destruição imediata da própria substância, sendo
também considerados tais os destinados à alienação; divisíveis, os
que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição
considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam;
singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si,
independentemente dos demais.
c. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias, sendo
consideradas voluptuáriasas de mero deleite ou recreio, que (não)
aumentam o uso habitual do bem e ainda que o tornem mais agradável ou
sejam de elevado valor; úteis as que facilitam o uso do bem; e necessárias
as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
d. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as
pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade,
ou das circunstâncias do caso, pontuando-se que, apesar de ainda não
separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de
negócio jurídico. Por principal entende-se o bem que existe sobre si,
abstrata ou concretamente, enquanto que acessório é o bem cuja existência
supõe a do principal; e por pertenças os bens que, (não) constituindo
partes integrantes, não se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço
ou ao aformoseamento de outro.
e. Constitui universalidade de direito (fato) a pluralidade de bens singulares
que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. Os bens que
formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas
próprias. Constitui universalidade de fato (direito) o complexo de relações
jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico; São singulares os
bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente
dos demais.
3. (DP-PA 2013) Sobre o regime jurídico dos bens, assinale a alternativa
correta.
a. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial podem
ser alienados desde que previamente sejam desafetados e exista
autorização legislativa para a alienação.
b. Os bens públicos dominicais (de uso especial) são aqueles destinados a
serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou
municipal, inclusive de suas autarquias.
c. Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se
reempregarem, (não) perdem o caráter de imóveis enquanto fisicamente
desatrelados da edificação.
d. Os bens naturalmente divisíveis jamais perdem essa característica, ainda
que por livre vontade das partes (ou por determinação da lei).
e. As benfeitorias úteis (necessárias) tem por fim conservar o bem ou evitar
sua deterioração.
CASO CONCRETO 8
Caso Concreto
1. Em 2011 o Japão foi sacudido por uma série de terremotos e maremotos
que causaram muitos danos e mataram muitas pessoas. Pessoas foram
deslocadas para abrigos por ordem do governo que decretou estado de
emergência. O governo japonês contou com a ajuda internacional de
diversos países que doaram mantimentos, medicamentos e roupas. Após a
recuperação do país, várias crianças acabaram órfãs e foram adotadas. A
tragédia foi imensa. Neste caso, identifique ao menos: um fato jurídico; um
ato jurídico em sentido estrito; um negócio jurídico e explique cada uma das
escolhas feitas.
Segundo o caso concreto exposto acima, pode-se distinguir o fato
jurídico através dos desastres naturais que causaram muitos danos e
mataram muitas pessoas, uma vez que esta foi uma causa que produziu
efeitos jurídicos, a sua espécie é de fatos naturais extraordinários.
Podemos identificar o negócio jurídico como a adoção dos órfãos
após a recuperação do país, uma vez que o negócio jurídico se
caracteriza pela manifestação da vontade de duas pessoas capazes, de
cumprir um acordo de objeto determinado ou determinável e que esteja
prescrito ou não proibido em lei.
O caso concreto não apresenta nenhum ato jurídico em sentido
estrito.
2. Sobre a interpretação dos negócios jurídicos, assinale com V(verdadeiro) e
F(falso). Ao final, corrija as frases assinaladas como falsas:
a. (V) Nas declarações de vontade atender-se-á mais a sua intenção do que ao
sentido literal da linguagem.
b. (F) Contratos benéficos como a doação admitem interpretação extensiva.
c. (V) A reserva mental conhecida da outra parte equivale à simulação.
d. (V) A interpretação integrativa visa o preenchimento de lacunas contidas no
negócio jurídico.
e. (F) Todos os negócios jurídicos exigem forma escrita para serem válidos.
A letra B é falsa porque os contratos benéficos como a doação admitem
interpretação estritiva e não extensiva, como diz o artigo 114 do código civil.
A letra E é falsa porque nem todos os negócios jurídicos exigem forma
escrita para serem validados. Os atos não formais ou não solenes não precisam
de forma determinada, o ato pode ser provado por quaisquer dos meios
admitidos em Direito (liberdade de forma).
3. (MB 2012 QT Primeiro Tenente) Quanto às disposições gerais do Código Civil
sobre "negócio jurídico", é correto afirmar que:
a. a validade da declaração de vontade (não) dependerá de forma especial,
ainda que (senão quando) a lei expressamente a dispense. (art. 107)
b. no negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem
instrumento público, este é da substância do ato.
c. nas declarações de vontade se atenderá mais ao sentido literal da linguagem
(à intenção nelas consubstanciadas) do que à intenção nelas
consubstanciada (ao sentido literal da linguagem). (art. 112)
d. os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé, sendo
vedada a utilização dos e os usos do lugar de sua celebração. (art. 113)
e. têm-se por nulas as condições impossíveis, quando resolutivas
(suspensivas), e as de não fazer coisa impossível (fazer coisa ilícita).
(art. 123, I, II)
CASO CONCRETO 9
Caso Concreto
1. Popularmente é comum ouvirmos a expressão: “pago quando puder”. Esta
expressão aposta em um negócio jurídico caracteriza: condição, termo ou
encargo? Justifique em no máximo cinco linhas indicando qual é a
consequência deste tipo de cláusula para o negócio jurídico.
A expressão “pago quando puder“ caracteriza a condição no negócio
jurídico, pois subordina o evento à um futuro incerto. Nesse caso, a
condição se caracteriza do tipo puramente potestativa, quando a
manifestação volitiva fica ao arbítrio de uma das partes, por isso é ilícita.
2. (TJRN 2012) Os negócios jurídicos, para sua validade, dependem de agente
capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, e forma
prescrita ou não defesa em lei. A manifestação da vontade é essencial para
os negócios jurídicos, assim:
I. Os negócios jurídicos celebrados por relativamente incapaz podem ser
confirmados.
II. A reserva mental feita pelo autor e desconhecida do destinatário (não)
deve ser considerada na interpretação do negócio jurídico.
III. O silêncio de uma das partes (nem) sempre implica na anuência ou
concordância. (Somente quando as circunstancias ou os usos o
autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade
expressa – art. 111)
IV. Ao se interpretar um negócio jurídico importa mais a real vontade dos
declarantes do que o sentido literal da linguagem escrita.
Assinale a alternativa correta:
a. As assertivas I e IV estão corretas.
b. As assertivas II, III e IV estão corretas.
c. As assertivas I e III estão corretas.
d. Apenas a assertiva IV está correta.
3. (TJRO 2012) Podem compor o negócio jurídico a condição, o termo e o
encargo. No entanto:
a. O negócio jurídico se invalida se subordinado a uma condição ilícita.
b. Quando um negócio jurídico é subordinado à termo inicial, a aquisição do
direito (o exercício do direito) fica suspensa(o) até a sua implementação.
(art. 131)
c. Se ao negócio for aposto um encargo, o exercício e a aquisição do direito
ficam suspensos até que seja cumprido, independentemente de ser ou não
imposto como condição suspensiva. (O encargo não suspende aquisição
nem o exercício do direito salvo quando expressamente exposto no
negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva –
art.136)
d. As condições impossíveis invalidam o negócio jurídico se resolutivas
(suspensiva), e tem-se como inexistentes quando suspensivas
(resolutivas).
CASO CONCRETO 10
Caso Concreto
1. Popularmente é comum ouvirmos a expressão: “pago quando puder”. Esta
expressão aposta em um negócio jurídico caracteriza: condição, termo ou
encargo? Justifique em no máximo cinco linhas indicandoqual é a
consequência deste tipo de cláusula para o negócio jurídico.
A expressão “pago quando puder“ caracteriza a condição no negócio
jurídico, pois subordina o evento à um futuro incerto. Nesse caso, a
condição se caracteriza do tipo puramente potestativa, quando a
manifestação volitiva fica ao arbítrio de uma das partes, por isso é ilícita.
2. (TJRN 2012) Os negócios jurídicos, para sua validade, dependem de agente
capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, e forma
prescrita ou não defesa em lei. A manifestação da vontade é essencial para
os negócios jurídicos, assim:
I. Os negócios jurídicos celebrados por relativamente incapaz podem ser
confirmados.
II. A reserva mental feita pelo autor e desconhecida do destinatário (não)
deve ser considerada na interpretação do negócio jurídico.
III. O silêncio de uma das partes (nem) sempre implica na anuência ou
concordância. (Somente quando as circunstancias ou os usos o
autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade
expressa – art. 111)
IV. Ao se interpretar um negócio jurídico importa mais a real vontade dos
declarantes do que o sentido literal da linguagem escrita.
Assinale a alternativa correta:
a. As assertivas I e IV estão corretas.
b. As assertivas II, III e IV estão corretas.
c. As assertivas I e III estão corretas.
d. Apenas a assertiva IV está correta.
3. (TJRO 2012) Podem compor o negócio jurídico a condição, o termo e o
encargo. No entanto:
a. O negócio jurídico se invalida se subordinado a uma condição ilícita.
b. Quando um negócio jurídico é subordinado à termo inicial, a aquisição do
direito (o exercício do direito) fica suspensa(o) até a sua implementação.
(art. 131)
c. Se ao negócio for aposto um encargo, o exercício e a aquisição do direito
ficam suspensos até que seja cumprido, independentemente de ser ou não
imposto como condição suspensiva. (O encargo não suspende aquisição
nem o exercício do direito salvo quando expressamente exposto no
negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva –
art.136)
d. As condições impossíveis invalidam o negócio jurídico se resolutivas
(suspensiva), e tem-se como inexistentes quando suspensivas
(resolutivas).
CASO CONCRETO 11
Caso Concreto
1. Analise a decisão adiante:
REsp 1155200/DF – Min. Rel. Massami Uyeda – Terceira Turma – Dje
02/03/2011. DIREITO CIVIL. CONTRATO DE HONORÁRIOS QUOTA LITIS.
REMUNERAÇÃO AD EXITUM FIXADA EM 50% SOBRE O BENEFÍCIO ECONÔMICO.
LESÃO.
1. A abertura da instância especial alegada não enseja ofensa a Circulares,
Resoluções, Portarias, Súmulas ou dispositivos inseridos em Regimentos
Internos, por não se enquadrarem no conceito de lei federal previsto no
art. 105, III, "a", da Constituição Federal. Assim, não se pode apreciar
recurso especial fundamentado na violação do Código de Ética e
Disciplina da OAB.
2. O CDC não se aplica à regulação de contratos de serviços advocatícios.
Precedentes.
3. Consubstancia lesão a desproporção existente entre as prestações de um
contrato no momento da realização do negócio, havendo para uma das
partes um aproveitamento indevido decorrente da situação de
inferioridade da outra parte.
4. O instituto da lesão é passível de reconhecimento também em contratos
aleatórios, na hipótese em que, ao se valorarem os riscos, estes forem
inexpressivos para uma das partes, em contraposição àqueles suportados
pela outra, havendo exploração da situação de inferioridade de um
contratante.
5. Ocorre lesão na hipótese em que um advogado, valendo-se de situação
de desespero da parte, firma contrato quota litis no qual fixa sua
remuneração ad exitum em 50% do benefício econômico gerado pela
causa.
6. Recurso especial conhecido e provido, revisando-se a cláusula contratual
que fixou os honorários advocatícios para o fim de reduzi-los ao patamar
de 30% da condenação obtida.
a) Explique em até duas linhas quais são os elementos da lesão presentes no
caso.
Caracteriza-se a lesão com a desproporção existente entre as
prestações de um contrato caracterizada pela onerosidade excessiva para
uma das partes e a inexperiência da parte contratante.
b) Os contratos de honorários advocatícios ‘ad exitum’ são considerados
aleatórios, uma vez que o advogado só receberá a remuneração se houver
vantagem econômica ao cliente decorrente diretamente de sua atuação.
Pergunta-se: pode a lesão ser caracteriza também em contratos aleatórios
conforme a decisão em análise? Justifique a sua resposta.
Sim. Quando uma parte tiver risco pequeno e a proporção da
onerosidade for muito alta.
2. (Delegado de Polícia PA – 2009) Mateus está internado em hospital da rede
particular de saúde em estado grave. João Carlos, seu pai, promete
recompensa de R$ 100.000,00 (cem mil reais) à equipe médica, caso seu
filho seja curado. Operada a cura, os médicos reivindicam o pagamento da
recompensa prometida. Nessa situação, a manifestação de vontade está
contaminada pelo vício do:
a. Estado de perigo.
b. Lesão.
c. Erro.
d. Fraude contra credores.
3. (TRT 21a. Região 2012) Da análise de vários negócios jurídicos,
constataram-se os seguintes vícios:
I. o silêncio intencional de uma das partes sobre fato que a outra parte
ignorava, cujo conhecimento não teria ensejado a celebração do
contrato; (art. 147).
II. uma das partes do contrato, por sua inexperiência, se obrigou a uma
prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação devida
pela outra parte contratante; (art. 157).
III. uma das partes contratantes, no momento da celebração do contrato,
usou do expediente de incutir fundado temor de dano iminente e
considerável aos bens da outra parte. (art. 151).
É correto afirmar que estas condutas correspondem aos seguintes defeitos
contratuais:
a. erro; fraude e dolo;
b. dolo; lesão e coação;
c. erro; dolo e lesão;
d. dolo; lesão e fraude;
e. dolo; fraude e lesão.
CASO CONCRETO 12
Caso Concreto
1. O Banco X renegociou com João uma dívida no valor de quase R$
100.000,00 (cem mil reais), representada por três notas promissórias. Um
pouco antes de finalizar a negociação da confissão de dívida João transferiu
(por meio de um contrato de compra e venda, sem testemunhas) um
caminhão, única parte de seu patrimônio ainda disponível. A compradora do
caminhão foi sua mãe que, segundo o instrumento particular de compra e
venda, teria pago o valor de mercado pelo veículo. João não pagou a dívida
negociada com o banco. Durante o processo de cobrança da dívida, após
quebra do sigilo bancário autorizada pelo juiz, verificou-se que João não
recebeu um único centavo pela venda do caminhão. Pergunta-se: pode o
banco pleitear, em ação própria, a declaração de nulidade do negócio
realizado entre João e sua mãe? Em caso afirmativo, qual seria o
fundamento e o prazo para a propositura da ação?
Sim. Uma vez que João não recebeu nenhum centavo referente a
compra do caminhão, pode-se entender que esse negócio jurídico se tratou
de uma simulação, e por consequência, gerando a nulabilidade do
negócio jurídico. A ação que o banco pode pleitear pode ser proposta a
qualquer momento uma vez que é imprescritível.
2. (TRF 4a. região – 2010) É nulo o ato jurídico:
a. Que tiver por objetivo fraudar lei imperativa.
b. Se resultante de erro.
c. Se resultante de coação.
d. Praticado para fraudar terceiros.
e. Todas as alternativas anteriores estão incorretas.
3. (TJRS 2013) Sobre a simulação:
I. Haverá simulação nos negócios jurídicos, quando os instrumentos
particulares firmados entre as partes forem antedatados, ou pósdatados.
II. Haverá simulação nos negócios jurídicos, quando aparentarem conferir
ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se
conferem, ou transmitem.
III. Na simulação relativa, o negócio simulado é nulo, mas o dissimulado
será válido e aproveitável, se não ofender a lei nem causar prejuízos a
terceiros e preencher os requisitos substanciais e formais de validade
daquele.
IV. O efeito da declaração de nulidadedo negócio jurídico simulado é ex
tunc, ressalvando-se os direitos de terceiros de boa-fé, em face dos
contratantes.
Aponte as afirmativas corretas:
a. II e IV, somente.
b. II, III e IV, apenas.
c. I, II, III e IV.
d. I e II, somente.
CASO CONCRETO 13
Caso Concreto
1. Rui foi condenado por diversos furtos realizados no litoral de São Paulo.
Após o cumprimento da pena (entre 2000 e 2008) constatou-se que, em
virtude dos maus tratos constantemente sofridos na penitenciária, precisaria
ser interditado pois já não mais tinha discernimento para os atos da vida
civil. Constada (em 2008) que a enfermidade ou doença mental que o
acomete foi realmente fruto dos maus-tratos na prisão, pergunta-se: Rui,
em 2014, por meio de seu representante legal, ainda poderá propor ação de
reparação de danos em face do Estado ou essa pretensão está prescrita?
Explique sua resposta em no máximo cinco linhas.
Para pleitear a reparação civil é de no máximo 3 anos segundo o
artigo 206 §3º, V do Código Civil, porém, como descreve o artigo 198, I do
mesmo código, não corre prescrição contra incapazes.
2. (TJAL 2008) A respeito do instituto da prescrição nos termos do Código Civil
de 2002, assinale a opção correta:
a. Se duas pessoas forem credoras solidárias de determinada obrigação
divisível, então, o casamento de um dos credores com o devedor
suspenderá a prescrição em favor do outro credor.
b. Contanto que não haja ofensa ao princípio da boa-fé objetiva, seja
respeitada a função social do contrato e haja prévio acordo, as partes
poderão diminuir ou aumentar os prazos prescricionais estabelecidos no
Código.
c. Se um dos credores solidários interpelar judicial o devedor, tal
iniciativa aproveitará aos demais quanto à interrupção da
prescrição.
d. Desde que feita de forma expressa, é possível a renúncia prévia de prazo
prescricional.
e. Quando uma ação se originar de fato que deva ser apurado em juízo
criminal, ficará suspensa a prescrição até despacho do juiz que tenha
recebido ou rejeitado a denúncia ou a queixa-crime.
3. (MPEGO 2008) Roberval pretende obter indenização de Odorico, o qual teria,
em uma roda de amigos, dito que ele Roberval, era caloteiro e mal pagador.
O prazo prescricional, nessa hipótese, é de:
a. 10 anos.
b. 05 anos.
c. 03 anos.
d. 04 anos.
CASO CONCRETO 14
Caso Concreto
1. Juliano descobriu em janeiro deste ano que em janeiro de 2010 foi
constituída uma sociedade limitada em que consta como sócio-gerente.
Ocorre que Juliano nunca foi sócio desta empresa e, tão pouco conhece as
pessoas que dela fazem parte. Pergunta-se: Juliano pode propor ação
anulatória da constituição da sociedade? O prazo para a propositura dessa
ação é prescricional ou decadencial? Explique sua resposta em no máximo
cinco linhas.
Sim. Prazo decadencial em 3 anos segundo o artigo 45, §ú.
2. (V EXAME DE ORDEM) O decurso do tempo exerce efeitos sobre as relações
jurídicas. Com o propósito de suprir uma deficiência apontada pela doutrina
em relação ao Código velho, o novo Código Civil, a exemplo do Código Civil
italiano e português, define o que é prescrição e institui disciplina específica
para a decadência. Tendo em vista os preceitos do Código Civil a respeito da
matéria, assinale a alternativa correta:
a. Se a decadência resultar de convenção entre as partes, o
interessado poderá alegá-la, em qualquer grau de jurisdição, mas o
juiz não poderá suprir a alegação de quem a aproveite.
b. Se um dos credores solidários constituir judicialmente o devedor em mora,
tal iniciativa não aproveitará aos demais quanto à interrupção da prescrição,
nem a interrupção produzida em face do principal devedor prejudica o fiador
dele.
c. O novo Código Civil optou por conceituar o instituto da prescrição como a
extinção da pretensão e estabelece que a prescrição, em razão da sua
relevância, pode ser arguida, mesmo entre os cônjuges enquanto casados
pelo regime de separação obrigatória de bens.
d. Quando uma ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo
criminal, não correrá a prescrição até o despacho do juiz que tenha recebido
ou rejeitado a denúncia ou a queixa-crime.
3. (TJGO 2009) O empresário X é locatário de dois imóveis, sendo o contrato
de um deles por prazo determinado de seis (06) anos e o de outro, também
por prazo determinado, mas de um (01) ano, com cláusula estabelecendo
que o locatário poderá renová-lo por igual prazo desde que notifique o
locador até sessenta (60) dias antes do término, sob pena de a locação
prorrogar-se por prazo indeterminado. Os prazos que o empresário X tem
para mover ação renovatória do primeiro contrato de locação e para renovar
anualmente o segundo contrato de locação classificam-se:
a. Ambos como decadenciais e passíveis de reconhecimento de ofício pelo Juiz.
b. Ambos como decadenciais, sendo apenas o primeiro passível de
reconhecimento de ofício pelo Juiz.
c. Ambos como prescricionais, sendo o primeiro passível de reconhecimento de
ofício pelo Juiz.
d. O primeiro, como prescricional e o segundo como decadencial, nenhum
deles podendo ser reconhecido de ofício pelo Juiz.
e. O primeiro como decadencial e o segundo como prescricional, sendo ambos
passíveis de recebimento de ofício pelo Juiz.
CASO CONCRETO 15
Caso Concreto
1. Dra. Marilia, meu vizinho começou uma obra e parece que esta não tem fim!
Ele está reformando sua casa, mas os seus empreiteiros começam a
martelar, furar, cavar às 7h da manhã e não param até às 22h. e isso já
dura dois meses! Já tentei conversar com eles para que reduzam o período
de barulho, mas não houve acordo. O proprietário me informou que está
exercendo sua liberdade de reformar o prédio, que possui todas as
autorizações necessárias e que necessita da longa jornada para acabar a
obra mais rápido. Dra. , já faz dois meses em que durante a semana e
inclusive aos sábados não tenho mais sossego. Preciso descansar, meus
filhos precisam de um período maior de sono. Está certo o meu vizinho ou
tem algo que eu possa fazer para que ele reduza o incômodo? Justifique sua
resposta em no máximo cinco linhas.
Não. O vizinho está abusando do direito dele. Segundo o artigo 187.
2. (MPAC 2008) Com relação ao abuso de direito, assinale a alternativa
correta:
a. O legislador do Código Civil previu um elenco taxativo de atos considerados
abusivos.
b. No ato ilícito não é preciso configurar-se a culpa do agente, enquanto na
atuação abusiva, a culpa do agente é um dos seus requisitos.
c. O ato abusivo pode ser apontado como matéria de defesa pela parte,
pelo interessado ou pelo Ministério Público.
d. O juiz não pode declarar ‘ex officio’ um ato como abusivo, porque não
constitui matéria de ordem pública.
3. (TJMG 2008) De acordo com o Código Civil, aquele que, por ato ilícito,
causar dano a outrem fica obrigado a repará-lo. Assim, é correto dizer que o
incapaz:
a. Não responde subsidiariamente pelos prejuízos que causar.
b. Responde solidariamente pelos prejuízos que causar, com as pessoas por ele
responsáveis.
c. Excepcionalmente não responde como devedor principal, na hipótese de
ressarcimento devido pelos adolescentes que praticarem atos infracionais.
d. Responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem
de meios suficientes.
CASO CONCRETO 16
Caso Concreto
O aluno deve trazer as questões resolvidas para a aula da semana 16,
corrigindo fundamentadamente as alternativas que considerar erradas, bem
como, anotando suas dúvidas que deverão ser esclarecidas pelo professor.
1. (MDIC 2012) Assinale a opção incorreta:
a. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua
residência com ânimo definitivo. (art. 70).
b. O domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à
profissão, será considerado o lugar onde esta é exercida. (art. 72)
c. Nos contratos escritos, não poderão os contratantes especificar
como domicílio o lugar onde exerçam e cumpram os direitos e
obrigaçõesdeles resultantes. (art. 78).
d. Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares
diferentes, cada um deles será considerado domicilio para os atos nele
praticados. (art. 75, §1º).
e. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio do Município é o lugar onde
funcione a administração municipal. (art. 75, II).
2. (OAB X Exame 2013) Gustavo completou 17 anos de idade em janeiro de
2010. Em março de 2010 colou grau em curso de ensino médio. Em julho de
2010 contraiu matrimônio com Beatriz. Em setembro de 2010, foi aprovado
em concurso público e iniciou o exercício de emprego público efetivo. Por
fim, em novembro de 2010, estabeleceu-se no comércio, abrindo um
restaurante. Assinale a alternativa que indica o momento em que se deu a
cessação da incapacidade civil de Gustavo.
a. No momento em que iniciou o exercício de emprego público efetivo.
b. No momento em que colou grau em curso de ensino médio.
c. No momento em que contraiu matrimônio. (art. 5º §ú, II).
d. No momento em que se estabeleceu no comércio, abrindo um
restaurante.
3. (TJGO 2013) Considerando as disposições do Código Civil e a interpretação
doutrinária sobre a pessoa natural, assinale a opção correta.
a. Considera-se relativamente (absolutamente) incapaz aquele que, em
razão de causa transitória, não puder exprimir sua vontade. (art. 3º,
III)
b. O estado civil, apesar de não se sujeitar à alienação, (e não) é
renunciável. (art. 11).
c. O nome de uma pessoa (não) pode ser usado, sem sua prévia
autorização, em propaganda comercial, caso não haja (mesmo não
havendo) intenção difamatória ou exposição ao desprezo público. (art.
18).
d. A pessoa natural possui personalidade jurídica, tendo capacidade de fato
(direito), e não de direito (fato). (art. 1º e art. 3º).
e. Embora, em lei, sejam resguardos os direitos do nascituro, não é
concedida personalidade condicional ao nascimento com vida.
(art. 2º)
4. (DPE-ES 2013) Com relação à pessoa natural, personalidade e capacidade,
assinale a opção correta.
a. O Código Civil atual preceitua que os enfermos ou doentes
mentais sem o necessário discernimento para os atos da vida
civil são absolutamente incapazes. (art. 3º, II).
b. O Código Civil de 2002 inovou ao dar tratamento específico ao
natimorto, inclusive, conferindo-lhe alguns direitos da personalidade,
como o nome, por exemplo. Natimorto não tem direito algum visto
que não nascerá com vida. (art. 2º)
c. De acordo com a teoria da personalidade condicional, o nascituro adquire
personalidade jurídica desde a sua concepção, sendo, desde então,
considerado pessoa. Na teoria da personalidade condicional, o
nascituro acha-se dependente de condição suspensiva.
d. A capacidade de direito não pode ser confundida com a personalidade,
apesar de (pois) toda pessoa ser (é) capaz de direitos. (art. 1º)
e. A capacidade dos índios é regulada expressamente pelo Código Civil
(por legislação especial). (art. 4º, §ú)
5. (TJMS ? 2009) Sobre os defeitos dos negócios jurídicos, é incorreto afirmar
que:
a. Podem anular o negócio fraudulento os credores cuja garantia se tornou
insuficiente. (art. 159).
b. Só o erro substancial anula o negócio jurídico. (art. 138).
c. O dolo acidental anula o negócio jurídico. (obriga a satisfação de
perdas e danos) (art. 146).
d. O erro de indicação da pessoa ou coisa, ao que se refere a declaração de
vontade, não viciará o negócio quando se puder identificar a coisa ou a
pessoa cogitada. (art.148 e art. 149).
e. (não) Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro. (art.
155).
6. Relativamente às regras gerais sobre a invalidade dos negócios jurídicos,
com base no Código Civil, é correto afirmar que:
a. A invalidade do instrumento (não) induz necessariamente a do negócio
jurídico. (art. 183).
b. É anulável (nulo) o negócio jurídico sempre que a lei civil proibir-lhe a
prática, sem cominar sanção. (art. 104, III).
c. Ninguém pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um
incapaz (se não provar que reverteu em proveito dele a
importância paga). (art. 181).
d. No caso de coação, é de cinco (quatro) anos o prazo de decadência
para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado do dia em que
ela cessar. (art. 178, I).
e. Se o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro,
subsistirá este quando o fim a que visavam as partes permitir
supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade.
(art. 170).
7. (TCRS - Auditor) Considerando a sistemática das nulidades e anulabilidades
dos negócios jurídicos, avalie as assertivas I a IV e assinale a resposta
correta (A, B, C, D ou E).
I. Um negócio jurídico celebrado com o vício da simulação no ano de
1996 não está mais sujeito à invalidação, na data de hoje, mas, se
celebrado na data de hoje, viciado pelo mesmo fato que caracteriza
simulação, não está sujeito a prazo para declaração da invalidade.
II. A lesão é causa de anulabilidade do negócio jurídico que se funda na
onerosidade excessiva, assim como a teoria da imprevisão. Todavia a
lesão gera a anulabilidade do negócio, enquanto a teoria da
imprevisão é causa que interfere na eficácia do negócio.
III. A impossibilidade absoluta inicial é causa de invalidade (nulidade)
do negócio jurídico, enquanto a superveniente é causa de
anulabilidade (nulidade).
IV. A capacidade de direito é elemento necessário à validade dos
negócios jurídicos. Por não possuírem capacidade de direito (fato),
os menores de dezesseis anos não podem contratar. (art. 4º,I).
a. Todas as assertivas estão corretas.
b. Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
c. Apenas as assertivas II e III estão corretas.
d. Apenas as assertivas I e II estão corretas.
e. Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
8. (TCE-SP 2008) Sobre a invalidade dos negócios jurídicos, considere:
I. Os negócios simulados são nulos e aqueles praticados mediante erro
de direito são anuláveis.
II. Os negócios praticados em fraude contra credores e os contratos
celebrados em estado de perigo são anuláveis.
III. São nulos os negócios celebrados pelos pródigos e anuláveis os
celebrados por menor entre dezesseis e dezoito anos.
IV. A pretensão para se declarar a nulidade dos negócios jurídicos
firmados por pessoa absolutamente incapaz, bem como dos que
tiverem objeto ilícito, prescreve em dez anos.
V. Os negócios jurídicos anuláveis sujeitam-se a prazos decadenciais e
os negócios nulos se sujeitam a prazos prescricionais.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a. I e II.
b. I e III.
c. I e V.
d. II e IV.
e. III e V.
9. (TJCE- 2012) Acerca da prova, no âmbito civil, assinale a opção correta.
a. No caso de fraude contra credor, a má-fé não pode ser presumida.
b. Se a prova for obtida ilicitamente, será vedado ao juiz permitir sua
utilização.
c. O fato de uma pessoa ter sido testemunha em determinado
contrato não constitui impedimento para ela testemunhar em
juízo.
d. Caso o declarante se equivoque sobre a natureza do negócio jurídico, a
confissão poderá ser revogada.
e. Cópia autenticada de título de crédito é considerada prova hábil quando
perdido o título.
10. (PGE-BA 2013) No que se refere à pessoa jurídica, é correto afirmar:
a. A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa
com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro,
precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações
pelas quais passar o ato constitutivo.
b. Os atos de seus administradores, como regra, não a obrigam, salvo se
excessivos aos limites dos poderes definidos no ato constitutivo.
c. As decisões, se tiver ela administração coletiva, serão tomadas por
unanimidade, a não ser que o ato constitutivo disponha de modo
diverso.
d. Se sua administração vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer
interessado, a extinguirá, determinando sua liquidação.
e. Como regra, o patrimônio dela e de seus sócios confunde - se para efeito
de garantia dos débitos contraídos.11. (TJDF 2008) Analise as seguintes proposições:
I. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se
for relativa.
II. As condições impossíveis, quando resolutivas, são consideradas
inexistentes.
III. Aquele que, possuindo apenas parentes colaterais (irmãos, tios,
primos), pretende deixar seu patrimônio para um querido amigo,
deverá, no testamento, excluí-los.
IV. Em negócio jurídico celebrado, as partes podem avençar cláusula de
não valer sem instrumento público, passando este a ser considerado
como da substância do ato:
Assinale a alternativa adequada:
a. Apenas uma das proposições é verdadeira. Indique qual_________
b. Apenas uma das proposições é falsa. Indique qual: III
c. Todas as proposições são verdadeiras.
d. Todas as proposições são falsas.
12. São imprescritíveis as pretensões que versam sobre:
a. A ação para anular inscrição do nome empresarial feita com
violação de lei ou do contrato
b. Os bens públicos, o estado da pessoa e a cobrança de prestações
alimentares vencidas
c. O estado da pessoa, os direitos da personalidade e a cobrança de
prestações vencidas de rendas vitalícias.
d. O direito a alimentos e a ação de reparação civil em razão da
contrafação.
13. (COPEVE 2012 Prefeitura de Penedo) Isabella possui 14 anos de idade e
gostaria de realizar o pagamento de uma prestação do financiamento que
seu genitor obteve na Caixa Econômica Federal de Penedo, no valor de R$
3.000,00 (três mil reais). A atendente da instituição bancária, porém, não
aceita esse pagamento por ser ela menor de idade. Considerando a
classificação de fato jurídico de Pontes de Miranda, escolha a opção correta.
a. A atendente encontra-se correta, pois o pagamento representa um ato
jurídico lato sensu e, portanto, não pode ser realizado por relativamente
incapaz em virtude de sua patente anulabilidade.
b. A atendente encontra-se correta, pois o pagamento representa um ato
jurídico lato sensu e, portanto, não pode ser realizado por absolutamente
incapaz em virtude de sua patente nulidade.
c. A atendente encontra-se correta, pois o pagamento representa um
negócio jurídico e, portanto, não pode ser realizado por absolutamente
incapaz em virtude de sua patente nulidade.
d. A atendente encontra-se equivocada, pois o pagamento representa um
ato-fato jurídico e, portanto, pode ser realizado por absolutamente
incapaz.
e. A atendente encontra-se equivocada, pois o pagamento representa um
fato jurídico stricto sensu e, portanto, pode ser realizado por
absolutamente incapaz.
14. (OAB X Exame 2013) João, credor quirografário de Marcos em R$
150.000,00, ingressou com Ação Pauliana, com a finalidade de anular ato
praticado por Marcos, que o reduziu à insolvência. João alega que Marcos
transmitiu gratuitamente para seu filho, por contrato de doação,
propriedade rural avaliada em R$ 200.000,00. Considerando a hipótese
acima, assinale a afirmativa correta.
a. Caso o pedido da Ação Pauliana seja julgado procedente e seja anulado o
contrato de doação, o benefício da anulação aproveitará somente a João,
cabendo aos demais credores, caso existam, ingressarem com ação
individual própria.
b. O caso narrado traz hipótese de fraude de execução, que constitui
defeito no negócio jurídico por vício de consentimento.
c. Na hipótese de João receber de Marcos, já insolvente, o
pagamento da dívida ainda não vencida, ficará João obrigado a
repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o
concurso de credores, aquilo que recebeu.
d. João tem o prazo prescricional de dois anos para pleitear a anulação do
negócio jurídico fraudulento, contado do dia em que tomar conhecimento
da doação feita por Marcos.
15. (ITESP 2013) A pessoa jurídica é reconhecida pela ordem jurídica como
sujeito de direitos e obrigações, sobre a qual assinale a alternativa correta.
a. Autarquias de regime especial e partidos políticos são pessoas jurídicas
de direito público interno.
b. Compreende os organismos abstratos despersonificados, como é o caso
da herança jacente ou da massa falida.
c. Pode ter a personalidade jurídica desconsiderada se for
caracterizado abuso pelo desvio de finalidade, ou pela confusão
patrimonial.
d. As organizações religiosas são pessoas jurídicas de direito privado,
incluindo-se neste rol a Santa Sé e os organismos internacionais regidos
pelo direito internacional público, com sede no território nacional.
e. Até a extinção é protegida de forma irrestrita pelos direitos inerentes à
personalidade.
16. (ITESP 2013) É correto afirmar sobre o perfil interpretativo do negócio
jurídico:
a. o silêncio não tem consequência concreta a favor das partes.
b. se da declaração de vontade for detectado o falso motivo, o negócio
jurídico será sempre anulado.
c. se presumem fraudatórios os negócios ordinários indispensáveis à
manutenção de estabelecimento mercantil, rural ou industrial.
d. os credores quirografários podem anular a prática de negócios de
transmissão gratuita de bens, se os praticar o devedor já insolvente,
com exceção da remissão de dívida.
e. o erro substancial sucede quando incide sobre a natureza do
negócio, ou objeto principal de declaração, ou a alguma das
qualidades a ele essenciais.
17. (ITESP 2013) A prescrição é fator de extinção da pretensão de exigir uma
prestação devida em razão de inércia, deixando escoar o prazo legal.
Assinale a alternativa correta quanto ao instituto.
a. É possível a renúncia da prescrição, de forma expressa ou tácita, desde
que não cause prejuízo a terceiro e seja efetuado antes da sua
consumação.
b. Pode ser interrompida somente uma vez, por qualquer dos
interessados, sendo que recomeça a correr da data do ato que a
interrompeu, ou do último ato do processo para interrompê-la.
c. O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo se
favorecer o absolutamente incapaz.
d. São causas impeditivas a existência de questão prejudicial e a
solidariedade ativa entre credores diante de obrigação indivisível.
e. A condição de prescribente autoriza as pessoas físicas e jurídicas, que
possuam autorização legal, a alterar contratualmente os prazos
prescricionais, o qual passa a valer como lei entre as partes, no caso
concreto
18. (TRT 8a. Região 2013) Considere que o motorista particular de Pedro, ao
ultrapassar sinal vermelho, tenha atropelado Carla, que, em consequência
do atropelamento, sofreu ferimentos dos quais decorreram danos materiais.
Nessa situação hipotética, Pedro:
a. poderá não responder pelos danos, se provar que o motorista agiu
infringindo a lei.
b. responderá por culpa presumida, já que o motorista é considerado um
instrumento seu.
c. responderá por culpa in eligendo.
d. responderá pelo risco ínsito à atividade desempenhada pelo motorista.
e. responderá pelos danos, se comprovada a culpa do motorista.
19. (TRT 8a. Região 2013) Caso um indivíduo tenha se envolvido, no dia 30 de
janeiro de 2013, quarta- feira, em um acidente de trânsito que lhe causou
danos materiais e morais, a data da prescrição do direito de pedir
indenização ao responsável pelo acidente será:
a. 30 de janeiro de 2018, ainda que feriado.
b. 31 de janeiro de 2023, ainda que domingo.
c. 31 de janeiro de 2014, ainda que sábado.
d. 30 de janeiro de 2015, se dia útil.
e. 1.º de fevereiro de 2016, se dia útil.
20. (DPE-RR 2013) Acerca da capacidade para os atos da vida civil, assinale a
opção correta:
a. A personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com
vida. Assim, a proteção que o Código Civil defere ao nascituro não
alcança o natimorto no que concerne aos direitos da
personalidade, tais como nome, imagem e sepultura.
b. A emancipação voluntária se dá por concessão conjunta e irrevogável
dos pais, dependendo, ainda, de homologação judicial.
c. Os pródigos são considerados pelo Código Civil como absolutamente
incapazes de exercer os atos da vida civil, incapacidade esta que deve
ser decretada judicialmente por requisição do cônjuge ou familiar, já queo que se protege é exatamente o patrimônio da família e não apenas o
do pródigo.
d. Segundo a jurisprudência do STJ, não será necessária a
interdição prévia para que seja anulado negócio jurídico a ela
anterior praticado por aquele que sofra de insanidade mental,
desde que esta já exista no momento em que tiver sido realizado
o negócio jurídico.
e. De acordo com a regra do benefício da restituição, expressamente
prevista pelo Código Civil, é permitido ao relativamente incapaz, ao
adquirir capacidade civil, revogar os negócios praticados em seu nome
quando ele ainda era incapaz.

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