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Resumo de Teoria Geral do Processo

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Resumo Teoria Geral do Processo 
Bibliografia = TGP – Ada Pellegrini / TGP contemporâneo – Umberto Dalla 
Introdução ao Estudo do Processo Civil 
 Noções Gerais Tríade – Ação / Jurisdição / Processo 
Pedro empresta a quantia de 10.000,00 (dez mil reais) reais a Maria, e combina de passar na 
Universidade dia 18/02/2014 para receber a quantia. 
Entre Pedro e Maria existe uma relação jurídica onde uniu duas partes e dois direitos encontrando abrigo 
no ordenamento jurídico. Existe uma relação Creditícia, onde Pedro é o credor e Maria a devedora. 
A obrigação de Maria é pagar os 10.000,00 (dez mil reais) que deve. 
No dia atrasado do cumprimento da obrigação ela não pagou. 
No momento que ela negou a pagar o empréstimo, surgiu um conflito de interesses. 
Pedro tem a pretensão de receber o dinheiro. 
Maria está oferecendo resistência à pretensão de Pedro = Pretensão Resistida 
Houve então um conflito de interesses qualificado pela pretensão de uma parte e resistência de 
outra = Lide = Litígio = contenda 
Irresignado Pedro me procura no escritório, conta toda a história e pergunta, como o Sr. Pode me ajudar? 
R: A solução para Pedro será promover uma ação. Agora ele é o autor da ação e Maria a ré. 
 
 Estado (juiz / jurisdição) 
 
 
Pedro Ação Processo 
 
 Conflito de interesse 
Pedro /---------------------------------------------------------\ Maria 
(credor) Relação Jurídica (devedora) 
Para que o Estado exerça a atividade jurisdicional é preciso que alguém o provoque por meio do direito 
de ação, uma vez que o estado é provocado, ele exercerá a atividade jurisdicional por meio do 
processo. 
Direito é uma ciência social que regula a vida em sociedade. 
Direito Público = é aquele que guarda relação com o Estado 
Exemplos: 
Direito Constitucional = Regula o próprio Estado 
Direito Administrativo 
Promove 
Provocando 
Exercerá sua atividade 
jurisdicional por meio de um... 
Direito Penal = Somente o Estado tem o Ius Puniend 
Direito Tributário = É o Estado que tem o direito de cobrar tributos. 
Direito Processual = Regula a função do Estado. 
Direito Privado: 
Direito civil e Direito Empresarial 
Direito trabalhista é um ramo do direito misto, pois guarda aspectos tanto do direito público quanto do 
privado. 
Conceito de Direito Processual CivilÉ o ramo do direito público que tem por objetivo regular a função 
jurisdicional do Estado. 
Função JurisdicionalÉ o poder do Estado de dizer e aplicar o direito ao caso concreto. Trata-se de 
monopólio do Estado. 
DenominaçãoDireito Processual CivilAntes era chamado Direito Judiciário, mas era vago, restrito, 
pois dava-se a entender que era só o judiciário, mas o objeto de estudo é mais amplo. Futuramente será 
chamado de Direito Jurisdicional. 
Características Autonomia e instrumentabilidade 
 AutonomiaNossa disciplina é autônoma, tem regras própria no Código de Processo Civil, ou 
seja, é uma compilação das normas processuais. Desde que a disciplina tenha normas próprias, se 
torna ramo do Direito Autonomo, pois tem como característica a autonomia. 
 Instrumentalidade / Efetividade / OperalidadeA preocupação do processualista hoje é que as 
normas do direito processual sejam instrumentais, que tragam efetividade ao direito material e 
também a operalidade, sejam efetivas, sejam úteis e sirvam de instrumentos de acesso à justiça. 
Fontes do direito Processual 
Fonte formal (primária) Lei / CPC / CF 
ATENÇÃO 
Súmula Vinculante Foi criada pela emenda constitucional n°45 em 2004 e regulamentada em 2006 
pela lei 11.417. Esta súmula é editada somente pelo STF. Uma vez que o tema é tratado como Súmula 
Vinculante, vincula, obriga os tribunais inferiores e os órgãos administrativos a decidirem de acordo com a 
súmula vinculante. 
Obs.: Súmula vinculante não é lei, pois para ser lei, tem que ser editada pelo pode legislativo e tem que 
obedecer ao processo legislativo. Súmula vinculante tem força de lei, pois ela vincula, ela obriga. Por 
possuir efeito de lei, a Doutrina Majoritária entende que por possuir força de Lei, a Súmula Vinculante é 
uma fonte formal. 
Fonte material (secundária / subsidiária) Princípios gerais do direito / Costumes / Jurisprudência / 
AnalogiaSe aplica de fora subsidiária. 
Ex: Cheque é uma ordem de pagamento á vista, mas devido ao costume da sociedade em utiliza-lo como 
cheque á prazo, o STJ sumulou a favor do cheque a prazo, ou seja, se o comerciante depositar o cheque 
antes da data pré-estabelecida, terá que indenizar o consumidor, pois houve uma quebra na relação de 
confiança, na transparência que deve existir na relação de consumo. O STJ fez uma jurisprudência a 
partir de um costume, de uma fonte material do direito. STJ Súmula nº 370 Caracteriza dano moral a 
apresentação antecipada de cheque pré-datado. 
Fenômeno da IntegraçãoOcorre quando o juiz aplica as fontes materiais para solucionar o caso 
concreto diante de lacuna na lei ( artigo 126 CPC). 
Art. 126 - O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No 
julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos 
costumes e aos princípios gerais de direito. 
1° parteO juiz não pode deixar de julgar alegando lacunas na lei. 
2° parteNo julgamento do litígio deve aplicar a fonte formal (normas legais). 
3° parteNão havendo as normas legais, deve recorrer à fonte material (analogia, costume, princípios 
gerais do direito). 
Métodos de Interpretação da Norma Processual: 
1. Método literal ou gramaticalaplica-se o que está de fato inscrito no dispositivo. 
EX: Art. 513 - Da sentença caberá apelação (arts. 267 e 269). Professora 
Como o próprio nome já diz, leva em consideração o significado literal das palavras que formam a norma. 
O intérprete utiliza-se, tão somente, de sua sintaxe. Em virtude de sua precariedade, consiste em 
pressuposto interpretativo mais que um método propriamente dito. Humberto Dalla Bernadina de Pinho. 
2. Método lógico sistemáticoO dispositivo contempla a regra geral e as exceções. 
EX: Art. 155 - Os atos processuais são públicos./ Correm, todavia, em segredo de justiça os processos: 
Regra Geral Exceções 
I - em que o exigir o interesse público;Quando prevalece o interesse público. 
II - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, 
alimentos e guarda de menores. As ações que tramitam frente ao juízo de família (para preservar a 
intimidade das partes). 
Se cair um caso concreto, temos que observar se a situação está na regra ou na exceção. Professora 
A norma é interpretada em conformidade com as demais regras do ordenamento jurídico, que devem 
compor um sistema lógico e coerente. O intérprete jamais pode se esquecer de que a norma objeto da 
atividade interpretativa não é algo isolado do restante do ordenamento jurídico, devendo ser interpretada 
de acordo com o sistema, evitando-se paradoxos. Um dos aspectos mais importantes desse método 
reside na relação entre a Constituição e as leis infraconstitucionais. A coerência do sistema estabelece-se 
a partir da Constituição. Isso significa que a interpretação da lei infraconstitucional está condicionada pela 
interpretação da Constituição. Assim, adquire especial importância para a atividade hermenêutica o 
reconhecimento do fenômeno de constitucionalização do direito infraconstitucional. Humberto Dalla 
Bernadina de Pinho. 
3. Método HistóricoCompara-se a Lei nova com a Lei antiga. 
Obs.: O direito surgiudos fatos sociais, logo, temos que analisar a história para compreender melhor o 
caso. Professora 
A norma é interpretada em consonância com os seus antecedentes históricos, resgatando as causas que 
a determinaram. Humberto Dalla Bernadina de Pinho. 
4. Método ComparadoBusca na Lei estrangeira e procura adequá-la ao ordenamento jurídico 
pátrio. Ao buscar métodos do exterior, temos que verificar se é possível adequá-la ao ordenamento 
jurídico pátrio, caso contrário, essa lei estrangeira padece de vício. 
Ex: Art. 1.102-A do CPC- A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem 
eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de 
determinado bem móvel. 
O que é ação monitória? 
A ação monitória introduzida ao Código de Processo Civil, por força da Lei n. 9.079, de 14-07-95, criando 
um procedimento intermediário, que na realidade e a princípio têm características sumárias, viabiliza a 
antecipação dos efeitos da execução, eis que permite que alguém com base em prova escrita, sem 
eficácia de título executivo, obtenha de plano, um mandado de pagamento ou de entrega da coisa objeto 
do pedido, sem ter que aguardar uma sentença que reconheceria seu direito. 
Origem da Ação Monitória: 
O primeiro modelo de ação monitória que o Brasil teve em seu ordenamento jurídico, foi o advindo da 
ação decendiária, herdada do direito português, assemelhando-se aos monitórios documentais e tendo 
por finalidade prestações de dar dinheiro ou coisa certa, desde que demonstrada a obrigação por prova 
escrita. Professora 
Baseia-se na comparação com os ordenamentos estrangeiros, buscando no direito comparado subsídios 
à interpretação da norma. Tais métodos, de forma isolada, são insuficientes para permitir a completa e 
adequada exegese da norma, sendo necessária, portanto, a sua utilização em conjunto. Conforme o 
resultado alcançado, a atividade interpretativa pode ser classificada em: 
a) declarativa: atribuindo à norma o significado de sua expressão literal; 
b) restritiva: limitando a aplicação da lei a um âmbito mais estrito, quando o legislador disse mais do que 
pretendia; 
c) extensiva: conferindo-se uma interpretação mais ampla que a obtida pelo seu teor literal, hipótese em 
que o legislador expressou menos do que pretendia; 
d) ab-rogante: quando conclui pela inaplicabilidade da norma, em razão de incompatibilidade absoluta 
com outra regra ou princípio geral do ordenamento. Humberto Dalla Bernadina de Pinho. 
5. Método Teleológico O Juiz busca o fim social da norma para obter justiça, ou seja, se preocupa 
com a finalidade da norma. Professora 
Objetiva buscar o fim social da norma, a “ mens legis”, conforme determina o art. 5º, LICC. Diante de duas 
interpretações possíveis, o intérprete deve optar por aquela que melhor atenda às necessidades da 
sociedade. Humberto Dalla Bernadina de Pinho. 
Lei Processual no Espaço 
A eficácia espacial das normas processuais é determinada pelo princípio da territorialidade, conforme 
expressam os arts. 1º e 1.211, 1ª parte, CPC. 
 
Art. 1° A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional, 
conforme as disposições que este Código estabelece. 
 
Art. 1.211 - Este Código regerá o processo civil em todo o território brasileiro. Ao entrar em vigor, suas 
disposições aplicar-se-ão desde logo aos processos pendentes. 
 
O princípio, com fundamento na soberania nacional, determina que a lei processual pátria é aplicada em 
todo o território brasileiro (não sendo proibida a aplicação da lei 
processual brasileira fora dos limites nacionais), ficando excluída a possibilidade de 
aplicação de normas processuais estrangeiras diretamente pelo juiz nacional. 
 
No tocante à eficácia temporal, aplica-se o art. 1.211, 2ª parte, CPC, segundo o qual a lei processual tem 
aplicação imediata (princípio da imediatidade), alcançando os atos a serem realizados e sendo vedada 
a atribuição de efeito retroativo. 
 
Art. 1.211 - Este Código regerá o processo civil em todo o território brasileiro. Ao entrar em vigor, suas 
disposições aplicar-se-ão desde logo aos processos pendentes. 
 
Obs.: podemos citar a audiência de instrução e julgamento; imagine que o Juiz inicia o ato, colhe os 
esclarecimentos do perito, facultando indagações aos assistentes técnicos (art. 452, I, CPC). Em razão do 
adiantado da hora, suspende o ato e designa a continuação para a semana seguinte, oportunidade em 
que ouvirá as testemunhas arroladas pelas partes (art. 452, II). Nesse meio tempo, surge nova lei, 
alterando a ordem e a mecânica dos atos na audiência. Uma vez que o ato complexo se iniciou sob a 
vigência da primeira lei, deve ser finalizado dessa forma, pois caso contrário haveria a combinação de 
leis, o que, inexoravelmente, levaria à aplicação involuntária de uma terceira, não prevista pelo legislador, 
bem como surpreenderia as partes e seus advogados que não haviam se preparado para aquela 
situação. 
 
Se confunde também com o princípio tempus regit actum = tempo rege o ato, no sentido de que os 
atos jurídicos se regem pela lei da época em que ocorreram. 
 
 
Competência para Legislar sobre matéria processual 
 
Devido ao sistema federativo por nós adotado, compete privativamente à União legislar sobre matéria 
processual, conforme determina o art. 22, I, da CF. Não ocorre, pois, como nos EUA, em que as leis 
processuais divergem de um Estado para outro. Não obstante, as normas procedimentais estaduais 
brasileiras podem variar de Estado para Estado, uma vez que o art. 24, XI, da CF, outorgou competência 
concorrente à União, aos Estados-membros e ao Distrito Federal, para legislar sobre “procedimentos em 
matéria processual” que, segundo Vicente Greco Filho, seriam os procedimentos de apoio ao processo, e 
não o procedimento judicial. 
 
Ex: A assembleia legislativa do Rio de Janeiro elaborou um projeto de lei alterando o prazo de recurso de 
apelação para 10 dias no intuito de atender os princípios da celeridade e efetividade. Este projeto de lei é 
constitucional? 
 
R: É inconstitucional, pois o artigo 22, I da CF. diz que a competência de legislar sobre matéria processual 
é privativa da União. 
 
 Princípios constitucionais do processo civil 
 
Princípio da Isonomia ou igualdade entre as partesCorolário do princípio do devido processo legal e 
pilar da democracia, foi consagrado pelo constituinte de 1988, no art. 5º, caput, ao assegurar a todos a 
igualdade perante a lei. Os litigantes devem estar em combate com as mesmas armas, de modo a que 
possam lutar em pé de igualdade. 
 
Princípio do acesso à Justiça Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário 
lesão ou ameaça a direito; 
 
Princípio da Inafastabilidade do controle jurisdicional (poder judiciário) Com sede constitucional 
no art. 5º, XXXV, o referido princípio impede que o legislador restrinja o acesso à ordem jurídica ou ao 
ordenamento justo, bem como impõe ao juiz o dever de prestar a jurisdição, isto é, garantir a tutela 
efetiva, a quem detenha uma posição jurídica de vantagem. Corolário do princípio do acesso à justiça. 
 
 
Princípio do Juiz natural ou da vedação dos tribunais de exceção (artigo 5º, XXXVII e LIII CF). 
 Com previsão constitucional no art. 5º, XXXVII e LIII, da Lei Maior, o princípio processual do juiz natural 
há de ser analisado sob duas vertentes: em relação ao órgão jurisdicional que julgará e à sua 
imparcialidade. 
Assim, quanto ao órgão julgador, subsiste a garantia de julgamento pelo juiz natural, isto é, pelo juiz 
competente segundo a Constituição, com o intuito de que sejam evitados os odiosos tribunais de 
exceção. Dessa forma, a competência para o julgamento deve ser predeterminada. Demais disso, o órgão 
julgador, representando o Estadona condução e julgamento da causa deve agir imparcialmente e com 
impessoalidade; isto é, o juiz não pode ter interesse na causa a ser apreciada, sob pena de ser afastado 
por impedimento ou suspeição (consoante os arts. 134 e 135, CPC, respectivamente). 
 
Princípio do Devido processo legal (artigo 5°, LIV CF) Sem dúvida um dos mais importantes 
princípios processuais foi introduzido em nosso ordenamento de forma expressa pela Constituição de 
1988, em seu art. 5º, LIV, segundo o qual “ninguém será privado da liberdade ou dos seus bens sem o 
devido processo legal”. 
 
Artigo 5°, LIV da CF - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
 
Princípio do Contraditório e ampla defesa (art. 5º, LV, CF/88) Previsto no art. 5º, LV, CF/88, o 
referido princípio é tão importante no direito processual a ponto de renomados doutrinadores como Elio 
Fazzalari e Cândido Rangel Dinamarco afirmarem que “sem contraditório, não há processo”. 
Esse princípio impõe que, ao longo do procedimento, seja observado verdadeiro diálogo, com 
participação das partes, que é a garantia não apenas de ter ciência de todos os atos processuais, mas de 
ser ouvido, possibilitando a influência na decisão. Desse modo, permite que as partes, assim como 
eventuais interessados, participem ativamente da formação do convencimento do juiz, influindo, por 
conseguinte, no resultado do processo. 
 
Ampla defesaDefesa técnica e autodefesa. 
 
 Defesa técnicaAdvogado / Defensor Público 
 Autodefesa A própria parte fazendo a sua defesa, ou seja, na fase de interrogatório no processo 
penal. 
 
Princípio da Publicidade dos atos processuais (art. 5º, LX, e 93, IX, CF/88) Inserto nos art. 5º, LX, e 
93, IX, CF/88, constitui projeção do direito constitucional à informação e suporte para a efetividade do 
contraditório, garantindo o controle da sociedade sobre a atividade jurisdicional desenvolvida. 
Significa que, em regra, o processo deve ser público e, apenas excepcionalmente, sigiloso – quando 
houver expressa previsão legal, notadamente, quando a defesa da intimidade ou do interesse público o 
exigirem. 
 
 Art. 155 - Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos: 
I - em que o exigir o interesse público; 
II - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, 
alimentos e guarda de menores. 
 
Obs.: A defensoria pública tem prazo em dobro para os atos processuais, pois eles não tem como dar 
conta de toda demanda – O STF decidiu a favor. 
 
 Princípio da celeridade e duração razoável do processo (art. 5° LXXVIII da CF)  LXXVIII - a todos, 
no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que 
garantam a celeridade de sua tramitação. 
 
O andamento do processo deve ser em tempo razoável e efetivo. 
 
Acesso a Justiça 
Celeridade Efetividade 
 
 
Princípio da fundamentação ou motivação das decisões judiciais (art. 93, IX)  IX - todos os 
julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob 
pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus 
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado 
no sigilo não prejudique o interesse público à informação; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
As decisões judiciais precisam ser fundamentadas para responder as perguntas da decisão tomada. A 
ausência de fundamentação torna a decisão NULA. 
 
 
 
Aula 04 
 
 Conjunto de órgãos: Estrutura hierárquica do maior para o menor 
Supremo Tribunal Federal (STF) → Alta corte de justiça do país, guardião da CF. 
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) → Órgão fiscalizador → Fiscaliza através da corregedoria 
Superior Tribunal de Justiça (STJ) → é o guardião da uniformidade da interpretação das leis federais. 
Desempenha esta tarefa ao julgar as causas, decididas pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos 
Tribunais dos estados, do Distrito Federal e dos territórios, que contrariem lei federal ou dêem a lei federal 
interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro Tribunal. 
Justiça Federal → São órgãos da Justiça Federal os Tribunais Regionais Federais (TRF) e os juízes 
federais. A Justiça Federal julga, dentre outras, as causas em que for parte a União. 
Justiça do Trabalho → Os órgãos da Justiça do Trabalho são o Tribunal Superior do Trabalho (TST), 
os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e os juízes do Trabalho. Compete-lhe julgar as causas 
oriundas das relações de trabalho. 
Justiça Eleitoral → São órgãos da Justiça Eleitoral o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os Tribunais 
Regionais Eleitorais (TRE), os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais. Compete-lhe julgar as causas 
relativas à legislação eleitoral. 
Justiça Militar→ A Justiça Militar compõe-se do Superior Tribunal Militar (STM) e dos Tribunais e juízes 
militares, com competência para julgar os crimes militares definidos em lei. 
Justiça Estadual→ A Constituição Federal determina que os estados organizem a sua Justiça Estadual, 
observando os princípios constitucionais federais. Como regra geral, a Justiça Estadual compõe-se de 
duas instâncias, o Tribunal de Justiça (TJ) e os Juízes Estaduais. 
 
Classificação dos órgãos do Poder Judiciário quanto à matéria e quanto ao número de julgadores. 
Especial→ 
Quanto a Matéria: 
Comum → 
 
Órgão colegiado 
Quanto ao número de julgadores: 
Órgão singular 
 
Justiça Especial 
Justiça Comum 
Justiça Comum 
Só os temas relacionados ao Direito Eleitoral, Trabalhista e Militar através dos 
respectivos órgãos TST e TRT- trabalho, TSE e TRE eleitoral, STM e TJM militar. 
 Pode ser Federal ou Estadual que não cuide dos temas excepcionais. Exemplo civil, 
tributário e os demais ramos. 
Mais de um julgador – aqui temos um Acórdão. 
Um julgador, o juiz é um órgão – aqui temos sentença. 
 
Aula 05 – Jurisdição 
 
O autor exerce o direito de ação provocando o Estado Juiz para exercer a função Jurisdicional. O Juiz 
exerce a função por meio do processo. 
 
Ação + Jurisdição + Processo = Trilogia 
 
A função jurisdicional é exercida pelo Poder Judiciário (art. 2° CF)  Art. 2º São Poderes da União, 
independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
 
ConceitoTrata-se do poder do Estado de dizer e aplicar o direito ao caso concreto. Trata-se de um 
monopólio do Estado. 
 
Objetivo Alcançar a paz social colocando um fim nos conflitos. 
 
Características: 
 
 Inércia O Estado Juiz só age se for devidamente provocado e esta provocação se dá por meio 
do exercício do direito de Ação. 
 
Art. 2º - Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a 
requerer, nos casos e forma legais. 
 
Art. 262 - O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial. 
 
Obs.: O artigo 262 parte B do CPC também fala do princípio do impulso oficial, ou seja, este princípio 
estabelece que embora o processo tenha início somente após a iniciativa da parte, seu desenvolvimento 
ocorrerá por impulso oficial, ou seja, do juiz. 
 
Obs.: Existe no Princípio da Inércia estabelecido no artigo 989 do CPC, que é a possibilidade de abertura 
do inventário de ofício pelo juiz. 
 
Art. 989 - O juiz determinará, de ofício, que se inicie o inventário, se nenhuma das pessoas 
mencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal. 
 
 Substitutividade  O Estado Juiz substitui a vontade das partes. O que não podemos fazer 
sozinho, o Juiz assume e determina. 
 
 Indeclinabilidade  O Juiz não pode recusar o exame de um caso concreto. O Estado Juiz nãopode de recusar a examinar o caso concreto. 
 
Art. 126 - O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei. No 
julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos 
costumes e aos princípios gerais de direito. 
 
 Definitividade  Quando não existem mais recursos, se torna definitiva. 
 
 Obrigatoriedade  A decisão tem que ser cumprida. 
 
 
 
 
 
 
 
Princípios da jurisdição 
 
 Princípio da Indelegabilidade  O Estado Juiz não pode delegar suas funções. 
 
Ex: Delegar a função para um estagiário, secretário. 
 
Obs.: Se for para outro Juiz, não se trata de delegar, pois os dois estão investidos da mesma autoridade. 
 
 Princípio da Investidura  Somente o magistrado poderá exercer a função jurisdicional, estando 
portanto investido (resolução 75 CNJ) – Ocorre quando toma posse. 
 
 Princípio do Acesso a Justiça  É também chamado de Inafastabilidade do poder judiciário 
(Art. 5°, XXXV) 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
 
 Princípio do duplo grau de jurisdição  É o princípio que garante a revisão das decisões 
judiciais por meio do recurso. 
 
 Princípio da aderência ao território  Trata-se de princípio relacionado à competência. O Juiz 
vai exercer somente em sua competência nos limites determinados. 
 
Classificação 
 
 Quanto à matéria Cuida da matéria Civil e todos os outros ramos do direito. 
Obs.: Direito do Trabalho tem forma especial. Penal Cuida somente da matéria penal. 
 
 Quanto ao grau 
 
Superior – 1° grau de jurisdição 
 Duplo grau de jurisdição 
Inferior – 2° grau de jurisdição 
 
 Quanto à natureza da decisão 
 
De DireitoO Juiz se preocupa em aplicar tão somente a lei ao caso concreto. 
 
De equidadeO juiz se preocupa com a função social da norma (Método teleológico de interpretação). 
 
 Quanto a presença ou não da Lide. 
 
Jurisdição contenciosa Jurisdição voluntária 
Há Lide Não há lide 
Partes (autor e réu) Interessados 
Processo Procedimento 
 
A Jurisdição é contenciosa quando há lide entre as partes (autor e réu), logo, para resolver o problema 
existe o processo. 
 
Na Jurisdição voluntária não há lide, ou seja, os interessados buscam o mesmo direito, como por exemplo 
o divórcio. Esse problema se resolve através do procedimento. 
 
Processo É o conjunto de atos que se desenvolvem para compor a lide. 
 
 
 
Os efeitos da responsabilidade penal na esfera cível 
 
Elementos da responsabilidade civil: 
 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e 
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente 
os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
 
Ação ou omissão 
Agente causador 
Dano 
Nexo de causalidade 
Culpa do agente 
(Exceto na responsabilidade objetiva – teoria do risco) 
 
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a 
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no 
juízo criminal. 
 
Ex: Sentença penal condenatória transitada em julgado serve para a indenização do valor na esfera Civil 
– Título executivo judicial (Art. 475 CPC) 
 
Art. 475. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada 
pelo tribunal, a sentença: 
 
O Juízo Civil só determina o valor. 
 
Obs.: Alguns dispositivos do CPP permitem que o juiz criminal fixe o valor da indenização na esfera civil 
na própria sentença criminal com o intuito de atender os princípios da celeridade e efetividade. Discute-se 
na doutrina acerca da constitucionalidade do dispositivo  Alexandre Câmara diz que é inconstitucional. 
 
 
Equivalentes Jurisdicionais. Distinção entre jurisdição e competência 
 
1. Princípio de acesso à justiça Inafastabilidade do poder judiciário (Art. 5°, XXXV) 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
 
Celeridade e efetividadeO andamento do processo deve ser em tempo razoável e efetivo. 
 
Acesso a Justiça 
 Celeridade Efetividade 
 
CNJÉ um órgão que foi criado pela Emenda constitucional 45: 
 
FunçãoFiscaliza os tribunais para ver se o atendimento é efetivo e célere. (Quem compõe o CNJ são os 
membros do Poder Judiciário, logo, não existe controle externo). 
 
2. Meios facilitadores de acesso à justiça. 
 
Juizados Especiais: 
 Juizados estaduais (9.099/1995) 
 Federais (10.259/2001) 
 Fazendários (12.153/2009) 
 
Gratuidade de Justiça. 
Prioridade na tramitação de processos de idoso. 
Defensoria públicaQuem dela necessita (hipossuficiente). 
CDC (8.078/1990). 
 
3. Meios alternativos de acesso à justiçaOs meios alternativos tem por objetivo à composição dos 
conflitos de forma a evitar a propositura de demandas judiciais. 
Estes meios foram privilegiados com o projeto de lei do novo CPC. 
Os mais importantes são: 
 
 Arbitragem (campo patrimonial)Prevista na lei 9.307/1996, onde as partes elegem um árbitro 
para decidir um conflito. Essa decisão vale como título executivo judicial (475 N do CPC) e, 
portanto, não precisa ser homologado pelo poder judiciário. 
 
Art. 475-N. São títulos executivos judiciais: 
IV – a sentença arbitral; 
 
Obs.: Se na celebração do contrato as partes incluírem uma Cláusula Arbitral ou Compromissória, no 
momento do conflito eles elegerão um árbitro para compor a lide. 
Se uma das partes não convocar o árbitro e for direto para o judiciário, a parte opositora pode mencionar 
a cláusula arbitral e consequentemente cancelar o processo. 
 
A arbitragem ofende o princípio do acesso à justiça? 
R: Não, pois a arbitragem é uma opção, portanto voluntária pelos envolvidos. 
 
Obs.: Se existir uma cláusula arbitral no contrato de adesão, essa clausula é NULA, pois só uma das 
partes teve ingerência à essa cláusula. 
 
 Mediação (Pré-processual)Meio alternativo em que figura um mediador, ou seja, o terceiro 
equidistante as causas e razões das partes buscando uma composição para o conflito. 
 
 Conciliação (Pode ser feito a qualquer tempo, antes ou durante)É muito comum e faz parte do 
procedimento sumaríssimo dos juizados especiais, a chamada Audiência de conciliação, que é 
presidida pelo conciliador que tem como função alcançar o acordo entre as partes. 
 
Obs.: Só o Juiz tem poder decisório. 
 
Aula 8Tutela Jurisdicional 
 
Tutela JurisdicionalSempre que estivermos diante de lesão ou ameaça de direito é possível provocar 
através do exercício do direito de ação o Estado Juiz para que este então através do processo exerça a 
Tutela Jurisdicional, ou seja, diga e aplique o direito ao caso concreto. 
 
Espécies de tutela jurisdicional (A doutrina que diz): 
 
1. Tutela de UrgênciaUm provimento que o Juiz tem que entregar com uma certa urgência para 
não perder a utilidade. 
 
Ex: Uma pessoa com grave doença que precisa urgentemente de uma cirurgia. 
 
Espécies de tutela de Urgência: 
 
 Antecipação dos efeitos da tutela(273 CPC)A antecipação visa como o próprio nome já diz, 
antecipar o provimento que somente seria concedido ao final do processo com a sentença. 
É preciso apontar os seguintes requisitos: 
 
a) Prova Inequívoca (caput) 
b) Verossimilhança nas alegações (caput) 
c) Reversibilidade da medida (§ 2°) 
 
Art. 273 - O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendidano pedido 
inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: (Alterado pela L-008.952-1994) 
 
§ 2º - Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. 
 
Reversibilidadereverter a situaçãoCirurgia (não tem como reverter). 
 
 Processo Cautelar (796 CPC)Tem como objetivo proteger o processo. 
Art. 796 - O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal e deste é sempre 
dependente. 
 
Requisitos do processo cautelar: 
 
a) Fumus boni iuris ('fumaça do bom direito'): Isso significa que há indícios de que quem está 
pedindo a liminar tem direito ao que está pedindo. O nome estranho desse elemento vem do ditado 
popular de que ‘onde há fumaça, há fogo’. Em outras palavras, o magistrado não está julgando se 
a pessoas tem direito (isso ele só vai fazer na sentença de mérito, quando decidir o processo), mas 
se ela parece ter o direito que alega. 
 
b) Periculum in mora ('perigo na demora'): Isso significa que se o magistrado não conceder a 
liminar imediatamente, mais tarde será muito tarde, ou seja, o direito da pessoa já terá sido 
danificado de forma irreparável. 
Sessão de medidas cautelares: 813 / 822 / 826 / 839 / 846 do CPC 
 
2. Tutela InibitóriaVisa inibir / coibir a prática do ato ou a sua omissão (art. 461, §4° CPC). 
Nesta situação o juiz impõe as astreintes ou multa diária. 
Art. 461 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela 
específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente 
ao do adimplemento. (Alterado pela L-008.952-1994) 
§ 4º - O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de 
pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito. 
(Acrscentado pela L-008.952-1994) 
Ex: O juiz impõe uma tutela inibitória para coibir a pessoa de ligar o Som alto após as 22:00 hs. 
3. Tutela de remoção do ilícito São as medidas mais graves determinadas pelo juiz para 
assegurar o resultado prático equivalente. 
Art. 461 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela 
específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente 
ao do adimplemento. (Alterado pela L-008.952-1994) 
§ 5º - Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, de ofício ou a 
requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, 
remoção de pessoas e coisas, desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de 
força policial. (Alterado pela L-010.444-2002) 
 
Ex: Sem o autor pedir, o juiz pode determinar o fechamento de uma boate até que o réu cumpra a 
determinação do isolamento acústico. 
4. Tutela RessarcitóriaOcorre quando buscamos o ressarcimento de prejuízos sofridos. 
Ex: Indenização por perdas e danos e lucros cessantes. 
5. Tutela de evidênciaÉ a que ocorre na hipótese prevista no artigo 285-A do CPC. 
Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de 
total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se 
o teor da anteriormente prolatada. (Acrescentado pela L-011.277-2006) 
 
Está demonstrado, evidenciado que é improcedente. 
 
Aula 10Ação 
DefiniçãoAção é o direito subjetivo da parte de provocar o Estado Juiz para que este exerça a 
atividade jurisdicional. Todos tem o direito de ação assegurado em virtude do princípio do acesso à justiça 
previsto no artigo 5°, XXXV do CF. 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
Teorias acerca da natureza jurídica da ação: 
O que é natureza jurídicaÉ a posição que o instituto ocupa dentro do ordenamento jurídico. 
Ao longo da evolução do Direito Processual, muitas teorias foram desenvolvidas para que chegássemos a 
conclusão que a ação tem natureza jurídica de direito subjetivo. 
1. Teoria CivilistaÉ também chamado de teoria imanentista, defendida por SAVINI. Não existiam 
normas processuais a época, mas somente normas de direito material. 
2. Teoria ConcretaEsta teoria inaugurou a fase científica de evolução do Direito Processual, 
consagrando a autonomia da matéria, ou seja, o direito processual civil passa a contar com normas 
próprias reunidas em um código. 
3. Teoria da ação como direito potestativoPara esta teoria a Ação tinha natureza Jurídica de direito 
potestativo. 
4. Teoria da Ação como direito abstratoPara esta teoria a Ação quando promovida pelo autor é 
dirigida contra o Estado e não contra o réu. Hoje observamos que a Ação é dirigida contra o réu e o 
Estado é tão somente provocado para exercer a atividade jurisdicional (dizer e aplicar o direito ao 
caso concreto). 
5. Teoria Eclética(art. 267, VI do CPC)É a teoria adotada atualmente na doutrina brasileira. Para 
exercermos o direito de Ação é necessário o fiel cumprimento das chamadas condições de Ação 
(Legitimidade ad causam, Interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido). Caso essas 
condições não sejam preenchidas o juiz vai extinguir o processo sem resolução de mérito na forma 
do artigo 267 do CPC. 
6. Teoria da AsserçãoPara essa teoria ao reconhecer a ausência das condições da Ação o juiz 
deveria extinguir o processo com resolução de mérito na forma do artigo 269 do CPC evitando 
assim a propositura de uma nova ação. Essa teoria não encontra previsão no direito brasileiro. 
 
 
 
Características da Ação: 
 AbstrataÉ o mesmo que subjetivo. 
 AutonomaIndepende da existência de direito material. 
Ex.: Art. 4º - O interesse do autor pode limitar-se à declaração: 
O autor solicita que o Juiz declare que o réu é devedor, ou seja, a ação não é de cobrança, só de reconhecimento. 
 
Natureza JurídicaDireito Subjetivo. 
 
Condições da Ação: 
 
a) Legitimidade ad Causam 
b) Interesse de agir 
c) Possibilidade Jurídica do pedido 
 
Elementos da Ação: 
 
a) Partes 
b) Objeto 
c) Causa de pedir 
 
 
Aula 11 Elementos da ação. Concurso e cumulação de ações 
Legitimidade ad causamPertence ao titular do direito material em questão. 
Interesse de agirÉ o interesse na obtenção de uma decisão judicial favorável. Não se confunde com o interesse meramente 
econômico. (O interessado pode ajuizar uma ação para que o juiz declare o demandado como devedor, ou seja, é uma ação de 
declaração, não de cobrança sem interesse econômico). 
Possibilidade jurídica no pedidoO pedido deve ser físico e materialmente possível também não pode ser vetado por lei. 
Exemplo: Pedido de alimentos 
O autor é a criança, a mãe é o representante legal (Ação de representação de pedidos de alimentos). 
Obs.: As condições da Ação devem ser observadas conjuntamente. A falta de uma ou mais geram um fenômeno da carência 
de Ação que leva a extinção do processo sem resolução de mérito conforme artigo 267, VI do CPC. 
As condições da Ação constituem matéria de ordem pública e portanto podem ser reconhecidas de ofício a qualquer tempo ou 
grau de jurisdição. 
Elementos da ação: 
 PartesAutor e Réu 
 ObjetoPedido 
 Causa de pedirMotivo 
 
Aula 12 (continuação) 
Concurso de Ações Ocorre quando diante de um fato a parte pode propor duas ou mais ações. Ação 
de indenização por danos morais / Ação de indenização por danos materiais (dois pedidos). 
Ex: Ação deinvestigação de paternidade cumulada com alimentos. 
Cumulação de Ações Também chamada de cumulação de pedidos. Ocorre quando unimos em uma 
única Ação dois ou mais pedidos. Para que isto ocorra é necessário: 
a) Identidade quanto às partes. 
b) Procedimentos compatíveis entre si. 
c) Mesmo juízo competente. 
Ex: Não é possível unir em única Ação como por exemplo, Ação de dissolução de sociedade e dissolução 
de matrimônio. 
 
Espécies de Cumulação de Ações: 
 Cumulação SimplesOcorre quando os pedidos não guardam relação de dependência entre si. 
Ex: Dano material e Dano moral Não guardam dependência, ou seja, pode ganhar o dano material e 
perder o dano moral. 
 Cumulação SucessivaOcorre quando os pedidos são dependentes entre si. 
Ex: Investigação de paternidade e alimentos Para conseguir o alimento necessita de comprovação da 
paternidade. 
Ex: Investigação de paternidade e reserva do quinhão hereditário. 
 Cumulação Eventual ou Facultativa Caracteriza-se pela presença de pedidos alternativos. A 
parte deverá fazer o pedido obedecendo à ordem de preferencia. 
Ex: Abatimento no preço ou Troca do produto ou devolução do dinheiroA ordem é decidida pelo 
autor do pedido. 
 
Aula 13Processo 
ConceitoÉ o conjunto de atos processuais que se desenvolvem regularmente para compor a lide. 
Espécies de processo: 
 Processo de Conhecimento (cognitio no latim)É também chamada de processo de cognição. 
Ocorre nas situações onde o juiz precisa conhecer a causa, os envolvidos e o pedido formulado 
para que então possa decidir (Livro 1 do CPC) art. 1° ao 565. 
 
 Processo de ExecuçãoOcorre quando estamos diante de um título executivo que pode ser 
Judicial (475-N do CPC) ou extra judicial (585 CPC). Quando estamos diante em regra de um título 
judicial a execução se dá por meio de cumprimento de sentença, ou seja, como mera fase do 
processo de conhecimento. Quando estamos diante de um título extrajudicial, a execução se dá de 
forma autônoma (ação de execução). 
Ex.: Processo não se confunde com procedimento. O procedimento é a forma, a maneira como os atos 
processuais se desenvolvem. 
 
Aula 14 Pressupostos processuais 
Conceito: São os requisitos necessários para que o processo exista e seja considerado valido. E que vale as condições da 
ação, só que destinadas ao processo. 
Todos temos o direito de Ação: 
Artigo 5° XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou 
ameaça a direito; 
 
Acesso à Justiça 
 
Ação 
 
 
Condições da Ação 
Art. 267 – Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a 
legitimidade das partes e o interesse processual; 
 Legitimidade ad causam Vale dizer que a legitimidade ad causum, divide-se em legitimidade 
ativa - do autor, "aquele que deduz em juízo uma pretensão" e legitimidade passiva - do réu, 
"aquele em face de quem aquela pretensão é deduzida”. A legitimidade pode ser: 
Exclusiva quando a lei atribui legitimidade um único sujeito, que em regra é ao próprio titular do direito. 
Concorrente quando a lei atribui legitimidade a mais de um sujeito, também chamada de co-
legitimação ou legitimação disjuntiva. 
Ordinária quando a lei atribui legitimidade ao titular da relação jurídica discutida, ou seja, a parte 
corresponde com o legitimado, que defenderá em nome próprio direito próprio. 
Extraordinária conforme previsto no art 6º, CPC,26 quando se defende em nome próprio interesse 
alheio. Um bom exemplo é a ação de investigação de paternidade proposta pelo MP em favor do menor, 
na forma da Lei n. 8.560/92. Nesse caso, o titular do direito material é o menor, que deseja saber quem é 
o seu pai. Entretanto, muitas vezes, quem deduz essa pretensão em juízo é o MP, na condição de 
legitimado extraordinário. 
 
 Interesse de agir O interesse de agir é verificado pela reunião de duas premissas: a utilidade e 
a necessidade do processo. A utilidade está em se demonstrar que o processo pode propiciar 
benefícios; a necessidade do processo se constata quando o proveito de que se precisa só é 
possível alcançar por meio do Judiciário. 
 
 Possibilidade jurídica do pedido É a aptidão de um pedido, em tese, ser acolhido. Se, em tese, 
o pedido é possível, está preenchida esta primeira condição da ação. 
Previsibilidade pelo direito objetivo da pretensão manifestada pelo autor, ou seja, é a admissibilidade, em 
abstrato, do provimento demandado. 
 
Deve ser aferida em dois aspectos: 
 
1. positivo: pode-se pedir tudo aquilo que esteja expressamente previsto em lei. 
 
2. negativo: só se pode pleitear o que não seja vedado por lei. O silêncio da lei é interpretado em 
favor da parte. Essa é a posição do direito brasileiro. 
 
 Um exemplo clássico de impossibilidade jurídica do pedido existiu, entre nós, até 1977. Tratava-se 
do pedido de divórcio, que, então, era vedado pelo ordenamento jurídico. Com a aprovação da Lei 
do Divórcio (Lei n. 6.515/77) deixou de existir a vedação antes existente. 
Pressupostos processuais Os pressupostos processuais são de existência ou de validade. 
Conceito: São os requisitos mínimos necessários para o estabelecimento de uma relação jurídica processual 
válida e regular (art. 267, IV, CPC). 
 
São requisitos para a existência do processo: 
 
Órgão Jurisdicionalo órgão estatal investido de jurisdição – juízo de direito ou tribunal; 
Existência Partes (autor e réu) 
Demanda (alguém tem que promover a ação) 
Validade – são requisitos que tornam o processo viável e que, ausentes, não permitem a efetivação de 
eventual sentença de mérito, muito embora o processo tenha existido: 
 
Competência (juízo adequado para examinar cada matéria) 
Validade Capacidade das partes (Absolutamente) e (Relativamente) 
Demanda regular Representado (art. 3 CC) Assistido (art. 4° CC) 
Obs.: Os requisitos de ordem formal devem ser cumpridos, pois dependendo do tipo de ação, a 
inicial não segue... 
Ex: APELAÇÃO. PETIÇÃO INICIAL DE MANDADO DE SEGURANÇA INDEFERIDA. AUSÊNCIA DE DIREITO 
LÍQUIDO E CERTO. Para caber em mandado de segurança o pedido formulado deve ser líquido e 
certo. E, “direito líquido e certo é aquele que não precisa ser aclarado com o exame de provas em 
dilações; que é, de si mesmo, concludente e inconcusso” (cf. J.CRETELLA JÚNIOR, cf. Comentário à 
Lei do Mand.de Segurança, 7ª.Edição Forense 1995/p.65). 
Outro Exemplo: 
Ajuízo uma ação de divórcio na vara criminal, logo, o processo é extinto sem resolução de mérito 
por falta de validade (incompetência para julgar). 
Obs.: Todos os pressupostos devem ser observados. A falta de qualquer pressuposto pode levar a 
extinção do processo sem resolução de mérito nos termos do artigo 267, IV do CPC. No entanto, 
para evitar a extinção em nome do Princípio do aproveitamento dos atos processuais pode o 
magistrado determinar a correção da questão sanando portanto o vício. 
 
Aula 15Procedimentos 
O procedimento é a forma, a maneira como os atos processuais se desenvolvem. 
A escolha do procedimento não é feita de forma livre pelo autor, deve obedecer ao disposto em lei. 
Obs.: Para saber qual procedimento devemos adotar, usamos o critério de exclusão de baixo para 
cima, ou seja, primeiro verificamos se é um Procedimento Especial ( 1° Jurisdição Voluntária / 2° 
Jurisdição contenciosa). 
Se não for Procedimento Especial, passamos então para o Procedimento Comum (3° sumário / 4° 
Ordinário). 
EX: 
Ordem de eliminação Procedimentos Classificação 
Ultima opção Ordinário (Maior complexidade) 
 
 
Procedimento 
Comum 
 
Terceiro Sumário (Valor / Matéria) 
 
Segundo Jurisdição Contenciosa(há lide) 
 
 
Procedimento 
Especial 
 
Primeiro Jurisdição Voluntária (não há lide) 
 
 
Hipóteses de procedimentos: 
Procedimento Comum 
 Ordinário (Se não for nenhum dos procedimentos anteriores, adotaremos esse)É aquele 
reservado as questões de maior complexidade, pois permite maior dilação probatória. 
 
 Sumário (terceiro a ser verificado)Previsto no artigo 275 do CPC , é marcado pela brevidade 
nos procedimentos, pela impossibilidade da intervenção de terceiros, salvo a assistência e pela 
impossibilidade do uso da reconvenção que foi substituída pelo pedido contraposto (atenção aos 
artigos 278 e 280 do CPC). 
Existem casos que tem menor complexidade probatória, sem grandes dificuldades. 
Critérios: Art. 275 - Observar-se-á o procedimento sumário: 
Valor I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo; 
Matéria II - nas causas, qualquer que seja o valor: 
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola; 
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio; 
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; 
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; 
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo ressalvados os casos 
de processo de execução; 
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial; 
g) que versem sobre revogação de doação; 
h) nos demais casos previstos em lei. 
Procedimento Especial 
 Jurisdição Contenciosa (segundo a ser verificado)São indicados entre os artigos 890 a 1.102 
do CPC e regulam situações que em razão de sua especificidade merecem um procedimento 
próprio. 
Ex: Tem lide Em suma, a Jurisdição contenciosa "tem por objetivo a composição e solução de um 
litígio." (BORGES, p. 211). 
Ação de consignação de pagamento (890 CPC)A referida ação decorre da manifestação de vontade do 
devedor de pagar ao credor em juízo, extinguir uma obrigação e, consequentemente, a mora accipiendi 
que dela decorra. 
 Jurisdição Voluntária(primeiro a ser verificado)É caracterizada pela ausência de lide e está 
previsto a partir do art. 1.103 do CPC. 
Art. 1.103 - Quando este Código não estabelecer procedimento especial, regem a jurisdição voluntária 
as disposições constantes deste Capítulo. 
Ex: divórcio consensual. 
 
 
 
Correção dos Casos Concretos. 
Aula 01 
1ª Questão. 
César promove uma execução em face de Joaquim, objetivando receber uma nota promissória. Ao 
despachar a inicial, o juiz determinou que o oficial de justiça cumprisse o mandado de penhora e 
avaliação. Ato contínuo, foi penhorado o único imóvel do devedor, que se constitui na residência 
de sua família. No entanto, após ter sido realizada esta penhora, foi editada a Lei nº 8.009/90, 
estabelecendo que o imóvel residencial passou a ser impenhorável. Indaga-se: a penhora realizada 
sobre este bem antes da criação da Lei nº 8.009/90 pode permanecer ou a nova lei, de natureza 
processual, aplica-se imediatamente? 
R: A nova lei de natureza processual é aplicada imediatamente atingindo o processo em curso, conforme 
estabelece o artigo 1.211 do CPC. Registra-se que a penhora é um ato de constrição (imposição) judicial 
de natureza processual. 
Obs.: A penhora não se exaure no momento, só no ato do leilão. 
2ª Questão. Assinale a alternativa correta, que diga respeito à natureza das leis processuais: 
a) normas privadas, dispositivas e autônomas; 
b) normas públicas, dispositivas e instrumentais; 
c) normas privadas, instrumentais e autônomas; 
d) normas públicas, cogentes (obrigatórias) e instrumentais (dá efetividade).  Correta 
 
 
Aula 02 
1ª Questão. Artur promoveu ação de conhecimento em face de Gabriel para postular a condenação 
do réu a pagar o valor de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) em razão de descumprimento de 
contrato e a título de multa compensatória. Citado o réu oferece contestação, no prazo legal, e 
alega em preliminar a ilegitimidade da parte réu, em conta que com o autor nunca celebrou 
contrato de qualquer natureza. 
Indaga-se: 
a) O juiz ao determinar a manifestação do autor, em réplica, sobre a preliminar arguida pelo réu em 
sua peça de resistência, aplicou qual princípio de direito processual. 
R: O princípio do contraditório, seu pressuposto é que a verdade só pode ser evidenciada pelas teses 
contrapostas das partes. 
2ª Questão. 
Assinale a alternativa correta em relação às normas cogentes do processo civil; 
a) elas são de natureza pública e, de regra, não podem ser afastadas pela vontade particular, se 
essencialmente voltadas para o interesse público; Correta 
b) são de interesse público, mas podem ser alteradas somente pela vontade do autor da ação; 
c) são de interesse público ou particular, mas podem ser desconsideradas pelo juiz ao aplicá-las em um 
caso concreto; 
d) são genuinamente de interesse particular, pelo que podem ser desconsideradas pela vontade das 
partes. 
 
 
Aula 03 
1ª Questão. 
Sílvio promove ação de conhecimento em face de Francisco postular do réu indenização por dano 
material no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). Citado, o réu oferece contestação e 
alega a incapacidade do autor, por ser relativamente incapaz, bem como, no mérito que já ocorreu 
a prescrição, considerando que o prazo previsto na lei civil para cobrança do crédito já esgotou 
quando da propositura da ação. O juiz, ao examinar os autos constata que o autor já adquiriu a 
maioridade e, então, acolhe a defesa do réu, reconhecendo a prescrição, proferindo sentença de 
improcedência do pedido. Indaga-se: 
 
Foi correta a decisão do juiz, diante da forma como se deve interpretar a lei processual? 
Justifique. 
R: Sim, considerando que a prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo Juiz e também a parte 
alcançou a maior idade. 
 
2ª Questão. Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito a aplicação da lei no espaço: 
a) a jurisdição civil, contenciosa e voluntária (não contenciosa), é exercida pelos juízes em todo o território 
nacional, conforme determina o CPC; 
b) em todos os processos que correm no território nacional devem-se respeitar as normas do CPC; 
c) a norma do art. 1º do CPC é válida mesmo que o direito material a ser aplicado seja oriundo do 
estrangeiro; 
d) os processos que correm fora do território nacional tem eficácia no Brasil. Explicação: Porque 
a decisão estrangeira precisa ser homologada. 
 
 
Aula 04 
Questão nº 1. 
Gustavo ajuíza demanda em face da União cujo pedido tem conteúdo econômico equivalente a 40 
(quarenta) salários mínimos. A ação foi distribuída perante a 1ª Vara Federal do Rio de Janeiro 
cujo magistrado, de ofício, proferiu decisão interlocutória declinando da sua competência em prol 
de um dos Juizados Especiais Federais localizados na mesma cidade. Vale dizer que esta decisão 
foi objeto de recurso, ocasião em que o impugnante objetou que é amplamente admitida, tanto na 
doutrina quanto na jurisprudência, a possibilidade conferida ao demandante de optar entre o juízo 
comum ou o juizado especial. Indaga-se: 
a) Assiste razão a Gustavo? 
R: Não, considerando que ações de competência da Justiça Federal de até 60 salários mínimos devem 
ser propostos junto aos juizados especiais federais (artigo 3°, §3° da Lei 10.259/01) 
B) Eventual conflito de competência entre Vara Cível Federal e Juizado Especial Federal, 
localizados na mesma cidade, deve ser decidido por qual Tribunal? Justifique as respostas. 
R: Tribunal Regional Federal conforme entendimento atual do STJ. 
Questão nº 2. 
Acerca da Lei dos Juizados EspeciaisCíveis (JEC), Lei n.º 9.099/1995, assinale a opção correta: 
a) Segundo os princípios da simplicidade e da informalidade que regem o julgamento nos juizados 
especiais, qualquer que seja o valor da causa, a parte vencida, ainda que não possua capacidade 
postulatória, pode recorrer da decisão monocrática e requerer a sua revisão pela turma recursal; A 
parte não pode recorrer 
b) O pedido do autor e a resposta do réu podem ser feitos por escrito ou oralmente; as provas orais 
produzidas em audiência, entretanto, devem ser necessariamente reduzidas a termo escrito, pois nessas 
demandas não se exige a obediência ao princípio da identidade física do juiz; Não é obrigatório a 
presença do Juiz 
c) Como regra, deve ser decretada a revelia do réu que não compareça à audiência de instrução e 
julgamento, ainda que compareça o seu advogado ou que seja apresentada defesa escrita, pois a 
presunção de veracidade dos fatos alegados no pedido inicial decorre da ausência do demandado 
à sessão de conciliação ou à audiência de instrução; Correta 
d) No sistema recursal dos juizados especiais, contra as decisões interlocutórias é cabível o agravo na 
forma retida, que impede a interrupção da marcha do processo, atendendo aos princípios da celeridade e 
concentração dos atos processuais, com a finalidade de assegurar a rápida solução do litígio. Não cabe 
recursos das decisões interlocutórias – Só pedido de reconsideração, pois não está na lei como recurso. 
SUCEDANIO RECURSAL 
 
 
Aula 05 
Questão nº 1. 
Fábio instaura processo em face de Carlos, perante um órgão integrante da Justiça Estadual, 
requerendo a desconstituição de uma obrigação representada em um título de crédito. O 
demandante, na própria petição inicial, postula ao magistrado a antecipação dos efeitos da tutela 
para que o seu credor seja impedido de executar em juízo esta dívida enquanto perdurar a 
presente demanda. Este pleito se afigura possível? Justifique a resposta. 
 
R: Não e possível o pleito retratado no caso porque uma decisão dessa natureza violaria o princípio da 
inafastabilidade do controle jurisdicional art. 5 xxxv da CF além do mais o art. 585 §1 do CPC dispõe 
expressamente que o ajuizamento de uma ação visando anular o título não impede a execução. 
Questão nº 2. 
De acordo com o princípio da correlação, é correto afirmar: 
a) o juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não 
suscitadas, a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte; 
b) não é justo que a Fazenda Pública tenha prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar; 
c) a Fazenda Pública tem direito ao devido processo legal; 
d) o juiz pode ter iniciativa probatória desde que a mesma seja correlacionada aos fundamentos de 
defesa constantes na contestação. CORRETA 
 
 
Aula 06 
1ª Questão. 
O Ministério Público Federal ofereceu denúncia em face de Alan Cunha, em virtude do mesmo ter 
supostamente praticado o crime previsto no art. 171, parágrafo 3º do CP, já que vinha recebendo 
benefício previdenciário manifestamente indevido. O processo criminal tramitou perante uma das 
Varas Federais Criminais da Seção Judiciário do Rio de Janeiro, culminando pela prolação de uma 
sentença penal condenatória. Neste mesmo ato decisório, o magistrado determinou que o 
denunciado deve ressarcir o INSS (autarquia federal) da importância de R$ 122.820,00, que seria o 
montante indevidamente recebido em virtude da sua conduta criminosa. Indaga-se: pode o 
magistrado, lotado em juízo especializado em matéria criminal, efetuar a liquidação dos prejuízos 
cíveis sofridos? Justifique a resposta. 
R: Sim, a lei 11.719/08 modifica o art.383, IV, do CPP, em sua nova redação impôs ao magistrado o dever 
de fixar o valor mínimo da reparação dos danos causados pela infração, para permitir que o juiz ao 
proferir a sentença penal condenatória fixe um valor mínimo para a indenização dos prejuízos causados 
pelo crime praticado. 
2ª Questão. 
Assinale a alternativa correta em relação à autonomia ou independência da responsabilidade civil 
e criminal: 
a) a responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a 
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas 
no juízo criminal; 
b) se tiver sido proferida sentença absolutória no juízo criminal, por qualquer que seja o seu fundamento, 
não se afigura possível o ajuizamento de qualquer ação civil objetivando a reparação do dano; 
c) a sentença penal condenatória não é título executivo hábil a permitir a instauração de uma execução 
perante o juízo de competência cível; 
d) a responsabilidade civil é independente da criminal e por este motivo é possível questionar sobre a 
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, ainda que estas questões já tenham sido decididas no 
juízo criminal. 
 
 
 
Aula 07 
1a Questão. 
Foi proposta uma determinada demanda decorrente de litígio oriundo da compra e venda de bem 
móvel. O magistrado, ao analisar os autos, verifica que as partes ajustaram entre si um 
compromisso arbitral sobre o referido negócio jurídico. Assim, considerando a obrigatoriedade da 
arbitragem, o juiz imediatamente prolata sentença, extinguindo o processo sem resolução de 
mérito (art. 267, VII do CPC). 
Indaga-se: Agiu corretamente o magistrado? Justifique a resposta. 
R: SIM. O Art. 475N do CPC declara que a sentença arbitral é um título executivo. 
2ª Questão. 
Carlos realiza negócio jurídico com Gustavo, pagando uma determinada soma em dinheiro por um 
videogame. Ocorre que o aparelho eletrônico, uma vez ligado, apresentou uma série de problemas. 
Como Carlos não estava mais conseguindo realizar contato com Gustavo, o mesmo se dirigiu 
diretamente a sua residência e, ato contínuo, levou consigo um aparelho de televisão de valor 
compatível com o que pagou para ressarcimento do seu prejuízo. Esta postura adotada por Carlos 
configura: 
a) Autotutela; 
b) Autocomposição; 
c) Mediação; 
d) Arbitragem. 
 
 
Aula 08 
Antes da correção, vale saber o significado da expressão REVELIA. 
O que é Revelia: 
Revelia é um termo jurídico que expressa o estado ou qualidade de revel, ou seja, é alguém que não comparece em 
julgamento (ou comparece e não apresenta defesa), após citação. Em sentido figurado, revelia também pode ser um 
sinônimo de rebeldia. 
1ª Questão. 
O Ministério Público instaura um processo coletivo em face do Município do Rio de Janeiro, em 
que se discute um direito indisponível (por exemplo, ofensa ao meio ambiente perpetrada pela 
Fazenda Pública). O demandado, após ter sido regularmente citado, não apresenta qualquer 
resposta. O magistrado, por este motivo, decreta a revelia do demandado e em seguida sentencia 
realizando um julgamento antecipado da lide, nos termos do art. 330, inciso II do CPC, que é 
considerado como uma “tutela de evidência”. Indaga-se: a Fazenda Pública pode realmente ser 
considerada revel? Esta revelia uma vez verificada autoriza o julgamento antecipado da lide? 
Justifique as respostas. 
R: No caso concreto, não devemos considerar a revelia da Fazenda, uma vez que esse ente possui 
privilégio. Ademais a questão versa sobre direito indisponível, portanto não se aplicam os efeitos da 
revelia conforme artigo 320, II do CPC. Sendo assim, não está autorizado a tutela de evidência 
respaldada no julgamento antecipado da lide. 
Art. 330 - O juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença: (Alterado pela L-005.925-1973) 
II - quando ocorrer a revelia (Art. 319). 
2ª Questão. 
Guilherme propõe uma demanda em face de Rodolfo. Ocorre que o magistrado ao analisar a 
petição inicial percebeque a questão trazida nos autos é exclusivamente de direito, também já 
tendo sido anteriormente proferidas pelo mesmo juízo várias outras sentenças de total 
improcedência em casos semelhantes. Por este motivo, o mesmo profere sentença liminar, 
julgando improcedente o pedido antes mesmo de determinar a citação do demandado. Assinale a 
alternativa correta: 
a) O juiz se equivocou, pois não poderia sentenciar com resolução do mérito sem antes determinar a 
citação do demandado; 
b) O juiz acertou, pois se trata de uma hipótese de tutela de evidência, o que motiva resolução 
liminar do mérito do processo; Tutela de evidência 285-A do CPC 
c) O juiz acertou em parte, pois somente poderia ter resolvido o mérito liminar se fosse hipótese de 
procedência do pedido; 
d) Todas as alternativas estão equivocadas. 
 
 
Aula 9 
1ª Questão. 
Carlos Alberto promove demanda em face de uma empresa jornalística, requerendo a concessão 
de liminar para que a mesma publique uma retratação de notícia divulgada na semana anterior que 
lhe envolvia. O magistrado determinou a citação do réu para, somente após, analisar o 
requerimento de antecipação dos efeitos da tutela. Em resposta, a empresa aduziu que não seria 
possível a concessão da liminar, dado ao caráter da irreversibilidade dos seus efeitos. Indaga-se: 
como o magistrado deverá decidir? Justifique a resposta. 
R: No presente caso se observarmos os requisitos do artigo 273 do CPC, é possível determinar um 
cabimento dos efeitos da tutela para exigir uma retratação, pois o juiz deveria considerar o dano 
irreparável causado ao réu. 
2ª Questão. 
César, no curso de processo cautelar, pleiteia a concessão de medida liminar contrária a União, 
que foi indeferida pelo juiz, ao argumento de que existe vedação no art. 1° da Lei n° 8.437/92. De 
acordo com o narrado, assinale a alternativa correta: 
a) a lei acima mencionada, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face da Fazenda 
Pública, viola o princípio da inafastabilidade, além de permitir que o Poder Legislativo possa se imiscuir na 
atividade jurisdicional; 
b) a lei sobredita é inconstitucional, pois ao restringir a concessão de liminares apenas contra a Fazenda 
Pública viola o princípio da isonomia; 
c) para o STF, o dispositivo em comento, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência 
em face do Poder Público, é perfeitamente constitucional pois pautado em situações razoáveis e 
também em virtude de se tratar de uma decisão provisória; 
d) a lei em epígrafe é flagrantemente inconstitucional, devendo ser realizado sempre, em qualquer grau 
de jurisdição, o mecanismo de controle previsto nos arts. 480/482 do CPC. 
Obs.: Fazenda pública= União, Estados, DF, Territórios, Municípios, Autarquias e Fundação Autárquicas. 
 
 
Aula 10 
1ª Questão. 
Em demanda promovida por Marcos em face de Associação dos Idosos Brasileiros, o juiz profere 
o despacho saneador afastando a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pela parte 
demandada. 
Indaga-se: 
a) Se no curso do procedimento forem produzidas provas que demonstrem a ilegitimidade da 
parte, poderá o juiz proferir sentença definitiva de improcedência do pedido? Fundamente com a 
abordagem da Teoria Eclética do Direito de Ação e da Teoria da Asserção; 
R: Com base na Teoria Eclética vigente no Brasil, de acordo com o artigo 267, VI do CPC, o juiz deveria 
extinguir o processo sem resolução de mérito. 
Art. 267 - Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade 
das partes e o interesse processual; 
No entanto, para a teoria da asserção, diante da ausência das condições da ação o juiz poderia julgar 
improcedente o pedido extinguindo o processo com resolução de mérito na forma do artigo 269 CPC. 
Art. 269 - Haverá resolução de mérito: 
I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor; 
II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido; 
III - quando as partes transigirem; 
IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; 
V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação. 
 
Antes de resolver a questão B, temos que saber o significado da expressão Preclusão. 
Preclusão ≠ Prescrição 
Prescrição é um instituto do Direito Civil. 
Preclusão Trata-se de um instituto do Direito Processual. 
É a perda da possibilidade de praticar um ato processual. 
 Pode ser: 
A. TemporalQuando perdemos o prazo para praticar o ato. 
B. LógicaQuando pretendo praticar um ato absolutamente incompatível com o que acabo de 
praticar. 
ConsumativaQuando praticamos um ato diz-se que ele se consuma. 
b) A decisão do juiz que desacolhe a preliminar de ilegitimidade passiva levantada pelo 
demandado sofre os efeitos da preclusão se a parte supostamente prejudicada não impugná-la no 
tempo e modo devidos? Justifique. 
R: Não, pois as condições da ação configuram matéria de ordem pública e portanto podem ser 
reconhecidas a qualquer tempo ou grau de jurisdição. 
2ª Questão. 
Fabrício promove uma demanda objetivando a cobrança de valores em face de Flávio. O réu, ao 
ser citado, apresenta contestação e suscita, em preliminar, a falta de interesse de agir do autor, eis 
que, até a presente data, a dívida questionada ainda não tinha vencido. Ocorre que, tão logo foi 
apresentada a peça de defesa, os autos seguiram conclusos ao magistrado, tendo neste ínterim 
ocorrido o vencimento do débito. Indaga-se: como o magistrado deverá proceder? 
a) deverá julgar o pedido improcedente, pois as condições da ação devem ser analisadas no momento da 
propositura da demanda; 
b) deverá designar uma audiência preliminar, para tentar viabilizar uma composição amigável entre as 
partes; 
c) deverá permitir a continuidade do processo, uma vez que o vencimento da dívida no curso do processo 
tornaria a via eleita realmente adequada para o acolhimento da pretensão deduzida; 
d) deverá reconhecer a ausência de uma das condições da ação e extinguir o processo sem 
resolução do mérito.  267,VI 
Art. 267 - Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
VI - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade 
das partes e o interesse processual; 
Possibilidade jurídica Materialmente possívelNão é possível fazer uma cobrança antes da data do 
vencimento. 
 
 
Aula 11 
Para resolver o caso concreto, temos que saber o que significa a palavra Litispendência. 
Litispendência Ocorre quando estão em curso Ações idênticas. Uma ação é idêntica à outra quando 
forem comuns os elementos da Ação, ou seja, as mesmas partes, o mesmo objeto e a mesma causa de 
pedir. Em caso de Litispendência, uma das Ações deve ser extinta sem resolução de mérito na forma do 
artigo 267, V do CPC. 
Art. 267 - Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada; 
1ª Questão. 
Luciano impetra mandado de segurança apontando como autoridade coatora o gerente regional de 
arrecadação da Receita Federal, que presenta a União. Como teve negada a liminar pretendida pelo 
magistrado, o seu advogado resolve instaurar um novo processo de conhecimento, mas em rito 
ordinário, envolvendo as mesmas partes, pedido e causa de pedir. Há litispendência neste caso, 
mesmo tratando-se de processos que observam procedimento distinto? Justifique a resposta. 
R: Não, no caso concreto não há no que se falar em Litispendência, pois o objeto do Mandado de 
Segurança não é idêntico ao pretendido na Ação de conhecimento. 
2ª Questão. 
Assinale a alternativa correta, que diga respeito a litispendência:a) trata-se de matéria que pode ser conhecida de ofício pelo juiz; Correta. 
b) trata-se de matéria que somente pode ser conhecida pelo magistrado após ter sido ventilada 
diretamente pela própria parte interessada; 
c) trata-se de matéria que o juiz somente poderá pronunciar após ter intimado previamente as partes e o 
Ministério Público para que se manifestassem a respeito; 
d) Nenhuma das alternativas é correta. 
 
 
 
 
Aula 12 
1ª Questão. 
Paulo promove ação de conhecimento em face de Valdo. Postula na petição inicial o 
reconhecimento da paternidade e, ainda, pleito de condenação do réu a pagar alimentos, em conta 
que deles está necessitado, por ser menor impúbere em idade escolar e por ser portador de 
deficiência física que exige utilização de aparelho mecânico para se movimentar, o que exige 
gastos constantes de manutenção, sem contar a necessidade de ser suprido para sustento 
próprio. 
Indaga-se: 
a) O caso manifesta um concurso de ações ou uma cumulação de ações ou de pedidos? 
Justifique. 
R: Cumulação de Ações, pois o autor promoveu uma única ação para solicitar o reconhecimento de 
paternidade e os alimentos. Para existir cumulação de Ações é preciso existir o Concurso de Ações. 
b) Tratando-se de cumulação de pedidos, qual seria a sua espécie? Justifique. 
R: Sucessiva, pois os pedidos são dependentes entre si. 
2ª Questão. 
Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito à perempção: 
 
a) é condição negativa para o legítimo exercício da ação; 
A perempção ocorre diante da extinção do processo sem resolução de mérito por três vezes. 
Não será portanto possível ajuizar a quarta ação em virtude da perempção. 
b) se apresenta quando o autor dá causa a três extinções do processo por abandoná-los por mais de 30 
dias; 
 
c) o titular do direito jamais poderá alcançar a satisfação do crédito em relação ao réu; 
 
d) basta abandonar o processo por duas vezes, por mais de 30 dias. 
 
 
 
 
 
Aula 13 
 
1ª Questão. 
Gustavo promove demanda em face de Fabiano, perante o juízo da 1ª Vara Cível, tendo sido 
proferida sentença que lhe foi favorável, com a condenação do demandado a lhe pagar a quantia 
de R$ 100.000,00. Não foram interpostos recursos e a sentença transitou em julgado. Ocorre que o 
devedor não honrou o pagamento fixado na sentença. 
Indaga-se: 
a) Qual medida Gustavo deverá adotar? Justifique. 
R: Cumprimento de sentença, conforme artigo 475-J do CPC 
Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o 
efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez 
por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á 
mandado de penhora e avaliação. 
b) Haverá necessidade de instauração de um novo processo? Justifique. 
R: Não, nos mesmos autos. 
c) O que é processo sincrético? Justifique. 
R: Ocorre quando no processo de conhecimento temos duas fases sendo delas a execução. 
FGV  afirma-se ser processo sincrético aquele que une as funções cognitiva (conhecimento) e 
executiva, para declarar e satisfazer o direito em um processo apenas, contribuindo para a economia, 
celeridade e instrumentalidade processuais, tendências do direito moderno para atender a efetividade 
alcançando, finalmente, o verdadeiro sentido do acesso à justiça. 
 
 
 
2ª Questão. 
Indique a alternativa correta sobre o processo de busca e apreensão, previsto no Decreto Lei nº 
911/69: 
a) de conhecimento;  Correta Só nesse caso deixa de ser cautelar e passa a ser de 
conhecimento, pois trata-se de Alienação fiduciária em garantia. 
b) de execução; 
c) cautelar; 
d) sui generis. 
 
 
 
Aula 14 
 
 
1ª Questão. 
Humberto promoveu ação de conhecimento em face de Jurandir. No curso do processo, o 
advogado do demandante renuncia o seu mandato e o autor, intimado para regularizar a 
capacidade postulatória não constituir outro procurador judicial. 
Indaga-se: 
Qual será a consequência processual? A resposta seria a mesma caso esta situação envolvesse o 
demandado? Justifique as respostas. 
 
R: O autor diante da renúncia do seu advogado deve constituir novo mandatário sob pena de extinção do 
processo sem resolução de mérito (art. 265, §2°). Se o caso concreto se referisse ao réu o juiz decretaria 
a revelia. 
PROCESSO 
CONHECIMENTO 
EXECUÇÃO 
TIT. JUDICIAL 
(ART.475-N) 
CUMPRIMENTO DE 
SENTENÇA (ART. 475 -J) 
ETAPA/FASE DO 
PROCESSO DE 
CONHECIMENTO 
TIT. EXTRAJUDICIAL 
(ART.585) 
EXECUÇÃO AUTÔNOMA 
(AÇÃO DE EXECUÇÃO) 
CAUTELAR 
PROCEDIMENTO 
Revelia: Revelia é um termo jurídico que expressa o estado ou qualidade de revel, ou seja, é alguém que 
não comparece em julgamento (ou comparece e não apresenta defesa), após citação. Em sentido 
figurado, revelia também pode ser um sinônimo de rebeldia. 
 
2ª Questão. 
A incompetência do Juízo usualmente é considerada como pressuposto processual de validade do 
processo. No entanto, como o magistrado deve proceder quando reconhece a incompetência 
absoluta. Indique a alternativa correta: 
a) deve extinguir o processo pela ausência de pressuposto processual, na forma do art. 267, inciso IV, 
CPC; 
b) deve declinar da incompetência absoluta em prol do órgão jurisdicional competente; Art. 113 
CPC. 
 
 Art. 113 - A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada, em qualquer tempo 
e grau de jurisdição, independentemente de exceção. 
 
c) deve intimar a parte contrária para informar se renuncia a prerrogativa de tramitação do processo de 
acordo com as normas constitucionais e processuais; 
 
d) nenhuma das alternativas é a correta. 
 
 
 
 
Aula 15 
1ª Questão. 
Geisa promove demanda com o objetivo de obter a revogação da doação de um bem avaliado em 
R$ 500.000,00, valor este que, por sinal, foi atribuído a causa. A petição inicial foi distribuída 
perante um dos juízos integrantes da Justiça Estadual do Rio de Janeiro, observando o 
procedimento ordinário. Só que, ao analisar a petição inicial, o magistrado determina que a autora 
promova a sua emenda, de modo a adequá-la ao procedimento correto. 
 Indaga-se: 
Foi correta a postura do magistrado? Justifique. 
R: Sim, pois a questão deve obedecer ao procedimento sumário previsto no artigo 275, II, G do CPC. 
Procedimento Comum sumário (matéria) : 
Art. 275 - Observar-se-á o procedimento sumário: 
II - nas causas, qualquer que seja o valor: 
g) que versem sobre revogação de doação; 
 
2ª Questão. 
Rodrigo, com 61 anos de idade, propõe demanda perante uma das Varas Cíveis da Comarca da 
Capital. Na petição inicial o demandante narra e comprova a sua idade, requerendo a concessão 
de prioridade de tramitação do processo por este motivo. Como o magistrado deve se posicionar a 
respeito? Indique a alternativa correta: 
a) deve indeferir, pois tal benefício somente é possível aos maiores de 70 anos; 
b) deve deferir, já que a prioridade é dada aos maiores de 60 anos; Estatuto do idosoA prioridade 
é dada as pessoas com m ais de 60 anos. 
c) deverá indeferir, pois tal situação violaria o princípio da isonomia; 
d) somente deverá aceitar se tiver sido impetrado um mandado de segurança. 
 
 
 
 
Aula 16 
1ª Questão. 
Bruno promove uma demanda de cobrança em face de Flávio para reclamar o cumprimento de 
prestação que afirma estar vencida. O magistrado considera presentes as condições da ação e os 
pressupostos processuais, e determina a citação do réu. Citado, o réu apresenta sua resposta, sob 
a modalidade de contestação, e argui, em sede preliminar, a falta de interesse de agir de Bruno por 
se tratar, até a presente data, de dívida não vencida, conforme os documentos

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