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ESTUDO DE ORTOPEDIA ll LESÃO MUSCULAR: as lesões musculares são a causa mais frequente de incapacidade física na prática esportiva. A força tênsil exercida sobre o músculo leva a um excessivo estiramento das miofibrilas e, consequentemente, a uma ruptura próxima à junção miotendínea. Estiramentos e contusões leves (grau I) representam uma lesão de apenas algumas fibras musculares com pequeno edema e desconforto, acompanhadas de nenhuma ou mínima perda de força e restrição de movimentos. O que distingue a cicatrização da lesão muscular da cicatrização óssea é que no músculo ocorre um processo de reparo, enquanto que no tecido ósseo ocorre um processo de regeneração. Fase 1: destruição – caracterizada pela ruptura e posterior necrose das miofibrilas, pela formação do hematoma no espaço formado entre o músculo roto e pela proliferação de células inflamatórias Fase 2: reparo e remodelação – consiste na fagocitose do tecido necrótico, na regeneração das miofibrilas e na produção concomitante do tecido cicatricial conectivo, assim como a neoformação vascular e crescimento neural. Fase 3: remodelação – período de maturação das miofibrilas regeneradas, de contração e de reorganização do tecido cicatricial e da recuperação da capacidade funcional muscular. Em termos de tratamento a mobilização precoce induz a um aumento da vascularização local na área da lesão, melhor regeneração das fibras musculares e melhor paralelismo entre a orientação das miofibrilas regeneradas em comparação à restrição do movimento. CÃIBRAS MUSCULARES: são contrações involuntárias de um músculo esquelético. São frequentes durante a noite, ou em exercícios físicos extenuantes, em pessoas que não possuem condicionamento físico adequado. Podem aparecer em diversas condições clínicas, por exemplo: hipocalcemia (baixos níveis de cálcio no sangue), hipopotassemia (baixos níveis de potássio no sangue) e baixa oxigenação. Uma das principais causas da cãibra é a acumulação de lactato no tecido, devido a degradação da glicose na ausência de oxigênio (glicólise). Havendo oxigênio suficiente, o lactato é convertido de volta para piruvato e transformado em acetil-CoA e dióxido de carbono, numa reação catalisada por enzimas. Causas: uso exagerado da musculatura, desidratação, baixas temperaturas, má circulação, compressão de raízes nervosas e carência de sais minerais. Prevenção: boa hidratação, exercícios de alongamento e alimentação balanceada. Tratamento: alongamento e massagem e aplicação de calor no local. EPICONDILITE MEDIAL: se caracteriza pelo processo inflamatório e degenerativo da origem dos tendões flexores do antebraço. A maioria dos pacientes (75%) apresentam sintomas no membro superior dominante. Causa: sobrecarga repetitiva dos músculos flexores do antebraço, atividades de trabalho que necessitam de movimentação repetitiva dos flexores também estão asssociados à epicondilite medial. Tratamento: não operatório e deve ser ajustado às atividades de cada paciente e, como princípios gerais, baseia-se no controle da dor, na reabilitação da musculatura acometida e na prevenção. A reabilitação baseia-se no alongamento da musculatura flexora. DOENÇA AUTOIMUNE: é um grupo de doenças distintas que têm como origem o fato do sistema imunológico passar a produzir anticorpos contra componentes do nosso próprio organismo. Por motivos variados e nem sempre esclarecidos, o nosso corpo começa a confundir suas próprias proteínas com agentes invasores, passando a atacá-las. Causa: o sistema imunológico, após ser exposto a um antígeno, escolhe como alvo para a produção de anticorpos uma proteína semelhante à outra já existente em nosso organismo. Tratamentos: inibição do sistema imunológico através de drogas imunossupressoras, como corticoides. Não existe um tratamento único que sirva para qualquer doença autoimune. CONTRATURA MUSCULAR: é um encurtamento das fibras musculares num determinado ponto específico do músculo. Quando o músculo é sujeito a um trabalho muito intenso, a nível de força e de resistência. causas das contraturas: estão o esforço excessivo e a postura incorreta mantida por um longo período de tempo. A fisioterapia para a contratura muscular deve ser feita com cuidado para evitar o agravamento da dor. No início da sessão deve-se dar preferência ao uso de bolsas de água quente ou de aparelhos que proporcionam calor como o infravermelho ou o ondas curtas, por exemplo, dependendo do caso e da gravidade da contratura. TENDINITE: é a inflamação de um tendão que surge usualmente através do excesso de repetições de um mesmo movimento. Causas: são variadas, e podem estar associadas à presença de muitas condições ou doenças, incluindo: Esforço físico intenso ou repetido; Traumas mecânicos Infecções, Doenças hematológicas, Doenças do sistema imunológico, Distúrbios metabólicos, Iatrogênica, Processos degenerativos das articulações. Neuropatias que induzam alterações musculares. Diagnóstico: é clínico (pelo exame médico-semiológico), corroborado por exames subsidiários como raios-X, ultra-sonografias, ressonâncias magnéticas e provas laboratoriais. O diagnóstico de certeza somente será obtido com o exame anatomopatológico do tendão. Tratamento: repouso do membro afetado, aplicação de frio e calor.
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