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Exercícios de Embriologia
Professor(a): Joyce Stipursky
Curso: Farmácia (Integral) 2011/02
Gastrulação
Descrever a formação da linha primitiva:
A linha primitiva aparece no início da terceira semana, no plano mediano do disco bilaminar, como um espessamento na linha média do epiblasto embrionário na extremidade caudal do disco embrionário. Este espessamento ocorre da região posterior em direção a anterior do embrião.
Formação das 3 camadas germinativas:
Em humanos, a gastrulação dá origem a um disco embrionário com três lâminas, ou três folhetos germinativos: endoderma, mesoderma e ectoderma, sendo caracterizados como triblásticos. As células epiblásticas que formam a linha primitiva migram por delaminação em direção ao hipoblasto, substituindo-os e dando origem ao endoderma definitivo (14º e 15º dias). A partir do 16º dia, as células continuam a migrar e algumas irão se inserir entre o epiblasto e o endoderma definitivo em formação dando origem ao mesoderma. A partir do momento que o mesoderma e o endoderma definitivos se formam, o epiblasto passa a ser chamado de ectoderma.
O endoderma dá origem aos tecidos de revestimento do sistema digestório, respiratório e às células de glândulas de órgãos como o fígado e pâncreas. O ectoderma origina o sistema nervoso e a epiderme. O mesoderma origina quase todo o restante.
Falar sobre a especificação dos eixos Antero-posterior e dorso-Ventral no embrião:
O eixo dorso-ventral é determinado cedo no desenvolvimento a partir da especificação do disco bilaminar: epiblasto (dorsal), hipoblasto (ventral). O hipoblasto (ou endoderma primitivo) é uma camada celular originada do embrioblasto na região voltada para a blastocela. As células do hipoblasto crescem e revestem completamente a blastocela, formando o saco vitelínico. As células da massa celular interna, localizadas dorsalmente ao hipoblasto originam um novo folheto epitelial chamado epiblasto. O epiblasto é a porção de células entre as bolsas que revestem a cavidade amniótica e o saco vitelínico. É a partir dele que se originará o corpo do embrião. O eixo ântero-posterior se forma pela presença de moléculas chamadas morfógenos, como o Ácido retinóico e o FGF. O Ácido retinoico funciona na determinação de posição ao longo do eixo anterior/posterior. Atua através de genes Hox, que em última análise, controlam o padrão anterior/posterior nos estágios iniciais de desenvolvimento. Em genomas humanos ocorrem 4 complexos destes genes: HOX-C, HOXA, HOXB, HOXC e HOXD. Como os genes Hox são expressos ao longo do eixo, a expressão de cada gene determina a célula com sua informação posicional e qual estrutura originará.
Neurulação
Como ocorre a indução neural
Ainda no começo da terceira semana, o nó primitivo produz células mesenquimais que formam o processo notocordal. Este se estende cefalicamente, a partir do nó- primitivo, como um bastão de células entre o ectoderma e o endoderma. Conforme o processo notocordal se alonga, ele induz o ectoderma acima a se espessar e formar a Placa neural, primórdio do sistema nervoso. A fosseta primitiva penetra no processo notocordal para formar o canal notocordal. Quando totalmente formado, o processo notocordal vai do nó primitivo à placa procordal. Surgem aberturas no soalho do canal notocordal que logo coalescem, deixando uma placa notocordal. A placa notocordal dobra-se para formar a notocorda. A notocorda forma o eixo primitivo do embrião em torno do qual se constituirá o esqueleto axial. Alguns Gradientes de Morfógenos atuam na indução Neural. O Àcido retinóico, o FGF, o Wnt e o BMP atuam no Posterior e seus inibidores atuam no Anterior. O Shh atua no Ventral e o BMP atua inibindo o Shh, definindo regiões dorsair do tubo neural.
Descreva as etapas de formação do tubo neural
A placa neural aparece como um espessamento na linha média do ectoderma embrionário, em posição cefálica ao nó primitivo. A placa neural é induzida a formar-se pelo desenvolvimento da notocorda e do mesênquima que lhe é adjacente. Um sulco neural, longitudinal forma-se na placa neural e esse sulco neural é flanqueado pelas pregas neurais, que se juntam e se fundem para originarem o tubo neural. O desenvolvimento da placa neural e o seu dobramento, através de movimentos celulares, para formar o tubo neural é chamado neurulação. Proteínas de adesão, como a E-caderina e a N-caderina participam do controle de formação do tubo neural.
Comente sobre os chamados “defeitos do tubo neural”
Defeito do tubo neural é uma malformação fetal que ocorrem na fase inicial do desenvolvimento fetal, entre a 3ª até a 5ª semana de gestação, envolvendo a estrutura primitiva que dará origem ao cérebro e à medula espinhal. Durante a gestação, os níveis sanguíneos maternos de folato (eritrocitário e plasmático) diminuem normalmente, talvez como consequência da expansão do volume sanguíneo e do aumento da excreção urinária do folato, sendo que neste período sua absorção mantém-se inalterada. Com a queda do folato, esses níveis podem atingir um nível crítico, deixando o feto exposto ao risco de anomalias fetais. Nos primeiros dias da gestação a placa neural se fecha, formando o tubo neural. O fechamento precoce incompleto resulta em meningocele e mielomeningoceles (espinha bífida) e o fechamento tardio resulta em anencefalia (ausência de cérebro). As causas dos defeitos do fechamento do tubo neural não são completamente conhecidas, mas as evidências indicam que se devem à nutrição deficiente, particularmente em ácido fólico, a causas genéticas ou ao uso de drogas. As mulheres que já têm um filho afetado correm um risco dez vezes maior de terem outro filho com o mesmo problema. É sabido que o ácido fólico é o mais importante fator de risco e sua ingestão é a melhor forma de prevenção da ocorrência de defeitos de fechamento do tubo neural na gestação dos casos identificados até hoje.
 Comente sobre a especificação e importância da Crista Neural
A crista neural é considerada a “quarta camada germinativa” devido a sua contribuição para a formação dos diferentes tecidos do corpo. É formada a na borda da placa neural, a partir das células neuroectodérmicas e se divide em duas partes que originam os gânglios espinhais e cranianos. Formam diversos tipos celulares e teciduais. As células da crista neural originam os gânglios espinhais e os gânglios do sistema nervoso autônomo, além de formar a bainha de nervos e meninges do cérebro. Possuem capacidade migratória. A contribuição das células da Crista Neural pode ser direta, fornecendo células, ou indireta fornecendo um ambiente necessário e indutivo no qual outras células se desenvolvem.
Somitogênese e Formação do sistema cardiovascular
Formação dos Somitos Por volta do 20º dia o mesoderma paraxial se espessa e se divide em blocos denominados somitos, que estão localizados em cada lado do tubo neural e formam elevações que se destacam na superfície do embrião. Os somitos aparecem primeiro na futura região occipital do embrião. Logo alcançam cefalocaudalmente, dando origem à maior parte do esqueleto axial e aos músculos associados, assim como à derme (uma das camadas da pele).
Diferenciação tecidual dos Somitos Os somitos formarão a maior parte do esqueleto axial, incluindo a coluna vertebral e parte do osso occipital; a musculatura voluntária do pescoço, da parede corporal e membros; parte da derme do pescoço e das costas. Logo após sua condensação do mesoderma paraxial, cada somito se subdivide em tres populações de precusrsores mesenquimais: A primeira delas, o esclerótomo, migrará para a região da notocorda e do tubo neural em desenvolvimento, originando os rudimentos das vertebras. A porção do somito que permaneceapós a migração do esclerótomo denomina-se dermamiótomo, que rapidamente se separa em duas estruturas: o dermátomo e o miótomo. O dermatomto contribuirá para a formação da derme do pescoço e das costas, predominantemente, enquanto os miótomos se diferenciarão em células miogênicas.
Formação do sistema cardiovascular Durante a gastrulação o mesoderma cardiogênico sofre um processo que o divide em dois folhetos: um visceral e outro parietal que delimitam a futura cavidade pericárdica. No folheto visceral formam-se ilhotas de células mesenquimais (derivadas do mesoderma) que confluem compondo dois tubos endocárdicos próximos a endoderma, que mais tarde se fundem formando um tubo cardíaco único. Simultaneamente a esplancnopleura (lâmina visceral do mesoderma intra-embreonário e endoderma) forma um espessamento que originará o miocárdio e o folheto visceral de pericárdio. No tubo cardíaco dessa fase é possível reconhecer o bulbo aórtico, o bulbo cardíaco, o ventrículo primitivo, o átrio primitivo e o seio venoso. A etapa seguinte do desenvolvimento compreende uma torção do tubo cardíaco e a septação de suas câmaras, que deixam de estar em série e ficam lado a lado.
Desenvolvimento do coração Células progenitoras cardíacas do mesoderme cardiogênico, próximas ao endoderma, começam a se desenvolver formando o endocárdio (revestimento das cavidades internas do coração), e células mesodérmicas cardíacas próximas à cavidade pericárdica se espessam para formar o epimiocárdio (miocárdio+pericárdio).
Circulação embrionária Os primeiros vasos sanguíneos aparecem no mesoderma que reveste o saco vitelino. Na 3ª semana surgem os vasos intra- embrionários que se ligam à rede vascular do saco vitelino através dos vasos umbilicais. O coração começa a bater por volta do 22º ao 24º dia, iniciando assim a circulação sanguínea no embrião e seus anexos. Os vasos intra-embrionários surgem da mesma maneira que os vasos existentes nos territórios extras- embrionário. Células mesodérmicas se diferenciam adquirindo forma de tubos cilíndricos apresentando uma luz. Esses tubos se fundem originando os vários vasos do feto. A alantóide surge como um pequeno divertículo na parede caudal do saco vitelino. Em embriões humanos está envolvido na formação inicial do sangue e no desenvolvimento da bexiga. Os vasos sanguíneos do alantóide tornam-se artérias e veias umbilicais. O pedículo do embrião é o primórdio do cordão umbilical. No fim da 3ª semana o sangue já circula. Os principais vasos embrionários são a aorta dorsal e a veia cardinal. Veias vitelínicas e umbilicais levam nutrientes do saco vitelínico e principalmente da placenta para o seio venoso do tubo cardíaco. O sangue então passa para a região atrial. Contrações do tronco arterioso aceleram o sangue para a aorta dorsal que distribui para o corpo. Oxigênio e nutrientes são obtidos pelo feto do sangue materno através da placenta. -Durante o desenvolvimento fetal uma abertura, ducto arterioso, direciona a passagem de sangue da artéria pulmonar para a aorta e conseqüentemente para a placenta e para o corpo. Uma abertura, forame oval, no septo atrial permite que sangue que chega da placenta e do corpo, para o coração no lado direito, flua para o lado esquerdo, enchendo o ventrículo esquerdo que então bombeia o sangue para a aorta e para a placenta. Quando ocorre a primeira respiração, o oxigênio no sangue faz com que os músculos ao redor do ducto arterioso fechem essa abertura. O aumento da pressão sanguínea do lado esquerdo do coração causa do fechamento do forame oval, separando assim a circulação sistêmica e a pulmonar.
Fechamento do Embrião: formação do sistema respiratório e digestório 
Fechamento ventral do embrião Ocorre na 4ª semana. As porções laterais do embrião trilaminar efetuam um movimentona região ventral em direção ao plano mediano e com esse movimento ocorre constrição da vesícula vitelínica e formação do tubo digestivo primitivo. 
Principais derivados do Endoderma A função do endoderma embrionário é, basicamente, construir o revestimento de dois tubos dentro do organismo: o Tubo digestório e o respiratório., No primeiro, seus brotos que formam o fígado, vesícula biliar e o pâncreas. Já o Tubo respiratório, cresce a partir do tubo digestivo, se bifurcando e formando a traquéia e os dois pulmões. 
Divisões do intestino primitivo O intestino primitivo se divide em intestino anterior, intestino médio e intestino posterior. O anterior dará origem à faringe primitiva e seus derivados, sistema respiratório, esôfago e estômago, duodeno proximal, fígado, vesícula biliar e pâncreas. O Intestino médio originará o duodeno distal, o ceco, o apêndice vermiforme, o cólon ascendente e 2/3 cólon transverso. E o Intestino posterior dará origem a 1/3 cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide, reto, canal anal superior e bexiga urinária.
Intestino anterior: faringe primitiva e sistema respiratório inferior (traquéia e pulmões), sistema digestório (esôfago, estômago, duodeno, glândulas anexas) Na porção ventral da faringe o endoderma começa a formar uma projeção tubular chamada de Divertículo laringotraqueal, e a comunicação dele com o endoderme da faringe é chamada de septo laringotraqueal. As paredes da traquéia são recobertas por células ciliadas e secretoras de muco. Os tubos digestivos e respiratórios dividem uma câmara comum na região da faringe. Ela inicialmente forma as bolsas faríngeas e os arcos faríngeos. O esôfago é inicialmente curto, mas se alonga até alcançar seu comprimento final ao fim da 7ª semana. Inicialmente aparece como um alargamento fusiforme no plano mediano, depois suas faces crescem em proporções diferentes (dorsal mais que a ventral). O Duodeno é formado pela região caudal do intestino anterior (seguinte ao estômago) e cranial do intestino médio, cresce rapidamente em forma de C e à medida que o estômago roda, a alça duodenal gira para a direita e vai se localizar na parede posterior do abdômen. O fígado, a vesícula biliar e o pâncreas originam-se como brotamentos da parede do intestino anterior. O divertículo hepático forma o fígado e a vesícula biliar e o pancreático forma o pâncreas. A região do endoderma do intestino primitivo onde se formará o fígado é determinada por moléculas produzidas pelo mesoderma cardiogênico. A região do endoderma do intestino primitivo onde se formará o pâncreas é determinada por moléculas produzidas pela notocorda.

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