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5. Confecção do Modelo Anatômico em Prótese Total

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Confecção, Delimitação e Alívios dos Modelos Anatômicos
Aula 05
Introdução
Do que adiantaria uma boa técnica de moldagem sem uma confecção de modelo adequado?
O modelo é a reprodução positiva do molde.
Os moldes devem ser vazados sempre com gesso-pedra. (Turano, 2007).
Em prótese total, a moldeira individual anatômica é confeccionada na reprodução do modelo anatômico.
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Tipos de Modelos
Modelo de arquivo = destina-se à documentação de casos raros. Ex: anomalia.
Modelo de estudo = complementa e auxilia os exames clínicos. Ex: área chapeável.
Modelo anatômico = origem na moldagem anatômica da boca totalmente desdentada. 
Modelo funcional = provém da moldagem funcional. Utilizado como matriz da dentadura. 
TAMAKI (1983)
Desinfecção do Molde
Após a remoção do molde, o mesmo deverá ser lavado em água corrente e desinfetado com hipoclorito de sódio 1% em forma de spray. O vazamento deve ser imediato.
Segundo estudos, o método de desinfecção por imersão pode causar corrosão nas moldeiras metálicas, além da embebição do material de moldagem (alginato), causando perda de dimensão vertical.
SOUZA e colab. (2004)
Características do Gesso Pedra
É usado obrigatoriamente para a confecção de modelos de pacientes dentados e desdenatdos.
É composto de: Gipsum desidratado a 500ºC, sulfato duplo de alumínio, potássio anidro, borax cristalizado ou bissulfito de sódio. 
Tais substâncias aceleram o tempo de presa, dando melhor dureza e resistência à pressão, além de menor variação de volume.
SOUZA e colab. (2004) PHILLIPS (Anusavice – 2005)
IMPORTANTE SABER !
Sempre que possível a água destilada deve ser utilizada, pois sabe-se que a água de torneira apresenta uma grande quantidade de elementos químicos em sua composição, particularmente de sais a base de sulfetos e fluoretos, que podem interferir na reação de presa do gesso. 
(MILLER; GRASSO, 1990; BASTOS; SOUSA, 2003)
IMPORTANTE SABER !
De acordo com Craig e Powers (2004), a elevação da temperatura da água aumenta a mobilidade dos íons de cálcio e de sulfato, o que tende a aumentar a velocidade de reação e diminuir o tempo de presa do gesso, além de alterar a solubilidade relativa do sulfato de cálcio hemiidratado e do sulfato de cálcio diidratado.
SOUZA e colab. (2004)
Materiais necessários
EPI’s (gorro, máscara, jaleco, óculos, vestimenta branca, luvas).
Vibrador de gesso;
Mini-balança digital com a tara configurada previamente;
Proveta de 150ml
Dosador de pó;
02 Gral ou cubeta de borracha;
Espátula de metal para gesso;
Faca de metal para gesso;
Pacote de Gesso-Pedra Tipo III;
Lixa d’água;
Espátula LeCron;
 
Sequência da 
Técnica de Confecção do Modelo Superior
Primeiramente, deve-se atentar as orientações impostas pelo fabricante. 
Adicione na proveta 40ml de água e despeje no grau de borracha; 
Em seguida retire o gesso com o dosador de pó e coloque na outra cubeta e pese já com a balança digital previamente ajustada;
Ajuste o peso adicionando mais ou menos gesso até chegar a marca de 100 gramas;
5. Despejar o gesso por completo de um grau para o outro;
6. Empunhando a espátula de gesso, realiza-se a mistura e a espatulação vigorosa durante 1 minuto realizando movimentos contra a parede do grau afim de tornar o gesso homogêneo.
7. Recomenda-se enquanto estiver espatulando o gesso, por a cubeta sob o vibrador na frequência mínima, afim de evitar a incorporação de bolhas.
Sequência da 
Técnica de Confecção do Modelo Superior
8. Segura-se firme o molde pelo cabo da moldeira e deposita uma pequena quantidade de gesso na região posterior com uma parte do cabo da moldeira encostando no vibrador.
9. Inclina-se o molde afim de que o gesso preencha toda a área chapeável (no sentido de um túber ao outro). Desliga-se o vibrador.
10. Deposite o restante do gesso numa placa de vidro ou numa superfície lisa vaselinada anteriormente para realizar a base.
Sequência da 
Técnica de Confecção do Modelo Superior
TURANO & TURANO em 2007
TURANO & TURANO em 2007
PONTOS DE RETENÇÃO
É realizado para que não haja separação do molde vazado com a base do modelo.
TURANO & TURANO em 2007
11. Inverte-se o molde e pressionar vagarosamente para que o gesso que está na superfície espalhe e preencha toda a área.
12. Com o auxílio de uma espátula de gesso, ajustar as bordas não passando da moldeira, pois dificultará a remoção da mesma.
13. Após a cristalização do gesso, remove-se o modelo da superfície lisa e cuidadosamente, retira-se a moldeira pressionando o cabo. 
Sequência da 
Técnica de Confecção do Modelo Superior
TURANO & TURANO em 2007
TURANO & TURANO em 2007
IMPORTANTE SABER !
Se a moldagem foi realizada com godiva, a moldeira (ainda presa ao gesso) deve ser mergulhada em água quente com temperatura de 60ºC a 70ºC até que a godiva torne-se plástica e seja removida sem causar danos ao modelo. 
TAMAKI (1983)
15. Leva-se o modelo superior ao cortador de gesso e dar-lhe um formato octogonal prestando atenção para não invadir as áreas anatômicas.
16. Com a faca para gesso e a espátula LeCron, realiza-se pequenos ajustes, como a retirada de pequenas bolhas, alisamento e retirada de excessos. 
17. Com o modelo hidratado, usar lixa d’água para alisar e suavizar as paredes e a base do modelo. 
Sequência da 
Técnica de Confecção do Modelo Superior
TURANO & TURANO em 2007
TURANO & TURANO em 2007
NEIL & NAIRN em 1990
NEIL & NAIRN em 1990
NEIL & NAIRN em 1990
Técnica de Confecção 
do Modelo Inferior
A sequência do vazamento do molde inferior é semelhante. Porém alguns pontos devem ser esclarecidos.
Antes do preenchimento com gesso pedra, realiza-se uma retenção com papel ou algodão na região lingual, uma vez que pode dificultar no momento da confecção da moldeira individual.
TURANO & TURANO em 2007
TURANO & TURANO em 2007
TURANO & TURANO em 2007
TURANO & TURANO em 2007
O primeiro passo para uma manipulação correta do gesso, é utilizar a quantidade de água e de hemiidratado indicados pelo fabricante de cada produto, porque tanto o excesso quanto a falta de água na mistura afetam a resistência do modelo (PHILLIPS et al., 1998). 
É interessante notar que o tempo de espatulação também influencia na resistência final do gesso (PEREIRA et al., 2002).
IMPORTANTE SABER !
De acordo com os estudos de Kimbali (1934), os modelos de gesso que foram vazados com o auxílio de um vibrador obtiveram uma resistência de seis a oito por cento maior que os vazados manualmente. 
Verificou ainda que quando a espatulação mecânica é associada ao uso do vibrador, obtêm - se modelos aproximadamente 40% mais fortes. 
Esse aumento da resistência é explicado pelo fato da vibração minimizar a inclusão de bolhas de ar no interior do gesso, que por sua vez geram porosidades no modelo diminuindo a resistência, e por gerar uma excelente compactação do gesso no interior do molde. 
(PEREIRA et al., 2002; ANDERSON, 1976)
IMPORTANTE SABER !
Delimitação e Alívios 
da área chapeável
Objetivo: Demarcar a extensão da área a ser aliviada e coberta pela cera nº7 e pela moldeira individual respectivamente;
Deve-se aliviar em zonas que provocam muita compressão (onde há passagem rasas de nervos).
Revisão Anatômica
Crista Alveolar
Rafe palatina
Linha de Vibração
Fóveas Palatinas
Túber da Maxila
Espaço coronomaxilar
Rugosidade palatina
Fundo de Vestíbulo Labial
Fundo de Vestíbulo ou Fundo de Sulco
 Bridas 
 Região Palato Duro 
ZONAS ALIVIADAS COM CERA 7
Revisão Anatômica
A – Papila Retromolar
B – Linha Oblíqua Externa
C – Bridas Inferiores 
D – Freio Labial Inferior
E–Região Pterigomandibular
F - Inserções do músculo Genioglosso e Milohióideo
G – Freio lingual
ZONAS ALIVIADAS COM CERA 7
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GRATO PELA ATENÇÃO !!!
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Referências Bibliográficas
1. TAMAKI, Tadachi, Dentaduras Completas; 4ª Edição, SARVIER, 1983.
2. NEILL, D. J., NAIRN, R. I., Complete Denture Prosthetics, 3ª Edição, WRIGHT, 1990.
3. TURANO, J.C. & TURANO, L.M.; Fundamentos de Prótese Total, 8ª Edição, SANTOS, 2007. 
4. ANUSAVICE, K. J., Phillips Materiais Dentários, 11ª Edição, ELSEVIER, 2005.
5. SOUZA, R. O. A., SANTOS FILHO, R. A., BARBOSA, H. A. M., OYAFUSO, D. K., TAKAHASHI, F. E.; Desinfecção, Acondicionamento e Vazamento de Moldes de Alginatos por Alunos de Graduação, Pesq Bras Odontoped Clin Integr, João Pessoa, v. 4, n. 2, p. 91-97, maio/ago., 2004.

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