Buscar

Dir. Civil I Casos Concretos 1 ao 16

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

DIR. CIVIL I 
CASOS CONCRETOS 
SEMANA 01 
Rebeca comprou terreno em loteamento empreendido por Amaranta. Sem que constasse do instrumento 
contratual, Amaranta garantiu a Rebeca que teria vista definitiva a um belo monte, que era a grande atração 
do empreendimento, tendo inclusive assegurado que a legislação local não permitia edificações nos terrenos 
a frente do seu. Após alguns meses da aquisição do terreno, Amaranta solicitou uma alteração no plano de 
urbanização da cidade, que passou a permitir a edificação nos lotes em frente ao terreno de Rebeca, fazendo 
com que ela perdesse a visão para o monte. Inconformada, Amaranta moveu uma ação contra Rebeca, tendo 
obtido êxito porque o órgão jurisdicional entendeu que pela boa-fé objetiva, existe um dever de não adotar 
atitudes que possam frustrar o objetivo perseguido pela autora, ou que possam implicar, mediante o 
aproveitamento da antiga previsão contratual, a diminuição das vantagens ou até infligir danos ao 
contratante. 
Diante dos fatos narrados acima e com base no conteúdo das aulas desta semana, responda: 
a) A boa-fé objetiva é uma cláusula geral? Em caso afirmativo, explique o porquê de a boa-fé objetiva 
adequar-se ao conceito de cláusula geral. Em caso negativo, indique de maneira justificada a que categoria 
pertence a boa-fé objetiva. 
Sim. As cláusulas gerais demandam uma flexibilidade do sistema jurídico existente com o propósito de 
direcionar a norma à sua função social. A boa-fé objetiva está positivada no Código Civil brasileiro 
em seus artigos 113 "Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do 
lugar de sua celebração." e 422 "Os contratantes são obrigados a guardar assim na conclusão do 
contrato como em sua execução os princípios da probidade e da boa-fé". 
b) Qual(is) dos princípios estruturantes do CC/2002 foi(ram) levado(s) em consideração para que o 
magistrado interpretasse a boa-fé objetiva? Justifique. 
O princípio estruturante da Eticidade foi levado em consideração, pois ele baseia-se em buscar 
proteger a pessoa humana, priorizando a boa-fé, a justa causa, a equidade e outros critérios éticos. 
Questão de múltipla escolha 01 
Não se pode confundir codificação com compilação, estatuto e consolidação. Com efeito, o código: 
a) também chamado de coletânea, traduz-se em uma reunião ou junção de diversos textos legais, tal qual se 
encontram, em um único volume, adotando um critério compilador. 
b) é a reunião ou agrupamento sistematizado de textos legais, de acordo com algum critério escolhido, em 
uma única lei ou decreto, considerando apenas as normas jurídicas em vigor sobre uma determinada 
disciplina jurídica. 
c) é uma lei que apresenta um conjunto sistemático e unitário de normas jurídicas relacionadas à 
disciplina fundamental de um determinado ramo do direito. 
d) se tomado em seu sentido mais estrito, não condensa normas preexistentes, mas cria direito novo para 
situações específicas, dispondo, no mesmo instrumento, sobre vários ramos do direito ao mesmo tempo. 
Questão de múltipla escolha 02 
Lia era casada com Carlos e mantinha relação amorosa secreta com Marcio. Ao descobrir a traição, Carlos 
separou-se de Lia e moveu uma ação de indenização por danos morais contra Marcio, alegando que a 
violação ao dever conjugal de fidelidade (art. 1566, I, CC) lhe trouxe abalo à honra. Sabendo que o dever de 
fidelidade é imposto apenas aos cônjuges, não aos terceiros que com eles possam se relacionar, e após uma 
breve pesquisa na jurisprudência do STJ (vide, a exemplo, o REsp 922.462/SP), leia as assertivas abaixo: 
I- Márcio não deverá indenizar Carlos por danos morais. 
II- Embora exista norma moral que impeça o relacionamento extraconjugal, não há qualquer previsão 
normativa que possa sustentar que a conduta de Marcio, ao se envolver com mulher casada, é ilícita. 
Assinale a alternativa correta: 
a) ambas as assertivas estão incorretas. 
b) apenas a assertiva I está correta. 
c) ambas as assertivas estão corretas e a assertiva II justifica a assertiva I. 
d) ambas as assertivas estão corretas, mas a assertiva II não justifica a assertiva I. 
SEMANA 02 
As contribuições sociais de empresas agro-industriais eram regidas pela Lei n° 8.212/91, que estabelecia, de 
maneira geral, em seu art. 22, as contribuições sociais patronais, exigíveis em folhas de salários. Em 1994, 
foi promulgada a Lei n° 8.870, que alterou alguns dispositivos da Lei n° 8.212/94. Uma das alterações foi 
referente às contribuições sociais patronais, exigíveis em folhas de salários, nas empresas que se dedicam à 
atividade rural. O art. 25 da mencionada modificava completamente as regras do art. 22 da Lei 8.212/91, e o 
§ 2° do mesmo art. 25 estendia os efeitos da norma às pessoas jurídicas que se dedicam à atividade 
agroindustrial. 
Posteriormente, o art. 25 § 2° da Lei n° 8.870/94 foi declarado inconstitucional com efeitos universais e ex 
tunc e, por isso, o INSS passou a cobrar as contribuições sociais patronais na forma do art. 22 da Lei n° 
8.212/94. Inconformada com essa cobrança, a Empresa X ajuizou ação alegando que tal cobrança era 
indevida, pois o art. 22 da Lei n° 8.212/94 foi revogado e aplica-lo novamente importaria em repristinação, 
somente aceito pela LINDB se for de maneira expressa, o que não foi o caso. 
Analisando os fatos descritos acima e tomando por parâmetro a LINDB, responda, JUSTIFICADA E 
FUNDAMENTADAMENTE: 
a) O que é repristinação e de que forma ela ocorre no direito brasileiro? 
A repristinação é o instituto jurídico pelo qual a norma revogadora de uma lei, quando revogada, traz 
de volta a vigência daquela que foi revogada originariamente. No Sistema Jurídico brasileiro não 
ocorre a repristinação automática. A repristinação explícita existe por força do § 3º, do artigo 2º, do 
Decreto-Lei n. 4657/42, Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro. 
b) A Lei n° 8.812/91 foi derrogada ou ab-rogada pela Lei n° 8.870/94? 
A revogação parcial de uma lei é chamada de derrogação. A revogação total de uma lei é chamada de 
ab-rogação. De acordo com o enunciado, a lei n. 8870/94 revogou apenas o art. 22 da lei n. 8212/91, 
criando o que no Sistema Jurídico brasileiro é chamado de derrogação. 
c) A cobrança da contribuição patronal à Empresa X na forma da Lei n° 8.212/91 é indevida? 
Ao contrário, a cobrança é perfeitamente devida com base no art. 22, da Lei n.º 8212/91, pois não 
devemos confundir repristinação com efeito repristinatório. Este último é ato emanado do Poder 
Judiciário, declarando a inconstitucionalidade de uma lei, isso informa ao sistema jurídico que os 
efeitos dessa lei eram ineficazes, não tendo que se falar em revogação da lei originária por ela 
revogada, conforme disposição do art. 11, §2º, da Lei n.º 9868/99, que trata da ADI e da ADC: 
Art. 11. (...) 
§ 2o A concessão da medida cautelar torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo 
expressa manifestação em sentido contrário. 
Questão de múltipla escolha 01 
(Procurador Autárquico - MANAUSPREV/2015) A interpretação normativa: 
a) teleológica, também chamada de histórica, busca a vontade do legislador no momento da elaboração da 
norma. 
b) histórica prevalece sobre a sistemática, a qual busca o sentido literal de uma determinada norma. 
c) dá-se pela aplicação da analogia, dos costumes e dos princípios gerais do direito, em caso de silêncio 
eloquente ou de lacuna legal. 
d) deve ser realizada, preferencialmente, de maneira sistemática e teleológica, considerando o ordenamento 
em que a norma está inserida e a finalidade para a qual se destina. 
e) deve ser realizada, em regra, de maneira sistemática, considerando a norma em si mesma, em sua 
literalidade, sem levar em conta o ordenamento em que está inserida.Questão de múltipla escolha 02 
Leia os dispositivos da Lei n. 13.105, de 16/03/2015 (Novo CPC) colacionados abaixo: 
Art. 489. São elementos essenciais da sentença: 
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; 
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, 
que: 
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a 
causa ou a questão decidida; 
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; 
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; 
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão 
adotada pelo julgador; 
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes 
nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; 
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem 
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. 
Art. 1.045. Este Código entra em vigor após decorrido 1 (um) ano da data de sua publicação oficial. 
Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos 
pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. 
Art. 1.072. Revogam-se: 
I - o art. 22 do Decreto-Lei no 25, de 30 de novembro de 1937; 
II - os arts. 227, caput, 229, 230, 456, 1.482, 1.483 e 1.768 a 1.773 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 
2002 (Código Civil); 
III - os arts. 2º, 3º, 4º, 6º,7º, 11, 12 e 17 da Lei no 1.060, de 5 de fevereiro de 1950; 
IV - os arts. 13 a 18, 26 a 29 e 38 da Lei no 8.038, de 28 de maio de 1990; 
V - os arts. 16 a 18 da Lei no 5.478, de 25 de julho de 1968; e 
VI - o art. 98, § 4o, da Lei no 12.529, de 30 de novembro de 2011. 
Agora analise as assertivas abaixo: 
I- o art. 489, §1o, NCPC, traz uma espécie de interpretação autêntica do caput. 
II- o NCPC tem período de vacatio legis de 1 ano. 
III- as leis elencadas no art. 1.072 foram ab-rogadas pelo NCPC. 
IV- o NCPC derrogou o CPC de 1973 (Lei n. 5.869). 
Estão corretas APENAS: 
a) as assertivas I e II. 
b) as assertivas II e III. 
c) as assertivas III e IV. 
d) as assertivas I e III. 
e) as assertivas II e IV. 
SEMANA 03 
Letícia, 17 anos, separada, comprou um automóvel no valor de R$ 30.000,00 com uma parte da herança 
deixada por sua mãe. Seu pai, ao saber da compra, tentou anular o negócio jurídico, alegando a incapacidade 
relativa da filha, com fundamento no art. 4º, I, CC/2002. 
Este negócio pode ser anulado? Por quê? Fundamente e Justifique. 
O art. 4º, I, do CC/2002 estabelece que os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos são 
considerados relativamente incapazes para os atos da vida civil. Quando o assunto é a administração 
dos bens por menores relativamente incapazes, essa questão será tratada pelo art. 1.690 do CC/2002, o 
qual estabelece que quando a pessoa for relativamente incapaz e não sendo dado a ela um 
representante legal, os pais, ou na falta de um deles o outro, passarão a agir como assistentes na 
administração desses bens, sendo necessária a autorização destes em qualquer negócio que envolva o 
uso dos bens pelo menor. 
Quanto à questão em tela não há de se falar que Letícia é relativamente incapaz, pois, mesmo tendo 17 
anos, ela é separada, o que deduz ter sido casada e com isso, foi considerada plenamente capaz por 
conta de sua emancipação (art. 5º, II, CC/2002). Não ocorre o retorno da incapacidade com a 
dissolução do casamento mediante divórcio, pois isso apenas gera efeitos ex-nunc, diferentemente se 
houvesse a anulação judicial do casamento, pois isso gera efeitos ex-tunc. Logo, a compra do veículo 
não pode ser anulada. 
Questão de múltipla escolha 01 
(OAB - XVI EXAME UNIFICADO/2015) Os tutores de José consideram que o rapaz, aos 16 anos, tem 
maturidade e discernimento necessários para praticar os atos da vida civil. Por isso, decidem conferir ao 
rapaz a sua emancipação. Consultam, para tanto, um advogado, que lhes aconselha corretamente no seguinte 
sentido: 
a) José poderá ser emancipado em procedimento judicial, com a oitiva do tutor sobre as condições do 
tutelado. 
b) José poderá ser emancipado via instrumento público, sendo desnecessária a homologação judicial. 
c) José poderá ser emancipado via instrumento público ou particular, sendo necessário procedimento 
judicial. 
d) José poderá ser emancipado por instrumento público, com averbação no registro de pessoas naturais. 
Questão de múltipla escolha 02 
Leia as assertivas abaixo: 
1. Úrsula casou aos 17 anos e por isso adquiriu capacidade civil plena. 
2. Os pais podem emancipar menor acima de 16 anos mediante instrumento público, independente de 
homologação judicial 
Assinale a alternativa correta: 
a) ambas as assertivas são corretas e a assertiva 2 é justificativa para a assertiva 1. 
b) ambas as assertivas são corretas, mas a assertiva 2 não é justificativa para a assertiva 1. 
c) apenas a assertiva 1 está correta. 
d) apenas a assertiva 2 está correta. 
e) ambas as assertivas estão incorretas. 
SEMANA 04 
Catarina Almeida, embora filha biológica de José Almeida e Rafaela Oliveira Almeida, foi criada desde a 
infância pelo casal Roberto Belo e Jesuína Andrade Belo. Dois meses após completar a maioridade, 
Catarina, por considerar que Roberto e Jesuína são seus verdadeiros pais, solicitou a retificação de seu nome 
para Catarina Almeida Andrade Belo com fundamento no art. 56 da LRP. Nesse caso é possível a alteração? 
Fundamente e justifique. 
O nome é mais que um acessório ou simples denominação. Ele é de extrema relevância na vida social, 
por ser parte intrínseca da personalidade. Tanto que o novo Código Civil trata do assunto em seu 
Capítulo II, esclarecendo que toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o 
sobrenome. 
No direito brasileiro, a regra predominante é a da imutabilidade do nome civil. Entretanto, ela 
permite mudança em determinados casos: vontade do titular no primeiro ano seguinte ao da 
maioridade civil; decisão judicial que reconheça motivo justificável para a alteração; substituição do 
prenome por apelido notório; substituição do prenome de testemunha de crime; adição ao nome do 
sobrenome do cônjuge e adoção. 
A Terceira Turma do STJ, em decisão inédita, definiu que uma pessoa pode mudar o seu nome, desde 
que respeite a sua estirpe familiar, mantendo os sobrenomes da mãe e do pai. Os ministros do 
colegiado entenderam que, mesmo que vigore o princípio geral da imutabilidade do registro civil, a 
jurisprudência tem apresentado interpretação mais ampla, permitindo, em casos excepcionais, o 
abrandamento da regra (REsp 1.256.074). 
Homenagem aos pais de criação também já foi motivo de pedido de retificação dos assentos constantes 
do registro civil de nascimento de uma mulher. Em seu recurso, ela alegou que, não obstante ser filha 
biológica de um casal, viveu desde os primeiros dias de vida em companhia de outro casal, que 
considera como seus pais verdadeiros. Assim, desejando prestar-lhes homenagem, pediu o acréscimo 
de sobrenomes após a maioridade. A Terceira Turma autorizou a alteração, ao entendimento de que a 
simples incorporação, na forma pretendida pela mulher, não alterava o nome de família (REsp 
605.708). 
Fonte: STF 
Tais explicações vêm confirmar como possível a pretensão de Catarina Almeida, que deseja 
homenagear os seus pais de criação, alterando seu nome para Catarina Almeira Andrade Belo. Essa é 
uma alteração possível dentro deseu fundamento jurídico baseado no art. 56, da lei de Registros 
Públicos, visto que a mudança de seu nome, tal qual pretendida pela parte, não afeta o sobrenome de 
família. 
Sim. Ao completar a maioridade civil, e até o último dia antes de completar dezenove, é possível a 
pessoa natural requerer ao Oficial do Cartório do Registro Civil essa alteração, desde que, não 
prejudique os apelidos da família, poderá o interessado pedir a inclusão ou a exclusão do nome de 
genitores ou padrastos. Conhecida como modificação administrativa, pois não necessita de trâmites no 
judiciário, averbando-se a alteração que será publicada na imprensa (art. 56 da lei 6.015/73– LRP). 
 
(PROCURADOR DO ESTADO - PGERS/2015) Em relação ao domicílio, conforme legislação vigente 
analise as seguintes assertivas: 
I. Ressalvada hipótese de abandono, o domicílio do chefe de família estende-se ao cônjuge e aos filhos não 
emancipados. 
II. Exercendo profissões em locais diversos, cada um destes pode constituir domicílio para as relações que 
lhes corresponderem. 
III. O servidor público, o militar e o preso têm domicílio necessário, sendo, respectivamente, o lugar onde 
exercem permanentemente suas funções, onde servem e onde cumprem a sentença. 
IV- Muda-se de domicílio pela alteração de localização do lugar, independente da intenção da pessoa. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I e III. 
b) Apenas I e IV. 
c) Apenas II e III. 
d) Apenas II e IV. 
e) Apenas I, II e III. 
Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é 
exercida. 
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as 
relações que lhe corresponderem. 
Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. 
Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, 
e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem. 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. 
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor público, o lugar em 
que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede 
do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do 
preso, o lugar em que cumprir a sentença. 
 
Otávio, 83 anos, e seu filho Leandro, 50 anos, partiram de Fernando de Noronha para Recife em helicóptero 
quando uma forte tempestade abateu o veículo. Alguns dias depois do acidente, destroços do helicóptero 
foram encontrados no mar, próximos a Recife, mas Otávio e Leandro não foram localizados. A família dos 
desaparecidos providenciou todas as buscas possíveis por algum tempo, mas Leandro e Otávio jamais foram 
encontrados. 
Neste caso: 
a) a família dos desaparecidos pode pedir a declaração de morte presumida após a decretação da ausência de 
Otávio e Leandro. Será considerado que Otávio, por ser mais velho que Leandro, morreu antes. 
b) a família dos desaparecidos pode pedir a declaração de morte presumida após a decretação da ausência de 
Otávio e Leandro. Haverá presunção de que Otávio e Leandro faleceram simultaneamente. 
c) a família dos desaparecidos pode pedir a declaração de morte presumida sem decretação de ausência. Será 
considerado que Otávio, por ser mais velho que Leandro, morreu antes. 
d) a família dos desaparecidos pode pedir a declaração de morte presumida sem decretação de 
ausência. Haverá presunção de que Otávio e Leandro faleceram simultaneamente. 
e) apenas após dois anos da data do acidente a família dos desaparecidos poderá pedir a declaração de morte 
presumida sem decretação de ausência. Haverá presunção de que Otávio e Leandro faleceram 
simultaneamente. 
Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: 
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da 
guerra. 
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas 
as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. 
Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes 
precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. 
SEMANA 05 
Rebecca, 70 anos, é portadora de patologia grave e o médico informou à família que Rebecca não teria mais 
do que 3 (três) meses de vida caso não realizasse tratamento bastante invasivo. A família, preocupada com a 
idade avançada de Rebecca, preferiu abrandar a gravidade notícia e autorizou o tratamento, sem explicar à 
Rebecca o que estava efetivamente acontecendo (o médico também se comprometeu com a família de que 
não falaria nada à paciente). Rebecca iniciou o tratamento acreditando que era apenas uma prevenção de um 
possível câncer. Ocorre que após alguns efeitos colaterais, Rebecca decidiu parar, escondida da família e do 
médico, o tratamento por acreditar que ele não interferiria em sua vida. Três semanas após a interrupção do 
tratamento, Rebecca veio a óbito. 
Obs: apesar da idade avançada, Rebecca estava em pleno gozo de suas faculdades mentais. 
Analisando as considerações aqui feitas e com fundamento na disciplina civil/constitucional dos direitos de 
personalidade, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE: 
A) Em que consiste o consentimento esclarecido? Ele foi respeitado? 
É o consentimento com as faculdades mentais intactas. Não. 
B) Se soubesse do risco que a interrupção do tratamento causaria, Rebecca poderia interrompe-lo? 
Sim. 
Questão de múltipla escolha 01 
(Procurador - Assembleia Legislativa de Goiás/2015) Uma das inovações mais importantes do estatuto 
civilista de 2002 é o capítulo referente aos direitos da personalidade, introduzido logo nos primeiros artigos 
do código (arts. 11 a 21). No que diz respeito aos direitos da personalidade, o Código Civil vigente 
prescreve que: 
a) existe um rol taxativo desses direitos, constituídos pelo direito à vida, à liberdade, à integridade física e 
psíquica, à imagem, à honra, ao nome e à vida privada. 
b) é inviolável a vida privada da pessoa natural, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as 
providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a essa norma. 
c) é defeso, em qualquer hipótese, o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição 
permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
d) é impossível admitir a disposição gratuita do próprio corpo para fins de transplante, na forma estabelecida 
em lei especial, por serem indisponíveis os direitos da personalidade. 
Questão de múltipla escolha 02 
(Procurador Autárquico - Junta Comercial de Goiás/2015) Quanto aos direitos da personalidade, marque a 
alternativa correta: 
a) Não é válida, mesmo com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no 
todo ou em parte, para depois da morte. 
b) O nome da pessoa pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao 
desprezo público, contanto que não haja intenção difamatória. 
c) Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. 
d) O pseudônimo adotado para atividades ilícitas goza da proteção que se dá ao nome. 
e) É válida a disposição onerosa do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. 
SEMANA 06 
A turma deDireito da Universidade X decidiu criar uma pessoa jurídica para organizar a festa de formatura. 
A pessoa jurídica terá por finalidade organizar eventos para angariar fundos para os festejos da formatura, 
será administrada pelos próprios alunos, que não dividirão entre si os lucros decorrentes das atividades 
desenvolvidas, e uma vez realizada a festa, será extinta. 
Considerando as informações descritas acima, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE 
qual a espécie societária mais adequada para a finalidade pretendida pela turma de Direito, demonstrando a 
classificação da pessoa jurídica em questão. 
A turma de direito da universidade x para alcançar os objetivos pretendidos deverá que constitui uma 
associação nos termos do artigo 44 inciso 1 já que não existe fins lucrativos já para o referido grupo 
devemos observar que a referida pessoa jurídica será criada por tempo determinado cujo termo final 
importará sua extinção. 
Questão de múltipla escolha 01 
(Magistratura - TJPE/2015) Segundo a legislação civil vigente, 
a) a proteção dos direitos da personalidade é de aplicação irrestrita para as pessoas jurídicas. 
b) aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, avproteção dos direitos da personalidade. 
c) apenas quanto à utilização do nome é que se aplica às pessoas jurídicas a proteção dos direitos da 
personalidade. 
d) para caracterização de dano moral à pessoa jurídica é imprescindível que também ocorra dano 
patrimonial. 
e) às pessoas jurídicas não se concede indenização por dano moral. 
Questão de múltipla escolha 02 
Julgue os itens a seguir em Verdadeiro (V) ou Falso (F): 
1. As fundações são também conhecidas como universitas personarum. 
2. O rol das pessoas jurídicas de direito privado apresentado no art. 44, CC, é meramente exemplificativo. 
3. Em caso de defeito formal ou substancial do ato constitutivo de uma pessoa jurídica, os interessados 
devem manifestar-se pela invalidade no prazo prescricional de 3 anos. 
4. O STJ sumulou de forma expressa que apenas a pessoa jurídica sem fins lucrativos pode sofrer dano 
moral. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: 
a) F; V; F; F. 
b) V; V;. F; V. 
c) F; V; F; V. 
d) V; F; V; F. 
e) V; V; V; F. 
SEMANA 07 
O Grupo Construções e Incorporações X S/A contraiu dívida de grande valor com o Engenheiro Eduardo 
Paranhos, mas não efetuou o pagamento estipulado no contrato, sem que tal conduta configurasse qualquer 
tipo de fraude. Após algumas tentativas frustradas de cobrança. Eduardo ajuizou ação e conseguiu decisão 
favorável, tendo a sentença transitado em julgado. No momento de indicar o bem que viria a ser penhorado 
para efetuar o pagamento, o Grupo Construções e Incorporações S/A indicou um imóvel de sua propriedade, 
mas o mesmo não foi aceito por Eduardo, que solicitou ao juiz a desconsideração da personalidade jurídica 
do Grupo Construções e Incorporações S/A para que os bens dos sócios respondessem pela dívida. 
Considerando os fatos acima descritos e tomando por base a disciplina da desconsideração da personalidade 
jurídica, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE: 
A) O que é a desconsideração da personalidade jurídica e em que hipóteses ela pode ser utilizada? 
A teoria da desconsideração da personalidade jurídica é utilizada quando, após intentadas diversas 
medidas de execução contra a empresa, verifica-se que ela não tem patrimônio. Há jurisprudência no 
sentido de que não é necessária a comprovação de fraude. Por aplicação do artigo 28 do CDC c/c 
o artigo 4º da Lei nº 9.605/1998, basta a insolvência. Quando aplicada, significa dizer que a execução 
será iniciada contra os sócios, observada sua responsabilidade. 
B) É cabível, neste caso, a desconsideração pleiteada por Eduardo? 
Havendo algo que obstaculize a penhora e, já tendo sido aplicadas outras formas de execução contra a 
empresa, sem sucesso, pode este bem ser rejeitado pelo Juízo que, por sua vez, pode determinar a 
desconsideração da personalidade jurídica e redirecionamento da execução contra os sócios. 
Questão de múltipla escolha 01 
(Procurador do Trabalho/2015) Acerca das disposições sobre associações no Código Civil, assinale a 
alternativa INCORRETA: 
a) Os associados devem ter direitos iguais, mas o estatuto poderá instituir categoria com vantagem especial. 
b) A exclusão de associado é feita de acordo com os estatutos, que é soberano para estabelecer o 
procedimento que entender adequado. 
c) Compete privativamente à assembleia geral, especialmente convocada para esse fim, destituir os 
administradores. 
d) Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente 
conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto. 
Questão de múltipla escolha 02 
Acerca das fundações, assinale a alternativa CORRETA: 
a) As fundações somente podem ter como finalidade: assistência social; cultura, defesa e conservação 
do patrimônio histórico e artístico; educação; saúde; segurança alimentar e nutricional; defesa, 
preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável; pesquisa 
científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção 
e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; promoção da ética, da cidadania, 
da democracia e dos direitos humanos; atividades religiosas. 
b) A alteração do estatuto de uma fundação deve ser precedida de manifestação do Ministério Público, 
podendo tal manifestação ser suprida pelo juiz. Não há, porém, prazo estabelecido em lei para que o 
Ministério Público se pronuncie sobre a proposta de alteração. 
c) A redação original do Código Civil determinava que as fundações localizadas no Distrito Federal e em 
Territórios seriam veladas pelo Ministério Público Federal. No entanto, desde que esse dispositivo foi 
julgado inconstitucional pelo STF, pela falta de norma expressa aplica-se, por analogia ao que ocorre com as 
fundações situadas nos Estados, o entendimento de que o fiscal das fundações situadas no DF e nos 
Territórios é o Ministério Público do DF e dos Territórios. 
d) Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por instrumento particular, escritura pública ou 
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a 
maneira de administrá-la. 
e) Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão 
logo, de acordo com as suas base, o estatuto da fundação projetada, independente de aprovação por 
autoridade e de homologação judicial. 
SEMANA 08 
Os irmãos José e Pedro receberam por doação de seus pais um terreno loteado com área de 210 m2. 
Pretendendo cada qual construir uma residência no terreno, firmaram escritura pública de divisão, em que 
ficou localizada a parte de cada um, com 105m2, sendo levada ao Serviço de Registro de Imóveis. Ocorre 
que, pelo art. 4°, II, da Lei 6.766/79, a área mínima exigida é de 125 m2. Com base na disciplina jurídica 
dos bens, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE: 
A) Levando em consideração a classificação dos bens considerados em si mesmos, classifique o bem em 
questão. 
Bem Indivisível são aqueles em que não se verifica a possibilidade de fracionamento ou divisão. 
 
 
B) Você, na qualidade de funcionário do Serviço de Registro de Imóveis, faria o registro? Justifique a sua 
resposta com base no princípio da autonomia privada e na disciplina dos bens considerados em si mesmos. 
Não, por uma imposição legal por conta da sua metragem minina já que a lei impõe uma metragem 
superior. 
Questão de múltipla escolha 01 
(OAB - XVI EXAME UNIFICADO/2015) O prédio que abrigava a BibliotecaPública do Município de 
Molhadinho foi parcialmente destruído em um incêndio, que arruinou quase metade do acervo e prejudicou 
gravemente a estrutura do prédio. Os livros restantes já foram transferidos para uma nova sede. O Prefeito 
de Molhadinho pretende alienar o prédio antigo, ainda cheio de entulho e escombros. Sobre o caso descrito, 
assinale a afirmativa correta. 
a) Não é possível, no ordenamento jurídico atual, a alienação de bens públicos. 
b) O antigo prédio da biblioteca, bem público de uso especial, somente pode ser alienado após ato formal de 
desafetação. 
c) É possível a alienação do antigo prédio da biblioteca, por se tratar de bem público dominical. 
d) Por se tratar de um prédio com livre acesso do público em geral, trata-se de bem público de uso comum, 
insuscetível de alienação. 
Questão de múltipla escolha 02 
(Procurador do Estado - PGERS/2015) Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Trata-se de universalidade de direito o complexo das relações jurídicas dotadas de valor econômico. 
b) Bens naturalmente divisíveis são aqueles passíveis de fracionamento, muito embora possam se tornar 
indivisíveis por vontade das partes. 
c) Salvo se o contrário resultar da lei, quando relacionados ao bem principal, os negócios jurídicos não 
abrangem as pertenças. 
d) Readquirem a qualidade de bens móveis os provenientes da demolição de algum prédio. 
e) São pertenças os bens que, constituindo partes integrantes, se destinam ao aformoseamento de 
outro. 
SEMANA 09 
Augusto Ribeiro é casado e tem três filhos desse casamento. Recentemente, Augusto descobriu que é pai de 
Ana, 20 anos, fruto de uma relação passageira, anterior ao seu casamento. Após a descoberta, Augusto 
decidiu reconhecer a paternidade de Ana, mas pretende celebrar acordo para que a moça não inclua o 
sobrenome Ribeiro em seu nome. Com base no Código Civil, responda JUSTIFICADA E 
FUNDAMENTADAMENTE: 
a) Qual a natureza do ato de reconhecimento de paternidade? 
É um ato jurídico em sentido estrito, visto ser um comportamento humano lícito, capaz de gerar 
consequências jurídicas impostas pela lei. É unilateral, voluntário, solene, irrevogável, incondicional e 
personalíssimo. 
b) Augusto pode impor que Ana não utilize seu sobrenome? 
Não, conforme item anterior, o reconhecimento de paternidade é ato incondicional, não se 
submetendo à condição e nem ao termo, sob pena de ineficácia, conforme artigo 1.613, do CC. Vale 
ressaltar que, no caso acima, o reconhecimento de paternidade depende do consentimento de Ana, 
visto ser ela maior de idade, conforme o artigo 1.614, do CC. 
Questão de múltipla 01 
Assinale a alternativa CORRETA: 
a) A interpretação estrita prevista no art. 114 do Código Civil pode identificar a renúncia, ainda que a 
comunicação de vontade não utilize esse vocábulo; a manifestação de vontade incompatível com o 
exercício do direito importa em renúncia. 
b) O testamento é um ato jurídico em sentido estrito. 
c) Na reserva mental a vontade declarada prevalece sobre a vontade interna do declarante, ainda que o 
declaratário tivesse conhecimento de que o declarante não queria o que manifestou. 
d) A fraude mediante utilização de documentos falsos (e, portanto, praticado por terceiros) em 
estabelecimentos bancários é considerado pela jurisprudência do STJ como fortuito externo, porquanto faz 
parte do risco do empreendimento. 
e) Fatos naturais são fatos do dia-a-dia que não produzem quaisquer efeitos jurídicos. 
Questão de múltipla escolha 02 
O contrato de troca de apartamento no valor de R$ 500.000,00 por uma casa no mesmo valor é um negócio 
jurídico: 
a) unilateral, gratuito, principal, informal e consensual. 
b) bilateral, oneroso, acessório, formal e real. 
c) unilateral, oneroso, principal, formal e consensual. 
d) bilateral, gratuito, acessório, informal e real. 
e) bilateral, oneroso, principal, formal e consensual. 
SEMANA 10 
Em 1993, o jogador de futebol Oswaldo Giroldo Junior, conhecido por Juninho, foi cedido, por contrato, 
pelo Ituano Futebol Clube ao São Paulo Futebol Clube por $350.000,00 (trezentos e cinqüenta mil dólares) 
com a seguinte condição: pela cláusula quinta do referido contrato, o Ituano Futebol Clube teria uma 
participação de 50% (cinquenta por cento) no lucro que fosse auferido com a venda do passe do jogador a 
outro clube, caso esta fosse efetuada até o dia 31.12.1994, e 25% (vinte e cinco por cento), caso a venda 
fosse efetuada entre 01.01.1995 e 31.08.1995. Depois desse período, todo o lucro percebido com a venda do 
passe do jogador seria do São Paulo Futebol Clube. 
Durante a vigência do contrato, o São Paulo Futebol Clube recusou algumas propostas de compra do passe 
de Juninho, vindo a vendê-lo no dia 10.10.1995 por $7.500.000,00 (sete milhões e quinhentos mil dólares) 
ao Middlesbourg, time da Inglaterra, sem pagar qualquer percentual ao Ituano Futebol Clube. Ressalte-se 
que durante a vigência do contrato, o mesmo Middlesbourg havia oferecido quantia pouco inferior ao valor 
posteriormente ajustado, mas tal oferta foi recusada pelo São Paulo Futebol Clube. 
Sentindo-se lesado, o Ituano Futebol Clube ajuizou ação pleiteando o pagamento do percentual acertado no 
contrato, alegando que o São Paulo Futebol Clube, por estar em uma situação privilegiada, vendeu o jogador 
depois para afastar a repartição dos lucros. 
Com base na no Código Civil, principalmente no que tange a teoria dos negócios jurídicos, analisando os 
planos da validade e da eficácia da referida cláusula quinta do negócio celebrado entre o Ituano Futebol 
Clube e o São Paulo Futebol Clube, responda se há fundamento jurídico para a irresignação do Ituano 
Futebol Clube. 
O contrato em questão teve todos os seus requisitos de validade preenchidos, pois as partes eram 
capazes, o objeto era lícito, possível e determinável, a forma do contrato não era defesa em lei e o 
consentimento do negócio jurídico foi livre e sem vícios. 
Porém, o atual Código Civil de 2002 é guiado por alguns princípios fundamentais, estando entre eles o 
princípio da eticidade, ou seja, evoca que as relações civis ou contratuais entre os cidadãos devem-se 
pautar pela ética e pela boa-fé. Tal preceito é tão importante que o CC/02 fez questão de exaltar a 
boa-fé em seu art. 113. 
Logo, vislumbro fundamento jurídico na irresignação do Ituano Futebol Clube frente à má-fé do São 
Paulo Futebol Clube, pois o mesmo havia recebido uma proposta similar do Middelesbourg, time da 
Inglaterra, no período em que qualquer negociação do passe do jogador Juninho gerava repasse de 
um valor percentual para o Ituano FC, vindo, o SPFC, a aceitar nova proposta, pouco diferente da 
anterior, somente após a data estabelecida no contrato que consentia participação no valor da venda 
do passe do jogador Juninho ao Ituano FC. 
Questão objetiva 01 
(Procurador Autárquico - Junta Comercial de Goiás/2015) A validade do negócio jurídico requer, EXCETO: 
a) Agente capaz. 
b) Objeto lícito e possível. 
c) Objeto determinado ou determinável. 
d) Forma defesa em lei. 
e) Forma prescrita ou não defesa em lei. 
Questão objetiva 02 
(Procurador do Trabalho/2015) Assinale a alternativa COORETA consoante o Código Civil: 
a) A impossibilidade inicial do objeto invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de 
realizada a condição a que ele estiver subordinado. 
b) São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; 
entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o 
sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes. 
c) o encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, ainda que expressamente imposto no 
negócio jurídico, pelodisponente, como condição suspensiva. 
d) Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade 
que a outra parte haja ignorado, não constitui omissão dolosa, ainda que se prove que sem ela o negócio se 
teria celebrado. 
SEMANA 11 
Maria Sofia Silva, analfabeta, recebeu, pelo IDHAB, um imóvel situado na quadra 46, conjunto I, lote 24, do 
Novo Assentamento, Brazilândia, Distrito Federal. Ainda sem planos para o imóvel, Maria Sofia aceitou 
proposta de Cecílio Monteiro, que trabalha com corretagem de imóveis e pretendia alugar dela um cômodo 
que se localizava na parte posterior do lote, à frente do cômodo onde morava Maria Sofia, com o objetivo de 
transferir para aquele cômodo, um bar que tinha nas proximidades. Cecílio, então, providenciou os 
documentos e entregou o contrato já redigido a Maria Sofia, que, por não saber ler, apenas assinou o seu 
nome. 
Poucos meses depois, uma terceira pessoa, Celita Ribeiro foi até o lote de Maria Sofia a fim de comprá-lo, 
pois havia recebido proposta de Cecílio. Maria Sofia afirmou, com espanto, que o imóvel era seu e que não 
estava à venda, e que, além do mais, estava alugado para Cecílio. 
Celita, advogada, conversou novamente com Cecílio e pediu para ver o título de propriedade do imóvel, 
ocasião em que descobriu que, na realidade, Maria Sofia havia assinado um contrato de cessão de direitos e 
uma procuração, transferindo para Cecílio todos os direitos sobre o referido imóvel. 
Diante desta situação e, com base no Código Civil, analise JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE 
a possibilidade de anulação do negócio celebrado entre Maria Sofia e Cecílio. 
Muito embora Maria Sofia possua capacidade civil plena e manifesta vontade em celebrar contrato 
com o Sr. Cecílio Monteiro, o negócio jurídico deve ser considerado inválido pelo fato de sua vontade 
ter sido manifestada de forma defeituosa, caracterizando, assim, um vício de vontade ou erro de 
consentimento.As bases dessa fundamentação estão no art. 138 (erro ou ignorância), arts. 145 e 147 
(dolo), ambos do CC. 
O erro ou ignorância, no caso concreto, consiste no fato de que a declaração de vontade de Maria 
Sofia não geraria um erro substancial se fosse realizada por pessoa alfabetizada que, capaz de 
perceber o teor do contrato, não teria celebrado o negócio. 
O dolo, que no caso é essencial, ocorre quando o silêncio intencional de uma das partes (Cecílio 
Monteiro) a respeito de fato ou qualidade que a outra parte (Maria Sofia) haja ignorado constituir 
omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado. 
Questão de múltipla escolha 01 
(Procurador Autárquico - MANAUSPREV/2015) O negócio jurídico praticado sob coação: 
a) é nulo, podendo ser invalidado, a pedido da parte prejudicada, no prazo decadencial de 4 anos, contado da 
celebração do negócio. 
b) deve ser interpretado tendo em conta o que, na mesma circunstância, teria feito o homem médio. 
c) é anulável, convalidando-se com o decurso do tempo e podendo ser confirmado pela vontade das 
partes. 
d) é nulo, não se convalidando com o decurso do tempo nem podendo ser confirmado pela vontade das 
partes. 
e) equipara-se aos praticados sob temor reverencial. 
Questão de múltipla escola 02 
Sobre o erro, assinale a alternativa correta conforme o Código Civil: 
a) O negócio jurídico eivado de erro substancial é nulo de pleno direito. 
b) O erro de direito não pode ser considerado erro substancial porquanto o conhecimento pleno da legislação 
é acessível a pequena parcela da população. 
c) O falso motivo também vicia a declaração de vontade em qualquer hipótese. 
d) A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos mesmos casos em que o é a 
declaração direta. 
e) O erro de cálculo é erro substancial. 
SEMANA 12 
José Roberto sofreu grave acidente de carro e foi imediatamente levado a hospital. Chegando ao hospital, a 
família de José Roberto foi informada que a cirurgia apenas seria realizada se fosse prestada caução no valor 
de R$ 50.000,00. Neste caso: 
a) é válida a exigência de caução? 
A exigência de caução não é válida, visto que um dos requisitos de validade do negócio jurídico é a 
livre manifestação de vontade das partes. Logo, aquele membro da família de José, acabou por ser 
pressionado pelo hospital, que conhecia o risco de grave dano ao qual José estava exposto, a realizar 
contrato visando o bem estar dele; agindo, assim, em estado de perigo em favor de pessoa da família, 
como preceitua o CC em seu art. 156. Nesse caso ocorreu um vício da vontade ou defeito de 
consentimento que invalidou o negócio jurídico. 
b) o defeito do negócio e sua potencial anulabilidade confere a José Roberto o direito a não pagar as 
despesas hospitalares? 
Não, pois a anulabilidade se limita à caução, não atingindo as despesas hospitalares. 
Questão objetiva 01 
(Magistratura - TJPE/2015) Declarada a insolvência do devedor, a discussão entre os credores: 
a) somente versará sobre a preferência na aquisição dos bens do devedor, para satisfação dos respectivos 
créditos. 
b) é vedada, porque os títulos de preferência devem ter prova pré-constituída, sob pena de o credor ser 
considerado quirografário. 
c) só pode versar sobre a preferência entre eles disputada, dependendo outras alegações, como fraude, 
nulidade ou falsidade de dívidas e contratos de ação própria. 
d) pode versar quer sobre a preferência entre eles disputada, quer sobre a nulidade, simulação, 
fraude, ou falsidade das dívidas e contratos. 
e) será limitada à existência das dívidas, porque, de ofício, o juiz deliberará sobre as preferências e 
privilégios. 
Questão objetiva 02 
Rogério, em razão da necessidade de custear tratamento médico no exterior para o filho que contraíra grave 
enfermidade, vendeu a Jorge um apartamento de dois quartos, por R$ 200 mil, enquanto seu valor de 
mercado correspondia a R$ 400 mil. Jorge não tinha conhecimento da situação de necessidade do alienante e 
dela não se aproveitara, mas Rogério, após dois meses, com a melhora do filho, refletiu sobre o negócio e, 
sentindo-se prejudicado, procurou escritório de advocacia para se informar acerca da validade do negócio. 
Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) contratado(a) por Rogério, esclareça, com o 
devido fundamento jurídico, se existe algum vício no negócio celebrado e indique a solução mais adequada 
para proteger os interesses de seu cliente, APONTANDO A OPÇÃO EXATA: 
a) Não é possível a anulação do negócio jurídico com base no estado de perigo (art.156), uma vez que este 
só se configura mediante conhecimento da outra parte, o que no caso não ocorreu. Entretanto, configurada a 
manifesta desproporção de valores, é possível alegar o vício da fraude, previsto no artigo 157 do Código 
Civil. 
b) Não é possível a anulação do negócio jurídico com base no estado de necessidade (art.156), uma vez que 
este só se configura mediante conhecimento da outra parte, o que no caso não ocorreu. Entretanto, 
configurada a manifesta desproporção de valores, é possível alegar o vício da injustiça, previsto no artigo 
157 do Código Civil. 
c) Não é possível a anulação do negócio jurídico com base no estado de necessidade, uma vez que este não 
tem previsão em matéria civil, mas tão somente penal. Entretanto, configurada a manifesta desproporção de 
valores, é possível alegar o vício da coação, previsto no artigo 157 do Código Civil. 
d) É possível a anulação do negócio jurídico com base no estado de necessidade (art.156), uma vez que este 
só se configura mediante conhecimento da outra parte, o que no caso não ocorreu. Entretanto, configurada a 
manifesta desproporção de valores, é possível alegar o vício da concorrênciadesleal, apesar de não prevista 
no Código Civil. 
e) Não é possível a anulação do negócio jurídico com base no estado de perigo (art.156), uma vez que 
este só se configura mediante conhecimento da outra parte, o que no caso não ocorreu. Entretanto, 
configurada a manifesta desproporção de valores, é possível alegar o vício da lesão, previsto no artigo 
157 do Código Civil. 
SEMANA 13 
Rui foi condenado por diversos furtos realizados no litoral de São Paulo. Após o cumprimento da pena 
(entre 2000 e 2008) constatou-se que, em virtude dos maus tratos constantemente sofridos na penitenciária, 
precisaria ser interditado pois já não mais tinha discernimento para os atos da vida civil. Constada (em 2008) 
que a enfermidade ou doença mental que o acomete foi realmente fruto dos maus-tratos na prisão, pergunta-
se: 
Rui, em 2014, por meio de seu representante legal, ainda poderá propor ação de reparação de danos em face 
do Estado ou essa pretensão está prescrita? Explique sua resposta em no máximo cinco linhas. 
Sim, ele pode pleitear a indenização, estaria prescrito mas ele é absolutamente incapaz então não 
corre prescrição contra o absolutamente incapaz. Arts 198, I e 206,paragrafo 3. 
Questão objetiva 1 
(TJAL 2008) A respeito do instituto da prescrição nos termos do Código Civil de 2002, assinale a opção 
correta: 
a. Se duas pessoas forem credoras solidárias de determinada obrigação divisível, então, o casamento de um 
dos credores com o devedor suspenderá a prescrição em favor do outro credor. 
b. Contanto que não haja ofensa ao princípio da boa-fé objetiva, seja respeitada a função social do contrato e 
haja prévio acordo, as partes poderão diminuir ou aumentar os prazos prescricionais estabelecidos no 
Código. 
c. Se um dos credores solidários interpelar judicial o devedor, tal iniciativa não aproveitará aos demais 
quanto à interrupção da prescrição. 
d. Desde que feita de forma expressa, é possível a renúncia prévia de prazo prescricional. 
e. Quando uma ação se originar de fato que deva ser apurado em juízo criminal, ficará suspensa a prescrição 
até despacho do juiz que tenha recebido ou rejeitado a denúncia ou a queixa-crime. 
Questão objetiva 2 
(MPEGO 2008) Roberval pretende obter indenização de Odorico, o qual teria, em uma roda de amigos, dito 
que ele Roberval, era caloteiro e mal pagador. O prazo prescricional, nessa hipótese, é de: 
a. 10 anos. 
b. 05 anos. 
c. 03 anos. 
d. 04 anos. 
SEMANA 14 
Juliano descobriu em janeiro deste ano que em janeiro de 2010 foi constituída uma sociedade limitada em 
que consta como sócio-gerente. Ocorre que Juliano nunca foi sócio desta empresa e, tão pouco conhece as 
pessoas que dela fazem parte. Pergunta-se: 
Juliano pode propor ação anulatória da constituição da sociedade? O prazo para a propositura dessa ação é 
prescricional ou decadencial? Explique sua resposta em no máximo cinco linhas. 
Não pode, Prazo decadencial. Não pode mais propor ação indenizatória pois decaiu do direito. Art 45 
p. único 
Questão objetiva 1 
(V EXAME DE ORDEM) O decurso do tempo exerce efeitos sobre as relações jurídicas. Com o propósito 
de suprir uma deficiência apontada pela doutrina em relação ao Código velho, o novo Código Civil, a 
exemplo do Código Civil italiano e português, define o que é prescrição e institui disciplina específica para a 
decadência. Tendo em vista os preceitos do Código Civil a respeito da matéria, assinale a alternativa correta: 
a. Se a decadência resultar de convenção entre as partes, o interessado poderá alegá-la, em qualquer 
grau de jurisdição, mas o juiz não poderá suprir a alegação de quem a aproveite. 
b. Se um dos credores solidários constituir judicialmente o devedor em mora, tal iniciativa não aproveitará 
aos demais quanto à interrupção da prescrição, nem a interrupção produzida em face do principal devedor 
prejudica o fiador dele 
c. O novo Código Civil optou por conceituar o instituto da prescrição como a extinção da pretensão e 
estabelece que a prescrição, em razão da sua relevância, pode ser arguida, mesmo entre os cônjuges 
enquanto casados pelo regime de separação obrigatória de bens. 
d. Quando uma ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição até 
o despacho do juiz que tenha recebido ou rejeitado a denúncia ou a queixa-crime. 
Questão objetiva 2 
(TJGO 2009) O empresário X é locatário de dois imóveis, sendo o contrato de um deles por prazo 
determinado de seis (06) anos e o de outro, também por prazo determinado, mas de um (01) ano, com 
cláusula estabelecendo que o locatário poderá renová-lo por igual prazo desde que notifique o locador até 
sessenta (60) dias antes do término, sob pena de a locação prorrogar-se por prazo indeterminado. Os prazos 
que o empresário X tem para mover ação renovatória do primeiro contrato de locação e para renovar 
anualmente o segundo contrato de locação classificam-se: 
a. ambos como decadenciais e passíveis de reconhecimento de ofício pelo Juiz. 
b. ambos como decadenciais, sendo apenas o primeiro passível de reconhecimento de ofício pelo Juiz. 
c. ambos como prescricionais, sendo o primeiro passível de reconhecimento de ofício pelo Juiz. 
d. o primeiro, como prescricional e o segundo como decadencial, nenhum deles podendo ser reconhecido de 
ofício pelo Juiz. 
e. o primeiro como decadencial e o segundo como prescricional, sendo ambos passíveis de recebimento de 
ofício pelo Juiz. 
SEMANA 15 
Dra. Marilia, meu vizinho começou uma obra e parece que esta não tem fim! Ele está reformando sua casa, 
mas os seus empreiteiros começam a martelar, furar, cavar às 7h da manhã e não param até às 22h. e isso já 
dura dois meses! Já tentei conversar com eles para que reduzam o período de barulho, mas não houve 
acordo. O proprietário me informou que está exercendo sua liberdade de reformar o prédio, que possui todas 
as autorizações necessárias e que necessita da longa jornada para acabar a obra mais rápido. Dra. , já faz dois 
meses em que durante a semana e inclusive aos sábados não tenho mais sossego. Preciso descansar, meus 
filhos precisam de um período maior de sono. Está certo o meu vizinho ou tem algo que eu possa fazer para 
que ele reduza o incômodo? Justifique sua resposta em no máximo cinco linhas. 
Não. O vizinho está abusando do direito dele. Segundo o artigo 187. 
 
Questão objetiva 1 (MPAC 2008) Com relação ao abuso de direito, assinale a alternativa correta: 
a. O legislador do Código Civil previu um elenco taxativo de atos considerados abusivos. 
b. No ato ilícito não é preciso configurar-se a culpa do agente, enquanto na atuação abusiva, a culpa do 
agente é um dos seus requisitos. 
c. O ato abusivo pode ser apontado como matéria de defesa pela parte, pelo interessado ou pelo 
Ministério Público. 
d. O juiz não pode declarar exofficio? um ato como abusivo, porque não constitui matéria de ordem pública. 
Questão objetiva 2 
(TJMG 2008) De acordo com o Código Civil, aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem fica obrigado 
a repará-lo. Assim, é correto dizer que o incapaz: 
a. Não responde subsidiariamente pelos prejuízos que causar. 
b. Responde solidariamente pelos prejuízos que causar, com as pessoas por ele responsáveis. 
c. Excepcionalmente não responde como devedor principal, na hipótese de ressarcimento devido pelos 
adolescentes que praticarem atos infracionais. 
d. Responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de 
fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. 
SEMANA 16 
1. (MDIC 2012) Assinale a opção incorreta: 
a. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. 
b. O domicílio da pessoa natural,quanto às relações concernentes à profissão, será considerado o lugar onde 
esta é exercida. 
c. Nos contratos escritos, não poderão os contratantes especificar como domicílio o lugar onde 
exerçam e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. 
d. Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado 
domicilio para os atos nele praticados. 
e. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio do Município é o lugar onde funcione a administração municipal. 
2. (OAB X Exame 2013) Gustavo completou 17 anos de idade em janeiro de 2010. Em março de 2010 colou 
grau em curso de ensino médio. Em julho de 2010 contraiu matrimônio com Beatriz. Em setembro de 2010, 
foi aprovado em concurso público e iniciou o exercício de emprego público efetivo. Por fim, em novembro 
de 2010, estabeleceu-se no comércio, abrindo um restaurante. Assinale a alternativa que indica o momento 
em que se deu a cessação da incapacidade civil de Gustavo. 
a. No momento em que iniciou o exercício de emprego público efetivo. 
b. No momento em que colou grau em curso de ensino médio. 
c. No momento em que contraiu matrimônio. 
d. No momento em que se estabeleceu no comércio, abrindo um restaurante. 
3 (TJGO 2013) Considerando as disposições do Código Civil e a interpretação doutrinária sobre a pessoa 
natural, assinale a opção correta. 
a. Considera-se relativamente incapaz aquele que, em razão de causa transitória, não puder exprimir sua 
vontade. 
b. O estado civil, apesar de não se sujeitar à alienação, é renunciável. 
c. O nome de uma pessoa pode ser usado, sem sua prévia autorização, em propaganda comercial, caso não 
haja intenção difamatória ou exposição ao desprezo público. 
d. A pessoa natural possui personalidade jurídica, tendo capacidade de fato, e não de direito. e. Embora, em 
lei, sejam resguardos os direitos do nascituro, não é concedida personalidade condicional ao 
nascimento com vida. 
4. (DPE-ES 2013) Com relação à pessoa natural, personalidade e capacidade, assinale a opção correta. 
a. O Código Civil atual preceitua que os enfermos ou doentes mentais sem o necessário discernimento 
para os atos da vida civil são absolutamente incapazes. 
b. O Código Civil de 2002 inovou ao dar tratamento específico ao natimorto, inclusive, conferindo-lhe 
alguns direitos da personalidade, como o nome, por exemplo. 
c. De acordo com a teoria da personalidade condicional, o nascituro adquire personalidade jurídica desde a 
sua concepção, sendo, desde então, considerado pessoa. 
d. A capacidade de direito não pode ser confundida com a personalidade, apesar de toda pessoa ser capaz de 
direitos. 
e. A capacidade dos índios é regulada expressamente pelo Código Civil. 
5. (TJMS 2009) Sobre os defeitos dos negócios jurídicos, é incorreto afirmar que: 
a. Podem anular o negócio fraudulento os credores cuja garantia se tornou insuficiente. 
b. Só o erro substancial anula o negócio jurídico. 
c. O dolo acidental anula o negócio jurídico. 
d. O erro de indicação da pessoa ou coisa, a que se refere a declaração de vontade, não viciará o negócio 
quando se puder identificar a coisa ou a pessoa cogitada. 
e. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro. 
6. Relativamente às regras gerais sobre a invalidade dos negócios jurídicos, com base no Código Civil, é 
correto afirmar que: 
a. A invalidade do instrumento induz necessariamente a do negócio jurídico. 
b. É anulável o negócio jurídico sempre que a lei civil proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. c. Ninguém 
pode reclamar o que, por uma obrigação anulada, pagou a um incapaz. 
d. No caso de coação, é de cinco anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, 
contado do dia em que ela cessar. 
e. Se o negócio jurídico nulo contiver os requisitos de outro, subsistirá este quando o fim a que 
visavam as partes permitir supor que o teriam querido, se houvessem previsto a nulidade. 
7. (TCRS - Auditor) Considerando a sistemática das nulidades e anulabilidades dos negócios jurídicos, 
avalie as assertivas I a IV e assinale a resposta correta (A, B, C, D ou E). 
I. Um negócio jurídico celebrado com o vício da simulação no ano de 1996 não está mais sujeito à 
invalidação, na data de hoje, mas, se celebrado na data de hoje, viciado pelo mesmo fato que caracteriza 
simulação, não está sujeito a prazo para declaração da invalidade. 
II. A lesão é causa de anulabilidade do negócio jurídico que se funda na onerosidade excessiva, assim como 
a teoria da imprevisão. Todavia a lesão gera a anulabilidade do negócio, enquanto a teoria da imprevisão é 
causa que interfere na eficácia do negócio. 
III. A impossibilidade absoluta inicial é causa de invalidade do negócio jurídico, enquanto a superveniente é 
causa de anulabilidade. 
IV. A capacidade de direito é elemento necessário à validade dos negócios jurídicos. Por não possuírem 
capacidade de direito, os menores de dezesseis anos não podem contratar. 
a. Todas as assertivas estão corretas. 
b. Apenas as assertivas I, II e III estão corretas. 
c. Apenas as assertivas II e III estão corretas. 
d. Apenas as assertivas I e II estão corretas. 
e. Apenas as assertivas III e IV estão corretas. 
8. (TCE-SP 2008) Sobre a invalidade dos negócios jurídicos, considere: 
I. Os negócios simulados são nulos e aqueles praticados mediante erro de direito são anuláveis. 
II. Os negócios praticados em fraude contra credores e os contratos celebrados em estado de perigo são 
anuláveis. 
III. São nulos os negócios celebrados pelos pródigos e anuláveis os celebrados por menor entre dezesseis e 
dezoito anos. 
IV. A pretensão para se declarar a nulidade dos negócios jurídicos firmados por pessoa absolutamente 
incapaz, bem como dos que tiverem objeto ilícito, prescreve em dez anos. 
V. Os negócios jurídicos anuláveis sujeitam-se a prazos decadenciais e os negócios nulos se sujeitam a 
prazos prescricionais. Está correto o que se afirma APENAS em: 
a. I e II. 
b. I e III. 
c. I e V. 
d. II e IV. 
e. III e V. 
9. (TJCE- 2012) Acerca da prova, no âmbito civil, assinale a opção correta. 
a) No caso de fraude contra credor, a má-fé não pode ser presumida. 
b) Se a prova for obtida ilicitamente, será vedado ao juiz permitir sua utilização. 
c) O fato de uma pessoa ter sido testemunha em determinado contrato não constitui impedimento 
para ela testemunhar em juízo. 
d) Caso o declarante se equivoque sobre a natureza do negócio jurídico, a confissão poderá ser revogada. 
e) Cópia autenticada de título de crédito é considerada prova hábil quando perdido o título. 
10. (PGE-BA 2013) No que se refere à pessoa jurídica, é correto afirmar: 
a. A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado começa com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do 
Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações pelas quais passar o ato constitutivo. 
b. Os atos de seus administradores, como regra, não a obrigam, salvo se excessivos aos limites dos poderes 
definidos no ato constitutivo. 
c. As decisões, se tiver ela administração coletiva, serão tomadas por unanimidade, a não ser que o ato 
constitutivo disponha de modo diverso. 
d. Se sua administração vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, a extinguirá, 
determinando sua liquidação. 
e. Como regra, o patrimônio dela e de seus sócios confunde - se para efeito de garantia dos débitos 
contraídos. 
11. (TJDF 2008) Analise as seguintes proposições: 
i. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa. 
ii. As condições impossíveis, quando resolutivas,são consideradas inexistentes. 
iii. Aquele que, possuindo apenas parentes colaterais (irmãos, tios, primos), pretende deixar seu patrimônio 
para um querido amigo, deverá, no testamento, excluí-los. iv. Em negócio jurídico celebrado, as partes 
podem avençar cláusula de não valer sem instrumento público, passando este a ser considerado como da 
substância do ato: Assinale a alternativa adequada: a. Apenas uma das proposições é verdadeira. Indique 
qual_________ 
b. Apenas uma das proposições é falsa. Indique qual_________ 
c. Todas as proposições são verdadeiras. 
d. Todas as proposições são falsas. 
12. São imprescritíveis as pretensões que versam sobre: 
a. A ação para anular inscrição do nome empresarial feita com violação de lei ou do contrato 
b. Os bens públicos, o estado da pessoa e a cobrança de prestações alimentares vencidas 
c. O estado da pessoa, os direitos da personalidade e a cobrança de prestações vencidas de rendas vitalícias. 
d. O direito a alimentos e a ação de reparação civil em razão da contrafação. 
13. (COPEVE 2012 Prefeitura de Penedo) Isabella possui 14 anos de idade e gostaria de realizar o 
pagamento de uma prestação do financiamento que seu genitor obteve na Caixa Econômica Federal de 
Penedo, no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais). A atendente da instituição bancária, porém, não aceita esse 
pagamento por ser ela menor de idade. Considerando a classificação de fato jurídico de Pontes de Miranda, 
escolha a opção correta. 
a. A atendente encontra-se correta, pois o pagamento representa um ato jurídico lato sensu e, portanto, não 
pode ser realizado por relativamente incapaz em virtude de sua patente anulabilidade. 
b. A atendente encontra-se correta, pois o pagamento representa um ato jurídico lato sensu e, portanto, não 
pode ser realizado por absolutamente incapaz em virtude de sua patente nulidade. 
c. A atendente encontra-se correta, pois o pagamento representa um negócio jurídico e, portanto, não pode 
ser realizado por absolutamente incapaz em virtude de sua patente nulidade. 
d. A atendente encontra-se equivocada, pois o pagamento representa um ato-fato jurídico e, portanto, 
pode ser realizado por absolutamente incapaz. 
e. A atendente encontra-se equivocada, pois o pagamento representa um fato jurídico stricto sensu e, 
portanto, pode ser realizado por absolutamente incapaz. 
14. (OAB X Exame 2013) João, credor quirografário de Marcos em R$ 150.000,00, ingressou com Ação 
Pauliana, com a finalidade de anular ato praticado por Marcos, que o reduziu à insolvência. João alega que 
Marcos transmitiu gratuitamente para seu filho, por contrato de doação, propriedade rural avaliada em R$ 
200.000,00. Considerando a hipótese acima, assinale a afirmativa correta. 
a. Caso o pedido da Ação Pauliana seja julgado procedente e seja anulado o contrato de doação, o benefício 
da anulação aproveitará somente a João, cabendo aos demais credores, caso existam, ingressarem com ação 
individual própria. 
b. O caso narrado traz hipótese de fraude de execução, que constitui defeito no negócio jurídico por vício de 
consentimento. 
c. Na hipótese de João receber de Marcos, já insolvente, o pagamento da dívida ainda não vencida, 
ficará João obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de 
credores, aquilo que recebeu. 
d. João tem o prazo prescricional de dois anos para pleitear a anulação do negócio jurídico fraudulento, 
contado do dia em que tomar conhecimento da doação feita por Marcos. 
15. (ITESP 2013) A pessoa jurídica é reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações, 
sobre a qual assinale a alternativa correta. 
a. Autarquias de regime especial e partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público interno. 
b. Compreende os organismos abstratos despersonificados, como é o caso da herança jacente ou da massa 
falida. 
c. Pode ter a personalidade jurídica desconsiderada se for caracterizado abuso pelo desvio de 
finalidade, ou pela confusão patrimonial. 
d. As organizações religiosas são pessoas jurídicas de direito privado, incluindo-se neste rol a Santa Sé e os 
organismos internacionais regidos pelo direito internacional público, com sede no território nacional. 
e. Até a extinção é protegida de forma irrestrita pelos direitos inerentes à personalidade. 
16. (ITESP 2013) É correto afirmar sobre o perfil interpretativo do negócio jurídico: 
a. o silêncio não tem consequência concreta a favor das partes. 
b. se da declaração de vontade for detectado o falso motivo, o negócio jurídico será sempre anulado. 
c. se presumem fraudatórios os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento 
mercantil, rural ou industrial. 
d. os credores quirografários podem anular a prática de negócios de transmissão gratuita de bens, se os 
praticar o devedor já insolvente, com exceção da remissão de dívida. 
e. o erro substancial sucede quando incide sobre a natureza do negócio, ou objeto principal de 
declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais. 
17. (ITESP 2013) A prescrição é fator de extinção da pretensão de exigir uma prestação devida em razão de 
inércia, deixando escoar o prazo legal. Assinale a alternativa correta quanto ao instituto. 
a. É possível a renúncia da prescrição, de forma expressa ou tácita, desde que não cause prejuízo a terceiro e 
seja efetuado antes da sua consumação. 
b. Pode ser interrompida somente uma vez, por qualquer dos interessados, sendo que recomeça a 
correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato do processo para interrompê-la. 
c. O juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo se favorecer o absolutamente incapaz. 
d. São causas impeditivas a existência de questão prejudicial e a solidariedade ativa entre credores diante de 
obrigação indivisível. 
e. A condição de prescribente autoriza as pessoas físicas e jurídicas, que possuam autorização legal, a alterar 
contratualmente os prazos prescricionais, o qual passa a valer como lei entre as partes, no caso concreto 
18. (TRT 8a. Região 2013) Considere que o motorista particular de Pedro, ao ultrapassar sinal vermelho, 
tenha atropelado Carla, que, em consequência do atropelamento, sofreu ferimentos dos quais decorreram 
danos materiais. Nessa situação hipotética, Pedro: 
a. poderá não responder pelos danos, se provar que o motorista agiu infringindo a lei. 
b. responderá por culpa presumida, já que o motorista é considerado um instrumento seu. 
c. responderá por culpa in eligendo. 
d. responderá pelo risco ínsito à atividade desempenhada pelo motorista. e. responderá pelos danos, se 
comprovada a culpa do motorista. 
19. (TRT 8a. Região 2013) Caso um indivíduo tenha se envolvido, no dia 30 de janeiro de 2013, quarta- 
feira, em um acidente de trânsito que lhe causou danos materiais e morais, a data da prescrição do direito de 
pedir indenização ao responsável pelo acidente será: 
a) 30 de janeiro de 2018, ainda que feriado. 
b) 31 de janeiro de 2023, ainda que domingo. 
c) 31 de janeiro de 2014, ainda que sábado. 
d) 30 de janeiro de 2015, se dia útil. 
e) 1.º de fevereiro de 2016, se dia útil. 
20. (DPE-RR 2013) Acerca da capacidade para os atos da vida civil, assinale a opção correta: 
a. A personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida. Assim, a proteção que o Código 
Civil defere ao nascituro não alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como 
nome, imagem e sepultura. 
b. A emancipação voluntária se dá por concessão conjunta e irrevogável dos pais, dependendo, ainda, de 
homologação judicial. 
c. Os pródigos são considerados pelo Código Civil como absolutamente incapazes de exercer os atos davida 
civil, incapacidade esta que deve ser decretada judicialmente por requisição do cônjuge ou familiar, já que o 
que se protege é exatamente o patrimônio da família e não apenas o do pródigo. 
d. Segundo a jurisprudência do STJ, não será necessária a interdição prévia para que seja anulado 
negócio jurídico a ela anterior praticado por aquele que sofra de insanidade mental, desde que esta já 
exista no momento em que tiver sido realizado o negócio jurídico. 
e. De acordo com a regra do benefício da restituição, expressamente prevista pelo Código Civil, é permitido 
ao relativamente incapaz, ao adquirir capacidade civil, revogar os negócios praticados em seu nome quando 
ele ainda era incapaz. 
 
1. Explique o que significa comoriência. 
Comoriente é o indivíduo ao qual é constatado o seu falecimento, de fato ou presumido, 
simultaneamente a outro ou outros indivíduos não sendo possível concluir qual deles morreu primeiro. A 
comoriência é importante quanto à análise do direito civil, notadamente o direito sucessório. Tal fenômeno 
jurídico é encontrado do CC em seu art. 8º. 
2. Em quais situações o nome da pessoa natural pode ser alterado? 
A regra geral que subsiste quanto à alteração do nome civil, baseia-se no princípio da imutabilidade 
do nome civil. Contudo, este princípio não é absoluto. A possibilidade de alteração do nome civil mostra-se 
viável quando demonstrado de modo claro e específico o motivo que fundamenta o pedido. A alteração pode 
ocorrer pela esfera administrativa ou judiciária. 
Administrativa: Com a maioridade civil. Acontece de forma imotivada ao se completar dezoito anos 
e até o último dia antes de completar dezenove. 
Pág. 56 e caderno. 
3. No nome da pessoa natural pode ter designação de filho, neto, segundo? 
Sim, pois tais designações são conhecidas como agnome que são utilizados para dar maior clareza na 
identidade civil. Servem para diferenciar os membros da família que possuam o mesmo nome. São inseridos 
ao final da composição nominal. 
4. O nascituro possui personalidade? Explique. 
A teoria natalista defende que o ser humano adquire personalidade civil ou jurídica somente a partir 
do seu nascimento com vida, antes disto o que se tem é mera expectativa de direito. Para os natalistas o feto 
enquanto não nascido é apenas uma extensão do corpo de sua mãe. A lei apenas protege os direitos que o 
nascituro adquirirá quando nascer com vida, sendo estes descritos de modo restrito (direito à vida, direito à 
herança, posse). 
Para a teoria concepcionista é possível o ser humano adquirir a personalidade civil ou jurídica desde 
a concepção, ou seja, antes de nascer. A lei ressalva em seu benefício alguns direitos patrimoniais originados 
de herança, doação ou legados, os quais ficarão condicionados ao seu nascimento com vida. 
Embora concorde que a personalidade jurídica do nascituro se inicie a partir da concepção, a teoria 
da personalidade condicional, conhecida como teoria mista, apresentada pela jurista Maria Helena Diniz, 
entende que a personalidade do nascituro assume uma condição suspensiva. Tal condição suspensiva ficaria 
condicionada ao nascimento com vida do nascituro para sua implementação, e, nascendo este com vida, 
retroagiriam os efeitos da personalidade jurídica desde a concepção. Para esta teoria, o nascituro é uma 
“pessoa condicional”, e por este motivo a lei lhe garante expectativas de direitos, que dependem do seu 
nascimento com vida para que se convalidem. Deste modo, os direitos patrimoniais do nascituro na teoria da 
personalidade condicional devem ficar resguardados por seu curador até o seu nascimento com vida, 
enquanto os direitos da personalidade são tutelados desde a concepção. 
Concluído o estudo quanto à natureza jurídica e as teorias da personalidade do nascituro, observamos que se 
torna sujeito de direitos e deveres a pessoa natural, que é o ser humano que nasce com vida ou 
enquanto concepto for representado. 
Art. 2º, do CC. 
Para os defensores da teoria natalista, o termo inicial da aquisição dos direitos da personalidade é o 
nascimento com vida (art. 2º do Código Civil). Por outro lado, para os defensores da teoria concepcionista, o 
termo inicial é a concepção (art. 4º do Pacto de São José da Costa Rica). 
5. O que significa afirmar que uma pessoa é plenamente capaz? 
A capacidade civil plena consiste na possibilidade da pessoa poder praticar todos os atos da vida 
civil, conforme estabelece o art. 5º do CC. 
6. Existe tutela jurídica para pseudônimo? 
Nos termos do art. 19 do Código Civil, “o pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da 
proteção que se dá ao nome”. 
Contudo, requisito essencial para a proteção é que seja utilizado para atividades lícitas. 
7. Diferencie morte presumida e pessoa ausente. 
A morte extingue a existência da pessoa natural. Ela termina a personalidade jurídica e por isso é 
importante que estabelecer o momento da morte ou fazer sua prova para que ocorram os efeitos inerentes ao 
desaparecimento jurídico da pessoa humana, como a dissolução do vínculo matrimonial, o término das 
relações de parentesco, a transmissão da herança etc. Existem dois tipos de morte a real e a presumida. Na 
primeira há a prova material e inquestionável da morte, enquanto que na segunda não existe esta prova. A 
morte presumida é auferida após verificadas determinadas circunstâncias extraordinárias previstas na 
legislação CC/2002: A morte presumida pode ocorrer de duas maneiras – sem ausência e por ausência, a 
primeira diz respeito a circunstâncias onde for bastante provável a ocorrência da morte da pessoa em questão 
(Ex.: Desastres, incêndios ou atentados em que não 
se acham o corpo) e só pode ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença 
fixar a data provável do falecimento. A morte presumida por ausência (Ex.: Querida, vou comprar um 
cigarro e já volto... he he he) deve obedecer determinados ritos e possui procedimento sucessório próprio e 
depende de dois fatores indispensáveis – a saída voluntária da pessoa do seu domicílio e a ausência de 
notícias por parte da mesma. Quando verificados estes dois fatores, obtém os interessados a legitimidade ad 
causam para propor Ação de Declaração de Ausência e consequente declaração da morte presumida. Art. 7º. 
O instituto da ausência se aplica quando a pessoa desaparece de seu domicílio sem deixar notícias, 
tampouco alguém que o represente. Arts. 22 e 23 do CC. 
 
 
 
8. Quais os princípios que direcionam o CC/2002? 
São três os princípios que direcionam o CC/2002. 
Eticidade: prática de condutas éticas, tendo a ética como determinadora do comportamento humano, 
valorizando a boa-fé, a cidadania e a dignidade humana nas relações de dir. privado. Ex.: art. 113, CC. 
Socialidade: o CC/2002 busca superar o caráter individualista e egoísta do CC anterior. Predomínio 
do social, dos valores coletivos sobre o individual. Surge então a função social nos direitos: posse, contrato, 
propriedade, etc. 
Operabilidade: Busca a possibilidade de maior compreensão, forma simplificada para interpretação. 
Busca as soluções simples que se estabeleçam de modo a facilitar a interpretação e aplicação e dar maior 
efetividade ao operador do direito. Característica que permeia o novo Código Civil, tornando-o mais 
didático e prático. 
9. Existe proteção aos direitos de personalidade da pessoa morta? Se sim, quem pode pleiteá-los? 
Sim, para os casos contidos no art. 12 do CC, são aqueles determinados em seu parágrafo único, a 
saber: o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. 
Para os casos do art. 20, são aqueles determinados em seu parágrafo único, a saber: o cônjuge, os 
ascendentes ou os descendentes.

Outros materiais