11 pág.

Pré-visualização | Página 1 de 3
URI – UNIVERDIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES PRÓ-REITORIA DE ENSINO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO CAMPUS DE FREDERICO WESTPHALEN CURSO DE ENGENHARIA CIVIL LAUDO TÉCNICO DE PATOLOGIAS EDSON DE ALMEIDA VARGAS Frederico Westphalen, Junho de 2016 1/08 LAUDO TÉCNICO DE PATOLOGIAS 1 - CONSIDERAÇÕES PRELIMINARIES 1.1 - Finalidade O presente laudo técnico tem por finalidade relatar e identificar as anomalias relacionadas à construção e uso da edificação, assim como as formas de recuperação e resolução das patologias encontradas aplicando de forma correta as boas técnicas construtivas da engenharia. As análises são referentes a uma edificação de uso misto comercial e residencial, cuja denominação é Edifício Luigi, localizado na Rua do Comércio, Bairro Centro, Taquaruçu do Sul – RS, conforme vistoria efetuada in-loco no dia 07 de junho de 2016. 1.2 - Características do Edifício objeto do presente estudo Edificação de uso misto constituída por 4 pavimentos, contendo 5 salas comerciais no pavimento térreo, 3 pavimentos residenciais com 3 apartamentos cada, com idade de utilização informada de 6 anos.(Imagem 1) Imagem 1. Fachada principal do Edifício. ` 2/08 2. PROCESSO DE INSPEÇÃO 2.1 Histórico da Edificação Inaugurado no ano de 2010, com idade aproximada de 6 anos de utilização, a edificação é relativamente nova, todos os apartamentos estão em uso desde a entrega da obra, porém nem todas as salas comerciais estão sendo utilizadas. No ano de 2014 o prédio recebeu uma nova pintura externa como manutenção para tapar as fissuras aparentes e degradação da tinta nas platibandas devido desgaste pela ação da água da chuva. 2.2 Identificação da tipologia construtiva da Edificação O primeiro passo para identificar a origem das patologias de uma edificação é saber qual metodologia foi utilizada para a sua construção. Algumas patologias costumam aparecer com mais frequência em determinados sistemas construtivos desde que estes não tenham sido edificados utilizando a boa técnica construtiva. O edifício objeto do estudo segundo o próprio responsável pelo projeto o Arquiteto e Urbanista Luciano Albarello, foi construído em Concreto Armado e Alvenaria de vedação, inicialmente projetado para possuir 10 pavimentos, o mesmo teve uma alteração e passou a possuir apenas 4 devido a falta de verba financeira. 2.3 Nível de Inspeção NÍVEL 1: Identificação das anomalias e falhas aparentes, elaborada por profissional habilitado. 2.4 Método da Inspeção Para a identificação das patologias presentes no edifício foi feita visita técnica ao local. A identificação das anomalias foi visual acompanhada de resgistro fotográfico, as patologias foram identificadas baseadas no conhecimento técnico do responsável e através de consulta a bibliografias referentes ao tema. 2.5 Objetos Inspecionados A inspeção foi efetuada na parte externa do edifício e na área comercial, não houve visita na área residencial por ser patrimônio privado. Foram inspecionadas as fachadas, a alvenaria de vedação, o emboço e reboco, a pintura e o foro gesso. 3/08 3. PATOLOGIAS ENCONTRADAS NA EDIFICAÇÃO 3.1 PERDA DE PIGMENTAÇÃO (TONALIDADE) Ao observarem-se as fachadas externas do edifício é de fácil percepção a perda de tonalidade da pintura. 3.1.1 Causas A perda natural da cor (tonalidade) ocorre devido à ação do intemperismo e principalmente devido aos efeitos dos raios ultravioletas do sol, outro fator muito importante é a qualidade e o tipo de tinta utilizada. 3.1.2 Recomendação técnica e Solução Como a perda de tonalidade é natural não há solução definitiva para o problema, porém seguindo algumas recomendações é possível prolongar a vida útil da pintura, a utilização de uma tinta classificada como primeira linha aplicada seguindo as recomendações do fabricante e as boas técnicas da engenharia por um profissional com experiente são fatores indispensáveis para diminuir essa perda de cor. Imagem 2. Fachada externa do Edifício. Pode ser observada nos círculos vermelhos da imagem a perda de tonalidade da pintura, provocada principalmente pela ação das intempéries. 4/08 4.1 DANIFICAÇÕES NO FORRO DE GESSO Em alguns pontos do forro de gesso de uma sala comercial há a presença de furos, manchas e bolor, como a localização da patologia é pontual, provavelmente acima desse local deve ser uma área úmida banheiro ou área de serviço por exemplo. 4.1.1 Causas A degradação do forro como os furos nas placas, pode surgir devido à infiltração de água, que provoca o gotejamento. As manchas principalmente amareladas são causadas após a pintura de acordo com as características da tinta ou as condições de temperatura e umidade no dia da execução do serviço, já as manchas com tom amarelo ferrugem são causadas pela oxidação do arame que faz o suporte das placas. Bolor são manchas esverdeadas, ou escuras, causadas por umidade constante no local e que não recebem luz solar. As bolhas que aparecem no gesso que aumentam progressivamente também são causadas pela pelo excesso de umidade e infiltrações. 4.1.2 Recomendação técnica e Solução O principal problema encontrado foi à presença de infiltração e umidade excessiva, deve ser feita a retirada do forro afetada e identificada à origem da infiltração, as mesmas devem ser tratadas, se necessário a deve-se impermeabilizar á área acima, se a origem for às tubulações sanitárias estas devem passar por manutenção, após a solução do problema placas de gesso novas devem ser instaladas conforme as boas técnicas da engenharia recomendam. Imagem 3. Forro de Gesso danificado. Pode ser observada nos círculos vermelhos da imagem patologias no forro de gesso, provocadas principalmente por infiltrações ou umidade excessiva. 5/08 5.1 DESPLACAMENTOS DO EMBOÇO/REBOCO E REGIÕES PULVERULENTAS Principalmente nas salas comercias em desuso próximo ao piso praticamente todo o perímetro apresenta desplacamento do emboço e do reboco e regiões pulverulentas, em alguns pontos a patologia se apresenta de forma mais agressiva e em estado de evolução mais acelerado. 5.1.1 Causas Essa patologia pode ocorrer por diferentes fatores que podem atuar de forma isolada ou combinada, entre elas podemos citar o traço incorreto da argamassa aplicada inviabilizando a correta hidratação do cimento, emprego de material com alto teor de finos e matéria orgânica dificultando o processo de carbonatação da cal, emprego de baixa proporção de cal no traço ou material de baixa qualidade, o emprego de materiais plastificantes como o alvenarite substituindo a cal hidratada elevando os níveis de retração da argamassa, aplicação de argamassa em superfície lisa sem a presença de chapisco. Como agravante e agindo de forma combinada ainda podemos somar a essas causas a presença de umidade excessiva e infiltrações. 5.1.2 Recomendação técnica e Solução Para a solução do problema é recomendado à renovação da camada de emboço e reboco, deve ser retirada toda a parte afetada, se for percebido algum tipo de infiltração a mesma deve ser tratada, deve ser executado chapisco com traço de 1:3 e aplicado por profissional habilitado respeitando o prazo de 72h a parede pode receber o emboço no traço 1:1:5, o reboco pode ser executado em massa corrida ou massa fina, a pintura deve ocorrer após a cura total da argamassa. Imagem 4. Desplacamento e Pulverulencia do Emboço/Reboco. Pode ser observada nos círculos vermelhos da imagem patologias no Emboço/Reboco, provocadas