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Resumo - Teoria do Processo P1

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6. Jurisdição
6.1 Características
a) Substitutividade: a jurisdição tem caráter substitutivo de vontade, onde a vontade das partes não é mais considerada, mas sim a vontade do juiz/estado. 
b) Imperatividade: o órgão jurisdicional FAZ VALER a sua vontade de forma imperativa.
Inevitabilidade: quando se dá início a um processo, é inevitável a atuação do órgão jurisdicional, mesmo que seja para negar o pedido. A desistência da ação é possível, mas a ação de findar o processo também se dá por parte da jurisdição.
c) Criatividade: a jurisdição tem poder criativo, já que existem várias soluções para um mesmo caso e se devem levar em consideração as peculiaridades de cada caso concreto.
d) Técnica de tutela de direitos: há a atuação do estado para reconhecer, efetivar e proteger direitos (no caso a tutela jurídica). 
e) Atuação tópica ou problemática: a jurisdição atua somente em casos concretos, ela só atua se for provocada e se houverem casos específicos. 
Ps.: o legislativo que atua em casos abstratos.
f) Impossibilidade de controle externo: decisões tomadas no meio jurisdicional não são passíveis de controle por parte de outros órgãos. 
g) Definitividade: é a aptidão que as decisões judiciais possuem para se tornarem definitivas. 
Ps.: o poder judiciário é o único capaz de definir “coisa julgada”.
6.2 Princípios
a) Territorialidade: a jurisdição é exercitada sobre determinado território. As decisões de juízes brasileiros são válidas em todo território nacional. No meio jurisdicional existem dois meios de cooperação:
Carta precatória: pedido de cooperação de um juiz a outro juiz em território nacional.
Carta rogatória: pedido de cooperação de um juiz a órgão jurisdicional estrangeiro. 
b) Indelegabilidade: a função jurisdicional não é passível de delegação. A prática dos atos DECISÓRIOS é exclusiva dos juízes. Atos instrutórios podem ser delegados a outros órgãos jurisdicionais, por meio de carta de ordem:
Carta de ordem é um instrumento processual pelo qual uma autoridade judiciária determina a outra hierarquicamente inferior, a prática de determinado ato processual necessário à continuação do processo que se encontra no tribunal.
c) Inafastabilidade: em hipótese alguma o poder judiciário poderá se esquivar de julgar algo (principio do acesso à justiça). 
Esgotamento das vias administrativas: entende-se que para chegar à jurisdição, devam-se esgotar todos os outros meios administrativos para a solução de um conflito, sendo a jurisdição a última opção a ser procurada.
d) Juiz natural: ninguém será sentenciado senão pela autoridade competente, representando a garantia de um órgão julgador técnico e isento, com competência estabelecida na própria constituição. A distribuição do processo se dá por sorteio, respeitando a competência daquela vara. 
e) Duplo grau: direito de recurso para revisão da decisão por tribunal superior, o qual pressupõe ser tomada por juízes mais experientes e em regra de forma colegiada.
6.3 Jurisdição e tribunal administrativo
Tribunais administrativos são órgãos que não pertencem à jurisdição, mas que atuam na resolução de conflitos. Pode ser no âmbito publico ou privado. Ex:
Adm. Publica: TCE, TCU, TCM, etc.
Adm. Privada: STJD, CONAR, etc.
6.4 Jurisdição e Arbitragem
 	 Substitutividade					Imperativa
 Titular Do Exercício Judicial			 Controle Externo
 Lei/Estado					Juiz Natural
							 Disponíveis (Direitos)
7 Competência: medidas da jurisdição, ou a quantidade de jurisdição. Conjunto de limites dentro dos quais cada órgão pode legitimamente exercer a jurisdição.
Perpetuatio iurisdictionis: a competência fixada no momento da demanda não mais se modifica.
Kompetenz kompetenz: o juiz pode analisar a competência de uma ação mesmo que seu órgão não seja competente para aquele ajuizamento.
Distribuição.
Prevenção: método de exclusão de outros juízos potencialmente competentes para conhecer da demanda.
7.1 Critérios de fixação: para que se delimite o poder/dever dos órgãos jurisdicionais precisa-se observar obrigatória e simultaneamente alguns critérios:
a) Objetivo
i) Pessoa: partes do processo (autor e réu). Fixa-se a competência a partir dos sujeitos do conflito.
ii) Matéria: a causa de pedir. Os fatos e fundamentos jurídicos do pedido.
iii) Valor da causa: envolve tanto a prestação jurisdicional quanto ao bem da vida.
b) Territorial: os limites territoriais que cada órgão judicial exerce a atividade jurisdicional.
c) Funcional: soberania nacional, hierarquia e atribuições dos órgãos jurisdicionais.
7.2 Regras de competência do CPC/15
Direito pessoal ou direito real sobre bens móveis: DOMICILIO DO RÉU
Direito real sobre bem imóvel: SITUAÇÃO DA COISA, DOMICIO DO REU OU FORO DE ELEIÇÃO.
Sucessão (inventario, partilha, arrecadação, etc): DOMICILIO DO AUTOR DA HERANÇA.
Ausente: ULTIMO DOMICILIO.
Incapaz: DOMICILIO DO REPRESENTANTE.
União, Estados e DF: DOMICILIO DO RÉU.
7.3 Incompetência
a) Absoluta: inobservância dos critérios absolutos de fixação de competência que são
i) material
ii) funcional
iii) pessoal.
Pode ser reconhecida a qualquer tempo e grau de jurisdição, por qualquer sujeito do processo, por ser de Interesse público.
Os atos anteriores podem ser aproveitados, salvo decisão contrária e não pode ser alterada pela vontade das partes.
b) Relativa: inobservância dos critérios relativos de fixação de competência que são
i) valor da causa
ii) territorial
Só pode ser suscitada no momento da contestação por parte do réu. Reconhecendo-se sua incompetência, não perdem os atos processuais e os mesmos são reconstituídos para outro órgão competente. Pode ser alterado pela vontade das partes. 
7.4 Modificação de competência 
a) Conexão: reunir para julgado demandas similares. Pode ser feito durante o processo ou no momento da distribuição de demandas. Deve ser pedido pelo réu e autor. Tem com objetivo evitar decisões contraditórias. 
Ex: acidente de carro com várias vítimas ajuíza tudo no mesmo órgão jurisdicional.
b) Continência: As mesmas partes e mesma causa de pedir e o pedido de um tem que ser maior que o do outro.
7.5 Conflito de competência 
Há conflito de competência quando dois ou mais juízes se declaram competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) e também no caso de controvérsia sobre reunião ou separação de processos. O conflito pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério Público ou pelo juiz (art. 116), e é decido pelo tribunal que designa qual juiz é o competente para decidir o conflito, pronunciando-se sobre a validade dos atos praticados pelo incompetente (art. 122).
8 Teoria da ação
Direito subjetivo, público, autônomo e abstrato para se perquirir a atividade jurisdicional. Assim, é por meio da ação que se instrumentaliza por um processo que a jurisdição é exercida.
Foi-se adotada a teoria eclética: i) um direito autônomo, independente do direito material postulado. Ou seja, tenho direito de ajuizar uma ação mesmo que não possua aquele direito material. ii) direito abstrato, pois independe da atuação do estado no caso concreto e iii) condições da ação: requisitos para o julgamento de mérito da demanda. 
8.1 Condições da ação 
a) Legitimidade ad causam (das partes): as partes do conflito devem estar em posição processual coincidente com a da situação legitimadora. 
Autor (legitimidade ativa) e réu (legitimidade passiva).
A legitimidade se dá de duas formas:
Ordinária: a parte ingressa em juízo em nome próprio para defender interesses próprios.
Extraordinária: a parte ingressa em juízo em nome próprio para defender interesse de terceiro. Pode ser:
Exclusiva: somente o legitimado extraordinário poderia ingressar em juízo (no ordenamento brasileiro não temos essa característica).
Concorrente: tanto o legitimado ordinário quanto o extraordinário podem ingressar em juízo.
Subsidiária: legitimado extraordinário só pode ingressar em juízo ante a omissão do legitimado ordinário. 
Ps.: Todo sujeitode direito tem capacidade de ser parte, mas apenas os em plena capacidade de exercer a vida civil possuem capacidade de estar em juízo. 
Ps2.: Sucessão processual acontece quando um dos sujeitos do processo morre e o processo é herdado pelos sucessores.
Ps3.: Capacidade postulatória é a capacidade que a lei atribui a alguns sujeitos para que estes possam atuar em juízo. 
b) Interesse de agir: possui interesse de agir aquele sujeito para quem o processo é necessário para obtenção de alguma vantagem. 
Adequação: deve-se buscar em juízo o rito ADEQUADO para aquele conflito. 
Ps.: Condições da ação podem ser analisadas a qualquer tempo? Uns dizem que sim, mas uns dizem que não, só devem ser analisadas no inicio do processo. Teoria da asserção: a analise das condições da ação fica restrita à fase inicial do processo, a partir daí, toda decisão será de mérito.
Ps2.: Mesmo que não preencha os méritos, há a garantia de ação.
ELEMENTOS DA AÇÃO
- Partes
- Causa de pedir
- Pedido
9 Processo
9.1 Noções
Visto de fora (extrínseco) o processo é um procedimento estruturado em contraditório, mas há também uma relação jurídica com deveres e direitos.
Processo x Procedimento: o procedimento é a forma como os atos processuais se organizam. 
9.2 Pressupostos processuais
a) Existência
i) Provocação inicial: tendo em vista que a jurisdição é inerte, a parte que deve procurar, através de petição inicial (como regra).
ii) Jurisdição/investidura: Para que exista juridicamente o processo, é preciso que ele se desenvolva perante um daqueles órgãos que a Constituição Federal criou e admite como sendo jurisdicionais.
b) Validade
Aptidão da provocação inicial: No processo civil brasileiro, o ato que provoca a jurisdição é a petição inicial, devendo, portanto, ser apta para que o processo possa se desenvolver regularmente, precisando, com isso, obedecer às exigências legais.
Competência do juízo: A competência aqui trabalhada é absoluta, ou seja, aquela em que a Constituição Federal ou as leis de organização judiciária não deixam margens para escolha dos litigantes.
Imparcialidade do juiz: A imparcialidade constata através da análise de duas grandes categorias, quais sejam: impedimento e suspeição do juiz. Os atos decisórios praticados por um juiz parcial são nulos, não podendo surtir nenhum efeito jurídico;
Capacidade de ser parte e capacidade de estar em juízo: A capacidade de ser parte corresponde à capacidade de ter direitos e obrigações na ordem civil. Já a capacidade de estar em juízo corresponde à capacidade de exercício do direito civil, vale dizer, à verificação sobre em que condições o titular de direitos no plano material pode, validamente, exercê-los.
Capacidade postulatória: É a autorização para atuar em juízo, sendo imanente aos profissionais (advogados, defensores, membros do MP), não se confundindo com o mandato (que é o contrato pelo qual alguém autoriza um advogado atuar profissionalmente em seu nome);
Citação válida: Deve ser realizada de acordo com os ditames previstos em lei para que o processo possa desenvolver validamente. O comparecimento espontâneo do réu supre a citação, ainda que esta seja fora das determinações legais.
c) Negativos: devem estar ausentes para que o processo ocorra. 
Litispendência: repetição de ação já em curso.
Coisa julgada: ação que já transitou em julgado.
Perempção: pela 4ª vez de um ajuizamento de ação que nas 3 vezes anteriores foi extinta por abandono da parte.
Convenção de arbitragem: se há combinação de resolver a questão com arbitro, o juiz não deve julgar.
Falta de caução exigida por lei.
10 Atos processuais: atos jurídicos praticados no processo, pelos sujeitos de relação processual ou por terceiros e capazes de produzir efeitos processuais.
10.1 Forma dos atos processuais (art. 188-192, CPC/15)
Forma é o conjunto de solenidades que se devem observar para que o ato jurídico seja plenamente eficaz. É através da forma que a declaração de vontade adquire realidade e se toma ato jurídico processual. Quanto à forma, os atos jurídicos em geral costumam ser classificados em solenes ou não solenes.
Solenes são aqueles para os quais a lei prevê uma determinada forma como condição de validade. 
Não solenes, são os atos de forma livre, isto é, que podem ser praticados independentemente de qualquer solenidade e que se provam por quaisquer dos meios de convencimento admitidos em direito.
10.2 Tempo dos atos processuais (art. 212-216, CPC/15)
10.3 Lugar dos atos processuais (art. 217, CPC/15)
Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
11 Preclusão: É a perda de um direito ou faculdade processual em razão de determinada situação (decurso do prazo, prática de atividade incompatível ou, ainda, por consumação do ato processual).
Temporal: estabelece que decorrido o prazo previsto para a prática de certo ato, esse extingue-se independentemente de declaração judicial, salvo se provado a justa causa.
Lógica: perda de um poder processual (ex.: apelação) pela prática de um ato incompatível (ex.: cumprir obrigação de sentença antes do prazo de apelação) pelo que se pretende praticar (ex.: apelar). 
Consumativa: perde poder processual por ter consumado o ato que pretendia praticar.

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