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O QUE É O VINHO?
Vinho é o produto obtido através da fermentação do mosto da uva. Vinho é o produto obtido na fermentação da uva esmagada. No seu aspecto mais simples isso basta e qualquer um pode fabricar o seu vinho. Num aspecto mais sofisticado, aplicam- se leveduras e controla-se a fermentação para obter um vinho de qualidade e em grandes quantidades.
FALE SOBRE O NOVO E O VELHO MUNDO
O termo ‘Novo Mundo’ é utilizado para denominar vinhos originados nos seguintes, países: África do Sul, Austrália, Chile, Nova Zelândia, Estados Unidos, Argentina, Uruguai, Brasil, México, Canadá, China e Índia. São vinhos que se contrapõem os do Velho Mundo (Europa) por utilizarem tecnologia no processo de fabricação e não se basearem no conceito de ‘terroir’. (GREY, 2014)
A palavra ‘terroir’ ("terreno", em francês) é utilizada para designar uma região considerada pelo seu conjunto de aptidões agrícolas, na produção do vinho. Nessa designação, são considerados fatores climáticos e do solo, que influenciam diretamente no cultivo da uva. (GREY, 2014)
Nos vinhos do Novo Mundo, o conceito de ‘terroir’ é desconsiderado, pois o uso da tecnologia favorece o cultivo de um tipo de uva em várias regiões, o que significa que o vinho não é de exclusividade de um local. Embora haja grande similitude entre as cepas plantadas nas duas regiões, os métodos do velho mundo são mais tradicionais e o do novo mundo mais modernos. (GREY, 2014)
Além disso, a tecnologia também tem papel fundamental no processo de colheita das uvas utilizadas nos vinhos do Novo Mundo: tudo é feito mecanicamente. O grau de maturação da uva, inclusive, é medido com um aparelho que verifica o grau de açúcar da fruta. (GREY, 2014)
Identificar um vinho do Novo Mundo é fácil: ele costuma trazer no rótulo o nome das uvas utilizadas na fabricação da bebida, e o local da produção. (GREY, 2014)
A diferença entre os vinhos do Novo e Velho Mundo também está no paladar: enquanto os vinhos do Velho Mundo são mais ácidos e encorpados, os do Novo Mundo são mais frutados. (GREY, 2014)
FALE SOBRE VITICULTURA, VINICULTURA E VITIVINICULTURA.
A viticultura é a ciência que estuda o cultivo da uva, que poderá ser destinada para diversos fins como o consumo in natura, para a produção de suco, para a produção de uva passa ou para a elaboração de vinhos.
A Vinicultura é a ciência cujo objetivo é elaboração dos vinhos em si.
A Vitivinicultura é nada mais que a atividade econômica que se baseia no cultivo das uvas e na sua potencial utilização para a fabricação de vinhos.
Viticultor é responsável pela plantação, cultivo e colheita da uva – o seu universo se restringe a conhecer e preparar o solo para as plantações da uva, estudar e pôr em práticas técnicas de irrigação, saber qual a melhor forma de cultivo de cada variedade e colher de maneira menos agressiva possível as frutas.
Vinicultor por sua vez, exerce sua função no exato momento em que se encerra o trabalho do viticultor – a colheita das frutas. É ele quem dá a destinação vinícola para as uvas, ou seja, é ele o responsável por transformar a uva em vinho. O seu trabalho engloba todas as etapas de elaboração do vinho a partir do momento em que as uvas são colhidas, do seu transporte ao engarrafamento do produto final, e sua consequente comercialização.
Vinificação É a fermentação alcoólica total ou parcial da uva fresca, moída ou não, ou de seu mosto simples ou virgem, com um conteúdo mínimo de álcool de 7% (v/v a 20°C).
DENOMINE OS TRÊS PRINCIPAIS GRUPOS DE UVAS. DENTRE O GRUPO DAS MAIS IMPORTANTES (VINIFERAS), CITE 05 UVAS TINTAS E 05 TIPOS DE UVAS BRANCAS E ESTABEÇA PARA AS MESMAS CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS.
Vitis vinifera – Européia /   Vitis labrusca – Americana /    Vitis riparia – Americana
Cabernet Sauvignon- Originária de Bordeaux, normalmente vinhos potentes, que precisam envelhecer um pouco para demonstrar qualidade. é uma uva tinta com taninos densos, com tendência a ter cor escura e profunda, com aroma típico lembra cassis, amoras, cerejas, ameixas, menta e eucalipto.
Merlot- Também de Bordeaux. Vinhos redondos que já novos demonstram qualidade. Tem toques de ameixa, é encorpado, intensamente frutado, complexo, com paladar rico, macio, equilibrado, sedoso e cor vermelho-púrpura.
Pinot Noir – Gera tintos espetaculares. Uma planta caprichosa que dificilmente dá grandes produtos fora de sua região de origem. Exibe aroma de frutas vermelhas (cereja, framboesa, morango, ameixa), florais (violeta, rosas), especiarias (alcaçuz, açafrão, canela, orégano, chá verde) outros (vegetação rasteira, terra molhada, chão de terra, almíscar, azeitona preta).
Sangiovese – A grande uva da toscana, que pode produzir vinhos espetaculares como o Chianti. 
Tannat – Dá vinhos escuros, carregados de cor. Recomendado para acompanhar pratos fortes como a feijoada. 
Uvas Brancas
Chardonnay: De origem francesa, é uma uva maleável, versátil e adaptável a diversos climas e solos. Em climas frios - como os de Champagne e Chablis -, a Chardonnay gera vinhos mais duros, geralmente de médio corpo, com alta acidez e notas de maçã verde e ameixa. 
Sauvignon Blanc: Uva francesa, seu penetrante e indefectível aroma traz notas herbáceas (relva), de frutas brancas e cítricas, pimenta verde e aspargos (MILAN, Eduardo; 2011).
Riesling: Os aromas primários mais encontrados são: petroláceos (petróleo, querosene, diesel, borracha), minerais (fósforo, pólvora, ferro, alumínio), frutas brancas (maçã verde, pêra, pêssego e damasco), floral (flores brancas e amarelas, pétala de rosas). Na boca, a principal característica é a acidez destacada com uma textura envolvente, álcool equilibrado em corpo médio para maior. 
Sémillon: De origem francesa, os aromas frutados que costumam ser associados à essa uva são maçã, pera, limão, nectarina, uva, melão e figo, além dos condimentados açafrão, e ervas secas. 
Marsanne: De origem francesa, quando jovens, os vinhos feitos dessa uva têm cor de palha, e reflexos dourados e esverdeados.
FALE SOBRE A BOTRYTIX CINEREA
A Botrytis cinerea é um fungo que surge em condições climáticas de calor e umidade. São esporos aéreos - uma espécie de pó acinzentado - que se alojam nas cascas das uvas no final da maturação, perfurando-as e desidratando os bagos, cuja polpa se vai se tornando mais e mais concentrada. É também chamada de Podridão Nobre porque sua incidência confere qualidades à uva, especialmente no tocante aos seus açúcares. Os cachos atacados são colhidos tardia e manualmente, de modo que apenas os bagos atacados pelo fungo sigam para a vinificação (MILAN, Eduardo; 2011).
A Botrytis também pode ser induzida artificialmente nas vinícolas. Nesse caso, uvas colhidas no estágio normal de maturação são dispostas em salas com condições de umidade e temperatura controladas e, então, pulverizadas com esporos do fungo. Normalmente, após um período médio de duas semanas essas frutas terão murchado e apresentarão alta concentração de açúcar (MILAN, Eduardo; 2011).
A presença do Botrytis cinerea influencia não só a concentração de açúcar da uva, mas também ação das leveduras durante o processo de vinificação. Geralmente, o fungo confere aos vinhos grande complexidade, de modo que apresentam perfeito equilíbrio entre doçura pronunciada e marcante acidez, além de aromas característicos do Botrytis, acrescidos de pêssego, mel e baunilha (MILAN, Eduardo; 2011).
FALE SOBRE O ENVOLVIMENTO DA IGREJA CATOLICA NA PRODUÇÃO DE VINHOS.
O Vinho sempre esteve ligado à religião. Muito já se ouviu falar no Vin Santo, um vinho italiano que recebeu esse nome porque era usado nas missas. Na idade média a Igreja Catolica exerceu o papel de guardiã do vinho. Foi uma época muito conturbada , marcada por numerosas guerras, em que os homens eram obrigada a abandonar as atividades normais – ente ela o cultivo das videiras – para servi nos exércitos. Como precisavam garantir a produção do vinho para o uso nas missas, os mosteiros e as abadias passaram a cultivar a videira e a elaborar a bebida. 
FALE SOBRE A FILOXERAEm meados do século XIX, a vitivinicultura mundial começou a enfrentar a pior ameaça já registrada em sua existência. Vida da America do norte escondida em mudas de videiras americanas a Filoxera devastou os vinhedos mundiais, começando pela Europa. Trata-se de uma praga (Pulgão) que parasitava as videiras americanas, de raizes muito rijas , as mesmas não sofriam maiores danos ao serem sugadas, já as ao ter acesso as viti viniferas, onde as raízes são muito macias a mesma provocou grande estrago. Para combatê-la começou se usar porta enxerto de raízes americanas. 
PENSANDO EM HARMONIZAÇÃO, CRIE CARDÁPIOS BÁSICOS DE SERVIÇO DE VINHOS E COMIDA.
Entrada – Salada verde com lascas de ricota – Vinho Branco Suave
Prato Principal – Salmão grelhado – Branco seco
Sobremesa – Chesscake de Frutas vermelhas – Espumante moscatel ou vinho de sobremesa
Entrada – Brusqueta de cogumelo com queijo de cabra – Branco Seco
Prato principal – Massas a bolonhesa – Tinto leve
Sobremesa – Crepe suzete – Espumante Moscatel
EXPLIQUE OS MÉTODOS CHAMPENOISE E CHARMAT DE VINIFICAÇÃO DOS ESPUMANTES.
O espumante – Seja o champanhe, seja o produto de qualquer outro país- como foi dito, é um vinho que sofre dupla fermentação, o que produz a grande quantidade de gás carbônico característica desse tipo de vinho. Quando a segunda fermentação se dá na própria garrafa, o processo é chamado de método Chapenoise ou método Classico. Para uma segunda fermentação adiciona-se açúcar refinado (24g/l de vinho) ao vinho de base e leveduras e clarificante. O vinho é então engarrafado e fechado com uma tampa “corona” (metálica) par suportar a pressão. Essa fase dura em torno de 3 meses, até que as leveduras morrem (autólise), e as garrafas podem ficar amadurecendo. É feita a “Remuage”, que são rotações periódicas e inclinações progressivas com a garrafa com o gargalo para baixo (pode ser feita manualmente ou por “gyropalettes”). Os sedimentos então se acumulam no gargalo para que seja feito a “Dégorgement”, que é o congelamento do gargalo em solução refrigerante, para que quando for feita a abertura da tampa ocorra a expulsão dos “cilindros” de sedimentos congelados com ajuda da pressão interna. Logo após, é adicionado um licor de expedição e açúcar (o que determinará, pela quantidade de açúcar o tipo de espumante. 
O Metodo Chamart é quando a segunda fermentação ocorre em um grande recipiente chamado de Autoclave adiciona-se o licor de tiragem (vinho + açúcar), leveduras e clarificante e mantém-se em temperatura baixa e constante de (10 a 14ºC) durante 20 a 60 dias. É feita então a decantação e filtração. Adiciona-se após o licor de expedição, sob pressão e baixa temperatura é engarrafado e posto uma rolha de cortiça com gaiola de arame, devendo ser armazenado no mínimo por 1 (um) mês (JOHNSON, Hugh; 1989).
NO PROCESSO DE VINIFICAÇÃO COMPARE AS DIFERENÇAS ENTRE OS VINHOS TINTOS, BRANCOS E ESPUMANTES.
A diferença entre eles é que na vinificação dos tintos depois do desengace, ocorre a maceração: fermentação “tumultuosa” com parte sólida (cascas e sementes), em tonéis ou recipientes com movimento automático (dessa forma, o pigmento da casca é passado para o mosto, tornando-o tinto). Já na vinificação dos brancos logo após o desengace é feita a prensagem e retirada das cascas, depois a decantação ou centrifugação para só depois ocorrer a fermentação em tonéis de aço inox por 15 a 20 dias. E a diferença do tinto e branco com o espumante é que ao espumante é adicionado um licor de tiragem e um licor de expedição que contém açúcar e leveduras para a formação de gás carbônico e obter tipos de produto com dulçor específico respectivamente.
11) SOBRE A TIPOLOGIA:
a) cite 03 tipos de garrafas
Borgonha: Possuem ombros mais suaves e atenuados, com bojo mais largo. 
Champanhe: Esta garrafa também é fabricada com vidro mais grosso, para suportar a pressão interna do vinho, e costuma ter um repuxo acentuado, para lhe dar mais resistência.
Porto: Produzida em vidro grosso e projetada para envelhecer por longo tempo nas adegas, é o padrão mais usado para vinhos fortificados, em geral. Os ombros altos ajudam a retenção da borra do envelhecimento.
b) cite 3 tipos de rolhas
Rolha de cortiça, Rolha sintética, Rolha de vidro.
12) QUAIS SÃO OS TIPOS DE VINHOS SEGUNDO SUA CLASSE, COR E TEOR DE AÇÚCAR.
"Art. 8º Os vinhos serão classificados: 
I – quanto à classe: 
a) de mesa; b) leve; c) fino; d) espumante; e) frisante; f) gaseificado; g) licoroso; h) composto; 
II – quanto à cor: 
a) tinto; b) rosado, rosé ou clarete; c) branco; 
III – quanto ao teor de açúcar: 
a) nature; b) extra-brut; c) brut; d) seco, sec ou dry; e) meio doce, meio seco ou demi-sec; f) suave; e g) doce.
13) COMO FAZEMOS O SERVIÇO DOS VINHOS? QUAL É A TEMPERATURA MÉDIA DE SERVIÇO DOS VINHOS? QUEM DEGUSTA O VINHO QUANDO SOLICITADO? QUAL A ORDEM DO SERVIÇO E A PRIORIDADE? COMO O VINHO DEVERÁ SER GUARDADO? COMO DEVE SER ORGANIZADA UMA CARTA DE VINHOS?
Devem ser servidos primeiro os brancos e depois os tintos. Primeiro o medíocre, depois o médio, depois o bom e depois os grandes. Primeiro os leves e depois os encorpados. Os tintos, geralmente, são  mais complexos (maior riqueza em aromas e sabores, mais corpo, mais tanino, etc.) do que os brancos.   Iniciar a degustação com  um vinho  mais complexo, elevaria o nível de exigência em relação ao próximo vinho, menos complexo, minimizando os seus aspectos positivos e realçando os seus aspectos negativos. Pela mesma razão, depois de tomarmos um grande vinho, os que se seguem, ainda que de boa qualidade, nos parecerão sempre piores do que realmente são.   
 Devem ser servidos primeiros os mais jovens e depois os maduros. Os vinhos mais velhos são mais complexos do que os jovens. Embora isso possa não ocorrer para vinhos diferentes, torna-se absolutamente verdadeiro para garrafas de um mesmo vinho, porém de safras diferentes, especialmente se for um vinho longevo, de longa guarda.   
Primeiro devem ser servidos os secos, depois os suaves e no fim os doces. O açúcar de um vinho doce ou suave, prejudica na apreciação de um vinho seco servido a seguir. Não é à toa que os os vinhos doces devem ser tomados no final das refeições, acompanhando as sobremesas ou mesmo sozinhos.
Como abrir e servir uma garrafa:[2: Disponível em: < http://sommelier.weebly.com/uploads/1/7/9/1/179181/mdulo_4_-_servio_do_vinho.pdf>]
A garrafa pedida pelo cliente é limpa e levada à mesa segurando-a pela parte inferior, com o braço esquerdo, usado um guardanapo. 
Após tê-la mostrado ao cliente, enuncia-se a etiqueta: nome, denominação, adega produtora, safra e graduação alcoólica. Volta-se em seguida à mesa de serviço (guéridon) onde se deposita a garrafa, tomando o cuidado de deixar sempre a etiqueta virada para o cliente. No caso de não haver a mesa de serviço disponível, posicione-se na mesa do cliente próximo a quem solicitou a garrafa. 
Pratica-se uma incisão horizontal no gargalo da garrafa, que não deve nunca ser movimentada, logo abaixo da saliência, quase na boca do gargalo. A incisão deve ser praticada primeiro em sentido horário, depois no anti-horário. Incide-se novamente, mas, desta vez, em sentido vertical e remove-se a cápsula de estanho, depositado-a sobre um pires de serviço ou no bolso frontal do próprio avental. 
Com o guardanapo, limpa-se o pó do gargalo da garrafa, bem como pequenos mofos que poderiam ter se formado através dos furinhos de aeração dispostos na parte superior da cápsula. 
Para retirar a rolha, é preferível usar o modelo com alavanca dupla: aponta-se a espiral (verme) para o centro da rolha e insere-se com uma rotação e continuando até o final mantendo o saca-rolhas na vertical e não exagerar na inserção para evitar furar a rolha no interior. 
Inicia-se então a retirada da rolha, usando a primeira alavanca até o fim do percurso, passando-se em seguida à segunda alavanca. 
Quando estivermos no fim do segundo percurso, a rolha terá menos resistência: então, com delicadeza, poderemos completar a extração, girando-alevemente. 
Sempre com cuidado para que a rolha não produza sons considerados grosseiros. 
Cheira-se a rolha para avaliar a qualidade do vinho que, às vezes, é corrompida pela própria cortiça; em seguida, a rolha ainda no saca-rolhas, é colocada no pires, sem tocá-la com as mãos. 
Com uma das extremidades do guardanapo, limpa-se a abertura de eventuais resíduos de cortiça e verte-se pouco vinho em nossa taça de degustação. Neste momento, caso se faça necessário, o vinho deverá ser decantado para eliminar possíveis resíduos ou aerado caso o vinho esteja reduzido. A decantação deve ser realizada na mesa de serviço com iluminação adequada (vela de serviço). 
O vinho é servido pela direita, segurando a garrafa pela parte inferior ou com os dedos colocados levemente no corpo da mesma. Serve-se um pouco de vinho a quem o ordenou, aguardando sua decisão. 
Inicia-se a servir pela senhora mais idosa e procede-se depois com as senhoras mais jovens. Com o mesmo critério, servem-se os homens até chegar ao cliente que pediu o vinho, o qual é servido por último. Caso alguém esteja sendo comemorado ele(a) será servido por primeiro. 
O procedimento de serviço é efetuado em sentido horário. Quando se serve, para evitar a caída de gotas sobre a mesa ou sobre a roupa, no momento em que a garrafa volta à posição vertical, devemos girá-la levemente e limpá-la com o guardanapo. 
A esse ponto volta-se à mesa de serviço, onde se deixa a garrafa com a etiqueta voltada para a mesa do cliente, sempre bem visível. 
Finalmente, podemos retirar a rolha do saca-rolhas com a ajuda do guardanapo, de maneira que as mãos não se impregnem de aromas para o vinho sucessivo.
14) COMO É FEITA A LEITURA DE UM RÓTULO? O QUE ESTE RÓTULO DEVERÁ INFORMAR?
O rótulo representa o conjunto das designações, ilustrações e marcas que caracterizam o vinho tinto. São considerados extensão do rótulo a tampa e o contra-rótulo colado na garrafa. As indicações são escritas em caracteres, onde a dimensão e a cor sejam claramente legíveis. É proibido o emprego de rótulos e toda indicação que induzem a erro ou confusão sobre a origem e a natureza do vinho (RIZZON; MENEQUZZO; 2006). 
As indicações que obrigatoriamente devem constar no rótulo são as seguintes:
marca do vinho / teor alcoólico / volume / aditivos utilizados / local de origem / nome e endereço do produtor e engarrafador / classificação quanto a cor do vinho / classificação em relação ao teor de açúcar / responsável técnico / número de registro no Ministério da Agricultura / prazo de validade / composição do produto /informações que atendam ao Código de Defesa do Consumidor
No rótulo, podem constar ainda indicações facultativas:
nome da variedade / ano de colheita ou safra / origem / procedência /do processo de vinificação
15) QUAIS SÃO OS PASSOS DO EXAME ORGANOLÉPTICO? COMO DEVE SER FEITO O EXAME VISUAL, OLFATITIVO E GUSTATIVO?
I - exame visual  (16 pontos possíveis) Reconhecimento: Incline a taça sobre um fundo branco e analise a tonalidade e a intensidade no meio (parte mais profunda) do líquido. A cor a que devemos nos referir é a cor do centro da taça inclinado. Verifique a fluidez, girando a taça sobre a mesa e vendo o tempo que o líquido leva para retornar ao repouso. Uma referência seria: muito escorregadio = água; escorregadio = a maioria dos vinhos de mesa; denso = vinhos de sobremesa, Porto, etc; xaroposo = licores; fiadeiro = azeite.
Na unha (parte final e mais fina da superfície do vinho na taça inclinada) e nas bordas do líquido, note eventuais reflexos - o reflexo nos fala do passado e do futuro do vinho, da sua ex ou futura cor. Um vinho vermelho rubi com reflexos alaranjados, por exemplo, é um vermelho rubi com sinais de idade. A ponta da unha é sempre incolor, revelando o álcool do vinho. A ponta de unha é tanto maior quanto mais envelhecido é o vinho.
Avaliação:
Limpidez: procure substâncias em suspensão; veja se o líquido está limpo. Brilhantes seriam os grandes vinhos, que chamam a atenção pela grande limpidez, chegando a brilhar. Muito límpido: a maioria. Límpido: seria um Porto sem decantar por exemplo. Velado e Turvo seriam os vinhos defeituosos.
Para julgar a transparência, tente ler através do líquido na taça inclinada. Muito transparente: vinhos com cor branco-papel. Transparente: lê-se através, a maioria dos vinhos. Regular: oferece dificuldade para lerse através. Opaco: vinhos de cor profunda. A nota que se dá pela qualidade da cor é um quesito de gosto pessoal. Siga seus instintos.
II - exame olfativo (24 pontos possíveis) Reconhecimento: Primeiramente, procure sentir os aromas do vinho logo que for servido, antes de examinar a cor. Você sentirá dessa maneira aromas muito voláteis e efêmeros, que não serão sentidos mais ao longo da degustação. Aromas como sulfa, cacau e café às vezes aparecem apenas no início da degustação.
Depois do exame visual, analise com mais calma a parte olfativa. Esse momento exige concentração. Colocando-se o nariz na parte de baixo da abertura da taça você sentirá os aromas mais pesados, que se volatizam por esta parte da taça. Colocando-se o nariz na parte de cima, você sentirá aromas mais leves. No reconhecimento, um vinho Franco é um vinho são, opondo-se ao Defeituoso. Amplo é o vinho com variedade de aromas e Nítido é o vinho com apenas um aroma que domina (nesse caso indique qual o aroma).
Fragrantes são os aromas primários e secundários (originários da uva, da vinificação e do amadurecimento do vinho), trata-se normalmente de um vinho jovem. Fragrantes são os aromas que abrem as papilas olfativas, o melhor exemplo é o hortelã. Etéreos são os aromas terciários, aqueles originados do envelhecimento do vinho em garrafa - aromas como couro, pelica, pele de salame etc, que contraem as papilas olfativas. Um vinho pode ser fragrante, etéreo ou estar na transição entre uma coisa e outra.
Frutado se refere a vinhos com aromas de frutas, Floral a vinhos com aromas de flores, Vinoso a vinhos com aroma de uva ou mosto de uvas (geralmente vinhos de baixa qualidade como os vinhos ditos de garrafão), e Vegetal a vinhos com aromas de vegetais.
Em Outros Caracteres relacione os aromas que você identificou.
Avaliação:
Na Qualidade, observe a qualidade (bom x ruim), a variedade e a originalidade dos aromas. Na Intensidade, verifique o ataque aromático da bebida, a quantidade de aroma. Na Persistência, avalie por quanto tempo a intensidade se mantém. Um método é contar o tempo que leva para o aroma se dissipar depois de inspirado. Dez segundos representam um vinho de boa persistência.
III - exame gustativo (60 pontos possíveis) Reconhecimento: Finalmente coloque o vinho na boca, sem engolir, por enquanto. Deixe o vinho passear por sua boca, mastigue-o, verifique seu corpo, sua acidez, seu tanino, seu álcool e sua doçura. Deixe a saliva interagir com o vinho, ele esquentará e liberará mais aromas.
Uma experiência interessante é, fazendo um biquinho, deixe entrar ar na boca (ainda com o vinho nela, antes de engoli-lo). Com isso, o vinho se volatizará dentro da boca de forma mais intensa e você sentirá aromas mais intensamente, normalmente aromas mais pesados, por via oral, pela comunicação interna que existe entre boca e nariz.
Açúcares: verificam-se na ponta da língua. A maioria dos vinhos finos é de vinhos secos. Suaves e meio-doce seriam os vinhos com alguma doçura. Doces seriam os vinhos de sobremesa, os Sauternes, Portos, etc. Licorosos, os licores. Acidez: verifica-se através da salivação que provoca no final da boca, nos cantos próximos ao fim do maxilar. Mole seria um vinho carente de acidez e Áspero um vinho com excesso de acidez. Álcool:  é a sensação de calor, queimação e pungência na língua. Maciez: sensação de redondez que o vinho provoca. Carente seria o vinagre e Pastoso, um xarope  Corpo: é o extrato seco do vinho, verifica-se na textura e consistência do vinho, mastigando- o.  Tanicidade: sensação de secura, aridez na língua. O oposto da acidez.
Avaliação:
Verifica-se o equilíbrio nos vinhos comparandoos fatores reconhecidos, o vinho será tanto mais equilibrado quanto mais coerentes entre si forem açúcares, acidez, álcool etc.
A qualidade se refere à variedade, originalidade e qualidade da avaliação do vinho na boca.
A intensidade se refere à quantidade, ao ataque de gosto, aroma e tato avaliado na boca.
A persistência se refere à manutenção da intensidade no tempo. Ao engolir do vinho conte os segundos, menos de 10 é razoável, de 10 a 15 é persistente e mais de 15 muito persistente.