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IED 01 Aula 2013.2

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FACULDADES PARAÍSO DO CEARÁ - FAP
Curso de Direito
Prof. Espc. Shakespeare Teixeira Andrade
(shatean@hotmail.com)
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Juazeiro do Norte-CE
2013.2
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
DIREITO (André Franco Montoro (2000, p. 29-41)
Conceito
Conceituar Direito é defini-lo. Há duas espécies de defini-lo:
Nominal: Consiste em dizer o que uma palavra ou nome significa;
Real: Consiste em dizer o que uma coisa ou realidade é.
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Origem desses vocábulos
É visível que a etimologia dessas palavras encontra-se no termo latino Jus (Júris), que significa “Direito”.
Esse vocábulo, é por vários autores, ligada à ideia de Justo.
Importante ressaltar que todas as palavras ligadas ao Direito são de origem latina, o que revela a influência poderosa do Direito Romano sobre o Direito Moderno, ao lado da influência quase nula da cultura Grega, nesse particular.
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Pluralidade de Significações
Consideremos as expressões seguintes:
1 O Direito não permite duelo; 
2 O Estado tem o Direito de legislar;
3 A educação é Direito de todos;
4 Cabe ao Direito estudar a criminalidade;
5 O Direito constitui um setor da vida social. (MONTORO, 2000).
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Direito Norma
Esta posto no sentido da lei ou norma, é uma das acepções mais comum do vocábulo. Vários doutrinadores o denominam de Direito Objetivo, em oposição ao Direito Subjetivo ou Direito-Faculdade, que é sempre uma prerrogativa do sujeito (subjectum).
Essa denominação é, porém, imprópria por existir outras acepções do Direito, como justo ou fato social, que também são objetivas. Direito Objetivo não é somente a lei.
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Várias definições de correntes se referem à acepção do Direito como lei. CLÓVIS BEVILÁQUA, em sua Teoria Geral do Direito Civil, conceitua o Direito como “uma regra social obrigatória”. AUBRY E RAU, como “o conjunto de preceitos e regras a cuja observância podemos obrigar o homem por uma coerção exterior ou física”. VON IHERING, considera como o “conjunto de normas, coativamente garantidas pelo poder público”.
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Direito Faculdade ou Direito Poder
É utilizado para designar o poder de uma pessoa individual ou coletiva, em relação a determinado objeto.
É uma faculdade que tem o sujeito de fazer ou deixar de fazer alguma coisa. Como por exemplo o Direito Subjetivo.
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Direito como Justo
Quer significar que o Direito numa acepção de agir com justiça, de ser honesto, de ser reto. Está relacionado com o conceito de Justiça.
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Direito Ciência
Entende-se no sentido de Ciência, a possibilidade e a necessidade de se estudar o Direito em todos os seus fenômenos da vida jurídica, bem como a determinação de suas causas, consubstanciada numa exposição sistematizada.
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Direito como Fato Social
É o Direito como setor da vida social e deve ser estudado sociologicamente e independe de outras acepções. É dentro dessa perspectiva que se situa a Sociologia do Direito.
Ou seja, é o conjunto das condições existenciais da sociedade, que ao Estado cumpre assegurar.
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DIREITO POSITIVO E DIREITO NATURAL
Direito Positivo: Conjunto de normas vigentes estabelecidas pelo poder político que se impõem e regulam a vida social de um dado povo em determinada época. É constituído pelo conjunto de normas elaboradas por uma sociedade determinada, para reger sua vida interna, com a proteção da força social.
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Direito Natural: Conjunto de Normas ou de primeiros Princípios morais imutáveis de dever ser, consagrados ou não na legislação de sociedade.
É aquele que se funda na identidade da razão humana, ou seja, é constituído pelos princípios que servem de fundamento ao Direito Positivo (Princípio à Vida, à Liberdade, à Igualdade, à Dignidade da Pessoa Humana, etc.).
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Assim, a palavra Direito indica realidades diversas num e noutro caso. Inúmeras interpretações inexatas do Direito Natural decorrem, exatamente, do fato de se atribuir significação unívoca em ambos os casos.
Segundo o jurista francês OUDOT (1987), o Direito Positivo e o Direito Natural constituíam dois códigos paralelos. Teríamos ao lado de cada norma do Direito Positivo, uma correspondente ao Direito Natural.
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Sua concepção é no sentido de que o vocábulo Direito teria o mesmo significado tanto para o Direito Positivo quanto para o Natural.
O Direito Natural na sua formação clássica, não é o conjunto de normas paralelas às do Direito Positivo. Mas é o fundamente desse. Pois é formado por aquelas normas que servem de fundamento a este, tais como: deve se fazer o bem; dar a cada um o que lhe é devido; a vida social deve ser conservada; os contratos devem ser observados, normas essas que possuem natureza e estrutura diferente das do Direito Positivo.
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DIREITO NATURAL
Fase Cosmológica Filósofos da Natureza
 
 Heráclito de Éfeso (540 a 480a.C)
Entendia que: a natureza tudo fluía, mas algo permanecia imutável, ao que ele chamou de “logos”, que seria uma lei universal e eterna, a Razão, responsável pelo equilíbrio da natureza.
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Fase Antropológica
Filosofia passa a considerar o homem o centro das indagações (Por volta de 450a.C) 
Nasce a Escola dos Sofistas Protágoras 
O subjetivismo “O Homem é a medida de todas as coisas”
As leis positivas são criadas ao sabor dos interesses de classe, e só o que se inspira na lei natural é o justo. A natureza humana é superior a polis, e o Estado é o resultado de um convencionalismo e não uma decorrência da natureza.
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Sócrates (469 a.C - 399 a.C)
As normas positivas devem ser respeitadas, ainda que injustas, para que os injustos não desrespeitem as normas justas.
Platão (428 a.C - 348 a.C)
Via na lei natural não só uma fonte inspiradora da lei positiva, como também um modelo para corrigir-lhe erros e insuficiências.
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Aristóteles (324 a.C – 322 a.C)
Relaciona o Jusnaturalismo e à Filosofia Jurídica.
Percebeu a íntima relação entre o homem e o Estado, entendendo que aquele não poderia viver sem este e que o Estado deveria promover o bem-estar coletivo, por meio de leis justas, segunda a natureza.
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Fase Teocêntrica
Filosofia Patrística Santo Agostinho (354-430) 
Lei Natura, Eterna, Universal e Imutável fundada em Deus.
Supremacia da Igreja sobre o Estado, para quem a cidade terrena é do pecado, em contraposição à cidade de Deus.
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Filosofia Escolástica Santo Tomás de Aquino (1225-1274)
 Filosofia Aristotélica e os Dogmas de Igreja.
 A igreja superior ao Estado
Leva em consideração a importância da relação entre ambos, pois sendo o homem um ser social, obrigado a viver no Estado, deveria este proporcionar os meios de realização de uma convivência voltada ao bem-estar comunitário.
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Fase do Homocentrísmo (Final do Séc. XIV início do XV - início do Renascentismo)
O Homem volta às ideias sofistas
 
 Há um processo de laicização do Direito Natural (Hugo Grócio 1583-1645)
 
 Escola de Direito Natural (Séc. XVIII)
“O Jusnaturalismo é o produto exclusivo da Razão Humana, igual para todos os povos e comum para todos os tempos”.
 O Homem é o centro de todas as coisas
 A vida terrena deixa de ser uma preparação à vida celestial
 
Iluminismo
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O Empirismo Jusnaturalista
Jonh Locke (1688-1704)
Entedia que o conhecimento se adquiria pela experiência, não obstante aceitasse a existência de uma lei natural fundada na Razão Humana (o que não deixa de ser um traço característico do racionalismo). Assim, os homens nascem livre por serem racionais, de maneira que eles seriam iguais, independentes e governados pela Razão. (estado Natural)
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Liberdade Igualdade 
Propriedade Privada
Liberalismo (Jonh Locke 1688-1704)
Contrato Social (Thomas Hobbes 1588-1679)
Tripartição dos Poderes (Montesquieu 1689-1755)
Contrato Social (Rousseau 1712-1778)
Movimento Iluminista
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Iluminismo Francês
 
Sistema Política
Estrutura social da França Aristocrata;
O parque industrial e as finanças no poder da Burguesia;
As classes Operárias e Camponesas exploradas pela Monarquia;
O Clero gozava de privilégios assegurados pelo Poder Central.
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Montesquieu
Paz - as leis naturais derivam da constituição do nosso ser, e, para bem conhece-las, era preciso considerar o homem antes do estabelecimento das sociedades. A lei natural, assim transmitindo-nos a ideia de Deus, levaria o homem a conhecer a sua fragilidade e um não procuraria atacar o outro;
Necessidades Básicas - O homem para ser feliz e digno de um ser humano necessita de comer, vestir, morar;
Família - O temor recíproco levaria o homem a isolar-se, mas a atração pelo sexo oposto o levaria à constituição de uma família;
A Vontade e o Interesse de Viver em Coletividade - a racionalidade de que é dotado o homem o conduziria a desejar viver em sociedade.
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As ideias de Montesquieu somando-se a de outros pensadores da época
Inspiradas no liberalismo inglês
 Independência dos Estados Unidos da América (1776)
Acordo Comercial entre Estados Unidos e a Inglaterra (1786)
Revolução Francesa (1789)
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (ênfase ao Direito Natural)
(Opondo-se à censura, às restrições da liberdade de expressão do pensamento, à escravidão, à inviolabilidade individual, etc.)
Declaração Universal dos Direitos do Homem (ONU - 1948)
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FONTES DO DIREITO
Fontes do Direito Natural: seria a natureza humana, esta como fonte remota de todo o Direito.
Mas quando falamos em fonte, parece que estamos nos referindo a tão-somente ao Direito Positivo.
Fonte, segundo GUSMÃO (2000) e NADER (2006), é expressão que vem do latim fons, fontis, que significa nascente de água, significando tudo aquilo que origina, que produz algo. É empregada como metáfora: Remontar à fonte de um rio é buscar o lugar de onde as suas águas saem.
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Assim, a expressão fontes do Direito indica, desde logo, as formas pelas quais o Direito se manifesta, ou seja, são todas as circunstâncias ou instituições que exercem influência sobre o entendimento dos valores tutelados por um sistema jurídico. 
Ressalte-se, porém, que REALE (1998) adverte que, na seara da Ciência Jurídica torna-se indispensável empregarmos o termo fontes do Direito para indicar apenas os processos de produção de normas jurídicas. 
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Fontes Materiais, Primárias ou Reais
São os fatos sociais, as próprias forças sociais criadoras do Direito. Constituem a matéria-prima da elaboração deste, pois são os valores sociais que informam o conteúdo das normas jurídicas.
As fontes materiais não são ainda o Direito pronto, perfeito, mas para a formação deste concorrem sob a forma de fatos sociais econômicos, políticos, religiosos, morais, climáticos etc.
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Fato
 Diretamente da Sociedade
Valor
Norma Diretamente do Estado, este provocado pela Sociedade
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Práticas Desleais de concorrência nos EUA (L. A. 1890 a 1914);
Crise de 1929 ;
Unificação de blocos econômicos (Mercosul, União Européia etc.);
Virtudes Morais encontramos o decoro, a decência, a fidelidade, o respeito ao próximo;
Fatores Naturais temos o clima (degelo), o solo (desertificação), a raça (extinção), a geografia, a população, a constituição anatômica dos povos (respeito as etnias). 
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Fontes Históricas
São os documentos jurídicos e coleções coletivas do passado que, mercê de sua sabedoria, continuam a influir nas legislações do presente. 
Lei das Doze Tábuas (Roma, 452 a.C.);
Código de Hammurabi, com a lei de talião, na Babilônia (1780 a. C);
Compilação de Justiniano (527 - 565 d.C);
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Direito Brasileiro
Direito Romano;
Direito Canônico;
Ordenações Afonsinas (1446 a 1521), Manuelinas (1521 a 1603) e Filipinas (1603 a 1917);
Código de Napoleão (1804) etc.
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Fontes Formais ou Secundárias
São as vias pelas quais o Direito se expressa, tais como a legislação, a doutrina, a jurisprudência e os costumes.
Segundo GUSMÃO (2000) são os meios ou as formas (legislativas, costumes, etc.) pelos quais a matéria (social, econômica, política, etc.), que não é jurídica, mas que necessita de disciplina jurídica, transforma-se em jurídica.
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Fontes Formais Imediatas e Mediatas
Fontes Formais Imediatas
A Lei em seu sentido lato.
O Estado (Fonte de Produção) cria a lei e dá, ao costume e à jurisprudência (Fonte de Conhecimento), a força desta. O positivismo jurídico defende a idéia de que fora do Estado não há Direito, sendo aquele a única fonte deste.
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As forças sociais, os fatos sociais seriam tão-somente causa material do Direito, a matéria-prima de sua elaboração, ficando esta sempre a cargo do próprio Estado, como causa eficiente.
A lei seria causa formal do Direito, a forma de manifestação deste.
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 Fontes Formais Mediatas
As fontes formais vêm a ser as artérias por onde correm e se manifestam as fontes materiais.
Os costumes;
A Doutrina;
A Jurisprudência;
Os Princípios Gerais do Direito.
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Fontes Formais Mediatas
A Doutrina
Seria o trabalho do jurisconsulto na formulação de ideias e teses sobre determinadas matérias jurídicas, ou seja, é a opinus doctorum.
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Para FRANCO MONTORO (2000):
[...] conjunto de estudos que os juristas realizam acerca do Direito, ora com um fim puramente teórico de sistematização de seus preceitos, ora com a finalidade de interpretar suas normas e orientar sua aplicação.
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A Ciência Jurídica, consiste na exposição, explicação e sistematização do Direito, consubstanciada nas manifestações dos estudiosos, jurisconsultos, através de tratados, livros didáticos, monografias, conferências etc.
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Função
Especular o Direito;
Inspira o melhoramento do Direito por meio das teorias;
Orienta o legislador (no Processo Legislativo), e operador do Direito;
Esclarece certos preceitos jurídicos contidos na norma;
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Justifica os motivos pelo qual determinada norma foi produzida, frente às necessidades sociais.
Para o estudioso MIGUEL REALE:
Os juristas são porta-vozes da comunidade. Neles se manifesta uma aguda capacidade para intuir as exigências do desenvolvimento social. São dos primeiros a adquirir consciência dos desajustes entre o Direito vigente e as novas circunstâncias sociais.
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Difere da jurisprudência (Fruto da aplicação concreta do Direito) no sentido de que é meramente teórica.
Assemelha-se à jurisprudência, no caso da não vinculação, pois ambas são tão-somente força argumentativa dos doutrinadores.
A doutrina jurídica é importante manifestação da cultura jurídica e acadêmica, servindo de base ao nível de preparo dos agentes jurídicos.
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O Costume
É a mais antiga fonte do Direito, pois: 
[...] brota espontaneamente no meio social, transmitindo-se de pessoa a pessoa, de geração a geração de forma natural, anônima e coletiva. Antecede a norma escrita e uma de suas características é exatamente não ser escrito, não obstante possa ser compilada. (MONTORO, 2000).
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Costume (do latim consuetudine) significa uso, hábito ou prática geralmente observada, particularidade, característica; jurisprudência baseada no uso e não na lei escrita. (GUSMÃO, 2000).
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Em sentido jurídico, porém, a tarefa de conceituar costume não é das mais fáceis, haja vista que o Direito costumeiro "não tem origem certa, nem se localiza ou é suscetível de localizar-se de maneira predeterminada. Geralmente não sabemos onde e como surge determinado uso ou hábito social, que, aos
poucos, se converte em hábito jurídico, em uso jurídico." 
Se apresenta como norma constante, não-escrita e obrigatória;
Difere da lei apenas no seu aspecto formal (Não-Escrita);
Forma-se espontaneamente, a Lei é elaborada intencionalmente;
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Primitivamente, o Direito assumiu a forma do costume. Com a evolução da escrita e dos meios de comunicação a legislação passou a conquistar primazia. Era, portanto, o único veículo do Direito, inexistindo legislador. 
Atualmente, quase todos os sistemas jurídicos têm nos costumes apenas uma fonte subsidiária ao julgador. 
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Artigo 4º, da LINDB, in verbis: 
Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de Direito.
No Direito Comercial e no Direito Internacional Público, trata-se apenas de fonte meramente complementar, utilizado apenas na lacuna da lei. 
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Não revoga leis, estas por serem produto da valoração social acerca de circunstâncias fáticas, mas constituem na sua informalidade inicial, a própria dinâmica social, e dessa forma acabam apontando uma confusão de leis escritas, as quais, muitas vezes, deixam de ser observadas, por perderem o sentido na nova situação social.
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A Jurisprudência
O vocábulo não empregado como sinônimo de ciência jurídica, mas em sentido que exprime a constante atividade da magistratura na aplicação do Direito aos casos submetidos ao seu julgamento. 
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A palavra jurisprudência significa etimologicamente a ciência do justo, mas, como fonte de direito, significa o conjunto das decisões judiciais, especialmente dos tribunais superiores, quando constituem clara posição judicial a respeito de um tema.
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Obrigatoriedade (Súmulas Vinculantes) / Não Obrigatoriedade
Permite ao aplicador do Direito ter um norte nos casos “idênticos”, desafogando, muitas vezes o Judiciário;
Permite dar uma resposta aos anseios sociais de um determinado momento num caso concreto (Entendimento diverso da Lei).
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Princípios Gerais de Direito
É fonte subsidiária do Direito. Por esses princípios o intérprete investiga o pensamento mais alto da cultura jurídica universal, buscando uma orientação geral do pensamento jurídico.
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São os elementos fundamentais da cultura jurídica humana, ou seja, as idéias e os princípios sobre os quais assenta a concepção jurídica dominante. Seu conceito é, na realidade, bastante controvertido, mas devemos acentuar que não se trata de princípios jurídicos, propriamente ditos, mas de princípios mais amplos, tendentes a critérios universais.
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Autores há que identificam esses princípios com a Equidade, com a Razão Jurídica Natural ou com aquilo que a tradição denominou Direito Natural.
soluções especificamente jurídicas, consagradas nos textos, como a regra da irretroatividade das leis;
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b) construções doutrinárias, como o princípio da unidade e da indivisibilidade do patrimônio;
c) máximas de bom senso, de equidade e de ordem social, aplicadas à matéria jurídica e latentes na regulamentação legal, como a sentença de que o acessório segue o principal.
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A aplicação rígida desses princípios, sem a consideração do que a vida reclama, do que é exigido pelas relações sociais e pelo senso da justiça, obsta, muitas vezes, a recepção de novas diretrizes, impostas pelas necessidades da convivência social, embora não compreendidas nessas categorias existentes e dominantes.
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Fontes Formais Imediata
A Lei (Norma Jurídica)
Compreender como leis do dever ser, como regra jurídica. Onde Lei é uma Regra Geral de Direito (não se dirige a um caso particular), Bilateral (gera um dever para uns e uma direito para outros);
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Fontes Formais Imediata
A Lei (Norma Jurídica)
Abstrata (regula uma situação jurídica abstrata, onde o legislador tem em mira condutas sociais futuras a serem alcançadas pela lei); e Permanente, dotada de Coercibilidade e de Sanção, Expressa pela vontade de uma autoridade competente, de cunho Obrigatório e de Forma Escrita.
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A origem filológica do vocábulo em baila nunca foi satisfatoriamente clarificada. Alguns atribuem seu étimo à lex, de legere, ler. Outros, dizem vir de ligare, ligar. Assim para FRÉDÉRIC MOURLON (1980, p. 48), a palavra lei vem do latim ligare (ligar). Efetivamente, a lei liga, obriga; submete as pessoas , pela esperança de recompensas ou pelo temor de castigos, ao cumprimento de seus deveres. 
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A Lei (sentido lato)
O Estado (Fonte de Produção) cria a lei e dá, ao costume e à jurisprudência (Fonte de Conhecimento), a força desta. O positivismo jurídico defende a ideia de que fora do Estado não há Direito, sendo aquele a única fonte deste.
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As forças sociais, os fatos sociais seriam tão-somente causa material do Direito, a matéria-prima de sua elaboração, ficando esta sempre a cargo do próprio Estado, como causa eficiente.
A lei seria causa formal do Direito, a forma de manifestação deste.
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 De Produção Estado
Fontes do Direito 
 Imediata Lei 
 
 De Conhecimento 
 Costumes
 Mediata Doutrina
 Jurisprudência
 P. Gerais de Direito 
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CLASSIFICAÇÃO DAS LEIS
Quanto à origem
Federais ou Universal
São as que se aplicam a todo o território nacional. Estas normas têm de ser feitas por um órgão de poder nacional aplicam-se a todo o território do Estado, a não ser que o próprio órgão queira limitar a aplicação de uma determinada lei a uma determinada região, uma vez que tem poder para tal.
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Estaduais ou Regionais
São regionais as normas que apenas se aplicam numa determinada região, como por exemplo as Leis e Decretos das Unidades Federativas.
Municipais ou Locais
São normas locais aquelas que apenas se aplicam no território de uma autarquia local, por exemplo, todas as posturas de câmaras municipais. 
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Quanto à Duração
Permanentes: São as que elaborada com um fim duradouro, perecendo quando da mudança dos fatos sociais, econômicos, políticos etc.
Temporárias: são a exceção no ordenamento jurídico, já nascem com um tempo determinado de vigência. Geralmente surgem para atender a uma situação de emergência.
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Quanto à sua Amplitude ou Alcance
Gerais: são as leis que disciplinam um número indeterminado de pessoas e atingem uma gama de situações genéricas
Especiais: são as leis que regulam matérias com critérios particulares, são as que cuidam especificamente determinado tema.
Excepcionais: são aquelas que regulam de forma contrária ao estabelecido na lei geral.
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Quanto a sua Força Obrigatória
Cogentes: são as que se impõem por si mesmas, ficando excluído qualquer arbítrio individual. Ver Art. 8º do CDC e Art. 6º e 28 do CPC.
Dispositivas: são as que impõem supletivamente às partes. Cabe aos interessados valerem-se delas ou não. Ver Art. 18 e §§ do CDC e 75 do CPC.
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Quanto à Sanção
Normas Mais Que Perfeitas
São normas que o legislador acha tão importantes que no caso de serem violadas, para além da nulidade do ato é aplicada, ao infrator, uma sanção acrescentada. Nesse caso a sanção é mais intensa do que a infração de seu dispositivo. Ela não se limita a alcançar o ato praticado pelo transgressor,
porque comina a este uma pena suplementar. Por exemplo, Pai vende filha.
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Normas Perfeitas
 São aquelas cuja infringência importa em nulidade do ato, ou seja, são normas quer no caso de serem violadas resulta a nulidade do ato, mas sem pena. Nesse caso a sanção é rigorosamente proporcional ao seu cumprimento ou descumprimento. Se um ato jurídico transgride as formalidades e requisitos intrínsecos exigidos pela lei, a norma denominada perfeita impede que ele produza efeitos. Por exemplo: Art. 1.548 do CC.
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Menos que Perfeitas
São as leis que trazem sanção incompleta ou inadequada, onde o ato vale, mas como sanção parcial. São normas em que o legislador, no caso de violação das normas, aceita o mau comportamento do infrator, merecedor de uma sanção, mas não anula o ato. Embora este seja punido, a sanção é relativamente branda, porque a eficácia do ato permanece. Exemplo: suponhamos que um lojista deveria fechar sua loja às 22:00 [...]. 
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Normas Imperfeitas
São as que prescrevem uma conduta sem impor sanção alguma, não existe nulidade para o ato nem qualquer punição. A lei diz que se deve fazer uma determinada coisa, mas se não se cumprir essa lei não se é punido, pois não existe uma sanção prevista. São leis que não invalida o ato viciado nem comina sanção desfavorável ao seu transgressor, por razões de natureza social. Art. 1.551 do CC. (razão: proteger o nascituro).
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HIERARQUIA DA NORMA JURÍDICA
Constituição Federal da República Federativa do Brasil
Como povo temos um conjunto de regras e preceitos, que se dizem fundamentais. Foram estabelecidos pela nossa soberania e serve de base à organização política e como pacto para firmar os direitos e deveres de cada um dos cidadãos. Este documento, assim tão importante, chama-se Constituição.
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Leis Complementares
As leis complementares, que têm quorum especial para serem aprovadas pelo Congresso Nacional, destinam-se a complementar as normas previstas na Constituição. 
Em face da sua função de complementar ordenamentos constitucionais, a Lei Complementar é hierarquicamente superior às Leis Ordinárias. 
Exemplos: Art. 7º, I; Art. 14, § 9º; Art. 18, § 2º CF/88.
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Leis Ordinárias
É uma regra de direito ditada pela autoridade estatal e tornada obrigatória para manter, numa comunidade, a ordem e o desenvolvimento.
Leis Gerais
São leis que tratam de uma gama de situações jurídicas.
Exemplo: Código Civil, Código Penal etc.
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Leis Especiais
Por serem específicas, quando conflitantes com as normas de caráter geral, embora na mesmo nível hierárquico das demais leis ordinárias, adquirem um valor diferenciado e prevalecerão sobre as demais. 
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Assim, naquelas relações jurídicas que visa proteger, prevalecerá a Lei Especial quando dispuser de uma determinada forma que contraponha aos dispositivos de uma Lei de caráter Geral.
Exemplo: Lei nº 6.515/77 (LD); Lei nº 8.069/90 (ECA) x CC Art. 1.511.
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Leis Esparsas ou Extravagante
Lei editada isoladamente para regular uma determinada matéria em específico. Em regra advém após a promulgação de um código para completá-lo ou para revogar alguns de seus preceitos relativos à matéria que a ele diz respeito. Ou seja, são um conjunto de leis relativas a matérias que já foram alvo de uma compilação, ou anteriormente codificadas.
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Leis Esparsas ou Extravagante
Exemplo: É o caso da Lei nº 9.605/98, editada com o escopo de consolidar a legislação ambiental esparsa, reprimindo penal e administrativamente as atividades lesivas ao meio ambiente.
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Lei Intermediária, Excepcional ou Temporária
É a que visa disciplinar alguma situação anômala, como epidemia, guerra , revolução, cataclisma, calamidade pública tendo duração ou vigência temporária, uma vez que é aplicada apenas durante o período de emergência.
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Medida Provisória
De iniciativa do Presidente da República, quando nos casos de relevância e urgência, este poderá adotar medidas provisória, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (as medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 do artigo 62 da CF/88 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período.
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Medida Provisória
Exemplo: MP nº 300, de 29 de Junho de 2006 (Autoriza Pagamento dos Valores Devidos aos Anistiados Políticos)
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Leis Delegadas
É um ato normativo elaborado pelo Chefe do Executivo Federal com a autorização mediante resolução do Congresso Nacional, para casos de relevância e urgência, quando a produção de uma lei ordinária levaria muito tempo para dar uma resposta à situação. Ver Art. 59, IV e 68 da CF/88.
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Leis Delegadas
Exemplo: LD nº 4, de 26 de setembro de 1962 (Lei de Intervenção no Domínio Econômico).
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Os Decretos
Decreto-Lei
Decreto com força de lei, que num período anormal de governo é expedido pelo chefe de fato do Estado, que concentra nas suas mãos o Poder Legislativo, então suspenso. Pode, também, ser expedido pelo Poder Executivo, em virtude de autorização do Congresso, e com as condições e limites que a Constituição estabelecer. A Constituição de 1988 não prevê, no processo Legislativo, a figura de Decreto-lei.
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Decreto-Lei
Exemplo: Decreto-Lei nº 2.481, de 03 de Outubro de 1988 (Dispõe sobre o registro provisório para o estrangeiro em situação ilegal em território nacional).
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Decreto
São decisões de uma autoridade superior, com força de lei, para disciplinar um fato ou uma situação particular. Portanto, sendo hierarquicamente inferior, não pode contrariar a lei, mas pode regulamentá-la, ou seja, pode explicitá-la, aclará-la ou interpretá-la, respeitando, claro, os seus fundamentos, objetivos e alcance. 
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Decreto
Exemplo: Decreto nº 5.518, de 23 de agosto de 2005 (Decreto sobre Acordo de Admissão de Títulos e Graus Universitários para o Exercício de Atividades Acadêmicas nos Estados Partes do Mercosul).
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 Portarias
É um ato editado pelo chefe máximo da administração pública ou quem a lei autorizem ou decreto, no entanto a portaria por ser ato administrativo só tem força de lei se editada para regulamentar lei ou decreto.
Ressalte-se que As lei são editadas por autorização do Congresso nacional e as Portaria são editadas por autorização das leis, dessa forma só são atos meramente regulamentar com o toque da discricionariedade da Administração Pública.
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 Portarias
As Portarias podem ser: Conjuntas, Interministeriais, Normativas e Normativas Interministeriais.
Exemplo: Portaria ANATEL nº 200, de 27 de agosto de 2001 (Altera Cargos e Funções do Quadro de Pessoa).
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Outras Normas
Ajustes; Atos; Boletins; Cartas Circulares; Circulares; Comunicados; Convenções; Convênios; Decisões; Decretos Legislativos; Deliberações; Despachos; Emendas Regimentais; Instruções; Moção; Normas de Execução; Ordens de serviço; Orientações Normativas; Pareceres; Provimentos; Protocolos; Recomendações; Regulamentos; Resoluções etc. 
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VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DA NORMA JURÍDICA
Primeiramente, antes de tecermos sobre o que venha a ser os três elementos de sustentação da Norma Jurídica no que concerne a sua existência propriamente dita, devemos proceder com a definição do que venha a ser Zetética Jurídica e Dogmática Jurídica, estas como sendo elementos primordiais na busca do real significado de cada conceito institucional, tanto da Validade, Vigência e Eficácia.
Zetética é o método-análise empregado para desvendar a razão das coisas ou resolver um problema. Ou seja, é uma teoria que se vale da pesquisa, procedendo pelo questionamento da problemática.
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Zetética Jurídica, assim, é a metodologia cujo ponto de partida não é a norma para interpretar, mas o problema que ela representa para solucionar. Busca assim o fundamento das normas jurídicas
para além do dogma.
Dogmática Jurídica são estudos das condições do que é juridicamente possível, considerando-se um direito posto. Para MIGUEL REALE, é a Ciência Positiva para o Direito Positivo.
Assim, Zetética jurídica (ou Teoria do direito, em sentido amplo) é o estudo filosófico e social do direito. Ao contrário da Dogmática Jurídica que é estudo dos diversos ramos do direito positivo.
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Validade da Norma Jurídica
Dogmaticamente falando, a Validade de uma norma jurídica é, segundo FERRAZ JR, “a questão de saber quando uma norma é reconhecida como válida para o ordenamento, a partir de que momento, quando deixa de valer, quais os efeitos que produz e quando e até quando os produz, se os produz mesmo quando não pode ser tecnicamente reconhecida como válida”.
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Vale ressaltar que há três elementos promissores de sustentação, a qual o autor acima se sustenta para que a Norma tenha sua Validade reconhecida. Seria primeiramente que a Norma seja criada por um ente/órgão competente; que haja a Publicação dessa Norma, nos meus de comunicação Oficial, e por fim, que esta Norma seja posta e inserida no Ordenamento Jurídica Pátrio.
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Salientando que pode haver a conclusão das duas primeiras, notadamente a Norma não necessariamente estaria com sua validade atribuída, isso se daria pelo fato da mesma depender de sua confirmação e inserção no Ordenamento, que só se daria quando do fim da Vacatio Legis.
A afirmação do jurista DIEGO MARTINS FARREL, ilustra a elasticidade dos conceitos, isso porque esse autor toma como ponto básico do conceito de validade de uma preposição jurídica “o critério adotado pelo jurista”, o que não se aplica ao Ordenamento brasileiro.
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Para esse ilustre jurista, a Norma só teria validade quando ela somente fosse aplicada no caso concreto, ou seja, a norma deve ser criada por um Órgão competente, e deve ser anunciada à sociedade, porém, sua validade se daria a partir do momento em que o jurista visse a possibilidade de aplicação da mesma em um caso concreto. Aparentemente, a Norma estaria sendo valorada pela sociedade, porém, o direito perderia, de certa forma, a dinamicidade, vez que neste caso, a norma seria criada para um evento que supostamente deveria ser utilizada.
 
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 Diferentemente da Teoria da Tridimensionalidade de REALE, onde a Norma nasce com o anseio social, ou seja, nasce do fato social, e valorado pela sociedade, para que as autoridades competentes possa criar a norma. E não o contrário, onde nasceria primeiro a norma, para a posteriori ser valorada.
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No Ordenamento jurídico nacional, a Validade de uma Norma Jurídica depende do critério adotado pelo titular do Poder Constituinte, seja ele originário ou derivado, e não pelo jurista que apresenta apenas como um agente estatal interpretador dos critérios de validade adotados pela Norma Jurídica, sem qualquer poder real de criação do direito, este sendo de exclusividade do Estado.
Para NORBERTO BOBBIO, a Validade de uma Norma prescinde do fato da mesma ser ou não efetivamente aplicada na sociedade, vez que na definição de um direito posto pelo Estado, atualmente tido como legítimo, não se conclui o elemento de Eficácia.
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Observem que BOBBIO se utiliza da Zetética Jurídica, isso porque além de conceituar a norma filosoficamente, leva também em consideração sua valoração no campo da sociologia jurídica. Isso porque a sociologia jurídica encara o direito não como um conjunto de normas, mas como um conjunto de ações reais de seres humanos. Notadamente, somando-se tudo isso à Teoria Geral do Direito.
Para que se possa reconhecer a Validade de uma Norma Jurídica, precisa-se primeiramente, que ela esteja inserida no Ordenamento Jurídico. Exige-se para tanto que seja realizado o processo de produção normativa. Notadamente, para que se inicie o tempo de sua validade, ela deve ser publicada.
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Temos acima uma visão científica, no tocante a Validade da Norma Jurídica. Mas se levarmos em consideração a uma visão filosófica, como assim defende PAULO DE GUSMÃO, a Norma é Validade se corresponder à Justiça, às inspirações morais do povo e às reais necessidades sociais, bem como se atender às suas finalidades, como por exemplo: a ordem, a paz, a segurança etc..
Para MIGUEL REALE, a Norma deve, necessariamente, preencher três requisitos: a Validade Formal ou Técnico-Jurídica (Vigência); o da Validade Social (Eficácia), e; o da Validade Ética (Fundamento).
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Dentro da Formal deve-se obedecer a conjugação de dois requisitos: ser emanada de um órgão competente, e ter esse órgão, competência em razão da matéria, assim como afirmara FERRAZ JR., (Art. 22 CF/88), somando-se a um terceiro, que é a legitimidade do procedimento, ou seja, o devido processo legal.
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Vigência da Norma Jurídica
Vigência muitas vezes se confunde com Validade. Mas não há motivo à confusão, isso porque a Vigência está no sentido de obrigatoriedade circunscrita a determinado período ou tempo, este durante o qual a Lei é obrigatória.
No sentido técnico-jurídico, Vigência é a dimensão temporal e espacial da obrigatoriedade da Norma Jurídica, determinável, iniciando da data em que for publicada a lei no Diário Oficial, ou na data nela prevista, terminando na sua revogação total ou parcial, expressa ou tácita, quando lei posterior dispuser em sentido contrário.
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Assim, a Vigência da Norma esta subdividida em positivação (ditada) obrigatoriedade (que deve ser cumprida).
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O jurista ALF ROSS, com base em sua influência realista (doutrina que defende que validade e eficácia da Norma Jurídica se equivalem, porque dizer que uma norma vale é o mesmo que dizer que ela é acatada e aplicada), que um sistema de Norma é vigente se for capaz de servir como um esquema interpretativo de um conjunto correspondente de ações sociais, de maneira que se torne compreensível à sociedade. Esse conjunto de ações como um todo coerente de significado e motivação.
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Revogação da Norma Jurídica
Revogar para FERRAZ JR. Significa retirar a validade por meio de outra norma. A Norma Revogada não vale mais, não faz parte mais do Ordenamento Jurídico, notadamente, deixa de ser vigente. Contudo, revogar uma Norma não significa necessariamente eliminar por completo a Eficácia. Isso porque apesar da Norma ter sido revogada, ela continua a reger fatos pretéritos, a exemplo da emenda constitucional 11, que revogou os Atos Institucionais, do período negro de 1964, porém, manteve os efeitos produzidos por eles.
A Revogação depende de uma Norma, esta como sendo a revogada.
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A Revogação pode ser:
Revogação Explícita: quando nela o legislador determina a norma revogada declaradamente. 
Revogação Implícita: quando nela o legislador, numa nova disposição da matéria, não determina a Norma Revogada declaradamente. 
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A Revogação pode se dar na sua totalidade ou em parte, ou seja, há a Revogação total, em que temos a figura da Ab-rogação, e parcial, a qual temos a figura da Derrogação (Art. 2º da Lei 10.259/01, derrogou o art. 61 da Lei 9.099/95, Juizado Especial Federal x Estadual).
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Ab-rogação (Revogação Total)
é a Lei no. 5.772/1971, o antigo Código de Propriedade Industrial, que foi ab-rogado pela Lei nº. 9279/1996.
A Lei nº 7.788/1989 (Trata sobre Política Salarial), foi ab-rogada pela Lei nº 8.030/1990. 
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Derrogação (Revogação Parcial)
JUIZADOS ESPECIAIS – CÍVEIS/CRIMINAIS - JUSTIÇA FEDERAL Lei nº 10.259/2001.
Art. 2º Compete ao Juizado Especial Federal Criminal processar e julgar os feitos de competência da Justiça Federal relativos às infrações de menor potencial ofensivo.
Parágrafo único. Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, os crimes a que a lei comine pena máxima NÃO SUPERIOR A DOIS ANOS, ou multa.
Derrogou a LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS - CRIMINAIS
LEI Nº 9.099/1995:
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo,
para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima NÃO SUPERIOR A UM ANO, excetuados os casos em que a lei preveja procedimento especial.
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Eficácia da Norma Jurídica
Para MARIA HELENA DINIZ “é a qualidade da Norma vigente de produzir, no seio da coletividade, efeitos jurídicos concretos, considerando, portanto, não só a questão de sua condição técnica de aplicação, observância, ou não, pelas pessoas a quem se dirige, mas também a de sua adequação em face da sua realidade social, por ela disciplinada. E dos valores vigentes na sociedade, o que conduziria ao seu sucesso. Dizendo respeito, portanto, ao fato de se saber se os destinatários da norma ajustam, ou não, seu comportamento, em maior ou menor grau, as prescrições normativas, ou seja, se cumprem, ou não, os comandos jurídicos, e se os aplicam ou não”.
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A eficácia da Norma Jurídica se inicia comumente com a promulgação , a não ser que ela disponha diferentemente a respeito da data em que deva entrar em vigor.
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A Norma Jurídica deixa de ser eficaz quando termina sua vigência, se o prazo nela estiver estipulado. Não havendo relação de prazo, revoga-se a norma por uma que lhe seja contrária (lex posterior derogat priori).
Neste caso, a Eficácia é a aplicação da Norma Jurídica na vida do direito em seus aspectos sociológicos e históricos.
Segundo ALFREDO VON VERDRON, há três modos de se considerar a Norma Jurídica Eficaz, isto é, a partir do exame: do seu valor ideal (senso de Justiça que deve ser alcançado); do seu valor formal, tendo como uma norma validade no Ordenamento, e; o seu cumprimento prático, se se alcança por meio da Eficácia.
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BOBBIO adverte, porém, que as três distinções não devem ser concebidas isoladamente, como se fossem compartimentos estanques. Dessa maneira, é salutar levar em conta a experiência jurídica em seus diversos aspectos, ou seja:
O Ideal de Justiça a atingir;
As Instituições normativas a realizar, e;
As Ações e Reações dos homens frente a esses ideais e a essas instituições.
Esses três elementos unidos, viabiliza uma melhor organização da vida do homem em sociedade, caso contrário, não dará para evitar o reducionismo.
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