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ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO ECONÔMICO BRASILEIRO Disciplina: Geografia Professora: Gilvanete 1 A DÉCADA PERDIDA – 1980 • Período que as indústrias e as mercadorias comercializadas internamente tornaram-se caras e tecnologicamente defasadas em relação às estrangeiras. Intensificação da crise: As crises mundiais do petróleo As taxas de juros da dívida externa aumentaram. Soluções para a crise • Emitir títulos públicos para captar recursos da poupança. • As taxas de juros altas atraia capital especulativo e reduzia o capital produtivo. • Reduziu- se assim o emprego, PIB e desestimulo da economia. O que fazer com as empresas falidas: • Estatização ( entre 1964 e 1985 20% do PIB eram estatais) 2 3 Consequências •Apropriação do poder público para os interesses empresariais (crescimento do PIB e superávit na balança comercial) Contudo isso deve ser feito sem comprometer a qualidade de vida da população. Aspectos positivos Continuou o aumento: •da industrialização, porém no ritmo inferior. • da urbanização, por causa do êxodo rural 4 Fim do período militar – 1985 • Motivada por manifestações populares a favor das eleições diretas para presidente. • O governo de José Sarney agravou os problemas econômicos. • O golpe de 1964 não trouxe mudanças nos rumos da industrialização • A ditadura militar consolidou o modelo econômico implantado nos anos 1950. A história da economia e da industrialização pós-64 a) 1962-67 - fase caracterizada como de crise e recessão: b) 1968-74 - fase de retomada do crescimento industrial vulgarmente conhecida como "milagre econômico brasileiro", em virtude das elevadas taxas de crescimento de nossa economia; c) de 1974 até o presente (1992) - fase em que o "milagre“ em completo declínio, sem que as várias saídas tentadas tenham conseguido grande sucesso. 5 COLLOR ao FHC a partir da década de 1990 •Fernando Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto. • Renunciou em 1992, devido o plano Collor que fez o confisco da poupança. • O vice-presidente, Itamar Franco, assumiu - de outubro de 1992 até o final de 1994. • Essa década é marcada pela 1. estabilização da economia não só do Brasil como dos países latinos americanos 2. implantação de políticas neoliberais. 3. redução da inflação através do controle dos gastos públicos, a privatização de empresas estatais e a abertura econômica para produtos e capitais externos. • Essas medidas mudaram a modalidade de endividamento. • Contudo, mesmo com a redução da inflação as crises continuaram ocorrendo. 6 •A abertura do mercado brasileiro aos bens de consumo e de capital, iniciada em 1992 foi facilitada pela: 1. Redução dos impostos de importação, ao contrário do período militar que o governo aumentou esses impostos. Consequências 1. O aumento da entrada de máquinas e equipamentos industriais modernizando a produção. 2. Modernização do parque industrial e o aumento da produtividade 3. Desemprego estrutural. 4. Falência de muitas indústrias nacionais, 5. Melhoria na qualidade de produtos nacionais 6. Redução dos preços, devido a concorrência com mercadorias importadas, beneficiando o consumidor 7 Na indústria automobilística: • Houve redução no número de trabalhadores e um aumento do número de instalações industriais. • O crescimento econômico permaneceu baixo. Em resumo, entre 1994 e 1999: • Foi controlada a inflação manipulando o câmbio, o que gerou sobrevalorização da nossa moeda e grande déficit na balança comercial. • Para financiar o déficit aumentou os juros para facilitar a entrada de capitais especulativos. • A manutenção dos juros altos resultou no déficit público, aumento da dívida interna e baixos índices de crescimento • Para combater esse quadro, o governo promoveu uma desvalorização cambial em janeiro de 1999 e o comércio exterior brasileiro passou, em 2001, a apresentar superávits. • Porém, somente a partir de outubro de 2003 foi possível reduzir os juros, o que continuou acontecendo até 2009, ano em que houve queda para um dígito. 8 Política neoliberal •Baseada na privatização de empresas estatais, •concessão de exploração dos serviços de transporte, energia e telecomunicações •a abertura do mercado interno Essas medidas apresentaram aspectos positivos e negativos A maioria das empresas privatizadas dependia de recursos do Estado e não pagava diversos tipos de impostos. Ao privatiza-las, o governo federal, estadual e municipal trocaram uma fonte de prejuízos por uma arrecadação maior de impostos. 9 • Nas indústrias de bens de consumo a permissão para a entrada de produtos importados provocou a falência de muitas indústrias nacionais provocando o desemprego. • No setor siderúrgico: a única estatal lucrativa era a Usiminas. Todas as outras eram deficitárias. Atualmente são lucrativas, aumentaram o volume de exportação do país e pagam altas somas de impostos nas três esferas do governo. • Nos setores de transportes e telecomunicações, além de as empresas serem deficitárias, os sistemas estavam completamente falidos e o Estado tinha dificuldade política e baixa capacidade de investimento para recuperá-los. • As rodovias estavam em péssimo estado de conservação, e uma linha telefônica era considerada um patrimônio pessoal • Com a privatização e a concessão esses setores receberam investimentos privados, se expandiram e passaram a operar em condições melhores à custa de aumento nas tarifas. 10 Críticas as privatizações • Vender o patrimônio do Estado e abandonar a infraestrutura nas mãos da iniciativa privada, • Porém o Estado comanda os setores concedidos e privatizados através de agências reguladoras • Problemas técnicos e de atendimento ao consumidor, prestando serviços com qualidade inferior à de congêneres dos países desenvolvidos. • Casos de má gestão, tanto por parte do governo quanto das empresas concessionárias, destaca-se o da energia elétrica. •O destino dado ao dinheiro arrecadado pelo Estado nos leilões e à desnacionalização provocada por esse processo. O dinheiro arrecadado nos leilões foi direcionado ao pagamento de juros da dívida interna. • Saída de dólares na forma de remessa de lucro 11 Governo Lula Governo que deu continuidade à política econômica do governo de Fernando Henrique. Medidas: • cumprimento dos contratos; • ampliação da rede de proteção social • cessaram as privatizações e concessões de serviços públicos; • aumentaram os superávits comerciais; • melhoraram a confiança dos investidores estrangeiros no Brasil- o risco-país caiu para cerca de 200 pontos; •elevaram a cotação dos títulos da dívida pública emitidos pelo governo brasileiro; • elevaram as reservas internacionais, com isso o país quitou sua divida com o FMI e se tornou credor em dólar, em vez de devedor • elevaram a dívida interna 12 •Quando eclodiu a crise econômica mundial de 2008 o Brasil e outros países emergentes se encontravam em situação econômica muito melhor que a das crises de 1997, 1999 e 2001. •A inflação controlada dentro das metas estabelecidas, os juros em queda, um grande volume de reservas em moeda estrangeira no Banco Central e um mercado interno em crescimento permitiram que o país sofresse consequências bem mais brandas que as verificadas nos Estados Unidos, na União Europeia e no Japão.
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