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MODELO BIG PUSH
O modelo "big push" criado por Paul Rosenstein-Rodan em 1943, com outras contribuições feitas posteriormente por Murphy, Shleifer e Robert W. Vishny em 1989. Análises deste modelo econômico usualmente utilizam a Teoria dos Jogos.
A teoria do “big push” destaca que países em desenvolvimento para alcançar o caminho do pleno desenvolvimento necessitam de um grande quantidade de investimentos, criticando assim que somente a aplicação de investimentos ponto a ponto não impactará em crescimento igual a países já desenvolvidos.
Para tanto Rodan apresenta argumentos que melhor seria a consideração de uma indústria inteira que se pretende criar, devendo ser tratada e planejada como uma entidade maciça (empresa ou grupo). Ele suporta este argumento citando que o "produto marginal social" de um investimento é sempre diferente do seu "produto marginal privado".
Segundo Souza (1999), Rosenstein-Rodan, era partidário da ideia de que para tirar uma economia da estagnação e promover o seu desenvolvimento era necessário a realização de um conjunto de investimentos em uma gama variada de indústrias, promovendo-se verdadeiro ataque frontal, “visando provocar” um grande impulso na economia “big push”, de sorte que os novos trabalhadores constituiriam mercado para as novas atividades. (SOUZA, 1999, p. 237).
Para Rosenstein-Rodan, as economias externas constituem o eixo de diferenciação entre a teoria estática e a teoria do crescimento, onde assumem extrema importância. Ele distingue três classes de indivisibilidades e economias externas:
Indivisibilidades da função de produção (da oferta), especialmente as relacionadas à oferta de capital de utilidade pública – infraestruturas (indivisibilidade do capital);
Indivisibilidade da demanda (complementariedade da demanda – reduzindo o risco de não haver mercado e incrementando o incentivo a investir, verificação da lei de Say);
Indivisibilidade na oferta de poupança.
Uma quantidade mínima de investimento é uma condição necessária (mas não suficiente) para o progresso. Tal é, em duas palavras, o argumento básico da teoria do forte empurrão ou impulso “big push”, (ROSENSTEIN-RODAN, 1957, apud HIGGINS, 1970, p. 379).
Segundo Rosenstein-Rodan (1943), se vários setores da economia adotassem simultaneamente esse tipo de tecnologia, cada um deles criaria renda que se tornaria uma fonte de demanda por bens de outros setores, ampliando assim os mercados e tornando a industrialização lucrativa para todos.
As crítica a tal modelo parte nas seguintes premissas:
É preciso a existência de condições necessárias de um país a aplicação ao modelo, porém a existência delas não garante reais condições para funcionamento da teoria;
Seria realmente possível um “big push” simultaneamente em todos os setores da economia dado os recursos escassos do Estado e as inclinações do setor privado?
A premissa de um “input” externo que nortearam as metas do milênio é um princípio que apresenta controvérsias quanto os reais impactos da ajuda externa para o desenvolvimento de países menos desenvolvidos;
Ao lidar com as externalidades, não há garantia que se alcançará o ponto de equilíbrio em economias como a do Brasil que apresentam laços com a modernização e crescimento ao mesmo tempo que apresenta atrasos em setores estruturais como educação e mão de obra.
A teoria do “big push” contrapõem-se à abordagem gradualista e incrementalista da teoria tradicional e estática do equilíbrio, na condução de políticas de promoção do desenvolvimento econômico, assumindo uma vertente analítica denominada teoria do desenvolvimento, cujo argumento central reside na consideração de que o desenvolvimento consiste em uma série de saltos descontínuos.
A principal contribuição do modelo de Rodan é a consideração das externalidades na economia, rompendo com visão da fórmula de investimentos graduais e políticas econômicas clássicas, atribuindo a partir daí que para países em desenvolvimento não basta replicar modelos dos países desenvolvidos, é preciso levar em consideração realidades e contextos singulares, bem como, construindo uma análise e estratégia apropriada ao cenário de cada um.

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