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ANTROPOMETRIA DE CRIANÇAS I
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 Na vigência de déficit nutricional em qualquer idade, a altura não sofre impacto imediato, mas, o peso, sim.
 Desse modo, é que se reconhece a importância de se manter as crianças com peso adequado, para que não haja prejuízo na estatura, pois quando presente, parece não haver condições de recuperação.
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Até os dois anos de idade, o crescimento reflete as condições de nascimento (gestação) e ambientais (nutrição). Ou seja, nesse período é complicado esperar que a criança esteja “magrinha” ou “pequena” pelo biotipo dos pais. É mais provável que seja por déficit nutricional pregresso ou atual. A partir dos 2 anos o potencial genético passa a ter impacto sobre o crescimento da criança.
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 Uma criança no primeiro ano de vida triplica seu peso ao nascimento, enquanto o comprimento aumenta em 50%;
 No primeiro ano de vida a criança aumenta 25cm, chegando a 75cm (aumento de 55%), e no peso o aumento é de 200% (de 3 para 10Kg);
 Dos 12 aos 24 meses, a criança ganha 12cm no comprimento;
 Dos 2 aos 3 anos, ganha 10cm;
 A partir de 3 ou 4 anos, a criança apresenta velocidade de crescimento constante, apresentando ganho médio de 2 a 3Kg de peso e 5 a 7cm de comprimento por ano. 
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 Dos seis meses de idade até a puberdade, as extremidades crescem mais rapidamente do que o tronco;
 O ponto médio da altura desloca-se do umbigo para a sínfese púbica;
 As relações entre os segmentos superior e inferior e entre a envergadura e a estatura, vão sofrendo modificações estabilizando-se somente após a puberdade;
 As medidas dos segmentos corporais podem trazer informações valiosas para a avaliação dos distúrbios do crescimento, pois às diferentes causas desses distúrbios podem se associar, ou não, à alterações na composição corporal.
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Relações entre o segmento superior (SS) e o segmento inferior (SI) e entre a envergadura (Env) e a estatura (Est):
SS/SI
1,7 ao nascer
1,3 aos três anos
1,0 após sete anos
 Env – Est
-3cm até sete anos
0 dos oito aos 12 anos
+1 e +4 aos 14 anos no sexo feminino e no sexo masculino respectivamente
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A natureza multifatorial dos problemas nutricionais impõem a utilização de múltiplos indicadores para o estabelecimento do estado nutricional.
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ANTROPOMETRIA
Medidas
antropométricas
Avaliar a saúde e o
risco nutricional
infantis
Dados
antropométricos
de peso e estatura
Crianças em risco
de distúrbios
nutricionais
A intervenção precoce pode impedir a desaceleração do crescimento e do ganho ou mesmo perda ponderal.
identificar
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O emprego do exame antropométrico na
avaliação do estado nutricional de
indivíduos se fundamenta na evidência
de que o crescimento e a manutenção
das dimensões corporais exigem a
presença de condições nutricionais
ótimas, sobretudo quanto à ingestão e à
utilização biológica de calorias e
proteínas. Desse modo, fica evidente
que os indicadores antropométricos
podem detectar casos de DN com
razoável sensibilidade (Monteiro, 1986).
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A antropometria é um método que
além de refletir o estado (ou
condição) de saúde e bem-estar social
dos indivíduos e populações, pode predizer o crescimento, o desenvolvimento, o
risco nutricional e as chances de
sobrevivência de indivíduos ou grupos
populacionais (WHO, 1995; ONIS e
HABICHT, 1996).
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A combinação das medidas
antropométricas, por meio dos
indicadores antropométricos,
analisadas de acordo com a faixa
etária e sexo, permite traçar o
diagnóstico nutricional pela
interpretação do grau de adequação
do crescimento e desenvolvimento
infantis.
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As medidas antropométricas isoladamente não permitem uma avaliação nutricional precisa, o que justifica a construção de índices e indicadores antropométricos.
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PESO:
Expressa a dimensão da massa ou do volume corporal;
Constituído tanto pelo tecido adiposo como pela massa magra;
É passível de mudanças em curtos intervalos de tempo;
Seu acompanhamento permite o diagnóstico precoce da desnutrição;
Constitui-se também em indicador de recuperação do estado nutricional.
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AFERIÇÃO DO PESO EM CRIANÇAS -
DOIS TIPOS DE BALANÇA:
Balança pediátrica ou balança “pesa-bebê” – capacidade máxima de 16Kg e com precisão de leitura de 10g.
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BALANÇA TIPO GANCHO:
Capacidade máxima de 25Kg
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AFERIÇÃO DO PESO EM CRIANÇAS -
DOIS TIPOS DE BALANÇA:
Balança antropométrica ou balança tipo plataforma ou balança clínica, é utilizada para crianças maiores de 2 anos – capacidade máxima de 150Kg com precisão de leitura de cerca de 100g.
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AFERIÇÃO DO PESO EM CRIANÇAS:
Para a pesagem em ambos os tipos de equipamento a criança deverá estar com o mínimo de roupa e descalça, devendo ser mantida o mais imóvel possível, de maneira que o peso fique uniformemente distribuído sobre a balança.
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ESTATURA:
A estatura é um indicador do tamanho corporal e do crescimento linear da criança. Variações na estatura são mais lentas, de forma que os déficits refletem agravos nutricionais a longo prazo, o que pode significar o comprometimento dos compartimentos protéicos.
Para menores de 24 meses utiliza-se o termo comprimento.
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ESTATURA – PROCEDIMENTOS:
 Em crianças menores de 2 anos mede-se o comprimento no infantômetro.
 Com a criança deitada com as pernas relaxadas, apóia-se a cabeça (1), e a peça móvel (2) é deslocada até tocar os pés da criança, que deverão estar alinhados, permitindo a leitura do valor do comprimento (3).
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ESTATURA – PROCEDIMENTOS:
 Em crianças maiores de 2 anos utiliza-se estadiômetro ou uma fita métrica fixa na parede.
 A criança deve ser posicionada de pé, ereta, imóvel, com os braços estendidos ao longo do corpo e com a cabeça mantida no plano de Frankfurt. A nuca, os ombros, as nádegas e os calcanhares deverão permanecer encostados no centro do estadiômetro, devendo os joelhos permanecerem unidos
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PERIODICIDADE RECOMENDADA PARA A PESAGEM DE CRIANÇAS:
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PERÍODOS ETÁRIOS DO CRESCIMENTO
 Recém-nascido = 0 a 28 dias
 Lactente = 29 dias a 1 anos e 11 meses
 Pré-escolar = 1 a 6 anos de idade
 Escolar = 7 anos até a puberdade (10 – 12 anos)
 Adolescente = 10 a 19 anos
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ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS POR FAIXA ETÁRIA
PN: peso ao nascer; IG: idade gestacional; P/I: peso para a idade; P/A: peso para a altura; A/I: altura para a idade.
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OS ÍNDICES (P/I, P/A, A/I) PODEM SER CLASSIFICADOS SEGUNDO OS CRITÉRIOS:
 Percentual de adequação em relação a média ou mediana - (Ex. Gómez utiliza este critério para classificar o EN).
 Percentil – (Ex. MS utiliza este critério para classificar o EN). 
 Desvio-padrão - (Ex. OMS utiliza este critério para classificar o EN).
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MÉDIA E MEDIANA
 Média - é a somatória dos valores de peso observados ÷ pelo total de crianças observadas;
 Mediana - é o peso que fica exatamente no meio de uma série de valores observados (ímpar); 
 Obs. se for par, é a média entre os dois valores do meio;
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MÉDIA E MEDIANA
 Média - é influenciada pelos valores extremos;
 Mediana - não é influenciada pelos valores extremos;
 Não possibilitam estabelecer e comparar as curvas de distribuição dos dados pois são valores isolados.
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PERCENTUAL DE ADEQUAÇÃO EM RELAÇÃO A MÉDIA OU MEDIANA
Consiste em uma razão entre o valor observado e o valor mediano dessa medida na distribuição de referência, expresso sob a forma de percentagem.
% mediana = peso observado x 100
 peso mediano da referência
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PERCENTIL
 Medida que divide uma série de valores em 100;
 Ordenados do menor para o maior valor;
NCHS, OMS - trazem tabelas com a distribuição nos percentis 3, 5, 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90, 95, 97;
 Possibilita estabelecer e comparar as curvas de distribuição dos dados, pois é representado por uma série de valores.
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 É a distribuição das pessoas em
relação aos valores obtidos para determinados índices ou medidas;
 Mostra a frequência com que ocorre determinado peso, estatura em um determinado grupo populacional de acordo com sexo, faixa etária ou estado fisiológico;
PERCENTIL
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 Exemplo: uma criança que está no percentil 10 (p10) de estatura para a sua idade - isto significa que ela é maior que 10% e menor que 90% das crianças da população de referência;
 O percentil 50 é considerado o ideal, já que metade da população apresenta o valor referido, indicando, portanto, uma “normalidade”.
PERCENTIL
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 Mais utilizadas nos Serviços Básico de Saúde;
 Podem ser encontradas: www.who.int/growthcharts;
CURVAS DE CRESCIMENTO POR PERCENTIS
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 As curvas do National Center of Health Statistics (NCHS) de 1977, não estão mais sendo consideradas adequadas pois não representam mais o crescimento infantil; 
 Centers for Disease Control (CDC) em 2000 realizaram o Estudo Multicêntrico de Referência de Crescimento para gerar novas curvas que mostrassem como as crianças deveriam crescer e não como elas crescem em determinado tempo e lugar;
CURVAS DE CRESCIMENTO POR PERCENTIS
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Participaram do estudo: Brasil (Pelotas), Gana, Índia, Noruega, Omã e EUA;
 As curvas foram elaboradas para crianças de até 5 anos de idade (60 meses);
 Foram incluídos negros e descendentes mexicanos;
CURVAS DE CRESCIMENTO POR PERCENTIS
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 As novas curvas para crianças e adolescentes de 5 a 19 anos de idade foram elaboradas tendo como referencial as curvas NCHS (1977) devido a impossibilidade de se controlar o dinamismo do ambiente em que tais crianças vivem;
 É possível fazer o acompanhamento de crianças de 0 a 5 anos com as curvas WHO (2006) e a partir dessa idade, com as curvas NCHS (1977).
CURVAS DE CRESCIMENTO POR PERCENTIS
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DESVIO-PADRÃO
 Medida da variabilidade de um grupo de dados;
 Indica aproximadamente quanto, em média, um valor encontra-se distante da mediana do grupo de dados a que pertence;
 NCHS utiliza a mediana para construir seus desvios-padrão.
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DESVIO-PADRÃO
 Correspondência entre percentil e desvio-padrão:
  Mediana ± 1DP = corresponde aproximadamente aos p84 (+ 1DP) e p16 (- 1 DP);
 Mediana ± 2DP = corresponde aproximadamente aos p98 (+ 2DP) e p2 (-2 DP);
  Mediana ± 3DP = corresponde aproximadamente aos p99,9 (+ 3DP) e p0,1 (- 3 DP).
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Z-ESCORE
 É a verificação de quantas unidades de desvio-padrão o indivíduo está afastado da média.
Z-escore = Valor individual - Valor da mediana na população de referência 
 Valor do desvio-padrão na população de referência 
As medidas antropométricas são, reconhecidamente, as mais utilizadas para avaliar a saúde e o risco nutricional infantis, tendo em vista a relação entre nutrição e dimensões corporais durante o processo de crescimento e desenvolvimento, desde a vida intra-uterina até a idade adulta.
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