Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANQUILOSE DENTO-ALVEOLAR EM ODONTOPEDIATRIA 1- O que é a anquilose dento-alveolar? R: É a fusão anatômica do cemento e/ou dentina com o osso alveolar, podendo ocorrer durante qualquer etapa do período eruptivo ou mesmo após o estabelecimento do contato oclusal; A anquilose é diagnosticada, na maioria dos casos, através do exame clínico; Geralmente acomete os molares decíduos superiores e inferiores; 2- Qual a etiologia da anquilose dento-alveolar? R: Trauma mecânico local; Teoria genética; Distúrbios do metabolismo local; Infecção localizada; Irritação química e térmica; Força eruptiva deficiente; Morfologia facial; Pressão anormal da língua; Forças exercendo pressão no arco dental, comprimindo o dente para infra-oclusão; 3- Quais são os métodos de diagnóstico da anquilose dentoalveolar? R: Exame clínico (visual, percussão); Exame radiográfico; Exame histológico; 4- Quais as características clínicas e radiográficas da anquilose dentoalveolar? R: Molares em infra-oclusão; À percussão, possuem som sólido e agudo característico; Ausência de mobilidade do molar infra-ocluído; Radiograficamente, a anquilose caracteriza-se pela ausência de continuidade do ligamento periodontal na área de fusão do cemento ao osso alveolar; O exame radiográfico é utilizado, mais comumente, como um recurso de diagnóstico complementar para observação do nível ósseo marginal, da reabsorção radicular do molar decíduo e, do processo eruptivo, inclinações e deslocamento do sucessor permanente; 5- Qual a classificação da anquilose dentoalveolar? R: A classificação se baseia no posicionamento do dente infra-ocluído em relação aos dentes adjacentes; É classificada em 3 graus: Leve, Moderado e Severo; Leve Face oclusal do dente anquilosado está localizada 1 mm abaixo do plano oclusal; Moderado Face oclusal do dente anquilosado está localizada ao nível do ponto de contato de um ou ambos os dentes adjacentes; Severo Face oclusal do dente anquilosado está localizada ao nível ou abaixo do tecido gengival interproximal de um ou ambos os dentes adjacentes; 6- Qual a conduta para o tratamento da Anquilose Dento-Alveolar em dentes decíduos? R: A conduta clínica dependerá da observação de fatores como: Idade do paciente (surto de crescimento); Grau de esfoliação do dente decíduo; Posição e o estágio de formação radicular do sucessor permanente; Na velocidade de progressão e no grau de infra-oclusão; Comprometimento da oclusão; Condição sistêmica do paciente; Na severidade do caso; Fazer controle clínico e radiográfico; Uma das alternativas de tratamento seria a restauração dos contatos ocluso-proximais do dente anquilosado, que geralmente se encontra em infra-oclusão, com a finalidade de devolver-lhe a função mastigatória e a sobre-restauração da superfície oclusal, proporcionando pequenos movimentos do dente anquilosado, facilitando sua esfoliação. Este procedimento deve ser adotado em casos de grau leve a moderado; O acompanhamento clínico e radiográfico a cada 6 meses também pode ser adotado nos casos de grau leve; Nos casos da anquilose severa, a conduta deve ser a exodontia do dente decíduo comprometido o mais precoce possível, seguida da manutenção do espaço. Tal procedimento pode apresentar riscos como fraturas de raízes durante o ato cirúrgico. Quando o dente comprometido é um molar superior deve-se observar também se este não está fusionado com as paredes do seio maxilar, pois durante a cirurgia poderão ser criadas comunicações com estas paredes e, além disso, a extração precoce aumenta o tempo de tratamento ortodôntico, quando se planeja o fechamento do espaço; O tratamento deve estar relacionado com a presença ou agenesia do sucessor permanente. Se tivermos o sucessor e este estiver com sua irrupção assimétrica em relação às raízes do decíduo, a unidade anquilosada deverá ser removida e instalado um mantenedor de espaço. Se o sucessor permanente estiver em posição simétrica em relação às raízes do dente decíduo, devemos fazer o controle clínico e radiográfico e esperar a esfoliação normal, e se o sucessor estiver no estágio 8 de Nolla, também deverá ser extraído o dente decíduo e aguardar a erupção natural do permanente; Nos casos que apresentam agenesia do sucessor, a opção mais aceita seria a extração do dente decíduo anquilosado, pois a manutenção deste dente impedirá o crescimento do osso alveolar em altura dificultando posteriormente a instalação de uma prótese ou implante, ou o fechamento ortodôntico do espaço; 7- Qual a conduta para o tratamento da Anquilose Dento-Alveolar em dentes permanentes? R: As manobras clínicas disponíveis com o intuito de manter o dente permanente anquilosado são: Luxação cirúrgica seguida da tração ortodôntica; Osteotomia individual localizada; Osteocorticotomia seguida de tração ortodôntica; Apicotomia; Distração osteogênica; Exodontia do dente afetado com posterior instalação de implante osseointegrado ou prótese; O período de sobrevida de um dente anquilosado pode variar de meses a anos, principalmente, se não forem submetidos a infecção, trauma ou sobrecarga; 8- Quais as medicações mais utilizadas em pacientes pediátricos que sofreram Anquilose Dento-Alveolar? R: Dipirona Sódica 500 mg/mL 1 gota para cada 2 Kg de peso; De 4 em 4 horas, por 24 horas; Paracetamol 200 mg/mL 1 gota por Kg de peso; De 6 em 6 horas, por 24 horas; Nimesulida 50 mg/Kg/mL 1 gota por Kg de peso; De 12 em 12 horas, por 5 dias; Ibuprofeno 100 / 50 mg/mL 1 a 2 gotas por Kg de peso; De 6 em 6 horas / De 8 em 8 horas; Amoxicilina 250 mg/5 mL 20 mg por Kg de peso por dose; De 8 em 8 horas, por 7 dias; Dose de ataque → 40 mg por Kg de peso, 45 minutos antes do procedimento; Azitromicina 200 mg/5 mL 10 mg por Kg de peso por dose; A cada 24 horas, por 3 dias; Dose de ataque → 20 mg por Kg de peso, 45 minutos antes do procedimento;
Compartilhar