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Curso Férias na CLT (JURIS WAY)

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CERTIFICADO
O INEPRO – Instituto Nacional de Educação Profissional,
CNPJ 07.278.198/0001-19, com sede à
Rua Alagoas, 1270 - sala 505, em Belo Horizonte/MG,
por meio do projeto de cidadania JurisWay, certifica que
Guilherme Pereira
participou dos estudos temáticos JurisWay, à distância,
com coordenação do Dr. Leonardo Tadeu,
no período de 21/10/2014 a 28/10/2014,
cumprindo carga horária de 30 horas de dedicação e
obtendo a aprovação nos testes de aferição com
nota final de 80 pontos em 100 distribuídos (80%) no Curso
Férias na CLT,
na área de
Direito do Trabalho,
que aborda o seguinte conteúdo programático:
1- Férias na CLT; 1.1.Aspectos introdutórios; 1.2 - Base legal; 1.3 - Conceito; 1.4 - Natureza jurídica; 1.6 - Duração das férias; 1.6.1 - Os
trabalhadores em regime de tempo parcial;1.7 - A perda do direito de férias; 2.1- Do período concessivo; 2.2 - A forma de concessão
das férias; 2.3 - A comunicação das férias;2.4 - Da base de cálculo; 2.5 - Do abono de férias; 2.6 - O pagamento das férias em dobro;
2.7 - Da extinção do contrato de trabalho; 2.8 - Da prescrição;3-Da convenção 132 da OIT; 3.1-Férias proporcionais X justa causa;
3.2-Duração das férias e Feriados; 3.3-Fracionamento das férias; 3.4-Prerrogativa do empregador ; 4.1-Sumulas; 4.2- Orientações
Jurisprudenciais; 4.3-Precedentes normativos; 4.4-Férias Coletivas.
Belo Horizonte, 28 de Outubro de 2014.
CDAA - Código Digital de Aferição de
Autenticidade
DTFE7812417
Aferição Digital de Autenticidade:
http://www.jurisway.org.br/certificado
Férias na CLT 
Direito do Trabalho 
 
Coordenado por: 
 
Leonardo Tadeu 
Descrição: 
 
O conhecimento básico das questões que regem as Férias do empregado 
celetista deve ser substancialmente absorvido não só pelo operador do 
direito, mas, essencialmente, por todos aqueles que desejam iniciar o 
estudo deste ramo jurídico. 
Este estudo temático objetiva oferecer ao cidadão leigo, de forma simples e 
objetiva, a possibilidade de conhecer o conceito e principais características 
que regem o instituto das Férias, analisadas, sobretudo, sob a ótica da CLT 
e decisões judiciais. 
Mesmo porque, tivemos o cuidado de usar uma linguagem simples, 
acessível e objetiva, evitando as naturais divagações que o aprofundamento 
jurídico incita, de forma que a grande maioria das pessoas, inclusive e 
especialmente aqueles que não possuam formação no ramo do direito, 
possa entender a matéria. 
Assim, este Estudo Temático compreende o estudo de cursos e artigos 
jurídicos disponibilizados pelo Jurisway; a pesquisa da jurisprudência dos 
tribunais; a análise do conteúdo de notícias jurídicas e, como instrumento 
de fixação, a formulação e solução de questões relacionadas com o tema. 
Carga Horária Estimada: 30 horas 
Quantidade de módulos: 5 
Prazo mínimo para conclusão: 6 dias após confirmação de pagamento da 
inscrição 
Tipo de Certificado Escolhido: Eletrônico (em PDF) 
Conteúdo Programático: 
1- Férias na CLT; 1.1.Aspectos introdutórios; 1.2 - Base legal; 1.3 - 
Conceito; 1.4 - Natureza jurídica; 1.6 - Duração das férias; 1.6.1 - Os 
trabalhadores em regime de tempo parcial;1.7 - A perda do direito de 
férias; 2.1- Do período concessivo; 2.2 - A forma de concessão das férias; 
2.3 - A comunicação das férias;2.4 - Da base de cálculo; 2.5 - Do abono de 
férias; 2.6 - O pagamento das férias em dobro; 2.7 - Da extinção do 
contrato de trabalho; 2.8 - Da prescrição;3-Da convenção 132 da OIT; 3.1-
Férias proporcionais X justa causa; 3.2-Duração das férias e Feriados; 3.3-
Fracionamento das férias; 3.4-Prerrogativa do empregador ; 4.1-Sumulas; 
4.2- Orientações Jurisprudenciais; 4.3-Precedentes normativos; 4.4-Férias 
Coletivas. 
1.1 - Seja bem vindo!!!! 
 
 
Em primeiro lugar receba nossos cumprimentos pela sua inscrição. 
 
Meu nome é Leonardo Tadeu. Sou o coordenador do Curso de Direito do 
Trabalho com foco no tema "Férias na CLT". 
 
O sistema de Estudos Temáticos online JurisWay é uma forma de estudo em 
que o aluno recebe a orientação da matéria disponível para sua pesquisa e 
depois se submete a um teste de aferição de aproveitamento. 
 
Dessa forma, lembre-se: somente após a sua aprovação no teste final de 
aferição, composto por 10 questões de múltipla escolha, é que lhe será 
possível receber o certificado. 
 
A partir deste módulo estarei lhe indicando material atualizado, como 
doutrina, jurisprudência, notícias e um rol de informações que poderão lhe 
ser úteis no exame desta matéria tão importante. 
 
O JurisWay e eu esperamos lhe proporcionar algum acréscimo de 
conhecimento ou, no mínimo, conseguir tornar mais fácil a sua tarefa de 
entender o conceito e as principais características dos atos administrativos. 
 
Os conteúdos referentes ao curso escolhido, bem como um conjunto de 
informações adicionais vinculadas, já se encontram disponíveis no 
JurisWay. 
 
Portanto, não se acanhe, pesquise, estude e entenda a sua matéria 
temática. 
 
A vontade e a persistência são elementos que o conduzirão pelos caminhos 
do direito e, também, sem qualquer dúvida, por todos os momentos da sua 
vida em sociedade. 
 
No ensejo estou relacionando algum material vinculado com o tema para 
você comece a se orientar. 
 
1.2 - Comece pela CLT! 
 
 
Como primeira tarefa, sugerimos que você faça a leitura dos artigos da CLT 
que tratam da questão da férias. 
 
CAPÍTULO IV 
DAS FÉRIAS ANUAIS 
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
SEÇÃO I 
DO DIREITO A FÉRIAS E DA SUA DURAÇÃO 
 Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um 
período de férias, sem prejuízo da remuneração. (Redação dada pelo 
Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do 
contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte 
proporção: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço 
mais de 5 (cinco) vezes; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 
13.4.1977) 
 II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 
14 (quatorze) faltas; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 
23 (vinte e três) faltas; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e 
quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 
13.4.1977) 
 § 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do 
empregado ao serviço. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 § 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, 
como tempo de serviço.(Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 Art. 130-A. Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada 
período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado 
terá direito a férias, na seguinte proporção: (Incluído pela Medida Provisória 
nº 2.164-41, de 2001) 
 I - dezoito dias, para a duração do trabalho semanal superior a vinte e 
duas horas, até vinte e cinco horas; (Incluído pela Medida Provisória nº 
2.164-41, de 2001) 
 II - dezesseis dias, para a duração do trabalho semanal superior a 
vinte horas, até vinte e duas horas; (Incluído pela Medida Provisória nº 
2.164-41, de 2001) 
 III - quatorze dias, para a duração do trabalho semanal superior a 
quinze horas, até vinte horas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, 
de 2001) 
 IV - doze dias, para a duração do trabalho semanal superior a dez 
horas, até quinze horas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 
2001) 
 V - dez dias, para a duração do trabalho semanal superior a cinco 
horas,até dez horas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 
2001) 
 VI - oito dias, para a duração do trabalho semanal igual ou inferior a 
cinco horas. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001) 
Parágrafo único. O empregado contratado sob o regime de tempo parcial 
que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo 
terá o seu período de férias reduzido à metade. (Incluído pela Medida 
Provisória nº 2.164-41, de 2001) 
 Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do 
artigo anterior, a ausência do empregado: (Redação dada pelo Decreto-lei 
nº 1.535, de 13.4.1977) 
 I - nos casos referidos no art. 473;(Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, 
de 13.4.1977) 
 Il - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de 
maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-
maternidade custeado pela Previdência Social; (Redação dada pela Lei nº 
8.921, de 25.7.1994) 
 III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo 
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso 
IV do art. 133; (Redação dada pela Lei nº 8.726, de 5.11.1993) 
 IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver 
determinado o desconto do correspondente salário; (Incluído pelo Decreto-
lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito 
administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou 
absolvido; e (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do 
inciso III do art. 133. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 Art. 132 - O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado 
para serviço militar obrigatório será computado no período aquisitivo, desde 
que ele compareça ao estabelecimento dentro de 90 (noventa) dias da data 
em que se verificar a respectiva baixa.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 
1.535, de 13.4.1977) 
 Art. 133 - Não terá direito a férias o empregado que, no curso do 
período aquisitivo: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) 
dias subseqüentes à sua saída; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 
13.4.1977) 
 II - permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por 
mais de 30 (trinta) dias; (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 
(trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da 
empresa; e (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de 
trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora 
descontínuos. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 § 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na 
Carteira de Trabalho e Previdência Social. (Incluído pelo Decreto-lei nº 
1.535, de 13.4.1977) 
 § 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o 
empregado, após o implemento de qualquer das condições previstas neste 
artigo, retornar ao serviço. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 
13.4.1977) 
 § 3º - Para os fins previstos no inciso lIl deste artigo a empresa 
comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência 
mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim da paralisação total ou 
parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos 
mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional, bem 
como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho. (Incluído pela Lei nº 
9.016, de 30.3.1995) 
SEÇÃO II 
DA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS 
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um 
só período, nos 12 (doze) meses subseqüentes à data em que o empregado 
tiver adquirido o direito. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 
13.4.1977) 
 § 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 
2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias 
corridos. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 § 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 
(cinqüenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só 
vez. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao 
empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa 
participação o interessado dará recibo. (Redação dada pela Lei nº 7.414, de 
9.12.1985) 
 § 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que 
apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, 
para que nela seja anotada a respectiva concessão. (Incluído pelo Decreto-
lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 § 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou 
nas fichas de registro dos empregados. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, 
de 13.4.1977) 
 Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte 
os interesses do empregador. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 
13.4.1977) 
 § 1º - Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo 
estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, 
se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o 
serviço. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 § 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá 
direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.(Redação dada 
pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que 
trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva 
remuneração. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 § 1º - Vencido o mencionado prazo sem que o empregador tenha 
concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a 
fixação, por sentença, da época de gozo das mesmas. (Incluído pelo 
Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 § 2º - A sentença dominará pena diária de 5% (cinco por cento) do 
salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja 
cumprida. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 § 3º - Cópia da decisão judicial transitada em julgado será remetida 
ao órgão local do Ministério do Trabalho, para fins de aplicação da multa de 
caráter administrativo. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
 Art. 138 - Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços 
a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de 
contrato de trabalho regularmente mantido com aquele. (Redação dada pelo 
Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977) 
SEÇÃO III 
DAS FÉRIAS COLETIVAS 
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 Art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os 
empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou 
setores da empresa. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 
13.4.1977 
 § 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais 
desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. (Redação 
dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 § 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará 
ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 
(quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais os 
estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida. (Redação dada pelo 
Decreto-lei nº 1.535,de 13.4.1977 
 § 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida 
comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria 
profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de 
trabalho. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 Art. 140 - Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses 
gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo 
período aquisitivo. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 Art. 141 - Quando o número de empregados contemplados com as 
férias coletivas for superior a 300 (trezentos), a empresa poderá promover, 
mediante carimbo, anotações de que trata o art. 135, § 1º. (Redação dada 
pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 § 1º - O carimbo, cujo modelo será aprovado pelo Ministério do 
Trabalho, dispensará a referência ao período aquisitivo a que 
correspondem, para cada empregado, as férias concedidas. (Incluído pelo 
Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 § 2º - Adotado o procedimento indicado neste artigo, caberá à 
empresa fornecer ao empregado cópia visada do recibo correspondente à 
quitação mencionada no parágrafo único do art. 145. (Incluído pelo 
Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 § 3º - Quando da cessação do contrato de trabalho, o empregador 
anotará na Carteira de Trabalho e Previdência Social as datas dos períodos 
aquisitivos correspondentes às férias coletivas gozadas pelo 
empregado. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
SEÇÃO IV 
DA REMUNERAÇÃO E DO ABONO DE FÉRIAS 
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração 
que lhe for devida na data da sua concessão. (Redação dada pelo Decreto-
lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 § 1º - Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, 
apurar-se-á a média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário 
na data da concessão das férias. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 
13.4.1977 
 § 2º - Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a 
media da produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o 
valor da remuneração da tarefa na data da concessão das férias. (Incluído 
pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 § 3º - Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou 
viagem, apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze) 
meses que precederem à concessão das férias. (Incluído pelo Decreto-lei nº 
1.535, de 13.4.1977 
 § 4º - A parte do salário paga em utilidades será computada de 
acordo com a anotação na Carteira de Trabalho e Previdência 
Social.(Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 § 5º - Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou 
perigoso serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da 
remuneração das férias. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 § 6º - Se, no momento das férias, o empregado não estiver 
percebendo o mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor 
deste não tiver sido uniforme será computada a média duodecimal recebida 
naquele período, após a atualização das importâncias pagas, mediante 
incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais 
supervenientes. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 Art. 143 - É facultado ao empregado converter 1/3 (um terço) do 
período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da 
remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. (Redação dada 
pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 § 1º - O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias 
antes do término do período aquisitivo. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, 
de 13.4.1977 
 § 2º - Tratando-se de férias coletivas, a conversão a que se refere 
este artigo deverá ser objeto de acordo coletivo entre o empregador e o 
sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendo 
de requerimento individual a concessão do abono. (Incluído pelo Decreto-lei 
nº 1.535, de 13.4.1977 
 § 3o O disposto neste artigo não se aplica aos empregados sob o 
regime de tempo parcial. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 
2001) 
 Art. 144. O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o 
concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento 
da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente de 
vinte dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado para os 
efeitos da legislação do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 
1998) 
 Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o 
do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do 
início do respectivo período. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 
13.4.1977 
 Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com 
indicação do início e do termo das férias. (Incluído pelo Decreto-lei nº 
1.535, de 13.4.1977 
SEÇÃO V 
DOS EFEITOS DA CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a 
sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, 
conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha 
adquirido. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) 
meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa 
causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, 
de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de 
serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. (Redação dada pelo 
Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo 
contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de 
completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à remuneração relativa 
ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo 
anterior. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 Art. 148 - A remuneração das férias, ainda quando devida após a 
cessação do contrato de trabalho, terá natureza salarial, para os efeitos do 
art. 449. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
SEÇÃO VI 
DO INÍCIO DA PRESCRIÇÃO 
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 Art. 149 - A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias 
ou o pagamento da respectiva remuneração é contada do término do prazo 
mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessação do contrato de 
trabalho. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
SEÇÃO VII 
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS 
(Incluída pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 Art. 150 - O tripulante que, por determinação do armador, for 
transferido para o serviço de outro, terá computado, para o efeito de gozo 
de férias, o tempo de serviço prestado ao primeiro, ficando obrigado a 
concedê-las o armador em cujo serviço ele se encontra na época de gozá-
las. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 § 1º - As férias poderão ser concedidas, a pedido dos interessados e 
com aquiescência do armador, parceladamente, nos portos de escala de 
grande estadia do navio, aos tripulantes ali residentes. (Incluído pelo 
Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 § 2º - Será considerada grande estadia a permanência no porto por 
prazo excedente de 6 (seis) dias. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 
13.4.1977 
 § 3º - Os embarcadiços, para gozarem férias nas condições deste 
artigo, deverão pedi-las, por escrito, ao armador, antes do início da viagem,no porto de registro ou armação.(Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 
13.4.1977 
 § 4º - O tripulante, ao terminar as férias, apresentar-se-á ao armador, 
que deverá designá-lo para qualquer de suas embarcações ou o adir a 
algum dos seus serviços terrestres, respeitadas a condição pessoal e a 
remuneração.(Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 § 5º - Em caso de necessidade, determinada pelo interesse público, e 
comprovada pela autoridade competente, poderá o armador ordenar a 
suspensão das férias já iniciadas ou a iniciar-se, ressalvado ao tripulante o 
direito ao respectivo gozo posteriormente.(Incluído pelo Decreto-lei nº 
1.535, de 13.4.1977 
 § 6º - O Delegado do Trabalho Marítimo poderá autorizar a 
acumulação de 2 (dois) períodos de férias do marítimo, mediante 
requerimento justificado: (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 I - do sindicato, quando se tratar de sindicalizado; e (Incluído pelo 
Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 II - da empresa, quando o empregado não for sindicalizado. (Incluído 
pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 Art. 151 - Enquanto não se criar um tipo especial de caderneta 
profissional para os marítimos, as férias serão anotadas pela Capitania do 
Porto na caderneta-matrícula do tripulante, na página das 
observações. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
 Art. 152 - A remuneração do tripulante, no gozo de férias, será 
acrescida da importância correspondente à etapa que estiver 
vencendo. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 
1.3 - Convenção 132 da OIT 
 
 
Também sugerimos que você faça a leitura da Convenção nº 132 da OIT - 
Organização Internacional do Trabalho. 
 
É que no decorrer de nosso mini curso iremos tecer algumas considerações 
acerca desta convenção, bem como, seus efeitos no contratos de trabalho 
dos empregados celetistas. 
 
Decreto nº 3.197/99 - Promulga a Convenção 132 da OIT - 
Organização Internacional do Trabalho 
Promulga a Convenção nº 132 da Organização Internacional do Trabalho - 
OIT sobre Férias Anuais Remuneradas (revista em 1970), concluída em 
Genebra, em 24 de junho de 1970. 
O PRESIDENTE DA REPUBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o 
art. 84, inciso VIII, da Constituição, 
Considerando que a Convenção no 132 da Organização Internacional do 
Trabalho - OIT sobre Férias Anuais Remuneradas (revista em 1970), foi 
concluída em Genebra, em 24 de junho de 1970; 
Considerando que o Congresso Nacional aprovou o Ato multilateral em 
epígrafe por meio do Decreto Legislativo no 47, de 23 de setembro de 1981; 
Considerando que o Ato em tela entrou em vigor internacional em 30 de 
junho de 1973; 
Considerando que o Governo brasileiro depositou o Instrumento de 
Ratificação da referida Convenção em 23 de setembro de 1998, passando a 
mesma a vigorar, para o Brasil, em 23 de setembro de 1999; 
DECRETA: 
Art. 1o A Convenção no 132 da Organização Internacional do 
Trabalho - OIT, sobre Férias Anuais Remuneradas (revista em 
1970), concluída em Genebra, em 24 de junho de 1970, apensa por 
cópia a este Decreto, deverá ser executada e cumprida tão 
inteiramente como nela se contém. 
Art. 2o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 05 de outubro de 1999; 178o da Independência e 111o da 
República. 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
Luiz Felipe Lampreia 
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 28.8.1999 
CONVENÇÃO 132 DA O.I.T. 
CONVENÇÃO SOBRE FÉRIAS ANUAIS REMUNERADAS (REVISTA EM 
1970) 
A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho, 
Convocada em Genebra pela Administração da Repartição Internacional do 
Trabalho, e tendo-se reunido em sua Qüinqüagésima-Quarta Sessão em 3 
de junho de 1970, e 
Tendo decidido adotar diversas propostas relativas a férias remuneradas, 
assunto que constitui o quarto item da agenda da sessão, e 
Tendo determinado que estas propostas tomarão a forma de uma 
Convenção Internacional, adota, em 24 de junho de 1970, a seguinte 
Convenção que será denominada Convenção sobre Férias Remuneradas 
(revista), 1970: 
Artigo 1 
As disposições da presente Convenção, caso não sejam postas em 
execução por meio de acordos coletivos, sentenças arbitrais ou decisões 
judiciais, seja por organismos oficiais de fixação de salários, seja por 
qualquer outra maneira conforme a prática nacional e considerada 
apropriada, levando-se em conta as condições próprias de cada país, 
deverão ser aplicadas através de legislação nacional. 
Artigo 2 
1. - A presente Convenção aplicar-se-á a todas as pessoas 
empregadas, à exceção dos marítimos. 
2. - Quando necessário, a autoridade competente ou qualquer órgão 
apropriado de cada país poderá, após consulta às organizações de 
empregadores e de trabalhadores interessadas, onde existirem, proceder à 
exclusão do âmbito da Convenção de categorias determinadas de pessoas 
empregadas, desde que sua aplicação cause problemas particulares de 
execução ou de natureza constitucional ou legislativa de certa importância. 
3. - Todo Membro que ratifique a Convenção deverá, no primeiro 
relatório sobre sua aplicação, o qual ele é obrigado a apresentar em virtude 
do Artigo 22 da Constituição da Organização Internacional do Trabalho, 
indicar, com base em motivos expostos, as categorias que tenham sido 
objeto de exclusão em decorrência do parágrafo 2 deste Artigo, e expor nos 
relatórios ulteriores o estado de sua legislação e de sua prática quanto às 
mencionadas categorias, precisando em que medida a Convenção foi 
executada ou ele se propõe a executar em relação às categorias em 
questão. 
Artigo 3 
1. - Toda pessoa a quem se aplique a presente Convenção terá direito 
a férias anuais remuneradas de duração mínima determinada. 
2. - Todo Membro que ratifique a Convenção deverá especificar a 
duração das férias em uma declaração apensa à sua ratificação. 
3. - A duração das férias não deverá em caso algum ser inferior a 3 
(três) semanas de trabalho, por 1 (um) ano de serviço. 
4. - Todo Membro que tiver ratificado a Convenção poderá informar ao 
Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho, por uma declaração 
ulterior, que ele aumenta a duração do período de férias especificado no 
momento de sua ratificação. 
Artigo 4 
1. - Toda pessoa que tenha completado, no curso de 1 (um) ano 
determinado, um período de serviço de duração inferior ao período 
necessário à obtenção de direito à totalidade das férias prescritas no Artigo 
terceiro acima terá direito, nesse ano, a férias de duração 
proporcionalmente reduzidas. 
2. - Para os fins deste Artigo o termo ano significa ano civil ou 
qualquer outro período de igual duração fixado pela autoridade ou órgão 
apropriado do país interessado. 
Artigo 5 
1. - Um período mínimo de serviço poderá ser exigido para a 
obtenção de direito a um período de férias remuneradas anuais. 
2. - Cabe à autoridade competente e ao órgão apropriado do país 
interessado fixar a duração mínima de tal período de serviço, que não 
poderá em caso algum ultrapassar 6 (seis) meses. 
3. - O modo de calcular o período de serviço para determinar o direito 
a férias será fixado pela autoridade competente ou pelo órgão apropriado 
de cada país. 
4. - Nas condições a serem determinadas pela autoridade competente 
ou pelo órgão apropriado de cada país, as faltas ao trabalho por motivos 
independentes da vontade individual da pessoa empregada interessada tais 
como faltas devidas a doenças, a acidente, ou a licença para gestantes, não 
poderão ser computadas como parte das férias remuneradas anuais 
mínimas previstas no parágrafo 3 do Artigo 3 da presente Convenção. 
Artigo 6 
1. - Os dias feriados oficiais ou costumeiros, quer se situem ou não 
dentro do período de férias anuais,não serão computados como parte do 
período de férias anuais remuneradas previsto no parágrafo 3 do Artigo 3 
acima. 
2. - Em condições a serem determinadas pela autoridade competente 
ou pelo órgão apropriado de cada país, os períodos de incapacidade para o 
trabalho resultantes de doença ou de acidentes não poderão ser 
computados como parte do período mínimo de férias anuais previsto no 
parágrafo 3, do Artigo 3 da presente Convenção. 
Artigo 7 
1. - Qualquer pessoa que entre em gozo de período de férias previsto 
na presente Convenção deverá receber, em relação ao período global, pelo 
menos a sua remuneração média ou normal (incluindo-se a quantia 
equivalente a qualquer parte dessa remuneração em espécie, e que não 
seja de natureza permanente, ou seja concedida quer o indivíduo esteja em 
gozo de férias ou não), calculada de acordo com a forma a ser determinada 
pela autoridade competente ou órgão responsável de cada país. 
2. - As quantias devidas em decorrência do parágrafo 1 acima 
deverão ser pagas à pessoa em questão antes do período de férias, salvo 
estipulação em contrário contida em acordo que vincule a referida pessoa e 
seu empregador. 
Artigo 8 
1. - O fracionamento do período de férias anuais remuneradas pode 
ser autorizado pela autoridade competente ou pelo órgão apropriado de 
cada país. 
2. - Salvo estipulação em contrário contida em acordo que vincule o 
empregador e a pessoa empregada em questão, e desde que a duração do 
serviço desta pessoa lhe dê direito a tal período de férias, numa das frações 
do referido período deverá corresponder pelo menos a duas semanas de 
trabalho ininterruptos. 
Artigo 9 
1. - A parte ininterrupta do período de férias anuais remuneradas 
mencionada no parágrafo 2 do Artigo 8 da presente Convenção deverá ser 
outorgada e gozada dentro de no máximo 1 (um) ano, e o resto do período 
de férias anuais remuneradas dentro dos próximos 18 (dezoito) meses, no 
máximo, a contar do término do ano em que foi adquirido o direito de gozo 
de férias. 
2. - Qualquer parte do período de férias anuais que exceder o mínimo 
previsto poderá ser postergada com o consentimento da pessoa empregada 
em questão, por um período limitado além daquele fixado no parágrafo 1 
deste Artigo. 
3. - O período mínimo de férias e o limite de tempo referidos no 
parágrafo 2 deste Artigo serão determinados pela autoridade competente 
após consulta às organizações de empregadores e trabalhadores 
interessadas, ou através de negociação coletiva ou por qualquer outro modo 
conforme à prática nacional, sendo levadas em conta as condições próprias 
de cada país. 
Artigo 10 
1. - A ocasião em que as férias serão gozadas será determinada pelo 
empregador, após consulta à pessoa empregada interessada em questão ou 
seus representantes, a menos que seja fixada por regulamento, acordo 
coletivo, sentença arbitral ou qualquer outra maneira conforme à prática 
nacional. 
2. - Para fixar a ocasião do período de gozo das férias serão levadas 
em conta as necessidades do trabalho e as possibilidades de repouso e 
diversão ao alcance da pessoa empregada. 
Artigo 11 
Toda pessoa empregada que tenha completado o período mínimo de 
serviço que pode ser exigido de acordo com o parágrafo 1 do Artigo 5 da 
presente Convenção deverá ter direito em caso de cessação da relação 
empregatícia, ou a um período de férias remuneradas proporcional à 
duração do período de serviço pelo qual ela não gozou ainda tais férias, ou 
a uma indenização compensatória, ou a um crédito de férias equivalente. 
Artigo 12 
Todo acordo relativo ao abandono do direito ao período mínimo de 
férias anuais remuneradas previsto no parágrafo 3 do Artigo 3 da presente 
Convenção ou relativo à renúncia ao gozo das férias mediante indenização 
ou de qualquer outra forma, será, dependendo das condições nacionais, 
nulo de pleno direito ou proibido. 
Artigo 13 
A autoridade competente ou órgão apropriado de cada país poderá 
adotar regras particulares em relação aos casos em que uma pessoa 
empregada exerça, durante suas férias, atividades remuneradas 
incompatíveis com o objetivo dessas férias. 
Artigo 14 
Medidas efetivas apropriadas aos meios pelos quais se dará efeito às 
disposições da presente Convenção devem ser tomadas através de uma 
inspeção adequada ou de qualquer outra forma, a fim de assegurar a boa 
aplicação e o respeito às regras ou disposições relativas às férias 
remuneradas. 
Artigo 15 
1. - Todo Membro pode depositar as obrigações da presente 
Convenção separadamente: 
a) em relação às pessoas empregadas em setores econômicos diverso 
da agricultura; 
b) em relação às pessoas empregadas na agricultura. 
2. - Todo membro precisará, em sua ratificação, se aceita as 
obrigações da Convenção em relação às pessoas indicadas na alínea a do 
parágrafo 1 acima ou em relação às pessoas mencionadas na alínea b do 
referido parágrafo, ou em relação a ambas categorias. 
3. - Todo membro que na ocasião da sua ratificação não tiver 
aceitado as obrigações da presente Convenção senão em relação às pessoas 
mencionadas na alínea a ou senão em relação às pessoas mencionadas na 
alínea b do parágrafo 1 acima, poderá, ulteriormente, notificar ao Diretor-
Geral da Repartição Internacional do Trabalho que aceita as obrigações da 
Convenção em relação a todas as pessoas a que se aplica a presente 
Convenção. 
Artigo 16 
A presente Convenção contém revisão da Convensão sobre Férias 
Remuneradas, 1936, e a Convenção sobre Férias Remuneradas 
(Agricultura), 1952, nos seguintes termos: 
a) a aceitação das obrigações da presente Convenção em relação às 
pessoas empregadas nos setores econômicos diversos da Agricultura, por 
um Membro que é parte da Convenção sobre Férias Remuneradas, 1936, 
acarreta, de pleno direito, a denúncia imediata desta última Convensão; 
b) a aceitação das obrigações da presente Convenção sobre Férias 
Remuneradas (Agricultura), 1952, acarreta, de pleno direito, a denúncia 
imediata desta última Convenção; 
c) a entrada em vigor da presente Convenção não coloca obstáculo à 
ratificação da Convenção sobre Férias Remuneradas (Agricultura), 1952. 
Artigo 17 
As ratificações formais da presente Convenção serão comunicadas ao 
Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho, para fins de registro. 
Artigo 18 
1. - A presente Convenção não vincula senão os Membros da 
Organização Internacional do Trabalho cuja ratificação tenha sido registrada 
pelo Diretor-Geral. 
2. - Ela entrará em vigor 12 (doze) meses após o registro pelo 
Diretor-Geral, das ratificações de dois Membros. 
3. - Subseqüentes a presente Convenção entrará em vigor para cada 
Membro 12 (doze) meses após a data do registro de sua ratificação. 
Artigo 19 
1. - Todo Membro que tiver ratificado a presente Convenção poderá 
denunciá-lo ao término de um período de 10 (dez) anos contados da data 
da entrada em vigor inicial da Convenção por um ato comunicado ao 
Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho e por ele registrado. 
A denúncia só terá efeito 1 (um) ano após ter sido registrada. 
2. - Todo membro que tenha ratificado a presente Convenção e que, 
dentro de 1 (um) ano após o término do período de 10 (dez) anos 
mencionado no parágrafo precedente, não tenha feito uso do seu direito de 
denúncia previsto por este Artigo, estará vinculado por um novo período de 
10 (dez) anos e, subseqüentemente, poderá denunciar a presente 
Convenção ao término de cada período de 10 (dez) anos nas condições 
revistas neste Artigo. 
Artigo 20 
1. - O Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho 
notificará a todos os Membros da Organização Internacional do Trabalho do 
registro de todas as ratificações e denúncias que lhe forem comunicadas 
pelos membros da Organização. 
2. - Quando notificar os Membrosda Organização sobre o registro da 
segunda ratificação a ele comunicada, o Diretor-Geral deverá chamar a 
atenção dos Membros da Organização para a data da entrada em vigor da 
presente Convenção. 
Artigo 21 
O Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho comunicará 
ao Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, para fins de 
registro, de acordo com o Artigo 102 da Carta das Nações Unidas, 
informações completas sobre todas as ratificações e atos de denúncias 
registrados por ele de acordo com as disposições dos Artigos precedentes. 
Artigo 22 
Quando julgar necessário, o Corpo Dirigente da Repartição 
Internacional do Trabalho apresentará à Conferência Geral um relatório 
sobre a aplicação da presente Convenção e examinará a conveniência de 
colocar na agenda da Conferência a questão de sua revisão total ou parcial. 
Artigo 23 
1. - No caso de a Conferência adotar uma nova Convenção que revise 
a presente Convenção, e a menos que a nova Convenção disponha em 
contrário: 
a) a ratificação por um membro da nova Convenção contendo a 
revisão acarreta a denúncia imediata da presente Convenção, não obstante 
as disposições do Artigo 19 acima, se e quando a nova Convenção entrar 
em vigor; 
b)a partir da data da entrada em vigor da nova Convenção que 
contém a revisão, será vedada a ratificação da presente Convenção pelos 
Membros. 
2. - A presente Convenção, em todo caso, será mantida em vigor, 
quanto a sua forma e conteúdo em relação aos Membros que a houverem 
ratificado mas não houverem ratificado a Convenção revisora. 
Os textos em francês e em inglês do texto da presente Convenção 
fazem igualmente fé. 
O Texto que precede é o texto autêntico da Convenção devidamente 
adotada na Conferência Geral da Organização do Trabalho, em sua 
qüinquagésima quarta sessão, realizada em Genebra e declara encerrada a 
vinte e cinco de junho de 1970. 
Em fé do que apuseram suas assinaturas, no dia vinte e cinco de junho de 
1970. 
O Presidente da Conferência V. Manickavasagam 
O Diretor-Geral da Repartição Internacional do Trabalho Wilfred Jenks 
1.4 - Férias na CLT - Parte 01 
 
 
Agora que você já conheceu a normas legais que tratam da questão das 
férias, faça o curso temático: "Férias na CLT - Parte 01". 
 
Trata-se de um curso que analisa, de forma simples e objetiva, as principais 
características do direito de férias dos trabalhadores, sobretudo, sob a ótica 
da CLT. 
 
1 - As férias na CLT - Parte 01 
 
 1.1 - Aspectos históricos 
 
Segundo o mestre Arnaldo Sussekind, a primeira lei a dispor sobre as férias 
foi promulgada na Inglaterra, em 1872 e, dispunha especificamente sobre 
as férias dos operários das indústrias. 
 
Entretanto, somente em 1919, na Áustria, é que foi promulgada a primeira 
lei que estendeu o direito às férias a todos os trabalhadores assalariados. 
 
Na realidade, é a partir do término da Primeira Guerra Mundial que os 
países efetivamente começaram passaram a legislar sobre as férias. 
 
No Brasil, as férias foram concedidas pela primeira vez em 1889, pelo prazo 
de 15 dias, por força do Aviso Ministerial do Ministério da Agricultura, 
Comercio e Obras Públicas. 
Em 1890, estas férias foram estendidas aos operários diaristas e aos 
ferroviários da Estrada de ferro Central do Brasil. 
Entretanto, somente em 1925, por força da lei 4582/25, é que as férias 
foram estendidas aos empregados em geral. 
A convenção nº 52 da OIT de 1936 foi ratificada pelo Brasil em 1938 e com 
o advento da CLT, em 1943, o direito às férias foi estendido a todos os 
trabalhadores. 
 
Em 1999, o Brasil ratificou a Convenção 132 da OIT, por força do Decreto 
3.197/99 se instituído uma grande celeuma jurídica na doutrina e 
jurisprudência pátria. 
É que parte da doutrina começou a se questionar acerca de uma possível 
revogação ou derrogação das normas da CLT por força da Convenção 132 
da OIT. Entretanto, considerando-o sua complexidade, efeitos e 
importância, entendemos que será de maior valia se tratarmos desta 
questão mais adiante. 
1.2 - Base legal 
 
Trata-se de um direito que está previsto no artigo 7º, inciso XVII da 
Constituição Federal e minuciosamente regulamentado, nos artigos 129 a 
145 da CLT. 
 
Também encontra regulação expressa na Convenção 132 da OIT aprovada 
por força do Decreto 3.197/99 que, conforme já mencionado, acarretou 
diversos efeitos na legislação infraconstitucional. 
 
Analisando a redação do inciso XVII do artigo 7º de nossa Constituição 
Federal é possível notar três princípios estruturais, sob os quais se 
fundamenta o direito às férias, princípio da fruição, princípio da anualidade 
e princípio da sobrerremuneração. (Amauri Mascaro, p. 799) 
 
Art. 7º... 
 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a 
mais do que o salário normal; 
 
Princípio da fruição: obrigação de não fazer, consubstanciada na obrigação 
de não trabalhar durante este período, não podendo fazer-se substituir por 
seu pagamento em dinheiro. 
Este período deve ser destinado ao descanso e lazer do empregado, bem 
como, na recomposição de suas forças e energias. 
É justamente por este motivo que a lei proíbe que o empregado em seu 
período de férias, preste seus serviços a outro empregador, salvo, é claro as 
exceções previstas na Lei. 
1.3 - Conceito 
 
Segundo Maurício Godinho Delgado, as férias correspondem ao 
 
"lapso temporal remunerado, de frequência anual, constituído de diversos 
dias sequenciais, em que o empregado pode sustar a prestação de serviços 
e sua disponibilidade perante o empregador, com o objetivo de recuperação 
e implementação de suas energias e de sua inserção familiar, comunitária e 
política" ( DELGADO, Maurício Godinho, Curso de Direito do Trabalho, 7ª 
ed., Editora LTR, pág. 952.) 
 
Gotttschalk define as férias como: 
... 
 
"o direito do empregado de interromper o trabalho por iniciativa do 
empregado, durante um período variável em cada ano, sem perda da 
remuneração, cumpridas certas condições de tempo no ano anterior, afim 
de atender aos deveres de restauração orgânica e de vida social" (Férias 
anuais remuneradas, São Paulo, Max Limonad, 1956) 
A Ilustríssima Professora e Desembargadora do Eg. Tribunal Regional do 
Trabalho da 3ª região, a Dra. Alice Monteiro de Barros assim se posiciona: 
 
... 
 
"As férias constituem-se um direito do empregado de abster-se de trabalhar 
durante um determinado número de dias consecutivos por ano, sem 
prejuízo da remuneração e após cumpridas certas exigências, entre elas a 
assiduidade. (Barros, Alice Monteiro de, Curso de direito do trabalho, 6ª Ed. 
- São Paulo: Ltr, 2010, p.81/82) 
1.4 - Natureza jurídica 
 
Antigamente a doutrina considerava a férias como um "prêmio" conferido ao 
trabalhador em recompensa a sua lealdade. 
 
Entretanto, atualmente, para a doutrina, as férias apresentam uma 
natureza dupla. 
 
Para o empregado, em primeiro lugar, as férias constituem-se em um 
direito, qual seja, no direito de exigir o cumprimento das obrigações 
devidas pelo empregador, como a liberação de prestar o trabalho e o 
pagamento do salário, acrescido do terço constitucional. Em segundo lugar, 
as férias também se constituem em um dever, qual seja no dever de não 
trabalhar durante este período. 
 
Também para o empregador as férias apresentam esta duplicidade. 
Ou seja, o empregador detém a obrigação de consentir no afastamento do 
empregado, bem como, na obrigação de pagar-lhe o salário equivalente, 
acrescido do terço constitucional. 
1.5 - O período aquisitivo 
 
Conforme já ressaltado, em observância ao princípio da anualidade, o 
decurso de um ano é o período exigido para a aquisição do direito às férias 
pelo empregado. Ou seja, somente após o decurso de 12 meses de contrato 
de trabalho é que o empregado adquire o direito às férias. 
 
Esteperíodo é denominado de período aquisitivo. 
 
Desta forma, se o empregado ingressa na empresa em janeiro de 2012, 
somente em janeiro de 2013 é que o empregado adquirirá o direito às 
férias, compreendendo o período aquisitivo de janeiro de 2012 a janeiro de 
2013. 
 
1.6 - Duração das férias 
 
Salvo as exceções previstas na Lei, a todo trabalhador é assegurado um 
período de férias anuais remuneradas, geralmente, de trinta dias. 
 
É importante ressaltar que a lei proíbe que o empregador realize o desconto 
direto das faltas no período das férias do empregado. 
 
CLT 
Artigo130.. 
 
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao 
serviço. 
 
Todavia, ainda nos termos do artigo 130 da CLT, é fixada uma 
proporcionalidade em relação a estas faltas, estabelecendo que o período de 
férias apresente durações diferenciadas, calculadas conforme o número de 
faltas injustificadas do empregado durante o ano. 
Basicamente, a regra estabelecida no artigo 130 da CLT pode ser resumida 
da seguinte forma: 
Dias de férias Faltas injustificadas 
30 dias corridos Até 05 dias 
24 dias corridos De 06 a 14 dias 
18 dias corridos De 15 a 23 dias 
12 dias corridos De 24 a 32 dias 
Desta forma, se o empregado, durante o período aquisitivo, tiver 08 faltas 
injustificadas, por exemplo, a Lei determina que este empregado terá 24 
dias corridos de férias. 
No mesmo sentido, se o empregado faltar 29 dias injustificadamente, 
durante seu período aquisitivo, ou seja, os doze meses de férias, a Lei 
determina que este empregado terá somente 12 dias corridos de férias. 
Entretanto, se o empregado tiver mais de 32 faltas injustificadas, durante 
seu período aquisitivo, este perderá o direito às férias. 
1.6.1 - Os trabalhadores em regime de tempo parcial 
 
Os trabalhadores em regime de tempo parcial não têm direito aos trinta 
dias completos de férias, mas a CLT em seu artigo 130-A fixa uma 
proporcionalidade, tendo como parâmetro o tempo de duração do trabalho: 
 
Basicamente, a regra prevista no artigo 130-A da CLT pode ser resumida da 
seguinte forma: 
 
Dias de férias Faltas injustificadas 
 
18 dias corridos Trabalho semanal - superior a 22 horas até 25 horas 
16 dias corridos Trabalho semanal - superior a 20 horas até 22 horas 
14 dias corridos Trabalho semanal - superior a 15 horas até 20 horas 
12 dias corridos Trabalho semanal - superior a 10 horas até 15 horas 
10 dias corridos Trabalho semanal - igual ou inferior a 05 horas 
 
Importante diferenciação aos trabalhadores normais está no tratamento 
dado aos trabalhadores em regime de tempo parcial no que concerne às 
faltas injustificadas durante seu período aquisitivo. 
Para os trabalhadores em regime de tempo parcial, não é fixada uma 
proporcionalidade, mas tão somente delimitado uma quantidade específica 
de faltas, no qual será reduzido o período de férias pela metade. 
Assim os empregados em regime de tempo parcial que tiverem durante o 
período aquisitivo de férias mais de sete faltas injustificadas, terão seus 
períodos de férias reduzidos pela metade. 
CLT 
Artigo 130 A-... 
Parágrafo único - O empregado contratado sob o regime de tempo parcial 
que tiver mais de sete faltas injustificadas ao longo do período aquisitivo 
terá o seu período de férias reduzido à metade. 
1.6.2 - As faltas justificadas 
 
É importante ressaltar que a lei não só delimita as hipóteses pelas quais os 
empregados terão reduzidas as suas férias, bem como, também trata das 
hipóteses que os empregados poderão faltar ao serviço, sem que com isso 
lhe seja descontada ou computada esta falta. 
 
São as chamadas faltas justificadas, que atualmente, encontram-se, 
regulamentadas no artigo 131 da CLT. 
 
Em apertado resumo, pode-se dizer que não serão consideradas faltas ao 
serviço, a ausência do empregado nas seguintes hipóteses: 
 
a) durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de 
maternidade ou aborto; 
 
b) por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo 
Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, com duração inferior a 06 
meses. 
 
c) justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver 
determinado o desconto do correspondente salário; 
 
d) durante a suspensão preventiva para responder a inquérito 
administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou 
absolvido; 
 
e) nos dias em que não tenha havido serviço, com percepção de salários e 
por período inferior a 30 dias. 
 
Havendo a paralisação por período igual ou superior a 30 dias, esta 
substitui as férias, inclusive, sendo devido o pagamento do adicional de 1/3. 
 
f) até 02 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, 
ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira 
de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica; 
 
g) até 03 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; 
h) por 01 (um) dia, em caso de nascimento de filho, no decorrer da 
primeira semana; (Inciso incluído pelo Decreto-Lei n.º 229, de 28-02-67, 
DOU 28-02-67) 
Obs.: O parágrafo 1º do Art. 10 do Ato das Disposições Transitórias da 
Constituição Federal dispõe ser de 05 (cinco) dias o prazo da licença-
paternidade, até que seja disciplina o disposto no inciso XIX do Art. 7º da 
Constituição Federal. 
i) por 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de 
doação voluntária de sangue devidamente comprovada; 
j) até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos 
termos da lei respectiva; 
k) no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço 
Militar referidas na letra c do art. 65 da Lei n.º 4.375, de 17 de agosto de 
1964; 
l) nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame 
vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. 
m) pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a 
juízo. 
 
n) pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de 
representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de 
organismo internacional do qual o Brasil seja membro. 
1.7 - A perda do direito de férias 
 
Da mesma forma que limita o período de férias e estabelece hipóteses em 
que as faltas não poderão ser consideradas para o cálculo deste período, a 
CLT também, estabelece algumas hipóteses em que o empregado perderá o 
direito ao gozo de férias anuais remuneradas. 
Trata-se dos casos elencados no artigo 133 da CLT. 
 
É importante ressaltar que nestes casos, os empregados perdem direito a 
gozarem as suas férias somente em relação a aquele período aquisitivo. 
 
Desta forma, assim que cessada a condição impeditiva, inicia-se novamente 
a contagem do período aquisitivo. 
 
Em apertado resumo, pode-se dizer que não terá direito a férias o 
empregado que, no curso do período aquisitivo: 
 
a) deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias 
subsequentes à sua saída; 
 
b) permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 
30 (trinta) dias; 
 
c) deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) 
dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; 
 
d) tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho 
ou de auxílio-doença por mais de 06 (seis) meses, embora descontínuos. 
 
1.8 - Referências Bibliográficas 
 
1. DELGADO, Maurício Godinho in Curso de Direito do Trabalho. 8ª ed., São 
Paulo: LTr, 2009. 
 
2. BARROS, Alice Monteiro de, in Curso de Direito do Trabalho. 8ª ed., ver e 
ampl. São Paulo: LTr, 2010. 
 
3. MARTINS, Sérgio Pinto, in Direito do Trabalho. - 20ª ed. São Paulo, Atlas, 
2004. 
 
4. NASCIMENTO, Amauri Mascaro, in Curso de Direito do trabalho: história 
e teoria geral do direito do trabalho: relações individuais e coletivas dotrabalho. - 26ª. ed. - São Paulo: Saraiva, 2011. 
 
1.5 - Férias na CLT - Parte 02 
 
 
Nesta segunda parte continuaremos a análise dos principais aspectos das 
férias do trabalhador, sempre seguindo a ótica da CLT. 
 
Neste minicurso serão analisadas questões relacionadas ao período 
concessivo, a dobra e os efeitos na extinção do contrato de trabalho. 
 
1 - Férias na CLT - Parte 02 
 
 1.1 - Do período concessivo 
 
Apenas recapitulado, em observância ao princípio da anualidade, o decurso 
de um ano é o período exigido para a aquisição do direito às férias pelo 
empregado. 
 
Ou seja, somente após o decurso de 12 meses de prestação de serviços é 
que o empregado adquire o direito às férias. 
 
Este período é denominado de período aquisitivo. 
 
Desta forma, transcorrido o período de doze meses de serviços, o 
empregado adquire o direito às férias. 
 
Encerrado o período aquisitivo, inicia-se a contagem de um novo período, o 
período concessivo. 
 
O período concessivo é prazo delimitado por lei, no qual o empregador 
deverá conceder as férias ao empregado. Note-se que não se trata de uma 
faculdade, mas sim, de uma exigência legal, que se descumprida, poderá 
ensejar em diversas penalidades, tais como, o pagamento deste período em 
dobro. 
 
O período concessivo inicia-se logo após o término do período aquisitivo e 
também tem a duração de doze meses. 
 
Desta forma, é correto o entendimento popular de que o empregador 
deverá conceder as férias ao empregado no prazo máximo de doze meses, 
contados após o término do período aquisitivo. 
 
Entretanto, também por expressa disposição legal, a decisão acerca do 
melhor momento em que serão concedidas as férias ao empregado pertence 
ao empregador. 
 
Assim, desde que respeitado o período concessivo, o momento para a 
concessão das férias é prerrogativa do empregador. Ou seja, é ao 
empregador a quem cabe à escolha do dia que se iniciará as férias do 
empregado. 
 
Existem duas exceções a esta regra: 
 
a) empregado estudante, menor de 18 anos, tem direito que a férias 
coincidam com o seu período de férias escolares. 
 
Note-se que neste caso, a exigência é conjunta, ou seja, não basta apenas 
que o empregado seja menor ou que seja estudante, é necessário à 
existência conjunta das duas condições. 
 
b) os membros da mesma família que trabalham na mesma empresa tem o 
direito de gozarem as férias no mesmo período desde que não resulte 
prejuízo para a empresa. 
Neste caso, como se pode notar, também existem condicionantes: os 
membros da mesma família devem trabalhar na mesma empresa, deverão 
desejar gozar suas férias no mesmo período e, esta decisão não poderá 
resultar em prejuízo para o serviço. 
 
Deve-se registrar, todavia, que nos dias atuais, a maioria das empresas tem 
possibilitado que os próprios empregados escolham qual o melhor momento 
para gozarem de suas férias. 
 
Entretanto, não se engane! 
 
A prerrogativa continua a ser do empregador e a hipótese supramencionada 
trata-se de uma faculdade que pode ser exercida ou não. 
 
Ainda acerca desta questão, embora se trate de prerrogativa do 
empregador, cumpre destacar que o dia de início das férias, coletivas ou 
individuais, não poderá coincidir com sábado, domingo, feriado ou dia de 
compensação de repouso semanal. 
 
Trata-se de disposição constante no Precedente Normativo nº 100 do TST. 
 
PN-100 FÉRIAS. INÍCIO DO PERÍODO DE GOZO (positivo) 
 
O início das férias, coletivas ou individuais, não poderá coincidir com 
sábado, domingo, feriado ou dia de compensação de repouso semanal. 
 
1.2 - A forma de concessão das férias 
 
O ordenamento jurídico quando instituiu o direito de férias aos empregados, 
estabeleceu que a princípio, as férias deveriam ser concedidas de uma só 
vez, somente admitindo-se exceções caso excepcionais. 
 
Contudo, também para este caso, a grande maioria das empresas tem 
assegurado aos empregados o direito ao parcelamento das mesmas. 
 
E, desta forma, os empregados têm estabelecido as mais diversas formas 
de parcelamento possíveis, dividindo o período de férias em 15 e 15; ou 12 
e 18 ou mesmo; 14 e 16 dias. 
 
Todavia, é importante ressaltar que as férias somente poderão ser 
parceladas por duas vezes, sendo vedada à concessão de um período 
inferior a 10 dias. 
 
Trata-se de imposição legal estabelecida pelo artigo 134 da CLT. 
 
CLT 
Artigo 134... 
 
§ 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 02 
(dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias 
corridos. 
 
Exceção a esta regra, diz respeito aos empregados menores de dezoito e 
aos maiores de 50 anos que, neste caso, deverão gozar do período de férias 
sempre de uma só vez. 
 
Trata-se de exigência estabelecida no parágrafo 2º do artigo 134 da CLT. 
 
Artigo 134... 
 
§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinquenta) 
anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez. (Incluído 
pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977). 
 
1.3 - A comunicação das férias 
 
Exige-se que a decisão do empregador acerca do dia de inicio das férias do 
empregado, será participada ao interessado, por escrito e com antecedência 
de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o empregado dará 
recibo de recebimento. 
 
Trata-se de exigência estabelecida no artigo 135 da CLT: 
 
Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao 
empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa 
participação o interessado dará recibo. (Redação dada pela Lei nº 7.414, de 
9.12.1985). 
 
Neste caso, cumpre destacar que uma vez comunicado ao empregado o 
período do gozo de férias individuais ou coletivas, o empregador somente 
poderá cancelar ou modificar o início previsto se ocorrer necessidade 
imperiosa e, ainda assim, mediante o ressarcimento, ao empregado, dos 
prejuízos financeiros por este comprovados. (Precedente Normativo nº 116 
do TST). 
 
1.4 - Da base de cálculo 
 
O empregado durante o seu período de férias deverá ser pago de acordo 
com a sua remuneração na época da concessão. (art. 142, CLT) 
 
Então partindo do pressuposto que na época de concessão das férias, um 
empregado perceba a remuneração de R$900,00, este irá receber o valor 
de R$1.200,00. 
 
Ou seja, a conta é simples = REMUNERAÇÃO DO EMPREGADO + 1/3. 
 
Entretanto, em se tratando de férias indenizadas, após a extinção do 
contrato, o cálculo apresentará como base a remuneração devida ao 
empregado na época da reclamação ou, e for o caso, na da extinção do 
contrato. (súmula 07, TST). 
 
Todavia, para os empregados que recebem seus salários calculados por 
hora, por tarefa ou por porcentagem, a CLT para fins de apuração do 
quantum, estabelece regras especiais, conforme preconiza o artigo 142 da 
CLT. 
 
Em apertado resumo, pode-se concluir o seguinte: 
 
a) Quando o salário for pago por hora com jornadas variáveis, apurar-se-á 
a média do período aquisitivo, aplicando-se o valor do salário na data da 
concessão das férias. 
 
b) Quando o salário for pago por tarefa tomar-se-á por base a media da 
produção no período aquisitivo do direito a férias, aplicando-se o valor da 
remuneração da tarefa na data da concessão das férias. 
 
Neste caso, a remuneração das férias do tarefeiro deve ser calculada com 
base na média da produção do período aquisitivo, aplicando-se-lhe a tarifa 
da data da concessão. (súmula 149/TST). 
 
c) Quando o salário for pago por percentagem, comissão ou viagem, 
apurar-se-á a média percebida pelo empregado nos 12 (doze) meses que 
precederem à concessão das férias. 
 
Neste caso, o valor das comissões deve ser corrigido monetariamente para 
em seguida obter-se a média para efeito de cálculo de férias. (OJ. SDI1-
118/TST) 
 
d) A parte do salário paga em utilidades será computada de acordo com a 
anotação naCarteira de Trabalho e Previdência Social. 
 
Importa registrar que os adicionais por trabalho extraordinário, trabalho 
noturno, insalubre ou perigoso entram no calculo da remuneração de férias, 
conforme imposição estabelecida no parágrafo 5º do artigo 142 da CLT. 
 
Se no momento das férias, entretanto, o empregado não estiver 
percebendo o mesmo adicional do período aquisitivo, ou quando o valor 
deste não tiver sido uniforme, será computada a média duodecimal recebida 
naquele período, após a atualização das importâncias pagas, mediante 
incidência dos percentuais dos reajustamentos salariais supervenientes. 
 
Em se tratando da majoração do valor do repouso semanal remunerado, em 
razão da integração das horas extras habitualmente prestadas, tem 
entendido o Egrégio Tribunal Superior do Trabalho que este não repercute 
no cálculo das férias, sob pena de caracterização de "bis in idem". (OJ-
SDI1-394/TST). 
 
A gratificação semestral também não repercute no cálculo das férias. 
(sumula 253/TST). 
 
Não incide a contribuição para o FGTS sobre as férias indenizadas. (OJ-
SDI1-195/TST). 
 
1.5 - Do abono de férias 
 
É facultado ao empregado, mediante requerimento ao empregador, com a 
antecedência de no mínimo 15 dias antes do período aquisitivo, solicitar a 
conversão de 1/3 de seu período de férias em abono pecuniário, calculado 
com base na remuneração que lhe seria devida no dia da concessão. (art. 
143 da CLT). 
 
O pagamento da remuneração relativo às férias e também do seu 
respectivo abono deverá ser pago em até dois dias antes do início do 
respectivo período. (art. 145 da CLT). 
 
Em se tratando da hipótese de haver abono de férias instituído por 
instrumento normativo e o terço constitucional, tem entendido o Egrégio 
Tribunal Superior do Trabalho que por apresentarem a mesma natureza 
jurídica, destinação e finalidade, constitui-se "bis in idem" exigir o seu 
pagamento simultâneo. 
 
Trata-se de disposição contida na OJ-SDI1T-50: 
 
OJ-SDI1T-50 FÉRIAS. ABONO INSTITUÍDO POR INSTRUMENTO NORMATIVO 
E TERÇO CONSTITUCIONAL. SIMULTANEIDADE INVIÁVEL. (conversão da 
Orientação Jurisprudencial nº 231 da SBDI-1, DJ 20.04.2005) O abono de 
férias decorrente de instrumento normativo e o abono de 1/3 (um terço) 
previsto no art. 7º, XVII, da CF/1988 têm idêntica natureza jurídica, 
destinação e finalidade, constituindo-se "bis in idem" seu pagamento 
simultâneo, sendo legítimo o direito do empregador de obter compensação 
de valores porventura pagos. (ex-OJ nº 231 da SBDI-1 - inserida em 
20.06.01). 
 
1.6 - O pagamento das férias em dobro 
 
Vencendo o prazo de doze meses para a concessão do período de férias, o 
empregador será obrigado a pagá-la em dobro. Ou seja, vencido o prazo 
concessivo, o empregador fica obrigado ao pagamento de forma dobrada. 
(art. 137 da CLT). 
Então, considerando que o empregado ingressou na empresa em janeiro de 
2010, este somente adquiriu o direito às férias em janeiro de 2011 (período 
aquisitivo). Desta forma, deverá o empregador conceder as férias ao 
empregado até janeiro de 2012. (período concessivo). 
 
Ultrapassada a data de janeiro de 2012 (período concessivo), incide na 
dobra prevista no artigo 137 da CLT, pelo que, o empregador fica obrigado 
ao pagamento de forma dobrada. 
 
Inclusive, neste caso, pode o empregado pleitear sua concessão perante a 
Justiça do Trabalho, no qual, mediante sentença, será fixada a época para 
do gozo das mesmas, mediante a cominação de multa de 5% (cinco por 
cento) do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja 
cumprida. (art. 137,§§ 1º e 2º da CLT). 
 
Então surge o primeiro questionamento... 
 
Tudo bem... A dobra se refere aos dias... 
 
Mas ao calcularmos o valor, o terço constitucional deve ser pago de forma 
simples ou dobrada? 
 
Neste caso, ainda não há uniformidade na doutrina. Entretanto, parece-me 
que a melhor corrente é aquela que entende que a dobra também incide 
sobre o terço constitucional. 
 
Neste sentido, pede-se vênia para transcrição de ementa de julgado da 6ª 
Turma do TST, no qual relatoria coube ao Ministro Mauricio Godinho 
Delgado: 
 
RECURSO DE REVISTA. 1. FÉRIAS VENCIDAS. DOBRA SOBRE O TERÇO 
CONSTITUCIONAL. A ordem jurídica determina que seja dobrado o valor 
monetário correspondente às férias, sendo o terço parte componente desse 
valor (art. 7º, XVII, CF/88). Portanto, onde se falar em dobra de férias, 
quer-se dizer: salário correspondente ao respectivo período, acrescido de 
um terço, e, em seguida, multiplicado por dois. Recurso de revista não 
conhecido, no aspecto. (...) 
( RR - 6500-17.2008.5.12.0043 , Relator Ministro: Mauricio Godinho 
Delgado, Data de Julgamento: 31/08/2011, 6ª Turma, Data de Publicação: 
09/09/2011). 
 
E... se o empregador possibilita o gozo das férias dentro do período 
concessivo, mas não procede ao pagamento das férias no prazo previsto no 
artigo 145 da CLT? 
 
Neste caso, incidirá a dobra? 
 
Sim. 
 
Conforme posicionamento dominante no âmbito do Tribunal Superior do 
trabalho, consubstanciado na OJ-SDI1-386, é devido o pagamento em 
dobro da remuneração de férias, ainda que gozadas na época própria, se o 
empregador tiver descumprido o prazo previsto no art. 145 do CLT. 
 
Veja a súmula: 
 
OJ-SDI1-386 FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA. PAGAMENTO FORA DO 
PRAZO. DOBRA DEVIDA. ARTS. 137 E 145 DA CLT. (DEJT divulgado em 09, 
10 e 11.06.2010) 
 
É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço 
constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na 
época própria, o empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 
145 do mesmo diploma legal. 
 
1.7 - Da extinção do contrato de trabalho 
 
Encerrado o contrato de trabalho, independentemente da causa de sua 
rescisão, será assegurado ao empregado o direito a remuneração simples 
ou em dobro, conforme o caso, de acordo com o período de férias já 
adquirido. (art. 146 da CLT). 
 
Então em se tratando das férias vencidas, ou seja, no qual o período 
aquisitivo já esteja completo, independentemente da forma de sua rescisão, 
é assegurando seu o pagamento. 
 
Neste caso, a incidência da dobra irá levar em conta o decurso ou não do 
período concessivo. 
 
Imagine a seguinte situação: 
 
Um empregado que ingressou na empresa no ano de jan/2009 e nunca 
gozou de suas férias, teve seu contrato de trabalho encerrado em jan/12, 
em quais períodos irá incidir a dobra? 
 
Então pensemos... 
 
Férias nunca gozadas. 
Prestação de serviço: jan/09 a jan/12. 
Períodos aquisitivos: jan/09 a jan/10, jan/10 a jan/11, jan/11 a jan/12. 
Períodos concessivos: jan/10 a jan/11, jan/11 a jan/12, jan/12 a jan/13. 
Data de extinção do contrato: jan/12. 
 
Férias simples: jan/11 a jan/12 
Férias dobradas: jan/09 a jan/10, jan/10 a jan/11 
 
Na hipótese de não completado o período aquisitivo relativo àquele ano, o 
empregado, desde que não demitido por justa causa, terá direito à 
remuneração relativa ao período incompleto, calculado na proporção de 
1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 dias. (Parágrafo único do 
art. 146 da CLT). 
 
O empregado demitido por justa causa perde o direito ao recebimento das 
férias proporcionais. (Súmula 171/TST). 
 
Já o empregado que tem reconhecida a culpa recíproca na rescisão do 
contrato de trabalho (art. 484 da CLT), tem direito a 50% (cinquenta por 
cento) do valor das férias proporcionais. (Súmula 14/TST). 
 
1.8 - Da prescrição 
 
O início da prescrição para reclamar do direito de férias ou do pagamento 
da respectiva remuneração é contado tomando-se como base o termino do 
período concessivo, ou seja, vencido os doze meses subsequente ao período 
aquisitivo, ou quando for o caso, do término do contrato de trabalho. 
 
CLT 
 
Art. 149 - A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o 
pagamento da respectiva remuneraçãoé contada do término do prazo 
mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessação do contrato de 
trabalho. 
 
1.9 - Bibliografia 
 
1. DELGADO, Maurício Godinho, in Curso de Direito do Trabalho. 8ª ed., São 
Paulo: LTr, 2009. 
 
2. BARROS, Alice Monteiro de, in Curso de Direito do Trabalho. 8ª ed., ver e 
ampl. São Paulo: LTr, 2010. 
 
3. MARTINS, Sérgio Pinto, in Direito do Trabalho. - 20ª ed. São Paulo, Atlas, 
2004. 
 
4. NASCIMENTO, Amauri Mascaro, in Curso de Direito do trabalho: história 
e teoria geral do direito do trabalho: relações individuais e coletivas do 
trabalho. - 26ª. ed. - São Paulo: Saraiva, 2011. 
 
 
2.8 - Notícias dos Tribunais 
 
 
É sempre bom conferir as notícias dos tribunais que relatam como os 
julgadores estão decidindo os temas mais complexos relacionados as férias 
dos trabalhadores. 
 
Contudo é oportuno salientar que não se deve assustar com uma ou outra 
decisão que possa parecer incoerente com as disposições legais, nem 
mesmo quando conflitante com outra decisão do mesmo tribunal. 
 
É assim mesmo. 
 
O direito não é uma ciência exata e os julgadores, da mesma forma que os 
doutrinadores, nem sempre estão afinados com uma interpretação. 
 
Assim, apenas para ilustrar e ainda, proporcionar um pouco de 
conhecimento prático, indicaremos no decorrer de nosso Estudo Temático 
algumas notícias dos Tribunais. 
 
2.9 - Notícias - Férias em dobro 
 
 
Você aprendeu que em algumas hipóteses, o pagamento das férias deve ser 
realizado em dobro. 
Desta forma, a notícia escolhida trata desta matéria. 
A decisão é do Tribunal Superior do Trabalho. 
Adiantamento apenas do abono de um terço não isenta empresa de 
pagar férias em dobro 
TST - 10/07/2012 
A Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Norte S.A. 
(Datanorte) foi condenada pela Terceira Turma do Tribunal Superior do 
Trabalho a pagar em dobro o valor das férias e do terço constitucional de 
uma empregada, por não ter efetuado o pagamento antecipado da 
remuneração, apenas do terço, antes do início das férias. O artigo 145 
da CLT estabelece que o pagamento da remuneração de férias deve ocorrer 
até dois dias antes do início do período de descanso. 
A Terceira Turma modificou decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 
21ª Região (RN), no sentido de que o pagamento do abono constitucional 
antecipadamente, e apenas da remuneração das férias fora do prazo 
estabelecido na CLT, não era motivo para a condenação em ao pagamento 
em dobro. Segundo o relator do recurso de revista, ministro Mauricio 
Godinho Delgado, o entendimento regional estava em dissonância com a 
atual jurisprudência do TST, expressa na Orientação Jurisprudencial 386 da 
Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1). 
O relator informou que, conforme determina o artigo 145 da CLT, a 
remuneração de férias, incluído o terço constitucional e, se for o caso, o 
abono pecuniário relativo à venda de dez dias de férias, deve ser paga até 
dois dias antes do início do respectivo período. O objetivo, segundo ele, 
viabilizar o efetivo usufruto das férias, inclusive sob a ótica prática, no 
aspecto econômico-financeiro. Após longa maturação jurídica, começou a se 
firmar a jurisprudência no sentido de que a omissão empresarial em 
antecipar o conjunto dos pagamentos de férias compromete o real usufruto 
do direito, destacou. Esse aspecto, portanto, possibilita a incidência do 
pagamento em dobro definido pelo artigo 137 da CLT. 
(Lourdes Tavares/CF) 
Processo: RR-60800-89.2011.5.21.0004 
2.10 - Notícias - Abono pecuniário 
 
 
Você aprendeu que em algumas hipóteses o empregado pode vender parte 
de suas férias. 
 
Desta forma, a notícia escolhida trata desta matéria. 
 
A decisão é do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais. 
Empregado não pode vender mais de dez dias de férias 
(26/04/2012) 
TRT - 3ª Região - MG - 26/04/2012 
O artigo 143 da CLT possibilita ao empregado converter 1/3 do período de 
férias em abono pecuniário. Trata-se do procedimento conhecido 
comumente como venda de férias. Em vez de gozar trinta dias de descanso, 
o trabalhador pode optar por suspender o trabalho apenas por vinte dias e 
receber o valor da remuneração que lhe seria devida pelos dez restantes. 
No entanto, se o limite legal não for respeitado, a conversão é nula e o 
empregador ficará obrigado a pagar o dobro da remuneração, na forma 
prevista no artigo 137 da CLT. 
E foi o que aconteceu no processo analisado pela 2ª Turma do TRT-MG. A 
reclamante afirmou em seu depoimento que sempre vendeu suas férias, 
sendo que, nos dois primeiros anos, foram vinte dias convertidos em 
dinheiro, nos últimos anos, trintas dias. A empregadora admitiu que pagava 
o valor correspondente a vinte dias de abono pecuniário em cada período de 
concessão de férias. Ou seja, a empregada descansava apenas dez. Por 
outro lado, a reclamante não conseguiu comprovar que, posteriormente, 
passou a vender os trintas dias, trabalhando durante todo o tempo que 
seria destinado às férias. 
Conforme observou o desembargador Sebastião Geraldo de Oliveira, a 
declaração da reclamada deixa claro o descumprimento ao artigo 143 da 
CLT, que permite a conversão de apenas 1/3 das férias. A venda de 2/3 do 
período causa prejuízo ao trabalhador, que acaba não descansando nem o 
mínimo previsto. Essa irregularidade enseja a aplicação do artigo 137 da 
CLT, que determina o pagamento em dobro da respectiva remuneração. 
 
A decisão de 1º Grau condenou a empresa ao pagamento de férias de forma 
simples, acrescida de 1/3. Isso porque a reclamante já recebeu pelo período 
e a dobra refere-se à repetição do valor correspondente à remuneração pelo 
trabalho em dias que seriam de descanso. Ocorre que, segundo destacou o 
relator, o pagamento deve ser limitado ao período dos vinte dias de férias 
anuais, que não foram usufruídas pela reclamante. O pagamento integral do 
período de férias caracterizaria enriquecimento sem causa da reclamante, já 
que alcançaria inclusive os 10 dias de férias efetivamente gozados pela 
autora, acrescentou. 
Com esses fundamentos, o desembargador deu parcial razão ao recurso da 
ré, apenas para limitar a condenação ao pagamento das férias ao período 
de vinte dias, que não foram gozados pela trabalhadora. 
( 0000460-12.2011.5.03.0060 RO ) 
2.11 - Notícias - Abono - Conversão em pecúnia - Terço 
Constitucional 
 
 
Você aprendeu que sobre a remuneração das férias incide o terço 
constitucional. Entretanto, em se tratando de sua conversão em pecúnia, 
também deve incidir o terço constitucional no cálculo? 
 
Desta forma, a notícia escolhida trata desta matéria. 
 
A decisão é do Tribunal Superior do Trabalho. 
SDI-1 discute incidência de terço constitucional sobre férias 
convertidas em pecúnia 
TST - 27/02/2012 
A Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal 
Superior do Trabalho manteve por unanimidade decisão que rejeitou a 
incidência do terço constitucional (adicional de férias) sobre o abono 
pecuniário. A subseção negou provimento a recurso em que o Sindicato dos 
Estabelecimentos Bancários de Florianópolis e Região questionava a 
metodologia aplicada pela Caixa Econômica Federal (CEF) no cálculo do 
terço constitucional nos casos de conversão de dez dias em pecúnia. A 
pretensão era a de que as férias do empregado que convertesse dez dias 
em espécie fossem pagas com o adicional de um terço sobre os 30 dias e, 
além disso, o valor dos dez dias convertidos em pecúnia deveria ser 
acrescido de mais um terço. A CEF, na contestação, afirmou que calculava o 
terço sobre os 30 dias, como exige a legislação, e que a diferença estava 
apenas na forma de lançamento dos valores, pois o cálculo era feito sobre 
cada parcela separadamente (os 20 dias efetivamente usufruídos e os dez 
dias convertidos em pecúnia). 
O

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