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Modificações gerais do organismo materno na gravidez Fatores Hormonais Fatores Mecânicos Alterações fisiológicas da gestação MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO • Emocionais e psicológicas; • Dos órgãos reprodutores; • Das mamas; • Do abdome; • Das glândulas endócrinas; • Do Sistema cardiovascular; • Do Sistema respiratório; • Do Sistema urinário; • Do massa corporal; • Do Trato gastrintestinal; • Do Sistema músculo esquelético; • Da pele. Gonadotrofina coriônica • Produção: *sinciotrofoblasto (duplica a cada 72h) • Fisiologia: - semelhante ao LH, estimula produção de progesterona - esteroidogênese placentária *Camada de células embrionárias sinciciais originadas dos trofoblastos, que tem como função abrir caminho na parede do endométrio para a implantação do blastocisto durante a primeira semana de gestação Progesterona • Produção: corpo lúteo e placenta • Fisiologia: - implantação - bloqueio de atividade contrátil Estrogênios • Estrona, estradiol, estriol • Produção: corpo lúteo e placenta • Fisiologia: - alterações mamáreas, pigmentação, - crescimento uteríno, ações anaeróbias, - supressão hipófise, alterações tireóide e supra-renal, metab. glicídico Lactogênio placentário • Reações cruzadas a PRL, somatotrofina • Produção: sinciciotrofoblasto (e também céls neoplásicas) • Fisiologia: - lipólise, ⇑ácidos graxos livres na CS - ⇓Consumo glicose - Anti-insulina - Gliconeogênese Alterações dos órgãos reprodutores • Útero: consistência / forma/ volume/ capacidade/posição/espessura – aumento acentuado no tamanho; – mudança na forma e posição; – intensificação das contrações de Braxton-Hicks (parto); – hipertrofia e alongamento das células musculares; • Cél. Musculares aumentam de 5 a 10x • 8ª sem – tamanho e peso triplicam; • 12ª sem – ocupa a cavidade pélvica; • 22ª sem – torna-se órgão abdominal (cicatriz umbilical); • 38ª – 40ª sem – encontra-se no nível do apêndice xifóide; • 40ª sem – globular e desce – hipertrofia de ligamentos; • Cérvix – aumento da vascularização e edema; – amolecimento – mais macio, elástico e secretivo (tampão mucoso); – elevação devido ao crescimento uterino; – mudança na coloração (róseo/violáceo); – encurtado próximo ao termo; • Vagina – aumento da vascularização e elasticidade; – tecido conjuntivo mais frouxo (amolecimento); – mudança na coloração; • Vulva – hipertrofia dos grandes lábios; – mudança na coloração (sinal de Chadwick ). – aumento da vascularização; – surgimento de edema; • Períneo – aumento da vascularização; – hipertrofia da pele; – mudança na coloração; Modificações físicas e endócrinas As alterações são decorrentes: - Enzimas e hormônios atuando sobre órgãos reprodutores - Aumento do volume e circulação do útero (alteração da estática materna) - Necessidade fetal de oxigênio e nutrientes (distúrbio no metabolismo materno) Ganho de Massa • Massa (peso) corporal: – Aumento médio varia de 11,5 a 16kg; – mecanismo de armazenamento de gordura (reserva). – dúvidas se há ou não consumo indiscriminado de glicose pela gestante? (suprir necessidades energéticas do feto); Ganho de massa Metabolismo glicídico ü Permanente demanda de glicose e aminoácidos, transferência preferencial da glicose ü Ácidos graxos livres não atravessam a placenta ü Valores de glicemia em jejum reduzidos (hopoglicemia gestacional) ü Redução da utilização periférica da glicose pela mãe (hormônios contra-insulínicos – Lactogênio Placentário) ü Hiperinsulinemia pós-prandial (fatores contra-insulínicos) Diabetes gestacional Metabolismo lipídico Necessidade de conservar a glicose para o feto Modificações no metabolismo lipídico Maior catabolismo de gorduras pelas mães Adrenalina GH Glucagon LpHS ação lipolítica Mobilização depósitos de gordura Aumento dos ácidos graxos livres Metabolismo proteico • Aminoácidos e energia para síntese proteica fetal • Proteínas totais ⇓: (hemodiluição) • Albumina: nítida queda • Gamaglobulinas pouca alteração • (α, β e fibrinogênio) ⇑ Desvio do centro de gravidade e polígono de sustentação Postura e deambulação Marcha anserina Dores cervicas e lombares Lordose lombar Alterações no Sistema cardiovascular (na maior parte no 1o trimestre) – aumento do débito cardíaco≅ volume e freqüência cardíaca ( volume- minuto - Û 30 a 40% e aumento do pulso de 10 bat/min); – diminuição da PA ≅ tônus vascular; – surgimento de edema nos MMII. • Modificações hemodinâmicas ü Dispnéia ü Diminuição da tolerância aos exercícios ü Taquicardia ü Alterações na ausculta cardíaca -sopro sistólico de ejeção -terceira bulha audível Sistema cardiovascular Sistema respiratório ü Consumo de oxigênio aumentado: 20 a 30% ü PaO2 e PaCO2 mantidas (↑ ventilação) ü pH mantido (secreção de bicarbonato aumenta) ü Tendência à alcalose respiratória* Sistema respiratório: Progesterona - Û da ventilação Estrogênio - Û da vascularização – elevação do diafragma (resp. + difícil) Ü – ampliação da caixa torácica – antero-posterior; – aumento da necessidade de oxigênio; – compressão do diafragma pelo útero; – diminuição na extensão dos pulmões; – dispnéia; – aumento da freqüência respiratória Sistema respiratório Sistema respiratório • Trato respiratório superior ü Hiperemia e congestão ü Tendência à epistaxe ü Predisposição para infecções (sinusite) • Volume sangüíneo ü Alterações provavelmente devidas ao aumento das concentrações hormonais: ACTH, ADH, aldosterona, cortisol, hormônio tireoidiano ü Aumento do volume plasmático: contínuo até 32 a 34 semanas, quando atinge elevação até 50% maior dos valores pré-gravídicos, estabilizando-se até o término Sistema hematológico Sistema hematológico • Massa eritrocitária ü Aumenta cerca de 40 a 50% (lentamente) ü Mecanismos de controle diferentes dos que regulam o aumento do volume sangüíneo (provavelmente por EPO) ü Redução do hematócrito Hb 11, ferro sérico 30mcg% ü Maior necessidade de ferro (anemia) ü Mobilização das reservas maternas Sistema hematológico • Leucócitos ü Elevados na gestação, parto e pós-parto • Hemostasia ü Modificações nos sistemas de coagulação e fibrinólise ü Aumento de fatores da coagulação (fibrinogênio) ü Fibrinólise ↓ até o parto (normal após dequitação) ü Plaquetas diminuem em número e sobrevida Sistema endócrino • Tireóide ü Aumento de volume ü Tendência à hiperfunção ü ↑ globulina carreadora (TBG) ü Avaliar sempre níveis de T4 livre e TSH T3 e T4 livre: níveis normais Hipertrofia da glândula tireóide Sistema endócrino • Pâncreas ü Hiperplasia células beta: > produção insulina ü Maior utilização periférica da insulina ü Tendência à hipoglicemia e cetonúria, na gravidez inicial ü 2a metade da gravidez → hormônio contra-insulínicos (lactogênio placentário, cortisol, progesterona e estrogênios) → resistência periférica à ação da insulina, “nem sempre” compensada por aumento dos níveis de insulina (Diabetes Gestacional) Sistema endócrino • Supra-renais ü Aumento progressivo do cortisol total e livre Sistema digestivo • Cavidade oral ü Aumento da salivação ü Hipertrofiae hiperemia gengival Sistema digestivo • Motilidade gastrintestinal ü Reduzida (progesterona) ü Esvaziamento gástrico mais lento ü Maior tendência a constipação Sistema digestivo • Estômago e esôfago ü Produção de HCl é variável e, algumas vezes, exagerada, especialmente no primeiro trimestre ü Peristalse esofágica reduzida + esvaziamento gástrico lento + relaxamento do cárdia → refluxo gástrico, (gravidez tardia, principalmente) → pirose Sistema digestivo • Náuseas e vômitos ü Mais freqüentes pela manhã ü Etiologia: fatores hormonais, psicogênicos, atonia gástrica, refluxo GE Sistema digestivo • Intestinos ü Com o aumento de volume do útero, as alças intestinais são deslocadas para cima e para os lados ü Apêndice: deslocado superiormente para o flanco direito ü Motilidade intestinal diminuída ü Tônus gastrintestinal diminuído ü Agravamento de patologias hemorroidárias Sistema digestivo • Vesícula biliar ü Função alterada, pela hipotonia da parede muscular lisa ü Esvaziamento é diminuído e, às vezes, incompleto ü Vesícula fica dilatada e sem tônus ü Bile pode tornar-se espessa ü Maior predisposição a cálculos Sistema digestivo • Fígado ü Não sofre alterações morfológicas ü Alterações funcionais: -Fosfatase alcalina aumenta (isoforma placentária) -Albumina diminui (dilucional?) -Globulinas tendem a aumentar -Relação albumina/globulinas diminui • Sistema urinário: – aumento no tamanho dos rins; – dilatação da pelve e ureteres; – fluxo de urina retardado; – elevação da excreção de água e sódio à noite; Sistema urinário Sistema urinário • Função renal ü Alterações provavelmente devidas ao aumento dos níveis hormonais: ACTH, ADH, aldosterona, cortisol, hormônio tireoidiano ü Aumento do volume plasmático ü Aumento da taxa de filtração glomerular (50%) ü Aumento do fluxo plasmático renal (25-50%) Sistema urinário • Rins ü Pelve renal dilatada (60 ml) (não-grávida = 10 ml) ü Ureteres dilatados, principalmente à direita ü Aumento da estase urinária ü Maior predisposição a cálculos • Hidronefrose da gravidez Sistema urinário Tempo Fluxo plasmático renal (ml/min) Taxa de filtração glomerular (ml/min) Gravidez 13 semanas 20 semanas 38 semanas 804 749 589 161 157 146 Puerpério 20 semanas 80 semanas 491 549 100 97 Danforth, 1982 Pele • Pigmentação: ü Aumentada: mamilos, umbigo, axilas, períneo, linha nigra ü Estrogênios e P4 estimulam o hormônio melanocítico Pele – Mamas • Alterações nas mamas – aumento no volume, turgor (firmeza) e na vascularização; – hiperpigmentação da aréola primária(8ª sem) e Sinal de Hunter - limites imprecisos ao redor da aréola primária surgimento da aréola secundária(20ª sem); – aumento da circulação cutânea (rede venosa de Haller ); – mamilos eretos e sensíveis; – multiplicação das glândulas sebáceas de Montgomery; (8ª sem) na auréola primária – aparecimento de estrias; – aparecimento do colostro(16 sem). Pele – Mamas Alterações nas mamas Alterações na pele (hiperatividade das gland. sudoríparas, sebáceas e dos folículos pilosos) – aparecimento de telangectasias nos MMII; – surgimento de estrias gravídicas; – presença de lanugem (sinal de alban ); Hipertricose – sudorese excessiva; – seborréia; • Hormônio melanotrófico da hipófise atua sobre os melanotrofos epidermicos - aumento da pigmentação - cloasma gravídico (máscara gravídica) Cloasma ou “máscara gravídica”: manchas de tonalidade escura distribuídas nas áreas mais expostas da face Pele • Vasculatura: ü Eritema palmar ü Telangiectasias ü Aumento dos estrogênios Alterações no abdome • – distenção gradativa; – modificação do contorno e forma; – pigmentação da linea nigra ; – cicatriz umbilical escurecida (sinal de Cullen ); – surgimento de estrias. ü Estrias: abdome, mamas e quadril ü Estiramento das fibras colágenas ALTERAÇÕES NA GRAVIDEZ (SINAIS) -Sinal de Alban – lanugem na face. -Cloasma ou Máscara gravídica - manchas escuras ou acastanhadas na face, principalmente nas regiões malares (maçãs do rosto), na testa, nariz, lábio superior e têmporas. -Sinal de Hunter – aréola secundária mais clara. -Rede de Haller – aumento visível da vascularização das mamas. -Tubérculos de Montgomeri – glândulas sebáceas hipertróficas. -Linha Nigra – hiperpigmentação do abdome. -Sinal de Cullen – escurecimento da cicatriz umbilical (violáceo). - Sinal de Hegar – amolecimento do istmo. - Sinal de Piskacek – útero abaulado e amolecido (forma assimétrica). - Sinal de Nobile-Budin – fundo de saco da vagina cheios (entumecidos). - Sinal de kluge – aumento da vascularização da vagina. - Sinal de Jacquemier ou Chadwick – hiperpigmentação e tumefação da vulva e vagina. - Sinal de Puzos – rechaço fetal (14 sem).
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