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DIR. PENAL I Casos Concretos 1 ao 15 AV1

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DIR. PENAL I
2016.1
CASOS CONCRETOS
SEMANA 1
1) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e
pelo seu professor.
Maria, funcionária de uma empresa de telecomunicações, uma semana após comunicar seu empregador que
estava grávida com o respectivo laudo é demitida por ordem direta do dono da empresa, o Sr Ricardo.
Considerando que Ricardo praticou um ilícito, violando o art. 391-A da CLT (decreto lei 5.452/43) é possível
afirmar que ele praticou um crime, uma vez que será sancionado? Assim, é possível afirmar que todo ilícito
configura crime? Responda de forma justificada com base nos estudos realizados sobre as missões do Direito
Penal no Estado Democrático de Direito.
Nem todo ilícito configura crime, somente os bens jurídicos de caráter relevante do indivíduo e da
sociedade é que serão tutelados pelo Direito Penal. Nele estão estabelecidas as condutas consideradas
ilícitas e suas respectivas sanções.
O ato do empregador, embora ilícito, não configura crime e será tratado pelo Direito Trabalhista.
2) O Direito Penal é uma ferramenta de controle social, na medida que visa coibir condutas lesivas. Porém, num
Estado Democrático de Direito, ainda que num olhar Garantista a análise do bem jurídico é de suma
importância critério limitador do poder punitivo do Estado. Assim, analisando a função do Direito Penal,
marque a opção correta:
a) O Direito Penal visa garantir todos os bens jurídicos, por isso deve ser o mais amplo possível.
b) A pena é uma característica do Direito e, por isso, é definida como sanção em todos os ramos jurídicos
c) A pena, exclusiva do Direito Penal, como visa ressocializar, seu uso é sempre salutar, devendo ser utilizada
mesmo nos conflitos mais simples.
d) Em razão da gravidade da pena, o Direito Penal só deve ser aplicado nos casos de grave violação nos
bens jurídicos de maior relevância.
3) Segundo a aula ministrada sobre as fontes do Direito Penal, assinale a alternativa incorreta:
a)Na ausência de lei penal, o juiz pode usar os costumes para sancionar uma conduta considerada lesiva.
b) Os Estados membros e municípios não podem legislar matéria criminal.
c) As medidas provisórias, atos normativos exclusivos do Presidente da República, embora com força de lei,
não são lei, por isso não podem tratar matéria criminal.
d) O legislador penal, em atenção ao princípio da intervenção mínima, deverá evitar a criminalização de
condutas que possam ser contidas satisfatoriamente por outros meios de controle, formais ou informais, menos
onerosos ao indivíduo.
SEMANA 2
1) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e
pelo seu professor.
Em abril de 2014 José é flagrado por autoridades de fiscalização com um molinete e anzol pescando numa área
interditada, de preservação ambiental. Em depoimento ele afirma que estava pescando apenas para distrair e
levar um peixinho para o almoço, não fazendo de tal prática seu meio de vida. Ocorre que ele é preso e
denunciado pela prática do crime previsto no art. 34 da lei 9.605/98. Uma vez condenado, havendo recurso da
defesa o TRF o absolveu alegando que não ocorreu dano e nem grave risco ao bem jurídico tutelado que é o
meio ambiente.
Ante o exposto, é correto afirmar que a decisão do magistrado teve por fundamento qual(is) princípio(s)
norteador(es)de Direito Penal? Responda de forma fundamentada.
Como a questão não deixou claro, vou supor que o magistrado ao qual ela se refere seja aquele de
primeira instância que condenou José, pois, em segunda instância, a questão deveria referir-se a uma
turma de magistrados ou destacá-lo como magistrado-revisor, assim como não deixou claro se a decisão
era de condenação ou de absolvição.
Os princípios tomados por base para a condenação foram os da legalidade, da lesividade e da
culpabilidade. O princípio da legalidade pelo fato de José ter praticado crime previsto no art. 34 da Lei
nº 9.605/98. O princípio da lesividade por ser o meio ambiente um bem jurídico relevante. O princípio da
culpabilidade pelo fato do sujeito ter praticado o crime de forma dolosa, pois a área de proteção
ambiental estava interditada, o que não impediu José de praticar o ato.
2) Marcos, após beber 2 copos de cerveja com amigos, entra em seu carro e volta dirigindo para sua casa.
Porém, no meio do caminho é parado por uma operação da lei seca. Ao ser submetido ao teste de alcoolemia
pelo ?bafômetro? é constatada a ingestão de álcool, sendo preso em flagrante em razão do art. 306 do Código
de trânsito (lei 9.503/97). Considerando que nos autos não há qualquer depoimento ou outra prova atestando
que Marcos dirigia de forma perigosa ou sob o efeito do álcool, o juiz o absolveu informando que sua conduta
não lesionou e nem gerou um risco concreto à incolumidade pública. Com base nessa decisão, qual o princípio
norteador do direito foi utilizado pelo magistrado?
a) da legalidade
b) da lesividade
c) da adequação social
d) da subsidiariedade
3) Em relação ao princípio da insignificância ou de bagatela, assinale a alternativa incorreta:( Prova: MPE-SP -
2006 - MPE-SP - Promotor de Justiça)
a) seu reconhecimento exclui a tipicidade, constituindo-se em instrumento de interpretação restritiva do
tipo penal.
b) somente pode ser invocado em relação a fatos que geraram mínima perturbação social.
c) sua aplicação não é prevista no Código Penal, mas é amplamente admitida pela doutrina e jurisprudência.
d) somente tem aplicabilidade em crimes contra o patrimônio.
e) exige, para seu reconhecimento, que as consequências da conduta tenham sido de pequena relevância.
SEMANA 3
1) Maria, após ter bebido alguns copos de cerveja num churrasco com amigos, acreditando estar bem pega seu
carro para voltar para casa. Porém, em razão dos efeitos do álcool, numa curva perde a direção, vindo a colidir
com outro veículo, gerando uma lesão corporal no condutor. Identificada a alcoolemia, Maria é indicia e
denunciada pelos crimes de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e por dirigir alcoolizada,
conforme os artigos 302 e 306 do CTB (lei 9.503/97). Analisando os princípios que solucionam o conflito
aparente de normas, está correta essa capitulação? O que pode ser alegado na defesa de Maria quanto à referida
tipificação? Justifique sua resposta.
O fato de estar dirigindo embriagada (tipificado como crime no art. 306 do CTB) foi o meio necessário,
porém não com essa intenção, à consumação do crime de lesão corporal culposa na direção de veículo
automotor (tipificado como crime no art. 303, do CTB).
Dentre os princípios que esclarecem o conflito aparente das normas, para o presente caso aplica-se o
princípio da consunção, observando a teoria da progressão criminosa, especificamente quanto ao
antefactum impunível que, por sua definição, esclarece que um fato anterior menos grave quando
praticado como meio necessário para a realização de outro, este fato menos grave deve ser
desconsiderado e, desta forma, impunível.
Por isso vemos que a parte não deveria ser indiciada por embriaguez ao volante (fato anterior menos
grave), mas tão somente por lesão corporal na condução de um veículo automotor, por esta última já
abranger àquela.
2) Um fato definido por uma norma incriminadora é meio necessário ou normal fase de preparação ou execução
de outro crime, bem como quando constitui conduta anterior ou posterior do agente, cometida com a mesma
finalidade prática atinente àquele crime?. (DPE-MS/ 2012 - VUNESP - Defensoria Pública). No conflito
aparente de normas, esta afirmação explica o princípio da:
a) Especialidade
b) Subsidiariedade
c) Consunção
d)Alternatividade
3) Segundo os estudos da presente aula, marque a opção correta quanto à norma penal em branco:
a) é uma norma incompletaque precisa de outro ato normativo para integrá-la
b) é uma norma incompleta que exige a interpretação analógica
c) é uma norma clara e precisa
d) é uma norma permissiva que afasta o delito
SEMANA 4
1) Consta dos autos que o ora paciente foi denunciado pelo Ministério Público Federal pela prática dos crimes
de tráfico de drogas (Lei 6.368/76, art. 12, ?caput?, c/c o art. 18, I e III) e de corrupção ativa (CP, art. 333, ?
caput?), após haver sido preso em flagrante, no município de Jaci/SP, em 12/11/2000, na posse de seis mil e
dezesseis (6.016) frascos de ?lança- -perfume?, produto contendo o componente químico identificado no HC
120026 / SP laudo de constatação como cloreto de etila, ocasião em que ofereceu vantagem indevida aos
Policiais Rodoviários Federais responsáveis pela sua prisão, com o fim de determiná-los a permitir a sua
liberação.
Todavia, houve superveniente edição da Resolução ANVISA nº 104/2000, publicada em 07/12/2000, que
excluiu o cloreto de etila da relação constante da Lista das Substâncias Psicotrópicas de Uso Proscrito no Brasil
(Portaria SVS/MS nº 344/98), embora, 8 dias depois referida Resolução sofre nova alteração incluindo
novamente a substância de cloreto de etila.
Assim, o autor do fato poderá ser beneficiado de alguma forma? Justifique sua resposta.
No Brasil, a nossa Constituição em seu art. 5º, XL, assim como o art. 2º do CP, adotam o princípio da
irretroatividade da lei penal, retroagindo apenas nos casos em que beneficiar o réu. Por tal instituto
podemos notar que o autor do fato, quanto à acusação de tráfico de drogas, será beneficiado pela
publicação da Resolução da ANVISA que desconsiderou o uso da substância cloreto de etila como sendo
algo de uso proibido. 
A posterior publicação da Resolução corrigindo esse equívoco não retroagirá, visto que, nesse caso, 
estaria retroagindo em prejuízo do réu, o que não é aceito pela legislação brasileira.
2) Um francês que mata um português a bordo de um navio privado brasileiro que se encontra ancorado num
porto italiano responderá, via de regra e pelo princípio da ubiquidade, pela lei de que país?
a) Brasil
b) França
c) Itália
d) Portugal
3) Em virtude da seca que assola o país, considere a hipótese em que seja promulgada uma Lei Federal
ordinária que estabeleça como crime o desperdício doloso ou culposo de água tratada, no período compreendido
entre 01 de novembro de 2014 e 01 de março de 2015. Em virtude do encerramento da estiagem e volta à
normalidade, não houve necessidade de edição de nova lei ou alteração no prazo estabelecido na citada
legislação. Nessa hipótese, o indivíduo A que em 02 de março de 2015 estiver sendo acusado em um processo
criminal por ter praticado o referido crime de ?desperdício de água tratada?, durante o período de vigência da
lei, (Inspetor de polícia civil de primeira classe - VUNESP - 2015)
a) poderá ser condenado pelo crime de ?desperdício de água tratada? ainda que o período indicado na lei
que previu essa conduta esteja encerrado.
b) não poderá ser punido pelo crime de ?desperdício de água tratada?
c) só poderá ser punido pelo crime de ?desperdício de água tratada? se houver nova edição da lei no próximo
período de seca.
d) só poderá ser punido pelo crime de ?desobediência? em virtude de não mais subsistir o crime de ?desperdício
de água tratada?.
e) poderá ser condenado pelo crime de ?desperdício de água tratada?, no entanto esta condenação não poderá
ser executada.
SEMANA 5
1) Uma empresa de produtos químicos é autuada em flagrante por despejar num rio próximo lixo tóxico sem o
devido tratamento, configurando o crime previsto no art. 54 da lei 9.605/98. Tal lesão decorreu de uma decisão
dos votos dos sócios que decidiram por economizar verbas naquele momento. Porém, a empresa foi denunciada
e condenada criminalmente pelo delito. Esta correta essa decisão? Uma pessoa Jurídica pode responder
criminalmente? Justifique sua resposta.
Sim, embora seja o delito o resultado de uma ação humana, a constituição federal de 1988 prevê a
possibilidade de punir penalmente a pessoa jurídica por ter, ela própria, praticado uma atividade lesiva
ao meio ambiente, conforme redação de seu artigo 225, §3 e da lei nº 9.605/98. Cf, art. 225, §3 as condutas
e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão aos infratores, pessoas físicas ou jurídicas,
a sansões penais e administrativas, independente da obrigação de reparar os danos causados. Lei nº
9.605/98, art. 3º as pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme
o disposto nesta lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
2) Em que consiste o crime de mão própria? (MPE-MS - 2011 - MPE-MS - Promotor de Justiça)
a) O crime de mão própria pode ser praticado por qualquer pessoa;
b) O crime de mão própria somente pode ser praticado mediante paga ou promessa de recompensa;
c) O crime de mão própria somente pode ser praticado contra criança ou adolescente;
d) O crime de mão própria é aquele que somente pode ser praticado pela pessoa expressamente indicada no tipo
penal;
e) O crime de mão própria só pode ser praticado por pessoas de certa faixa etária.
3) O crime de perigo para a vida ou saúde de outrem previsto no art. 132 do Código Penal é considerado de
perigo (FCC - 2011 - MPE-CE - Promotor de JustiçaParte superior do formulário)
a) comum.
b) concreto.
c) abstrato.
d) presumido.
e) omissivo.
SEMANA 6
1. Vera, mulher humilde, do lar e mãe de 4 filhos, certa vez, durante a noite, ao perceber a ausência de seu
companheiro se levanta e o flagra no quarto de sua filha mais velha, a qual contava com 11 anos de idade tendo
relação sexual com esta. Porém, com medo de se ver sozinha, se cala e nada faz para impedir o ato, o qual ainda
se repete mais quatro vezes ao longo do mês. Porém, o fato sendo relatado a uma tia pela menina, é levado à
autoridade policial que indicia o autor pelo crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do CP). Considerando a
conivência de Vera, analisando sua omissão, defina sua responsabilidade penal. Justifique.
Houve um crime omissivo impróprio, o individuo não responde pela omissão em si, mas sim pelos efeitos,
pela conseqüências decorrentes da omissão, cabendo lembrar que crime sexual contra menor de 14 anos
é considerado crime Hediondo e a CONSTITUIÇÃO FEDERAL em seu art. 5 diz que responderão pelo
crime hediondo os mandantes, os executores e quem podendo evitar se omitir, logo VERA é,
notoriamente GARANTIDORA DA INTEGRIDADE SEXUAL da sua filha, no caso concreto não há
informações sobre a impossibilidade de Vera agir para evitar o resultado do estupro, ela optou por deixar
sua filha ser abusada sexualmente para não perder seu companheiro ela ocorre em omissão imprópria.
Por conta disso, ela deverá responder pelo mesmo crime que for imputado ao companheiro, ou seja,
ambos serão julgados por estupro de vulnerável.
2. Segundo as teorias da ação, marque a opção correta (defensor público substituto / RO - 2010):
a) A ação para teoria causal é sempre uma atividade final, graças ao saber final do homem.
b) A ação para a teoria final é sempre uma atividade natural, baseada na causalidade.
c) A ação para a teoria final é sempre uma atividade dirigida à determinada finalidade graças ao saber causal do
homem.
d) Pode-se dizer que a finalidade é cega, e a causalidade é vidente.
e) Para a teoria finalista, o dolo e a culpa integram a culpabilidade.
3. MPE-PR - 2013 - MPE-PR - Promotor Substituto
Assinale a alternativa correta:
a) No crime comissivo por omissão ou omissivo impróprio inexiste o dever jurídico de agir, não respondendo o
omitente pelo resultado, mas pela própria prática da conduta omissiva, podendo ser citado, como exemplo, o
crime de omissãode socorro. Já no crime omissivo próprio o omitente devia e podia agir para evitar o resultado
b) No crime omissivo próprio o agente responde pelo resultado que deu causa. Já no caso do crime omissivo
impróprio este se aperfeiçoa com a simples omissão;
c)Os denominados delitos omissivos próprios, como os omissivos impróprios ou comissivos por omissão, são
considerados crimes de mera conduta, posto que a omissão não pode dar causa a qualquer resultado;
d)Os denominados crimes omissivos próprios admitem tentativa;
e) o crime omissivo próprio o omitente não responde pelo resultado, perfazendo-se o crime com a simples
omissão do agente, podendo ser citado, como exemplo, o crime de omissão de socorro. Já no crime
comissivo por omissão ou omissivo impróprio o omitente devia e podia agir para evitar o resultado.
SEMANA 7
1.O incêndio na boate Kiss matou 242 pessoas e feriu 680 outras numa discoteca da cidade de Santa Maria, no
estado brasileiro do Rio Grande do Sul. O incêndio ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 e foi
causado pelo acendimento de um sinalizador por um integrante de uma banda que se apresentava na casa
noturna. A imprudência e as más condições de segurança ocasionaram a morte de mais de duas centenas de
pessoas.
Os integrantes da banda e o dono da casa noturna foram indiciados pelos homicídios na forma do dolo eventual.
Considerando que os músicos estavam dentro da boite no momento do fato tendo ocorrido, inclusive, a morte
de um deles e que esse era o principal empreendimento de seu dono e que era um completo sucesso, está correta
a qualificação? Analisando o dolo e a culpa, justifique sua resposta.
No dolo eventual o Musico prevê a possibilidade do acidente e assume o risco da ocorrência do seu
resultado, não se importando com sua ocorrência. Já na culpa consciente o Musico tinha a previsão da
ocorrência do resultado, porém acreditava sinceramente que não ocorreria. 
2 - (Prova: UEG - NÚCLEO - 2008 - PC-GO - Delegado de Polícia) Sobre o dolo, é CORRETO afirmar:
a) o dolo direto de segundo grau compreende os meios de ação escolhidos para realizar o fim, incluindo
os efeitos secundários representados como certos ou necessários, independentemente de serem esses
efeitos ou resultados desejados ou indesejados pelo autor.
b) age com culpa consciente aquele químico que manipula fórmulas para produção de alimentos sem as devidas
cautelas relativas à contaminação; no entanto, sabedor do perigo e pouco se importando com o resultado,
continua a atuar e acaba, desse modo, causando lesão à saúde dos consumidores.
c) no dolo de primeiro grau, o agente busca indiretamente a realização do tipo legal.
d) o Código Penal pátrio, no artigo 18, inciso I, adotou somente a teoria da vontade. 
3 - Pedro, não observando seu dever objetivo de cuidado na condução de uma bicicleta, choca-se com um
telefone público e o destrói totalmente. Nesse caso, é correto afirmar que Pedro: (OAB FGV / 2011)
a) deverá ser responsabilizado pelo crime de dano simples, somente.
b) deverá ser responsabilizado pelo crime de dano qualificado, somente.
c) deverá ser responsabilizado pelo crime de dano qualificado, sem prejuízo da obrigação de reparar o dano
causado.
d) não será responsabilizado penalmente.
SEMANA 8
1 ? Marcos, ao conduzir tranquilamente seu veículo na mão de direção é repentinamente abalroado em sua
traseira por um outro veículo, conduzido por Jorge, que o conduzia de forma distraída falando no seu celular.
Marcos, ao perder a direção, acaba colidindo com um poste, o qual se rompe e cai sobre seu veículo, atingindo-
o no crânio, causando a morte. Analisando a dinâmica dos fatos e a causalidade, defina a responsabilidade penal
de Jorge. Justifique.
Jorge respondera por homicídio culposo na direcão de veículo, conforme o Art 302, do CTB. Pois violou o
cuidado do dever objetivo agindo de forma imprudente, ocasionando o acidente, e consequentemente, a
morte de Marcos.
2 - Ana e Bruna desentenderam-se em uma festividade na cidade onde moram e Ana, sem intenção de matar,
mas apenas de lesionar, atingiu levemente, com uma faca, o braço esquerdo de Bruna, a qual, ao ser conduzida
ao hospital para tratar o ferimento, foi vítima de acidente de automóvel, vindo a falecer exclusivamente em
razão de traumatismo craniano.
Acerca dessa situação hipotética, é correto afirmar, à luz do CP, que Ana: (2009 - CESPE - OAB)
a) não deve responder por delito algum, uma vez que não deu causa à morte de Bruna.
b) deve responder apenas pelo delito de lesão corporal.
c) deve responder pelo delito de homicídio consumado.
d) deve responder pelo delito de homicídio na modalidade tentada.
3 - NÃO ocorre nexo de causalidade nos crimes: (Delegado de Polícia DF 2005)
a) de mera conduta;
b) materiais;
c) omissivos impróprios;
d) comissivos por omissão;
e) de dano.
SEMANA 9
1 - Carlos, não tendo habilitação, realiza em casa uma falsificação grosseira com base na carteira de um amigo
(inclusive ficando borrada e com dados fora de ordem). Sendo parado em uma blitz policial dirigindo um carro
seu devidamente vistoriado é solicitada sua habilitação, quando temerosamente ele entrega o documento
falsificado, o que é imediatamente identificado pela autoridade. Sendo indiciado pelos crimes dos artigos 297 e
304 do CP, o que pode ser alegado em sua defesa? Justifique sua resposta.
O entendimento pacífico, na doutrina e na jurisprudência, é no sentido de que se o documento falso não
for apto a ludibriar a maioria das pessoas, configura-se crime impossível, por absoluta ineficácia do meio
empregado.
O caso em tela demonstra claramente que o documento de habilitação foi falsificado de forma grosseira,
incapaz de iludir uma pessoa comum, quanto mais uma autoridade policial; fato esse passível da
alegativa de crime impossível por ineficácia absoluta do meio, em conformidade com o artigo 17 do
Código Penal.
2 - Lúcia, objetivando conseguir dinheiro, sequestra Marcos, jovem cego. Quando estava escrevendo um bilhete
para a família de Marcos, estipulando o valor do resgate, Lúcia fica sabendo, pela própria vítima, que sua
família não possui dinheiro algum. Assim, verificando que nunca conseguiria obter qualquer ganho, Lúcia
desiste da empreitada criminosa e coloca Marcos dentro de um ônibus, orientando-o a descer do coletivo em
determinado ponto. 
Com base no caso apresentado, assinale a afirmativa correta. (2013 ? FGV ? OAB)
a) Lúcia deve responder pelo delito de sequestro ou cárcere privado, apenas.
b) Lúcia não praticou crime algum, pois beneficiada pelo instituto da desistência voluntária.
c) Lúcia deve responder pelo delito de extorsão mediante sequestro em sua modalidade consumada.
d) Lúcia não praticou crime algum, pois beneficiada pelo instituto do arrependimento eficaz.
3 - Pretendendo matá-lo, Fulano coloca veneno no café de Sicrano. Sem saber do envenenamento, Sicrano
ingere o café. Logo em seguida, Fulano, arrependido, prescreve o antídoto a Sicrano, que sobrevive, sem
qualquer seqüela. Diante disso, é correto afirmar que se trata de hipótese de (2007 - VUNESP - OAB-SP)
a) crime impossível, pois o meio empregado por Fulano era absolutamente ineficaz para obtenção do resultado
pretendido.
b) tentativa, pois o resultado não se consumou por circunstâncias alheias à vontade de Fulano.
c) arrependimento posterior, pois o dano foi reparado por Fulano até o recebimento da denúncia.
d) arrependimento eficaz, pois Fulano impediu voluntariamente que o resultado se produzisse.
SEMANA 10
1 - Marcos, durante um bloco de carnaval, apertado para urinar e sem alternativas próximas, como banheiros
químicos, vai para trás de um poste da forma mais discreta possível. Porém, ao terminar de urinar percebe o
flagrante realizado por um guarda municipal. Sendo autuado pelo crime de ato obsceno previsto no art. 233 do
CP, analisando os elementos do tipo penal, defina sua principal tese defensiva de formajustificada.
O artigo 233, do CP, pune a conduta de praticar ato obsceno em lugar público ou aberto ou exposto ao
público. Para a configuração do crime, exige-se o dolo que consiste na vontade livre de praticar o ato,
consciente da publicidade do local e de estar ofendendo o pudor. Por fim, o ato há de ter conotação
sexual. Como se observa no enunciado, Marcos, diante da falta de alternativa em usar um banheiro
químico próximo, procurou tão somente satisfazer suas necessidades fisiológicas, em local escondido, sem
nenhuma conotação sexual. O crime em referência não é punido na forma culposa.
Diante das considerações acima, não tendo ocorrido o dolo, a conduta de Marcos é considerada atípica,
não podendo ele ser responsabilizado penalmente pelo crime do artigo 233, do CP.
2 - Segundo os estudos sobre os elementos constitutivos do tipo penal, marque a opção correta:
a) os três elementos são cumulativos e estão presentes em todos os tipos
b) o elemento normativo precisa ser valorado para se alcançar seu atual significado 
c) o elemento objetivo trata do especial fim de agir do sujeito
d) o elemento subjetivo sempre é vago e indeterminado 
3 - Segundo os estudos sobre a teoria do delito é possível afirmar que o fato típico é: (2009 - MPE-SE - Técnico
do Ministério Público)
a) a modificação do mundo exterior descrita em norma legal vigente.
b) a descrição constante da norma sobre o dever jurídico de agir.
c) a ação esperada do ser humano em face de uma situação de perigo.
d) o comportamento humano descrito em lei como crime ou contravenção.
e) a possibilidade prevista em lei do exercício de uma conduta ilícita
SEMANA 11
1 Marcos, um terrível traficante, dirigindo seu carro reconhece um antigo desafeto seu numa moto parado no
sinal de trânsito. Na intenção de matá-lo ou, ao menos, causar-lhe grave lesão, joga o carro sobre ele, atingindo-
o, causando sua queda e lesões corporais graves. Porém, o que Marcos não sabia é que o referido motociclista
estava emparelhado a um carro também parado no sinal e iniciava um assalto com a arma apontada para a
vítima por de baixo da jaqueta. Com isso, Marcos acabou repelindo uma injusta agressão, porém, sem saber.
Analisando os elementos constitutivos das descriminantes responda qual seria a responsabilidade penal de
Marcos. Este poderia alegar alguma excludente de ilicitude? Justifique sua resposta.
A conduta de Marcos não tinha a finalidade de defender o direito de outrem, visto que desconhecia essa
situação, portanto, a excludente de legítima defesa não poderá ser alegada, isso porque um dos requisitos
da legítima defesa é o total conhecimento da situação justificante. No caso, Marcos atuou com o dolo de
matar ou ferir gravemente seu desafeto, devendo ser responsabilizado penalmente por lesão corporal de
natureza grave. 
2 - Considera-se em estado de necessidade quem: (2015 / VUNESP - PC-CE – Delegado de Polícia Civil de 1a
Classe) 
a) pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar,
direito próprio ou alheio, ainda que nas circunstâncias seja exigível sacrifício.
b) exclusivamente em situação de calamidade pública, pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se.
c) pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro
modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
d) exclusivamente em situação de calamidade pública, pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio (excluído direito alheio), cujo
sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
e) pratica o fato para salvar de perigo iminente ou atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro
modo evitar, direito próprio ou alheio, ainda que nas circunstâncias seja exigível sacrifício. 
3 - Rivaldo ateou fogo em seu apartamento para receber o seguro correspondente. No entanto, não conseguiu
sair do imóvel pelas portas e tentou escapar pela janela, com a utilização de uma corda, juntamente com a sua
empregada Nair. A corda começou a romper-se e, em face da existência de perigo atual e inevitável para sua
vida, fez Nair desprender-se da corda, cair e morrer, o que permitiu que descesse até o solo. Nesse caso,
Rivaldo: (2013 - FCC - MPE-AM)
a) não agiu em estado de necessidade, porque era razoável exigir-se o sacrifício do direito próprio em situação
de perigo.
b) agiu em estado de necessidade, porque não podia de outra forma salvar-se da situação de perigo.
c) não agiu em estado de necessidade, porque a situação de perigo foi provocada por sua vontade. 
d) agiu em estado de necessidade, porque o perigo era atual e inevitável. e) agiu em estado de necessidade,
porque o perigo era eventual e abstrato.
SEMANA 12
Leandro, um policial militar em serviço, ao se deparar com dois elementos suspeitos na iminência de furtar um
veículo efetua voz de prisão. Porém, um deles saca uma arma e dispara contra o policial, o qual a fim de repelir
a agressão efetua dois disparos, os quais atingem, causando a morte do ladrão. O segundo, diante do flagrante
tenta fugir, mas o policial corre atrás dele mandando que pare e diante da recusa de parar, Leandro efetua um
disparo em sua perna, causando uma lesão corporal permitindo a sua prisão. Com isto, analisando as duas
situações, defina a responsabilidade penal de Leandro. Justifique sua resposta analisando as descriminantes.
Justifique sua resposta.
Na primeira situação, embora o policial tenha matado um dos criminosos, não haverá crime, visto que o
policial atuou em legítima defesa de sua vida, ao revidar uma injusta agressão. 
Na segunda situação, o enunciado nos traz o emprego de arma de fogo, após determinação de parar, com
disparo na perna do segundo criminoso, o que permitiu ao policial realizar a prisão. Assim, a situação
nos remete à hipótese do reconhecimento da excludente da ilicitude, na modalidade estrito cumprimento
do dever legal. No caso, ao que parece, teria ocorrido uma lesão sem maiores consequências. E se
ocorresse uma lesão grave ou mesmo sobreviesse a morte?
Pois bem, ocorrendo lesão leve, grave ou gravíssima ou mesmo a morte ou até mesmo nada ocorrendo,
pode o policial efetuar disparos contra aquele que, sem emprego de violência, busca fugir à prisão em
flagrante? A conduta não parece ser adequada. De fato, a atuação policial decorre da lei, contudo, se
desenvolve estritamente de acordo com o regramento jurídico, inclusive em conformidade com os
preceitos constitucionais. Reforçando a ideia que a conduta do policial não está em conformidade com a
excludente anteriormente mencionada, segue um trecho colhido na jurisprudência, constante do Recurso
Especial nº 402.419 - RO (2001/0191236-6), de 21/10/2003, do Superior Tribunal de Justiça, sendo relator
o Ministro Hamilton Carvalhido: “2. Não há falar em estrito cumprimento do dever legal, precisamente
porque a lei proíbe à autoridade, aos seus agentes e a quem quer que seja desfechar tiros de revólver ou
pistola contra pessoas em fuga, mais ainda contra quem, devida ou indevidamente, sequer havia sido
preso efetivamente”.
Dentro desse raciocínio, penso que o policial deverá responder pelo crime de lesão corporal.
Reforçando o que já foi exposto, coloco a seguinte situação: Um jovem, conduzindo um veículo sem
habilitação, avista uma blitz policial a sua frente. Com medo de ser preso e descoberta a sua situação,
empreende fuga com o veículo, não obedecendo aos acenos para que parasse. Um dos policiais, em razão
dessa desobediência, efetua disparos contra o veículo e acaba atingindo mortalmente seu condutor.
Balizando-se os bens jurídicosprotegidos, de um lado a incolumidade pública (conduzir o veículo sem
habilitação) do outro lado a vida, qual deles deve prevalecer? A resposta somente poder ser a vida.
2 - Acrásio encontrava-se detido em uma delegacia da polícia civil por ter ameaçado a vida de um terceiro. Lá,
apresentou comportamento violento e incontido: debatia-se contra as grades, agredia outros detentos e dirigia
impropérios contra os policiais. Após os outros detentos serem retirados da cela, Acrásio foi algemado,
momento em que passou a provocar e a ofender Sinfrônio, policial que o guardava, que, em seguida, adentrou a
cela e lhe desferiu vários golpes de cassetete, causando em Acrásio graves lesões (constatadas por laudo
pericial), agressão que somente cessou após a intervenção de outro policial. Logo, a conduta do policial
Sinfrônio: (2014 - FUNCAB - PC-MT - Investigador)
a) não configurou crime, haja vista estar sob a exclusão de ilicitude exercício regular do direito, em face das
provocações e agressões verbais proferidas pelo detido.
b) não configurou crime, haja vista estar sob a exclusão de ilicitude estado de necessidade, em face das
provocações e agressões verbais proferidas pelo detido.
c) configurou o crime de tortura previsto no artigo 1º, § 1º, da Lei n° 9.455/1997.
d) não configurou crime, haja vista estar sob a exclusão de ilicitude legítima defesa, em face das provocações e
agressões verbais proferidas pelo detido.
e) não configurou crime, haja vista estar sob a exclusão de ilicitude estrito cumprimento do dever legal, em face
das provocações e agressões verbais proferidas pelo detido.
3 - Jaime, objetivando proteger sua residência, instala uma cerca elétrica no muro. Certo dia, Cláudio, com o
intuito de furtar a casa de Jaime, resolve pular o referido muro, acreditando que conseguiria escapar da cerca
elétrica ali instalada e bem visível para qualquer pessoa. Cláudio, entretanto, não obtém sucesso e acaba
levando um choque, inerente à atuação do mecanismo de proteção. Ocorre que, por sofrer de doença
cardiovascular, o referido ladrão falece quase instantaneamente. Após a análise pericial, ficou constatado que a
descarga elétrica não era suficiente para matar uma pessoa em condições normais de saúde, mas suficiente para
provocar o óbito de Cláudio, em virtude de sua cardiopatia.
Nessa hipótese é correto afirmar que: (FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado – XIII)
a) Jaime deve responder por homicídio culposo, na modalidade culpa consciente.
b) Jaime deve responder por homicídio doloso, na modalidade dolo eventual.
c) Pode ser aplicado à hipótese o instituto do resultado diverso do pretendido.
d) Pode ser aplicado à hipótese o instituto da legítima defesa preordenada.
SEMANA 13
1 - Um Oficial de Justiça de serviço, cumprindo um mandado judicial numa comunidade carente é preso em
flagrante por policiais pelo crime de porte ilegal de arma (art. 14 da lei 10.826/2003). Durante o inquérito
restou demonstrado que a arma foi entregue pelo juiz a fim de garantir um mínimo de segurança ao agente
público que, em outrora, já sofrera ameaças na referida comunidade que se encontra em área de risco, havendo,
inclusive, acordo verbal com o comando policial para que os Oficiais não fossem abordados quando no
cumprimento de suas funções. Assim, analisando a conduta do Oficial, ele responderá criminalmente ou haveria
algum instituto jurídico penal a ser considerado? Responda analisando a culpabilidade da conduta.
No caso, diante das circunstâncias mencionadas, pode-se alegar inexigibilidade de conduta diversa, que é
uma causa supralegal de exclusão da culpabilidade, equivalendo dizer que ele não será punido. As causas
supralegais de exclusão da culpabilidade, embora não estejam previstas expressamente em algum texto
legal, são aplicadas em virtude dos princípios informadores do ordenamento jurídico que, no caso se
baseia no princípio de que não sendo possível exigir do autor um comportamento diverso (conforme o
direito), não se pode puni-lo. 
Vale ressaltar que na jurisprudência encontramos decisões favoráveis, como também desfavoráveis com
relação ao reconhecimento dessa causa supralegal. 
Pelo enunciado, verifica-se que o caso foi apreciado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na
apelação criminal APR 10582130006544001 MG (TJ-MG), publicado em 22/05/2015, conforme ementa a
seguir: 
“Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO.
ABSOLVIÇÃO POR INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA. POSSIBILIDADE. RECURSO
PROVIDO. 1. É devido o reconhecimento da inexigibilidade de conduta diversa, como causa supra legal
de exclusão da culpabilidade, se o agente estava sujeito a constrangimento insuperável. 2. Não é exigível
conduta diversa ao oficial de justiça flagrado portando arma de fogo, durante o exercício de sua função,
em local de extrema periculosidade, havendo provas de que, tempos atrás, o mesmo recebeu, por ordem
do Juiz de Direito da Comarca, a referida arma, em razão dos riscos a que vive submetido, existindo
inclusive acordo verbal entre o Juízo e o Comando da Polícia locais para que os oficiais de justiça da
região não fossem abordados quando do cumprimento de suas funções. 3. Dado provimento ao recurso”.
2 - Beltrano e Ciclano saem juntos para comemorar o sucesso obtido em concurso público. Beltrano não pode
ingerir em hipótese alguma bebida alcoólica. Entretanto, Ciclano coloca às escondidas álcool no refrigerante de
Beltrano. Ao tomar o refrigerante, Beltrano perde a capacidade de se comportar conforme o direito e de
entender inteiramente o caráter ilícito de seus atos. Totalmente fora de si, Beltrano quebra uma garrafa na
cabeça de Ciclano que falece. Considerando o exposto, é correto afirmar: (2014 – IPAD - Prefeitura de Recife -
Agente de Segurança Municipal – Guarda Municipal)
a) Beltrano está isento de pena porque no momento que ceifou a vida de Ciclano encontra-se em situação
de inimputabilidade.
b) Beltrano não cometeu nenhum crime, visto que está amparado pela excludente de estado de necessidade.
c) Beltrano responderá por homicídio, pois a embriaguez em nenhuma hipótese o isenta de pena.
d) Beltrano responderá por homicídio visto que deveria ser mais cuidadoso para não ingerir bebida alcoólica.
e) Beltrano está isento de pena porque agiu sob coação irresistível.
3 - Joaquim, mediante um soco desferido contra o rosto da frágil Maria, obrigou-a a assinar um cheque no valor
de R$ 5.000,00, utilizando-o para saldar uma dívida em um comércio, sabendo que não existia tal importância
no banco. O cheque foi depositado e devolvido. Assim, Maria: (FUNCAB - 2013 - PC-ES - Escrivão de
Polícia)
a) praticou o crime de estelionato (fraude no pagamento por meio de cheque).
b) não praticou crime, pois estava sob coação física irresistível.
c) não praticou crime, pois estava sob coação moral irresistível.
d) não praticou crime, pois estava sob estado de necessidade.
e) não praticou crime, pois estava sob legítima defesa.
SEMANA 14
1 - VII Exame Unificado - OAB – Larissa, senhora aposentada de 60 anos, estava na rodoviária de sua cidade
quando foi abordada por um jovem simpático e bem vestido. O jovem pediu-lhe que levasse para a cidade de
destino, uma caixa de medicamentos para um primo, que padecia de grave enfermidade. Inocente, e seguindo
seus preceitos religiosos, a Sra. Larissa atende ao rapaz: pega a caixa, entra no ônibus e segue viagem.
Chegando ao local da entrega, a senhora é abordada por policiais que, ao abrirem a caixa de remédios,
verificam a existência de 250 gramas de cocaína em seu interior.
Atualmente, Larissa está sendo processada pelo crime de tráfico de entorpecente, previsto no art. 33 da lei n.
11.343, de 23 de agosto de 2006.
Considerando a situação acima descrita e empregando os argumentosjurídicos apropriados e a fundamentação
legal pertinente, responda: qual a tese defensiva aplicável à Larissa?
Larissa acreditava sinceramente que transportava uma caixa com medicamentos, desconhecendo
completamente que na caixa havia também certa quantidade de drogas. Não tinha dessa forma
consciência de que praticava uma conduta penalmente proibida. Verifica-se que se trata de erro de tipo
essencial, previsto no artigo 20, “caput”, do CP, equivalendo dizer da inexistência de dolo. O art. 33 da lei
n. 11.343/06 não contempla a modalidade culposa. Sendo assim, a conduta de Larissa é atípica, ou seja,
não poderá ser responsabilizada criminalmente. 
2 - MPE-SP - 2012 - MPE-SP - Promotor de Justiça
Motorista que, em estacionamento, se apodera de veículo pertencente a terceiro supondo-o seu, em decorrência
de absoluta semelhança entre os automóveis, incide em
a) erro de proibição.
b) erro de tipo.
c) crime impossível.
d) erro determinado por terceiro.
e) erro na execução.
3 - TJ-DFT - 2005 - TJ-DF - Juiz - Objetiva
Assinale a alternativa correta nas questões a seguir:
Augusto, pretendendo matar Caio, realiza disparos de arma de fogo em sua direção, ferindo-o e causando-lhe
lesões corporais, mas, por erro na execução, também acerta Cícero, que estava próximo, matando-o. Está
correta a denúncia que:
a) imputa a Augusto os crimes de lesão corporal e homicídio em concurso material;
b) imputa a Augusto os crimes de lesão corporal e homicídio em concurso formal;
c) imputa a Augusto os crimes de tentativa de homicídio e homicídio em concurso material;
d) imputa a Augusto os crimes de tentativa de homicídio e homicídio em concurso formal.
SEMANA 15
Ao chegar a um bar, Caio encontra Tício, um antigo desafeto que, certa vez, o havia ameaçado de morte. Após
ingerir meio litro de uísque para tentar criar coragem de abordar Tício, Caio partiu em sua direção com a
intenção de cumprimentá-lo. Ao aproximar-se de Tício, Caio observou que seu desafeto bruscamente pôs a mão
por debaixo da camisa, momento em que achou que Tício estava prestes a sacar uma arma de fogo para vitimá-
lo. Em razão disso, Caio imediatamente muniu-se de uma faca que estava sobre o balcão do bar e desferiu um
golpe no abdome de Tício, o qual veio a falecer. Após análise do local por peritos do Instituto de Criminalística
da Polícia Civil, descobriu-se que Tício estava tentando apenas pegar o maço de cigarros que estava no cós de
sua calça.
Considerando a situação acima, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e
a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Levando-se em conta apenas os dados do enunciado, Caio praticou crime? Em caso positivo, qual? Em caso
negativo, por que razão?
Não, pois atuou sob o manto de descriminante putativa, instituto previsto no art. 20,
parágrafo 1o do CP, uma vez que supôs, com base em fundado receio, estar em situação de legítima
defesa. Como se limitou a dar uma facada, a sua reação foi moderada, não havendo que se falar em
punição por excesso.
b) Supondo que, nesse caso, Caio tivesse desferido 35 golpes na barriga de Tício, como deveria ser analisada a
sua conduta sob a ótica do Direito Penal?
Ainda que tenha procurado se defender de agressão que imaginou estar em vias de ocorrer, Caio agiu em
excesso doloso, devendo, portanto, responder por homicídio doloso, na forma do ar7go 23, parágrafo único, do
CP
2). Analise o caso a seguir.
Ao passar próximo ao estoque de uma loja de roupas, um dos vendedores viu que havia ali um incêndio de
grandes proporções. Naquela situação, correu em direção à porta do estabelecimento que, por ser estreita,
estava totalmente obstruída por um cliente que entrava no local. Desconhecendo o incêndio e achando que
estava sofrendo uma agressão, o cliente reagiu empurrando o vendedor, que lhe desferiu um soco. Os
empurrões do cliente, assim como a agressão do vendedor produziram recíprocas lesões corporais de natureza
leve. Na hipótese, é CORRETO afirmar.
a)que o vendedor agiu em estado de necessidade e o cliente, em legítima defesa putativa.
b) que o vendedor agiu em estado de necessidade putativo e o cliente, em legítima defesa.
c) que o vendedor agiu em legítima defesa e o cliente, em estado de necessidade.
d) que o vendedor agiu em legítima defesa putativa e o cliente, em estado de necessidade putativo.
3)Na praia de Jerivá, interior de Pindorama, onde ainda não havia chegado o telefone celular 3G e nem a
televisão, morava Josefa, uma moça portadora de deficiência mental, que não tinha o discernimento do que era
certo e errado e nem tinha capacidade de agir conforme esse entendimento, mas que desempenhava
normalmente suas atividades. Ajudava a mãe na cozinha e na lavagem de roupas. Ela tinha um namorado,
Pedro, com quem começou a manter relações sexuais. O namoro era consentido pelos pais de Josefa, no entanto
esta apareceu grávida e Pedro não quis assumir o casamento. Os pais foram à Delegacia de Jenipapo, cidade
próxima, na qual o Delegado indiciou Pedro por estupro de vulnerável. Pedro disse que, diante do
consentimento dos pais e do apoio da comunidade, não podia prever, nas circunstâncias, que a sua atitude era
crime. A alegação de Pedro constitui qual figura de exclusão da criminalidade Parte superior do formulário
a) legítima defesa;
b) erro de proibição;
c) erro de tipo;
d) erro sobre a pessoa;
e) estado de necessidade.

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