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Thiago José de Souza Oliveira
Direito Ambiental em conceito: um guia de estudo simplificado.
Por decorrência da elevada progressão social, detendo fator da Rev. Industrial – Séc. XVIII – introduz-se uma nova formulação de produção e consumo, alterando significativamente as práticas até então consolidadas.
Em razão disso, o Direito deteve por consequência de se modificar, adaptando-se as novas formas de sociabilidade.
As principais testemunhas da desolação ambiental pelo homem, fora justamente os países “desenvolvidos”; observando tal ação em seu próprio território nacional.
Em decorrência da sucessão de eventos evolutivos da sociedade e do modo de vida, em 1972, sob aliança dos países “desenvolvidos”, com grande resistência dos em desenvolvimento, é proposto e aceito a Declaração de Estocolmo sobre o Meio Ambiente, sendo esta compreendida como a declaração de Princípios (soft Law). Este foi o documento marco em matéria de preservação e conservação ambiental.
No Brasil, um dos pontos mais difíceis fora a implementação de tais princípios, pois, era defeso em território nacional o desenvolvimento irrestrito. Mesmo com braços fortes, o Brasil rende as pressões internacionais, criando em 1973 a Secretaria Nacional do Meio Ambiente (SEMA) e, em 1981, aprova a Lei da Política Nacional do Meio Ambiente – Lei nº 6.938/81.
Sob os prismas da Declaração de Estocolmo, o mundo enquadrou-se a um modelo menos degradável ao meio ambiente, implantando possíveis soluções as atividades humanas. A partir de 1972, várias outras Declarações e Encontros de âmbito internacional foram propostos, como 1992 Declaração do Rio de Janeiro; 2012 Rio +20; dentre outros.
O período pós-Estocolmo inaugurou uma era para a consolidação e a sistematização do Direito Ambiental, principalmente no Brasil.
Quanto ao conceito em si do Direito Ambiental, está internalizado ao rol dos “novos” Direitos, dispondo assim as primeiras linhas de independência e autonomia da própria cientificidade Jurídica.
Doutrinariamente, o Direito Ambiental está no campo da chamada 3ª geração do Direito. As gerações, assim denominadas por Norberto Bobbio, faz representação à funcionalidade da Revolução Francesa, 1789. O tripé da RF - Liberdade, Igualdade e Fraternidade, denotam uma geração distinta. Assim, a 3ª Geração é figurativa dos direitos ligados à razão da fraternidade, contudo, faz jus a um resguardo valorativo, no qual principia pela coletividade.
Em razão do contexto entre Direito Público e Privado, para que fosse plausível solucionar a problemática constante, são denominadas, certas disciplinas jurídicas como de funcionalidade do Direito Difuso, ou ainda, Direito Transindividual.
Sendo o Direito Ambiental fruto não somente de uma relação unilateral entre Estado e si próprio, mas uma Relação Bi ou até Multilateral, é figurante o ramo difuso e coletivo.
Diante da nova constatação de uma categoria de direitos de titularidade já não mais obrigatoriamente individuais, unilaterais, mas também de razão coletiva, multilaterais, demonstrou-se a noção de direitos e interesses metaindividuais, tipificados pelo diploma jurídico brasileiro no art. 81, § único, I, II e III do CDC – Lei nº 8.078/90.
Há determinado figurante, do interesse coletivo e difuso, por acarretar das características: indivisibilidade de seu objeto; indeterminabilidade de titulares.
Com o advento da CF/88 a regulação ambiental por um viés metaindividual fora perpetrado. Segundo Fiorillo, a CF/88 além de autorizar a tutela de direitos individuais, o que tradicionalmente já era feito, passou a admitir a tutela de direitos coletivos, porque compreendeu a existência de uma terceira espécie de bem: o bem ambiental. Tal fato pode ser averiguado no art. 225 da CF/88, consagrando existência de um bem não somente de razão pública nem tampouco de caráter particular, mas sim de uso coletivo.
O Direito Ambiental como um ramo com princípios, normas e regramentos próprios, não está fora das necessidades interpretativas. Duas correntes surgem com o fim último de atender essa causalidade, a primeira propõe uma forma de interpretação do direito ambiental mais utilitarista a segunda reconhece os valores intrínsecos aos elementos bióticos e abióticos que compõem o macro bem ambiental, sendo este independente da vida humana. Assim despõem a antropocêntrica e biocêntrica ou ecocêntrica. Na primeira, as regras de conduta do Direito Ambiental orientam a relação entre indivíduo e natureza apenas enquanto necessária à racional utilização de bens e recursos essenciais para a sadia qualidade da vida humana; por outro lado, institui-se o bem tutelado pelo Direito Ambiental como um conjunto de elementos bióticos e abióticos que estruturam em micro bens para efeitos da organização dessa tutela, abrangendo toda a forma diversa de vida.
Em acórdão de 2005, o STF fez constar que a defesa do Meio Ambiente traduz conceito amplo e abrangente das noções do meio ambiente natural, de meio ambiente cultural, de meio ambiente artificial (urbano) e de meio ambiente laboral. (Medida Cautelar em ADIn, STF, 1º set. 2005.
Com a conscientização social a respeito das funcionalidades e limitações dos recursos até então disponíveis, obtivera-se necessidade em instruir princípios para resguardar os bens ambientais, sustentados pela base da ideia de uma vida sustentável.
Princípio do Direito a Sadia Qualidade de Vida: o meio ambiente ecologicamente equilibrado é pressuposto de concretização de satisfação deste princípio, devendo ser garantido pelo Poder Público enquanto dos bens, recursos e serviços ambientais. É manifesto no Caput do art. 225 da CF/88.
Princípio do Acesso Equitativo aos Recursos Naturais: adota a noção de que, a utilização dos recursos naturais no presente somente será aceita em quantidades que não prejudiquem a capacidade de regeneração do recurso, a fim de garantir o direito das gerações vindouras (acesso equitativo dos recursos naturais).
Princípio Usuário-Pagador e Poluidor-Pagador: tais princípios estão interligados à implementação do princípio do acesso equitativo aos bens, recursos e serviços naturais. Por intermédio de tal princípio, o Poder Público faz jus à garantia da razoabilidade e racionalidade da utilização dos bens, recursos e serviços ambientais. Perpetuam-se, também, como um garantidor as gerações futuras dos meios e recursos ambientais. O pagamento pelo acesso promove medidas de racionalização do uso ou do impacto, além de permitir que as receitas geradas sejam revertidas, tanto para a promoção das ciências ambientais quanto para o desenvolvimento de tecnologias mais limpas. O termo poluidor está expresso no art. 3º, IV; e a definição de poluição no mesmo art. 3º, inciso III e alíneas, ambos da Lei nº 6.938/81.
Princípio da Precaução e Prevenção: O simples risco, ligado ou não à concretude e à iminência da ocorrência de um dano, é suficiente para demandar uma resposta regulatória em matéria ambiental (premissa da espinha dorsal do princípio da precaução). Já sobre a Prevenção, é pertinente acarretar que, um dano já fora criado e disposto necessitando da interferência estatal para que os danos causados não atinja elevado patamar. Diante disso, é possível caracterizar a precaução e prevenção de acordo com o grau de incerteza sobre o dano e/ou a extensão do dano no caso concreto. Com base em tais conceitos, impõem-se a proibição, mitigação ou compensação da ação ou omissão como forma de evitar a ocorrência do dano ambiental. Regulado implicitamente pelo art. 225, § 1º, V e VII da CF/88.
Princípio da Reparação: o direito ambiental enfatiza em sua essência sempre a precaução e a prevenção, mas diante da possibilidade da persistência de um dano e, ponderando da possível situação, prevalece à preferência pela reparação ao estado anterior. É interessante ressalvar que, alguns doutrinadores denominam tal princípio como princípio garantidor da restauração do ambiente degradado. Cabe ainda pontuar que, quando analisado na esfera administrativa, seja por ação ou omissão ilícita, o princípiopoluidor/pagador não se confunde com o princípio da reparação pela simples razão punitiva.
Princípio da Informação e da Participação: este princípio é de fácil compreensão, bastando somente fazer ligar quanto à etimologia de sua nomenclatura. A CF/88, no caput do art. 225, impõe ao Poder Público e à coletividade o dever de defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações; ou seja, a própria CF/88 principia a razão da participação social (todos) para o resguardo dos bens ambientais. Mas para que seja possível a participação é antes necessário ter o conhecimento disposto pelo princípio da informação. O art. 5º, XIV da CF/88, assevera a todos o acesso à informação; na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente estabelece no art. 4º, V, como um de seus objetivos a divulgação de dados e informações ambientais e; no art. 9º, XI, garante a prestação de informações relativas ao meio ambiente, ficando obrigado o Poder Público a produzir informações, quando estas fazem inexistir; a Declaração do Rio de Janeiro de 1992 também acarreta determinado princípio em comento do Princípio 10 da Declaração.
Princípio da Obrigatoriedade da Intervenção do Poder Público: significa que em um ambiente sem regulação ou intervenção estatal o comportamento racional humano tenderia ao esgotamento dos recursos naturais. Isso fruto da ideia de que, se o acesso aos bens, recursos e serviços ambientais não for regulado, a utilização gratuita por um sujeito implicará na privatização do lucro e na divisão da perda. Estabelece o art. 225 da CF/88 ser dever do Poder Público, a garantia do meio ambiente ecologicamente equilibrado. A titularidade dos bens, recursos e serviços ambientais é de todos, assim descrito pela CF/88, sendo o gestor o Poder Público.
Princípio do Desenvolvimento Sustentável: constante do art. 225 da CF/88, caracterizado como Direito Humano Fundamental, com foco em garantir o desenvolvimento social e tecnológico, respeitando certas limitações e regramentos ambientais, para que não se perpetue determinado desenvolvimento desregrado. Também figurado pelo art. 170, Caput da CF/88, quanto à razão econômica, enfatizando a livre iniciativa de ordem econômica (Princípio da Ordem Econômica); em seu inciso VI, preceitua a defesa ao meio ambiente nestas circunstancias.
Princípio da Função Socioambiental da Propriedade: Direito fundamental figurante ao direito à propriedade. Este princípio preceitua quanto ao uso da propriedade. Para determinado resguardo, cabe objetivação do Estatuto da Cidade e da Lei de Parcelamento do Solo – limites de fracionamento de terreno.
Princípio da Proibição ao Retrocesso Ecológico: basilar do princípio do mínimo, isto é, há um mínimo exigido para a promulgação do bom convívio socioambiental. Deverá ser observado que, ao menos, quando da não possibilidade do resguardo total, amplo, deverá principiar pelo resguardo mínimo, mínimo este possível para uma vida futura harmônica e plausível, respeitando um equilíbrio sadio.
Em razão da ação processual a ser aplicada, disporá o art. 5º, LXXIII da CF/88 que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade adm., ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural., [...]. Já em ação pública no art. 129, III da CF/88 atribui ao Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; também disposta pelo art. 14, § 1º da Lei nº 6. 938/81, art. 5º, I, da Lei nº 7.347/85, inciso acrescido pela Lei nº 11.448/07.
O art. 225, § 4º, da CF/88 diferencia dentre os vários biomas os que compõem o patrimônio nacional. Quanto à utilização e preservação da Mata Atlântica, há a Lei nº 11.428/06 que abrange proteção ao § 4º do art. 225 da CF/88.
Proteção à biodiversidade brasileira, art. 225, § 1º, I, II, III e VII da CF/88.
Preservação de áreas ambientalmente relevantes, resguardados pelo art. 225, § 1º, III da CF/88, cabendo ao Poder Público identificar e definir as áreas a serem protegidas.
Promoção da educação ambiental, art. 225, § 1º, VI da CF/88, também figurante da Lei nº 9.795/99.
Responsabilização por danos ao meio ambiente, art. 225, § 3º da CF/88, estando também dispostos pela Lei nº 9.605/98.
A respeito da competência, disciplina o art. 24 CF/88, no qual refuta que compete a União, Estados e Distrito Federal legislar concorrentemente. Por ser fator de relevante problemática, caberá competência ou a União ou aos Estados ou ainda ao Distrito Federal, quando acarretado o princípio da predominância de interesse, assim sendo, se interesse local a competência será do Município, se estadual a competência será do Estado e se de interesse Federal será competente a União. Também está integrada pelo art. 23, VI e VII da CF/88, quanto à proteção, somente possível pela Lei Complementar nº 140/11 no qual fixou normas para a cooperação entre a União, Estados, Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora.
Quanto à avaliação dos impactos ambientais, há previsão Constitucional, em art. 225, § 1º, IV da CF/88 e art. 9º, III da Lei nº 6.938/81. Também está prevista pela Resolução CONAMA nº 237/97. Já na Resolução CONAMA nº1/86, dispõe critérios básicos e diretrizes gerais para o uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental, art. 2º, estabelecendo quais as atividades deverão elaborar o EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente). No art. 11 da Res. 237/97, retrata quanto a quem deverá ser responsável pelos custos, cabendo este aos empreendedores. É importante frisar que, a diferença entre o EIA e o RIMA é justamente quanto à natureza das informações.
Quanto à responsabilização, o poluidor em razão da produção de risco/danos ambientais, será responsável com base nas Leis nº 6.938/81 e 9.605/98. Observando que, determinada responsabilidade se aplica quando da presença do risco e/ dano. Já da Responsabilidade Administrativa Ambiental, compreendida como um mecanismo de repressão conduzido pelo Poder Público, em face do seu poder de polícia, é regulado pelo art. 70 da Lei nº 9.605/98, punindo as infrações administrativas contra o meio ambiente; em resguardo a esse diploma, há o art. 62, VII do Decreto nº 6.514/08 que disponibiliza maior atenção aos crimes ambientais em razão adm.; o art. 72 da Lei 9.605/98 disciplina as sanções a serem aplicadas. Em respeito à responsabilização penal, está disposta nas Leis dos Crimes Ambientais – Lei nº 9.605/98, cabendo visão também a diplomas esparsos, como CP, LCP, Código Florestal, Lei nº 6.453/77 e Lei nº 7.643/87. Os crimes ambientais podem comportar caráter doloso ou culposo. Na Lei nº 9.605/98 há exemplos de tipos penais de modalidade culposa, arts. 38, 40, 41, 49, 54, 56, 62, 67, 68 e 69-A, todos da referida Lei. Cabe ainda a analise das condutas de caráter abstrato, sendo observado pelo art. 55 da Lei nº 9.605/98. O art. 225, § 3º da CF/88 dispõe responsável a conduta figurada pelas pessoas Jurídicas, assim também disposta pelo art. 3º da Lei nº 9.605/98. Quanto a responsabilização civil, conforme Benjamim, há existente cinco modalidades autônomas e imediatas de responsabilização civil em função da ocorrência de dano ambiental, sendo elas, Direito de Vizinhança – arts. 554 e 555 do CCB; Resp. Civil extracontratual, tendo culpa como fator de atribuição – art. 159 do CCB; Resp. Civil objetiva de Lei nº 6.938/81 – art. 14, § 1º; Resp. Civil objetiva do CDC, havendo relação de consumo – arts. 12, 14, 18 e 20 e; Resp. Civil especial – Mineração, Código Florestal, Nuclear, Agrotóxicos.
A respeito das áreas protegidas, o Código Florestal, em seu art. 1º, estabelece que as florestas existentesno território nacional e as demais formas de vegetação são bens de interesse comum a todos, prevendo que sua preservação servirá como limitadora dos direitos de propriedade; assim, o Código Florestal resguarda determinadas áreas como proteção, sendo, as Áreas de Preservação Permanente (APP – obedecendo duas modalidades, as APPs por natureza e as APPs por via legal) e a Reserva Florestal Legal. Código Florestal arts. 3º, § 1º; e 4º todos do mesmo diploma; CF/88 art. 225, § 1º, III, asseveram quanto ao resguardo das florestas de preservação permanente. Mas como toda regra, existem exceções, sendo possível a supressão de vegetação de tais áreas de preservação permanente quando, de Lei autorizativa – requisito constitucional, art. 225, § 1º, III, primeira parte; A suspensão não pode comprometer a integridade dos tributos que justifiquem a criação da área protegida – requisito constitucional, art. 225, § 1º III, segunda parte; A supressão deve ser de utilidade pública – art. 1º, IV do Código Florestal – ou de interesse social (coletivo) – art. 1º, V do Código Florestal – requisito legal, art. 4º do Código Florestal; Verificada a inexistência de alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto – requisito legal, art. 4º do Código Florestal.
Sistema nacional de unidades de conservação (SNUC) – consiste dos espaços territoriais especialmente protegidos, são eles assim compreendidos, áreas protegidas do Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza (SNUC), regidas pela Lei nº 9.985/00 e áreas protegidas do Código Florestal, reguladas pela Lei nº 4.771/65. Importante ressalvar que, a CF/88 faz resguardo da fauna e da flora em seu art. 225, § 1º, I, II, III e VII, quanto às obrigações gerais de defesa e proteção.
O patrimônio genético é tutela constitucional, incumbindo ao art. 225, § 1º, II da CF/88 sua proteção, ao Poder Público cabe a preservação a diversidade e integridade do patrimônio genético do país e fiscalização às entidades de pesquisa e manipulação de material genético. Neste dispositivo são de proteção a biodiversidade e o patrimônio genético. Determinado dispositivo da Constituição Federal é complementado pelos incisos IV e V do § 1º do art. 225 da CF/88. Com intenção em evitar possíveis excessos na utilização manipular da engenharia genética, pensou-se na regulamentação promulgando a Lei nº 11.105/05 – Lei de Biossegurança. Quanto a tal diploma, é regulado pelo art. 3º, IV, que a engenharia genética é atividade de produção de moléculas de ADN/ARN (siglas do seguimento genético), recombinante; recombinação genética consiste na troca ou adição, biologicamente normal, de genes de diferentes origens para formar um cromossomo alterado que possa ser aplicado, transcrito e traduzido, determinando novas características. Determinada Lei busca dar limites à manipulação genética, permitindo fiscalização e segurança. A principal preocupação deste diploma é porquanto a seguridade da possível dispensa dos OGMs na natureza, prejudicando o próprio homem, os animais e as plantas, como também protegendo o cultivo, a construção, transporte, comercialização, consumo e liberação. As atividades, os projetos, as pesquisas científicas, o desenvolvimento tecnológico e a produção industrial relacionados a OGM só podem ser realizados por entidades de direito público ou privado; para que determinadas atividades sejam plausíveis deverá ser concedida registro pela CTNBio.
Tutela jurídica do meio ambiente artificial: meio ambiente artificial é toda construção humana refletiva na modificação do ambiente “a quo” delimitada no espaço territorial urbano. O meio ambiente artificial encontra-se regulado pelos arts. 182 e 183 ambos da CF/88 e pela Lei nº 10.25701 (Estatuto da Cidade). Sendo o meio ambiente artificial espaço físico onde a pessoa humana reside e circula, o seu equilíbrio importa diretamente ao princípio da sadia qualidade de vida de seus habitantes; neste viés o Estatuto da Cidade dispôs a denominada carga valorativa do art. 225 da CF/88 enquadrando a cidade como meio ambiente, devendo ser de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida. Importante ainda ressalvar que, determinado estatuto acarretou a possibilidade da aplicação do conceito da elevação de cidades sustentáveis, tão objetivado atualmente, consagrando o princípio da dignidade da pessoa humana.
Referência Bibliográfica
FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de direito ambiental brasileiro. 12ª Edição revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Saraiva, 2012.

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