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Asunto: 9 - Plano de Aula: Ordem Social Sumário I – Introdução II – Desenvolvimento 1 – Ordem Social; 2 – Seguridade Social; 3 - Educação, Cultura e Desporto; 4 – Ciência e Tecnologia; 5 – Comunicação Social; 6 – Meio Ambiente; 7 – Família, Criança, Adolescente e Idoso; 8 – Os Índios. III – Conclusão Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 2 1 – Ordem Social Ordem social é o conjunto de normas constitucionais que implementam os direitos previstos no art. 6º da Lei Maior. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo seguridade social – saúde, previdência e assistência sociais (arts. 194 a 204); o bem-estar e a justiça sociais (art. 193 da CF/88). O Título VIII da Constituição Federal disciplina a Ordem Social e abrange: educação, cultura e desporto (arts. 205 a 217); ciência e tecnologia (arts. 218 e 219); comunicação social (arts. 220 a 224); meio ambiente (art. 225); família, criança, adolescente e idoso (arts. 226 a 230); índios (arts. 231 a 232). 2 – Seguridade Social A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social (art. 194, caput, da CF/88). A seguridade social possui relevância pública, e sua organização obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes (art. 194, § único, da CF/88). I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 3 III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - eqüidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 2.1 – Saúde A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (art. 196 da CF/88). As atividades de saúde são de relevância pública, e sua organização obedecerá as seguintes diretrizes (art. 198 da CF/88): I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade. 2.2 - Prvidência Social A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 4 equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a (art. 201 da CF/88): I - cobertura de eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; e V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. 2.3 – Assistência Social A assistência social trata de um amparo estatal baseado no princípio humanitário de ajudar indígenas, reconhecidamente pobres, que não podem gozar dos benefícios previdenciários. Isto é, a assistência social é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas, traduzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de deficiência, independentemente de contribuição à seguridade social. Portanto, segundo o art. 203 da CF/88, a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; , e tem por objetivos: Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 5 II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê- la provida por sua família, conforme dispuser a lei. Por último, a organização da assistência social obedecerá às seguintes diretrizes (art. 204 da CF/88): I - descentralização político-administrativa; e II - participação da população na formulação e controle das ações em todos os níveis. 3 - Educação, Cultura e Desporto (arts. 205 a 217) O Título VIII da CF/88 – Da Ordem Social – consagrou um capítulo para tratar dos três direitos subjetivos1 a educação; : a cultura; e o desporto. 3.1 - Educação (arts. 205 a 214) A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 205 da CF/88). 1 Direito público subjetivo equivale a pretensão jurídica de o indivíduo exigir do Estado (facere) ou a omissão (non facere) de certa prerrogativa, em virtude do que preconiza a norma jurídica. Pode ter como sujeito ativo o próprio Estado ou os particulares. Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 6 O ensino deve ser ministrado com base nos seguintes princípios constitucionais (art. 206, I a VII): I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade. 3.2 - Cultura (arts. 215 e 216) Cultura é uma palavra polissêmica e apresenta duas acepções distintas: comum (ou vulgar) – a cultura é todo fazer humano, incluindo-se aí uma qualificação ou aptidão espiritual (art. 215 da CF/88); etnográfica (ou técnica) – cultura é o conjunto de hábitos do homem na vida em sociedade, condicionando seu comportamento, suas reações, seu modo de ser. Ademais, à luz do art. 215 da Carta Magna, o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 7 incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. Nesse rumo, constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem (art. 216, I a V, da CF/88): I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. 3.3 - Desporto (arts. 217) O desporto tem por objetivo a integração social do homem, além disso educar pelo esporte. Nesse sentido, o art. 217 da CF/88 preconiza que é dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados: I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento; II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento; III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não- profissional; IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional. Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 8 Por fim, vale lembrar que o Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei (arts. 217, § 1º, da CF/88) 4 – Ciência e Tecnologia (arts. 218 e 219 da CF/88) O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas, inclusive (art. 218 da CF/88): § 1º - A pesquisa científica básica receberá tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o progresso das ciências. § 2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional. 5 – Comunicação Social (arts. 220 e 224 da CF/88) A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição (art. 220, caput, da CF/88). Assim, a comunicação social funciona como uma espécie de declaração de direitos, que atua em sentido complementar ao observado no disposto do art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. (art. 220, § 1º, da CF/88). Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 9 6 – Meio Ambiente e Direito do Consumidor (art. 225 da CF/88; art. 81 do Código de Defesa do Consumidor) O capítulo do meio ambiente da Constituição de 1988 é um dos mais avançados e modernos do constitucionalismo mundial. A preocupação de garantir esse autêntico direito difuso (de 3ª dimensão) vem adquirindo enorme importância nas constituições mais recentes. Nessa linha, a Lei Maior prescreve que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (art. 225, caput, da CF/88). Assim, para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público (art. 225, § 1º, I a VII, da CF/88): I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas; II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 10 VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. Princípio da Precaução O princípio da precaução (prudência ou cautela) representa uma evolução na legislação ambiental brasileira, à proporção que as normas oriundas de conferências e tratados internacionais que visam a proteger o ambiente planetário, acompanham o Direito Positivo pátrio e se inserem nele. Etimologicamente, a palavra precaução (do latim: praecautione) é substantivo do verbo precaver-se, e sugere cuidado antecipado, prudência, cautela para que um fato não venha a materializar-se ou a resultar em conseqüências indesejáveis. Tal princípio se caracteriza por determinar que não se produzam intervenções no meio ambiente, antes de ter a certeza de que estas não serão adversas a ele. Por isso, o princípio da precaução exige a cautela no agir; pois, diante da incerteza científica, entende-se que a prudência é o melhor rumo a seguir, evitando-se danos, muitas vezes, irreparáveis. Princípio da Prevenção O princípio da prevenção se caracteriza por ser aplicável a impactos ambientais já conhecidos e sobre os quais há informações. Tal princípio tem o licenciamento Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 11 ambiental e o estudo de impacto ambiental, dentre seus principais instrumentos de prevenção de danos ambientais. Vale assinalar que esses instrumentos são aplicáveis de forma a prevenir os danos que um determinado empreendimento causaria, se não tivesse sido submetido, verbi gratia, ao estudo do impacto ambiental (art. 225, § 1º, IV, da CF/88). 6.1 - Defesa do Consumidor (art. 5º, XXXI, da CF) – Meio Ambiente A defesa do consumidor encontra amparo em nossa Constituição como direito humano fundamental (art. 5º, XXXII, da CF) e constitui um dos princípios gerais da atividade econômica (art. 170, V, da CF/88). Essa proteção ao consumidor no direito pátrio decorre principalmente de influência das Constituições portuguesa de 1976 e espanhola de 1978 que inseriram normas protetivas para o consumidor. Nesse rumo, com a publicação do Código de Proteção e Defesa do Consumidor em 1990, implementou- se no Brasil, num contexto moderno de sociedade de massa, a proteção aos consumidores, seguindo uma linhagem moderna. Vale destacar os seguintes dispositivos da CF/88, para fazer frente ao abuso do Poder econômico (arts. 5º, XXXII; 24; 129; 150, § 5º; 170): o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor (art. 5º, XXXII); a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 12 todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: art. 170, (...) V - defesa do consumidor. Por último, esse microssistema de defesa do consumidor, que envolve consumidor, fornecedor, produto ou serviço, passou a respaldar as relações de natureza bancária ou financeira Art. 81 - A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. Parágrafo único - A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: I - interesses ou direitos difusos (p.ex. meio ambiente), assim entendidos, para efeitos deste Código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato; II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos,para efeitos deste Código, os transindividuais de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica-base; , por considerá-las relações de consumo, conseqüentemente ficam amparadas pelo Código de Defesa do Consumidor. 6.2 - Direitos Coletivos (Meio Ambiente) Denomina-se direitos Coletivos lato sensu os direitos coletivos entendidos como gênero, dos quais são espécies: os direitos difusos, os direitos coletivos stricto sensu e os direitos individuais homogêneos. Conforme o artigo 81 do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90), seguem os conceitos: Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 13 III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum. 7 – Família, Criança, Adolescente e Idoso (art. 226 da CF/88) Trata-se de um Capítulo que reflete as transformações sociais dos últimos anos. 7.1 – A Família A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado (art. 226, caput, da CF/88). Inclusive, cabe destacar os seguintes dispositivos constitucionais (art. 226, §§ 1º a 7º, da CF/88). § 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração. § 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. § 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. § 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. § 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. § 6º - O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois anos. § 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. 7.2 - Proteção constitucional às Crianças e aos Adolescentes Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 14 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão (art. 227, caput, da CF/88). O direito a proteção especial das crianças e dos adolescentes abrangerá os seguintes aspectos (art. 227, § 3º. I a VII, da CF/88): I - idade mínima de 16 anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII2 (salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos) II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; ; III - garantia de acesso do trabalhador adolescente à escola; IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica; V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade; VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado; VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins. 7.3 – Amparo Constitucional aos Idosos O amparo constitucional aos idosos é um dever da família, da sociedade e do Estado, os quais têm o dever de proteger as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida (art. 230 da CF/88). 2Art. 7º, XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos. Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 15 Inclusive, vale observar que essa previsão constitucional é consequência dos princípios relacionados ao (à): bem-estar da sociedade (Preâmbulo da CF); cidadania (art. 1º, II, da CF/88); dignidade da pessoa humana; (art. 1º, III, da CF/88); direito à saúde(art. 196 da CF/88). Além disso, cabe assinalar que (art. 230, §§, 1º e 2º, da CF/88): § 1º - Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares. § 2º - Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos. Conforme a Constituição, idoso é a pessoa: com mais de 70 anos – para fins de aposentadoria compulsória (art. 40, § 1º, II, da CF/88); com mais de 65 anos – para obter a gratuidade dos transportes coletivos urbanos(art. 230, § 2º, da CF/88). Por último, o Estatuto do Idoso - Lei n. 10. 741/2003 - consagrou o amparo a 3ª idade. 8 – Os Índios (arts. 231 e 232 da CF/88) São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens (art. 231 da CF/88). Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 16 Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo (art. 232 da CF/88). III–Conclusão Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 17 Referências Bibliográficas BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 21 ed. São Paulo: Saraiva 2000. BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva 2007. ______. Direito Constitucional ao Alcance de Todos. São Paulo: Saraiva 2009. FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 33 ed. São Paulo: Saraiva, 2007. FERREIRA, Pinto. Curso de Direito Constitucional. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 1999. FERREIRA SOBRINHO, Audálio. A Reserva Particular do Patrimônio Natural como instrumento de efetivação ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. 202 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: http://prof-audalio.com/ ou http://prof-audalio.com/artigos/dissertacao-de-mestrado.pdf LEAL, Mônia Clarissa Hennig; GORCZEVSKI, C.; JÚNIOR E. B. S. Introdução ao estudo da ciência política, teoria do estado e da Constituição. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007. LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 2009. MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo G. Gonet. Curso de Direito Constitucional. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008. MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 23 ed. São Paulo: Atlas, 2008. MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2008. MOTTA, Sylvio. Direito Constitucional: teoria, jurisprudência e questões. 20. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. SILVA, José Afonso da. Curso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 28. ed. São Paulo: Malheiros, 2006.TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007. Obs.: Na elaboração deste Plano de Aula, fiz uso de todas as Referências Bibliográficas acima descritas, principalmente os livros dos Professores Pedro Lenza e Uadi Lammêgo Bullos. Vale destacar que também utilizei de minhas anotações realizadas em salas de aula durante Cursos ministrados pelos eminentes Professores: Cláudio Brandão, Daniel Sarmento, Guilherme Peña de Moraes, Humberto Peña de Moraes e Rogério Gesta Leal.
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