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Ordem Social

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Asunto: 9 - Plano de Aula: Ordem Social 
 
 
Sumário 
 
I – Introdução 
 
II – Desenvolvimento 
1 – Ordem Social; 
2 – Seguridade Social; 
3 - Educação, Cultura e Desporto; 
4 – Ciência e Tecnologia; 
5 – Comunicação Social; 
6 – Meio Ambiente; 
7 – Família, Criança, Adolescente e Idoso; 
8 – Os Índios. 
 
III – Conclusão 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 2 
1 – Ordem Social 
Ordem social é o conjunto de normas 
constitucionais que implementam os direitos previstos no 
art. 6º da Lei Maior. 
A ordem social tem como base o primado do 
trabalho, e como objetivo
 seguridade social – saúde, previdência e assistência 
sociais (arts. 194 a 204); 
 o bem-estar e a justiça sociais 
(art. 193 da CF/88). 
O Título VIII da Constituição Federal disciplina a 
Ordem Social e abrange: 
 educação, cultura e desporto (arts. 205 a 217); 
 ciência e tecnologia (arts. 218 e 219); 
 comunicação social (arts. 220 a 224); 
 meio ambiente (art. 225); 
 família, criança, adolescente e idoso (arts. 226 a 230); 
 índios (arts. 231 a 232). 
 
 
2 – Seguridade Social 
 
A Seguridade Social compreende um conjunto 
integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da 
sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, 
à previdência e à assistência social (art. 194, caput, da 
CF/88). 
A seguridade social possui relevância pública, e 
sua organização obedecerá aos seguintes princípios e 
diretrizes (art. 194, § único, da CF/88). 
 I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
 II - uniformidade e equivalência dos benefícios e 
serviços às populações urbanas e rurais; 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 3 
 III - seletividade e distributividade na prestação dos 
benefícios e serviços; 
 IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
 V - eqüidade na forma de participação no custeio; 
 VI - diversidade da base de financiamento; 
 VII - caráter democrático e descentralizado da 
administração, mediante gestão quadripartite, com 
participação dos trabalhadores, dos empregadores, 
dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 
 
2.1 – Saúde 
A saúde é direito de todos e dever do Estado, 
garantido mediante políticas sociais e econômicas que 
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e 
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para 
sua promoção, proteção e recuperação (art. 196 da CF/88). 
As atividades de saúde são de relevância pública, 
e sua organização obedecerá as seguintes diretrizes (art. 
198 da CF/88): 
 I - descentralização, com direção única em cada 
esfera de governo; 
 II - atendimento integral, com prioridade para as 
atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais; 
 III - participação da comunidade. 
2.2 - Prvidência Social 
A previdência social será organizada sob a forma 
de regime geral, de caráter contributivo e de filiação 
obrigatória, observados critérios que preservem o 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 4 
equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da 
lei, a (art. 201 da CF/88): 
 
 I - cobertura de eventos de doença, invalidez, morte 
e idade avançada; 
 II - proteção à maternidade, especialmente à 
gestante; 
 III - proteção ao trabalhador em situação de 
desemprego involuntário; 
 IV - salário-família e auxílio-reclusão para os 
dependentes dos segurados de baixa renda; e 
 V - pensão por morte do segurado, homem ou 
mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes. 
 
2.3 – Assistência Social 
 
A assistência social trata de um amparo estatal 
baseado no princípio humanitário de ajudar indígenas, 
reconhecidamente pobres, que não podem gozar dos 
benefícios previdenciários. 
Isto é, a assistência social é a política social que 
provê o atendimento das necessidades básicas, traduzidas 
em proteção à família, à maternidade, à infância, à 
adolescência, à velhice e à pessoa portadora de 
deficiência, independentemente de contribuição à 
seguridade social. 
Portanto, segundo o art. 203 da CF/88, a 
assistência social será prestada a quem dela necessitar, 
independentemente de contribuição à seguridade social
 I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à 
adolescência e à velhice; 
, e 
tem por objetivos: 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 5 
 II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
 III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
 IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de 
deficiência e a promoção de sua integração à vida 
comunitária; 
 V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à 
pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem 
não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-
la provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
Por último, a organização da assistência social 
obedecerá às seguintes diretrizes (art. 204 da CF/88): 
 I - descentralização político-administrativa; e 
 II - participação da população na formulação e 
controle das ações em todos os níveis. 
 
3 - Educação, Cultura e Desporto (arts. 205 a 217) 
O Título VIII da CF/88 – Da Ordem Social – 
consagrou um capítulo para tratar dos três direitos 
subjetivos1
 a educação; 
: 
 a cultura; e 
 o desporto. 
 
3.1 - Educação (arts. 205 a 214) 
A educação, direito de todos e dever do Estado e 
da família, será promovida e incentivada com a 
colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício 
da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 205 da 
CF/88). 
 
1 Direito público subjetivo equivale a pretensão jurídica de o indivíduo exigir do Estado (facere) ou a 
omissão (non facere) de certa prerrogativa, em virtude do que preconiza a norma jurídica. Pode ter como 
sujeito ativo o próprio Estado ou os particulares. 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 6 
O ensino deve ser ministrado com base nos 
seguintes princípios constitucionais (art. 206, I a VII): 
 I - igualdade de condições para o acesso e permanência 
na escola; 
 II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar 
o pensamento, a arte e o saber; 
 III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, 
e coexistência de instituições públicas e privadas de 
ensino; 
 IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos 
oficiais; 
 V - valorização dos profissionais da educação escolar, 
garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com 
ingresso exclusivamente por concurso público de provas 
e títulos, aos das redes públicas; 
 VI - gestão democrática do ensino público, na forma da 
lei; 
 VII - garantia de padrão de qualidade. 
3.2 - Cultura (arts. 215 e 216) 
Cultura é uma palavra polissêmica e apresenta 
duas acepções distintas: 
 comum (ou vulgar) – a cultura é todo fazer humano, 
incluindo-se aí uma qualificação ou aptidão espiritual 
(art. 215 da CF/88); 
 etnográfica (ou técnica) – cultura é o conjunto de 
hábitos do homem na vida em sociedade, condicionando 
seu comportamento, suas reações, seu modo de ser. 
 
Ademais, à luz do art. 215 da Carta Magna, o 
Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos 
culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 7 
incentivará a valorização e a difusão das manifestações 
culturais. 
Nesse rumo, constituem patrimônio cultural 
brasileiro os bens de natureza material e imaterial, 
tomados individualmente ou em conjunto, portadores de 
referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes 
grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se 
incluem (art. 216, I a V, da CF/88): 
 I - as formas de expressão; 
 II - os modos de criar, fazer e viver; 
 III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais 
espaços destinados às manifestações artístico-culturais; 
 V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, 
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, 
ecológico e científico. 
3.3 - Desporto (arts. 217) 
O desporto tem por objetivo a integração social do 
homem, além disso educar pelo esporte. 
Nesse sentido, o art. 217 da CF/88 preconiza que é 
dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e 
não-formais, como direito de cada um, observados: 
 I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e 
associações, quanto a sua organização e funcionamento; 
 II - a destinação de recursos públicos para a promoção 
prioritária do desporto educacional e, em casos 
específicos, para a do desporto de alto rendimento; 
 III - o tratamento diferenciado para o desporto 
profissional e o não- profissional; 
 IV - a proteção e o incentivo às manifestações 
desportivas de criação nacional. 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 8 
Por fim, vale lembrar que o Poder Judiciário só 
admitirá ações relativas à disciplina e às competições 
desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça 
desportiva, regulada em lei (arts. 217, § 1º, da CF/88) 
4 – Ciência e Tecnologia (arts. 218 e 219 da CF/88) 
O Estado promoverá e incentivará o 
desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação 
tecnológicas, inclusive (art. 218 da CF/88): 
 § 1º - A pesquisa científica básica receberá tratamento 
prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o 
progresso das ciências. 
 § 2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á 
preponderantemente para a solução dos problemas 
brasileiros e para o desenvolvimento do sistema 
produtivo nacional e regional. 
5 – Comunicação Social (arts. 220 e 224 da CF/88) 
A manifestação do pensamento, a criação, a 
expressão e a informação, sob qualquer forma, processo 
ou veículo não sofrerão qualquer restrição (art. 220, caput, 
da CF/88). 
Assim, a comunicação social funciona como uma 
espécie de declaração de direitos, que atua em sentido 
complementar ao observado no disposto do art. 5º, IV, V, 
X, XIII e XIV. (art. 220, § 1º, da CF/88). 
 
 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 9 
6 – Meio Ambiente e Direito do Consumidor (art. 225 da 
CF/88; art. 81 do Código de Defesa do Consumidor) 
O capítulo do meio ambiente da Constituição de 
1988 é um dos mais avançados e modernos do 
constitucionalismo mundial. 
A preocupação de garantir esse autêntico direito 
difuso (de 3ª dimensão) vem adquirindo enorme 
importância nas constituições mais recentes. 
Nessa linha, a Lei Maior prescreve que “todos têm 
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem 
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de 
vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o 
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e 
futuras gerações” (art. 225, caput, da CF/88). 
Assim, para assegurar a efetividade desse direito, 
incumbe ao Poder Público (art. 225, § 1º, I a VII, da 
CF/88): 
 I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o 
manejo ecológico das espécies e ecossistemas; 
 II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do 
País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de 
material genético; 
 III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e 
seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e 
a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer 
utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem 
sua proteção; 
 IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade 
potencialmente causadora de significativa degradação do meio 
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará 
publicidade; 
 V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, 
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de 
vida e o meio ambiente; 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 10 
 VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a preservação do meio ambiente; 
 VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que 
coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de 
espécies ou submetam os animais a crueldade. 
 
 Princípio da Precaução 
 
O princípio da precaução (prudência ou cautela) 
representa uma evolução na legislação ambiental 
brasileira, à proporção que as normas oriundas de 
conferências e tratados internacionais que visam a 
proteger o ambiente planetário, acompanham o Direito 
Positivo pátrio e se inserem nele. 
 Etimologicamente, a palavra precaução (do latim: 
praecautione) é substantivo do verbo precaver-se, e sugere 
cuidado antecipado, prudência, cautela para que um fato 
não venha a materializar-se ou a resultar em 
conseqüências indesejáveis. 
Tal princípio se caracteriza por determinar que não 
se produzam intervenções no meio ambiente, antes de ter a 
certeza de que estas não serão adversas a ele. Por isso, o 
princípio da precaução exige a cautela no agir; pois, diante 
da incerteza científica, entende-se que a prudência é o 
melhor rumo a seguir, evitando-se danos, muitas vezes, 
irreparáveis. 
 
 Princípio da Prevenção 
 
 O princípio da prevenção se caracteriza por ser 
aplicável a impactos ambientais já conhecidos e sobre os 
quais há informações. Tal princípio tem o licenciamento 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 11 
ambiental e o estudo de impacto ambiental, dentre seus 
principais instrumentos de prevenção de danos ambientais. 
 Vale assinalar que esses instrumentos são 
aplicáveis de forma a prevenir os danos que um 
determinado empreendimento causaria, se não tivesse sido 
submetido, verbi gratia, ao estudo do impacto ambiental 
(art. 225, § 1º, IV, da CF/88). 
 
6.1 - Defesa do Consumidor (art. 5º, XXXI, da CF) – 
Meio Ambiente 
A defesa do consumidor encontra amparo em 
nossa Constituição como direito humano fundamental (art. 
5º, XXXII, da CF) e constitui um dos princípios gerais da 
atividade econômica (art. 170, V, da CF/88). 
Essa proteção ao consumidor no direito pátrio 
decorre principalmente de influência das Constituições 
portuguesa de 1976 e espanhola de 1978 que inseriram 
normas protetivas para o consumidor. 
Nesse rumo, com a publicação do Código de 
Proteção e Defesa do Consumidor em 1990, implementou-
se no Brasil, num contexto moderno de sociedade de 
massa, a proteção aos consumidores, seguindo uma 
linhagem moderna. 
Vale destacar os seguintes dispositivos da CF/88, 
para fazer frente ao abuso do Poder econômico (arts. 5º, 
XXXII; 24; 129; 150, § 5º; 170): 
 o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do 
consumidor (art. 5º, XXXII); 
 a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho 
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 12 
todos existência digna, conforme os ditames da justiça 
social, observados os seguintes princípios: art. 170, (...) 
V - defesa do consumidor. 
 Por último, esse microssistema de defesa do 
consumidor, que envolve consumidor, fornecedor, produto 
ou serviço, passou a respaldar as relações de natureza 
bancária ou financeira
Art. 81 - A defesa dos interesses e direitos dos 
consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo 
individualmente, ou a título coletivo. 
Parágrafo único - A defesa coletiva será exercida quando 
se tratar de: 
I - interesses ou direitos difusos (p.ex. meio ambiente), 
assim entendidos, para efeitos deste Código, os 
transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam 
titulares pessoas indeterminadas e ligadas por 
circunstâncias de fato; 
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos,para 
efeitos deste Código, os transindividuais de natureza 
indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de 
pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma 
relação jurídica-base; 
, por considerá-las relações de 
consumo, conseqüentemente ficam amparadas pelo 
Código de Defesa do Consumidor. 
6.2 - Direitos Coletivos (Meio Ambiente) 
Denomina-se direitos Coletivos lato sensu os 
direitos coletivos entendidos como gênero, dos quais são 
espécies: os direitos difusos, os direitos coletivos stricto 
sensu e os direitos individuais homogêneos. 
Conforme o artigo 81 do Código de Defesa do 
Consumidor (Lei 8.078/90), seguem os conceitos: 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 13 
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim 
entendidos os decorrentes de origem comum. 
 
7 – Família, Criança, Adolescente e Idoso (art. 226 da CF/88) 
Trata-se de um Capítulo que reflete as 
transformações sociais dos últimos anos. 
7.1 – A Família 
A família, base da sociedade, tem especial 
proteção do Estado (art. 226, caput, da CF/88). 
Inclusive, cabe destacar os seguintes dispositivos 
constitucionais (art. 226, §§ 1º a 7º, da CF/88). 
 § 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração. 
 § 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. 
 § 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável 
entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei 
facilitar sua conversão em casamento. 
 § 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade 
formada por qualquer dos pais e seus descendentes. 
 § 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são 
exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. 
 § 6º - O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia 
separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou 
comprovada separação de fato por mais de dois anos. 
 § 7º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da 
paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do 
casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e 
científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma 
coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas. 
7.2 - Proteção constitucional às Crianças e aos 
Adolescentes 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 14 
É dever da família, da sociedade e do Estado 
assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta 
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à 
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar 
e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de 
negligência, discriminação, exploração, violência, 
crueldade e opressão (art. 227, caput, da CF/88). 
O direito a proteção especial das crianças e dos 
adolescentes abrangerá os seguintes aspectos (art. 227, § 
3º. I a VII, da CF/88): 
 I - idade mínima de 16 anos para admissão ao trabalho, observado o 
disposto no art. 7º, XXXIII2 (salvo na condição de aprendiz, a partir de 
quatorze anos)
 II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; 
; 
 III - garantia de acesso do trabalhador adolescente à escola; 
 IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato 
infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por 
profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar específica; 
 V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito 
à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da 
aplicação de qualquer medida privativa da liberdade; 
 VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, 
incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a 
forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado; 
 VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança e 
ao adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins. 
7.3 – Amparo Constitucional aos Idosos 
O amparo constitucional aos idosos é um dever da 
família, da sociedade e do Estado, os quais têm o dever de 
proteger as pessoas idosas, assegurando sua participação 
na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e 
garantindo-lhes o direito à vida (art. 230 da CF/88). 
 
2Art. 7º, XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de 
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos. 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 15 
Inclusive, vale observar que essa previsão 
constitucional é consequência dos princípios relacionados 
ao (à): 
 bem-estar da sociedade (Preâmbulo da CF); 
 cidadania (art. 1º, II, da CF/88); 
 dignidade da pessoa humana; (art. 1º, III, da CF/88); 
 direito à saúde(art. 196 da CF/88). 
Além disso, cabe assinalar que (art. 230, §§, 1º e 
2º, da CF/88): 
 § 1º - Os programas de amparo aos idosos serão 
executados preferencialmente em seus lares. 
 § 2º - Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida 
a gratuidade dos transportes coletivos urbanos. 
Conforme a Constituição, idoso é a pessoa: 
 com mais de 70 anos – para fins de aposentadoria 
compulsória (art. 40, § 1º, II, da CF/88); 
 com mais de 65 anos – para obter a gratuidade dos 
transportes coletivos urbanos(art. 230, § 2º, da CF/88). 
Por último, o Estatuto do Idoso - Lei n. 10. 
741/2003 - consagrou o amparo a 3ª idade. 
 8 – Os Índios (arts. 231 e 232 da CF/88) 
São reconhecidos aos índios sua organização 
social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos 
originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, 
competindo à União demarcá-las, proteger e fazer 
respeitar todos os seus bens (art. 231 da CF/88). 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 16 
Os índios, suas comunidades e organizações são 
partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus 
direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em 
todos os atos do processo (art. 232 da CF/88). 
 
III–Conclusão 
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 17 
 Referências Bibliográficas 
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Direito Constitucional. 21 ed. São Paulo: Saraiva 
2000. 
 
BULOS, Uadi Lammêgo. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva 2007. 
 
______. Direito Constitucional ao Alcance de Todos. São Paulo: Saraiva 2009. 
 
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 33 ed. São 
Paulo: Saraiva, 2007. 
 
FERREIRA, Pinto. Curso de Direito Constitucional. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 1999. 
 
FERREIRA SOBRINHO, Audálio. A Reserva Particular do Patrimônio Natural 
como instrumento de efetivação ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. 202 
f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 
2006. Disponível em: http://prof-audalio.com/ ou 
 http://prof-audalio.com/artigos/dissertacao-de-mestrado.pdf 
 
LEAL, Mônia Clarissa Hennig; GORCZEVSKI, C.; JÚNIOR E. B. S. Introdução ao 
estudo da ciência política, teoria do estado e da Constituição. Porto Alegre: Verbo 
Jurídico, 2007. 
 
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 
2009. 
 
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, Paulo G. Gonet. 
Curso de Direito Constitucional. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
 
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 23 ed. São Paulo: Atlas, 2008. 
 
MORAES, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. Rio de Janeiro: 
Lúmen Júris, 2008. 
 
MOTTA, Sylvio. Direito Constitucional: teoria, jurisprudência e questões. 20. ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2008. 
 
SILVA, José Afonso da. Curso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 28. ed. São 
Paulo: Malheiros, 2006.TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. 5ª ed. São Paulo: 
Saraiva, 2007. 
Obs.: Na elaboração deste Plano de Aula, fiz uso de todas as Referências Bibliográficas 
acima descritas, principalmente os livros dos Professores Pedro Lenza e Uadi Lammêgo 
Bullos. Vale destacar que também utilizei de minhas anotações realizadas em salas de 
aula durante Cursos ministrados pelos eminentes Professores: Cláudio Brandão, 
Daniel Sarmento, Guilherme Peña de Moraes, Humberto Peña de Moraes e 
Rogério Gesta Leal.

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