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Casos concretos penal 1 a 15

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DIREITO PENAL III Corrigidos
AULA 01  Corrigido
QUESTÃO 1. Claudionor, Alex e Adalberto, com unidade de vontade e desígnios, no dia 05 de março de 2010, por volta das 23h, mediante o arrombamento do cadeado do portão e da fechadura da porta da cozinha da residência de Ademilson e Luísa, conforme laudo acostado a fls..., subtraíram um edredom, um jogo de cama, duas toalhas de banho e outras roupas não identificadas. Ademilson acordou assustado com o barulho e conseguiu identificar os agentes no momento em que empreenderam fuga, razão pela qual registrou a ocorrência na Delegacia de Polícia, bem como identificou os agentes no curso do inquérito criminal. Ainda, apurou -se que os agentes associaram-se em quadrilha para o fim de cometer crimes (delito a ser apurado em autos próprios, sob o n...) Dos fatos narrados Claudionor, Alex e Adalberto foram denunciados pela suposta prática do delito tipificado no art.155, §§1 º e 4º, I e IV, do Código Penal. Inconformados, impetraram Habeas Corpus com pedido de liminar com vistas ao trancamento da ação penal sob o argumento de atipicidade de conduta face à incidência do princípio da insignificância. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema responda de forma objetiva e fundamentada: 
a) A capitulação da conduta constante na denúncia está correta? 
R- Não, está errado o parágrafo 1 do artigo 155 pois o furto noturno não pertence ao furto qualificado e sim ao furto simples. Deve ser denunciado apenas pelo artigo 155, parágrafo 4, incisos I e IV.Art. 155 ,lº e 4º.
b) A ordem de habeas corpus deve ser concedida? 
R- Não, STF tem como entendimento sobre o Principio da Bagatela o seguinte: Para aplicação do Princípio da Insignificância em Direito Penal faz-se necessário a concomitância de quatro requisitos: 1) conduta minimamente ofensiva; 2) ausência de periculosidade social da ação; 3) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; e 4) lesão jurídica inexpressiva... e nenhum destes 4 requisitos foram respeitados na conduta do trio acusado pelo furto... Não hove insignificância.
QUESTÃO 2. Em relação ao delito de furto, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta: 
I. O bem jurídico-penal é o patrimônio, contemplando, neste caso, não só a propriedade, mas, também a posse da coisa móvel. 
II. Para se caracterize o furto de uso, conduta atípica é necessário que o bem seja infungível, a ausência de especial fim de agir de assenhoreamento definitivo para si ou para outrem e que haja restituição imediata e integral ao sujeito passivo. 
III. Res nullius e res derelicta são coisas que não podem ser objeto de furto, todavia a res desperdicta pode ser objeto de furto. 
IV. O delito se consuma quando a coisa subtraída passa para o poder do agente, mesmo que num curto período de tempo, independentemente do deslocamento ou posse mansa e pacífica 
São corretas apenas as assertivas: 
R- LETRA “C” 
a) I e II 
b) I, II e III 
c) I, II e IV 
d) I, III e IV 
QUESTÃO 3. Em relação ao delito de furto, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta: 
I.A existência de detectores antifurto, por si só, não caracterizam crime impossível. 
II. Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa; 
III. Diferencia-se o delito de furto do delito de apropriação indébita, pois neste, coisa é entregue licitamente ao agente e a sua posse sobre a coisa é desvigiada, enquanto no furto, o agente não tem a posse do bem, apoderando -se deste contra a vontade da vítima. 
IV. Caracteriza estelionato a subtração dolosa de energia elétrica, desde que não tenha ocorrido alteração do medidor para o interior do imóvel, caso em que se caracterizará o furto de energia elétrica. 
São corretas apenas as assertivas: 
R- LETRA “B” 
a) I e II 
b) I, II e III 
c) I, II e IV 
d) I, III e IV 
AULA 02  Corrigido
QUESTÃO 1. Olimar, Lucivaldo e Hergílio com unidade de vontade e desígnios, no dia 20 de dezembro de 2009, por volta das 20h, mediante grave ameaça exercida com arma de fogo, subtraíram para si um telefone celular e um tablet de Antônio Pereira, quando este saía do estacionamento do shopping center Vilaverde. Ato contínuo, abordaram o veículo que vinha logo atrás de Antônio Pereira e subtraíram quinhentos reais em espécie e, ao tentar subtrair o veículo modelo Focus, marca Ford, placa EDV-XXXX, de São Paulo, de propriedade de Marilene Mendes foram presos em flagrante. 
Após instrução probatória, Olimar restou condenado à pena de 20 anos, 6 meses e 22 dias de reclusão a ser cumprida inicialmente em regime fechado, pela prática dos crimes de roubo qualificado (art.157,§2 º, I e II, CP) duas vezes, em concurso material,(art.69, CP) roubo qualificado na forma tentada (art.157,§2 º, I e II, n.f art. 14, II, ambos do CP) e formação de quadrilha armada (art.288, parágrafo único, CP), em concurso material de crimes. Inconformado com a decisão condenatória a defesa de interpôs recurso de apelação com vistas, dentre outros pedidos, à exclusão da majorante do parágrafo único do art.288, do Código Penal sob o argumento de configurar -se bis in idem, bem como ao reconhecimento da continuidade delitiva entre os delitos e não concurso material, como fôra aplicado. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema responda de forma objetiva e fundamentada se os pedidos deverão ser julgados procedentes. 
R – Não é bis indem, nã é quedrilha( deveria ter mais de 3 pessoas). Não devem ser julgados procedentes pois não há distinção de objetividade jurídica entre os delitos( dolo específico e não bis idem), Não existe elo de continidade de tempo, foi tudo no mesmo tempo. Não houve liame de tempo entre os crimes.
QUESTÃO 2. Em relação ao delito de roubo, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta: 
I. O emprego de arma de brinquedo (simulacro) não tipifica o roubo majorado, previsto no art.157,§2º, I, CP. 
II. O delito de roubo se consuma quando o agente, cessada a violência ou a grave ameaça, inverte a posse da coisa subtraída, sendo desnecessário que o bem objeto do delito saia da esfera de vigilância da vítima. 
III. No delito de roubo próprio, previsto no caput do art.157, do Código Penal, a violência ou grave ameaça é empregada antes ou concomitantemente à subtração da res, enquanto no roubo impróprio, previsto no §1°, art.157, do Código Penal, a violência ou grave ameaça é empregada após a subtração, em relação de imediatidade. 
IV. Para a caracterização do delito de roubo, previsto no caput do art.157, do Código Penal não se aplica o instituto da interpretação analógica em relação à expressão ?ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência?. 
São corretas apenas as assertivas: 
R- LETRA “B” 
a) I e II 
b) I, II e III 
c) I, II e IV 
d) I, III e IV 
QUESTÃO 3. Em relação ao delito de roubo, analise as narrativas abaixo e assinale a opção correta: 
I. No caso concreto, caso ocorram morte e subtração consumadas, o latrocínio será caracterizado consumado, estando o tipo perfeito. 
II. No caso concreto, caso ocorra morte consumada e subtração tentada, o latrocínio será caracterizado na forma tentada, por tratar-se de delito contra o patrimônio. 
III. No caso concreto, caso ocorram morte e subtração tentadas, o latrocínio será caracterizado na forma tentada. 
IV. No caso concreto, caso ocorra morte na forma tentada e subtração consumada, o latrocínio será caracterizado na forma tentada. 
São corretas apenas as assertivas: 
R- LETRA “D” 
a) I e II 
b) I, II e III 
c) I, II e IV 
d) I, III e IV 
AULA 03  Corrigido
Questão 1. Maria Helena, no dia 05 de abril de 2008, por volta das 14h, recebeu um telefonema de um estranho que, sob o argumento de que havia sequestrado sua filha de 18 anos ao sair da faculdade, exigiu que s Maria Helena efetuasse o depósito de 50.000,00 em uma determinadaconta corrente. Desesperada Maria Helena tentou falar com a filha ao telefone celular, mas as ligações resultavam na caixa postal. Pediu a todos os amigos da filha que a localizassem, sem êxito. Por fim, no horário acordado com o agente, Maria Helena foi à agência bancária a fim de efetuar o depósito exigido. Sem que o agente percebesse, Maria Helena foi seguida por um policiais que identificaram Claudionor na agência, pois o mesmo estava sendo procurado pela prática deste crime contra outras vítimas. Ante o exposto, sendo que certo que Maria Helena não efetuou o depósito, bem como o fato de que sua filha não havia sido sequestrada por Claudionor, pois encontrava -se no cinema com o aparelho celular desligado durante o todo o período de contato e desconhecia toda a situação, responda, de forma objetiva e fundamentada, ao que se pede: 
a) Qual a correta tipificação da conduta de Claudionor? 
R – Prática de extorsão, pois mediante grave ameaça realizada tentou obter da vítima vantagem econômica indevida para si. 
b) O delito foi consumado ou tentado? 
R – Extorsão é crime formal ( súmula 96), logo é consumado. 
Questão 2. Ernesto Leôncio revoltado pelo fato de sua mulher, Lucinda Leôncio, tê -lo abandonado exige que Lucinda faça um depósito no valor de R$1.500,00 em uma conta corrente aberta por Leôncio sob ameaça de matá-la caso não efetue o respectivo depósito, bem como a retirada do boletim de ocorrência de lesões corporais perpetradas sob violência doméstica contra ele registrado. Diante da reiteração das ameaças, Lucinda acionou a polícia, que surpreendeu Ernesto, procedendo a sua prisão. Ante o exposto, é correto afirmar que Ernesto praticou o delito de: 
R – LETRA “C” 
a) Constrangimento ilegal consumado. 
b) Extorsão consumada. 
c) Extorsão na forma tentada. *** é indispensável q a vítima se sinta ameaçado e submeter-se a vontade do agente.***
d) Constrangimento ilegal na forma tentada. 
Questão 3. 
Em relação aos delitos de extorsão e extorsão mediante sequestro, previstos nos arts.158 e 159, do Código Penal, analise as assertivas abaixo: 
I. são considerados delitos hediondos, independentemente da produção do resultado mais gravoso lesão corporal de natureza grave ou morte. 
II. O denominado "sequestro relâmpago" configura -se como uma qualificadora do delito de extorsão mediante sequestro e é considerado delito hediondo. 
III. Os delitos de extorsão e roubo possuem como elemento distintivo a prescindibilidade do comportamento da vítima no roubo. 
IV. A extorsão é uma espécie de constrangimento ilegal, diferenciando -se deste em decorrência da natureza da vantagem almejada. 
São corretas apenas as assertivas: 
a) I e II; 
b) I, II e III; 
c) I, II e IV; 
d) II, III e IV. 
e) III e IV. 
Letra E
AULA 04 Corrigido
Questão 1. Evandro Santos foi denunciado incurso nas sanções do art. 171, §2.º, VI, do Código Penal, pela suposta prática do crime assim narrado na denúncia: 
"No dia 20 de março de 2010, em horário não especificado no sumário base, na Av. Nossa Senhora de Copacabana, n º XXXX, estabelecimento comercial 'A Casa é Nossa Eletrodomésticos', nesta Cidade, o denunciado obteve, para si, vantagem ilícita, em prejuízo do referido estabelecimento, induzindo funcionário em erro, mediante meio fraudulento. Para tanto, o denunciado deslocou-se até o referido endereço e adquiriu mercadorias à empresa vítima, efetuando pagamento com os cheques de n. 222222 e n. 33333, no valor de R$150,620, cada, do Banco do Sudeste, agência 1111, conta corrente nº 12345-6 (fl. 06), cártulas que emitiu tendo já ciência de que não as pagaria, pois não teria o dinheiro para cobrir a emissão, sendo devolvidas pela alínea n. 11 ' insuficiência de fundos ' e após pela alínea '12 ', conta encerrada. A vítima não foi ressarcida. 
Do feito, Evandro Santos foi condenado à pena de 02 (dois) anos e 06 (seis) meses de reclusão, bem como ao pagamento de 40 (quarenta) dias-multa à razão de 1/30 do salário mínimo vigente à época do fato, tendo o magistrado a quo decidiu pela substituição da pena privativa de liberdade, por duas restritivas de direitos, consistente em prestação de serviços comunitários e, prestação pecuniária no valor de 02 (dois) salários mínimos. Irresignada, a defesa interpôs recurso de apelação. Em razões recursais, pugnou a defesa pela absolvição do réu, alegando atipicidade de conduta, com fulcro no art. 386, inciso III, do Código Penal, sob o fundamento de ausência de dolo, alegando que a aquisição de mercadorias foi resultante de um negócio jurídico, tendo sido utilizada, para tanto, a modalidade cheque pós-datada, pois acreditava que, na data acordada para os depósitos teria a correspondente provisão de liberdade, por duas restritivas de direitos, consistente em prestação de serviços comunitários e, prestação pecuniária no valor de 02 (dois) salários mínimos. 
Irresignada, a defesa interpôs recurso de apelação. Em razões recursais, pugnou a defesa pela absolvição do réu, alegando atipicidade de conduta, com fulcro no art. 386, inciso III, do Código Penal, sob o fundamento de ausência de dolo, alegando que a aquisição de mercadorias foi resultante de um negócio jurídico, tendo sido utilizada, para tanto, a modalidade cheque pós-datada, pois acreditava que, na data acordada para os depósitos teria a correspondente provisão de fundos em sua conta corrente. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e fundamentada: a defesa deve prosperar e o recurso ser provido? 
R – A defesa não prosperaria, pois ele encerrou a conta antes da data do cheque. Houve dolo. art 171 Caput
QUESTÃO 2. Pedro Paulo, policial rodoviário da reserva remunerada, utilizou-se de documento falso (passe conferido aos policiais da ativa) para comprar passagem de ônibus intermunicipal no valor de R$ 48,00. Do fato, é correto afirmar que sua conduta configura: 
R – LETRA “A” 
a) Estelionato, previsto no art.171, do Código Penal. 
b) Peculato, previsto no art.312, do Código Penal. 
c) Conduta atípica por ausência de tipicidade material. 
d) Uso de documento falso, previsto no art.304, do Código Penal. 
Questão 3. Alice Mendes, com o auxílio de sua amiga Ana Lúcia Silva, servidora pública federal, teve acesso a informações sigilosas concernentes ao gabarito de processo seletivo para ingresso em ensino superior a ser realizado em março de 2010, através da denominada "cola eletrônica". Sendo certo que Alice obteve aprovação no referido processo seletivo é correto afirmar que Alice e Ana Lúcia praticaram as condutas de: 
R – LETRA C - Fato atípico. Corrente Majoritária. art 311 a ( alei não pode retroagir para prejudicar o réu.
a) Estelionato, previsto no art.171, do Código Penal 
b) Fraude em certames de interesse público, previsto no art. 31 -A, do Código Penal. 
c) Conduta atípica 
d) Alice praticou delito de estelionato e Ana Lúcia, fraude em certames de interesse público previstos, respectivamente, nos arts. 171 e 31 -A, do Código Penal. 
AULA 05  CORRIGIDO
QUESTÃO 1. 
Analise a situação hipotética seguinte e responda às questões propostas: (EJEF - 2009 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros. Modificada) 
Arlindo furtou um telefone celular e o vendeu para Beto. Ambos foram denunciados nos mesmos autos, pelo crime de furto qualificado pelo concurso de pessoas. No curso da ação penal verificou-se que o acusado Arlindo era menor de 21 anos ao tempo da ação, extinguindo-se em seu favor a punibilidade do delito de furto. 
a) As condutas de Arlindo e Beto foram corretamente tipificadas na denúncia? 
R - Este questionamento versa sobre os elementos caracterizadores do delito de receptação dolosa prevista no art CP, pois no caso em exame, Beto não concorreu para a prática do delito de furto, ou seja, possui como pressuposto a existência de um crime anterior sendo autônomo em relação ao delito anterior. Desta forma, a correta tipificação da conduta de Beto seria incursa na figura típica de receptação dolosa.b)Neste caso, verificado que Beto possuía 26 (vinte e seis) anos ao tempo do delito, a extinção da punibilidade que beneficiou Arlindo favorecerá Beto? 
R – Não obstante o delito de receptação, seja um delito acessório em relação so delito anterior, no caso, o delito de furto praticado por Arlindo, a receptação será punida ainda que haja a extinção de punibilidade em relação aquele face à sua autonomia. Tal entendimento entendimento encontra-se previsto no art. 108 CP.
QUESTÃO 2. Considere as seguintes afirmações: (FCC - 2009 - DPE-SP - Defensor Público) 
I. Presume-se a ciência da origem criminosa da coisa pelo agente, no crime de receptação dolosa própria. 
II. Saque de dinheiro por meio de cartão de crédito previamente clonado, configura os crimes de furto e estelionato. 
III. No homicídio cometido em legítima defesa com duplo resultado em razão de aberratio ictus, a excludente de ilicitude se estende à pessoa não visada, mas, também, atingida. 
Conclui-se que está correto o que se afirma SOMENTE em: 
R – LETRA “C” 
a) I 
b) II 
c) III 
d) I e II 
e) II e III
QUESTÃO 3. Julgue os seguintes itens, acerca dos crimes contra o patrimônio: (CESPE - 2008 - TJ-AL - Juiz) I .Na receptação, o objeto material do delito pode ser produto de contravenção. II .No crime de furto qualificado pelo abuso de confiança, é pacífico que a relação de emprego é suficiente para caracterizar a qualificadora. III .É possível a continuidade delitiva entre crimes de roubo e furto. IV .No crime de roubo, o critério adotado pela jurisprudência do STJ, para fins de exasperação da pena em face da presença de qualificadoras, é meramente quantitativo, de forma que a presença de apenas uma qualificadora não autoriza o juiz a aumentar a pena em patamar acima de um terço. V .O crime de extorsão mediante seqüestro consuma-se com a privação da liberdade da vítima por espaço de tempo juridicamente relevante, independentemente da exigência de qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate, desde que haja a intenção do agente nesse sentido. A quantidade de itens certos é igual 
a: a) a) 1 b) b) 2 c) c) 3 d) d) 4 e) e) 5 
 R: A
Aula 6 CORRIGIDO
QUESTÃO 1.
 Considere a seguinte situação hipotética e responda, de forma objetiva e fundamentada, às questões propostas: FGV - 2010 - PC-AP - Delegado de Polícia. MODIFICADA) 
João e Marcos decidem furtar uma residência. Vigiam o local até que os proprietários deixem a casa. Tentam forçar as janelas e verificam que todas estão bem fechadas, com exceção de uma janela no terceiro andar da casa. Usando sua habilidade, João escala a parede e entra na casa, pedindo a Marcos que fique vigiando e avise se alguém aparecer. Enquanto está pegando os objetos de valor, João escuta um barulho e percebe que a empregada tinha ficado na casa e estava na cozinha bebendo água. João vai até a empregada (uma moça de 35 anos) e decide constrangê-la, mediante grave ameaça, a ter conjunção carnal com ele. 
Logo após consumar a conjunção carnal, com a empregada e deixá-la amarrada e amordaçada (mas sem sofrer qualquer outro tipo de lesão corporal), João termina de pegar os objetos de valor e vai ao encontro de Marcos. 
Ao contar o que fez a Marcos, este o chama de tarado e diz que nunca teria concordado com o que João fizera, mas que agora uma outra realidade se impunha e era preciso silenciar a testemunha. Marcos retorna à casa e mesmo diante dos apelos de João que tenta segurá-lo, utiliza uma pedra de mármore para quebrar o crânio da empregada. Ambos decidem ali mesmo repartir os bens que pegaram na casa e seguir em direções opostas. Horas depois, ambos são presos com os objetos. Ante o exposto, tipifique a conduta de João e Marcos a partir dos estudos realizados sobre os crimes em espécie e sobre as teorias afetas ao concurso de pessoas. 
R: João será responsabilizado por furto qualificado pela escalada e pelo concurso de pessoas em concurso material com delito de estupro na forma do concurso material de crimes (art 155, II e IV c.c art 213 n.f art 69 CP). Não há que se falar em responsabilização pelo delito de homicídio, pois não concorreu para a sua prática, bem como tentou evitá-la.
Marcos- Sua conduta restará incursa na figura tipica de furto qualificado pela escalada e pelo concurso de pessoas em concurso material com o delito de homicídio qualificado na forma do concurso material de crimes( art 155, II, e IV c.c art 121 § 2º, V n.f. art. 69 CP) 
QUESTÃO 2. 
Considere a seguinte situação hipotética. CESPE - 2011 - PC-ES - Delegado de Polícia - Específicos MODIFICADA) 
João, penalmente responsável, mediante ameaça de arma de fogo, constrangeu José, de dezoito anos de idade, a se despir em sua frente, de modo a satisfazer a sua lascívia. Uma vez satisfeito, João liberou José e evadiu-se do local. Nessa situação hipotética, a conduta de João caracteriza o tipo penal de: 
a)      Constrangimento ilegal. 
b)      Estupro consumado. 
c)       Estupro na forma tentada. 
d)      Ato Obsceno 
e)      Contravenção Penal. 
QUESTÃO 3. 
Com relação à Lei n. 12015/2009, que alterou os  crimes contra a dignidade sexual é correto afirmar que: 
a)    A pena para o crime de assédio sexual será aumentada até a metade se a vítima for menor de dezoito anos de idade, e a ação penal será, nesse caso, pública incondicionada. 
b)    Quem mantiver conjunção carnal com menor de catorze anos de idade estará sujeito à pena de reclusão por período de seis a dez anos, sendo a ação penal, nesse caso, pública condicionada à representação. 
c) O princípio da continuidade normativa típica evidencia-se quando uma norma penal é revogada, mas a mesma conduta continua sendo crime no tipo penal revogador, ou seja, a infração penal continua tipificada em outro dispositivo, ainda que topologicamente ou normativamente diverso do originário. 
d)    a revogação do art. 214 do Código Penal pela Lei no 12.015/09 conduziu à abolitio criminis do delito de atentado violento ao pudor anteriormente cometido. 
e)    nos crimes de estupro (artigo 213 do Código Penal) e estupro de vulnerável (artigo 217-A do Código Penal), a pena é aumentada pela metade quando o crime é cometido em concurso de duas ou mais pessoas.
Aula 7 Corrigida
Questão 1
Alex Sandro, companheiro de Belízia, foi preso em flagrante delito, tendo sido sua prisão convertida em preventiva, por ter sido surpreendido por Belízia, mediante denúncia de uma vizinha - Cláudia, em sua cama, despido, ao lado de Bianca, filha de Belízia de 13 anos. Em sede de investigação preliminar, foram colhidos relevantes indícios da materialidade e autoria em desfavor do paciente pela prática de delitos contra a dignidade sexual, bem como, consoante depoimento prestado pela ofendida perante a autoridade policial restou demonstrado que Alex Sandro a submetia a práticas sexuais desde seus seis anos de idade, sendo que, a partir dos nove anos, era compelida à conjunção carnal, sempre no horário em que sua genitora estava trabalhando. Salientou que sofria constantes ameaças, caso as práticas chegassem ao conhecimento de terceiros. Disse que, certo dia, sua mãe voltou do trabalho mais cedo e o surpreendeu. O referido relato restou confirmado pelos dizeres de sua genitora e por Cláudia.
Inconformado com a manutenção da prisão preventiva, bem como pelo indiciamento como incurso nas condutas de estupro, atentado violento ao pudor e estupro de vulnerável contra a filha de sua companheira, impetrou habeas corpus perante o Tribunal de Justiça.
Ante o exposto, face às recentes alterações legislativas do Sistema Penal, analise as condutas de Alex Sandro, bem como a incidência dos institutos repressores da Lei n. 8072/1990.
Resposta: Com relação à presunção de inocência - Revogação do art 224 CP e o novo tratamento jurídico penal: a caracterização da vulnerabilidade e , consequentemente, a descrição autônoma. Art 217 - A CP e com relação à Lei 8072/1990 e a causa do aumento de pena, prevista em seu art 9º Abolitio criminis, face a revogação do art 224 CP
Questão2
De acordo com a Lei 8.072/90, assinale a alternativa que não apresenta um crime considerado hediondo. (Secretaria de Estado de Administração Concurso Público para Delegado de Polícia – 2010/FGV)
a) latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o) e envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal (art. 270).
b) epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o); homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V) e extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o).
c) latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o); e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V).
d) latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B; e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V).
e) latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o); falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V).
QUESTÃO 3.
 Alexandre Bom de Papo convidou Bianca, jovem de 25 anos de idade, para ir a uma festa. De forma dissimulada, Alexandre colocou determinada substância na bebida de Bianca, que, após alguns minutos, ficou totalmente alucinada. Aproveitando-se do estado momentâneo de Bianca, que não poderia oferecer resistência, Alexandre levou-a para o estacionamento da festa, onde com ela manteve conjunção carnal, bem como "convenceu" Bianca a praticar sexo oral nele. Passado o efeito da substância, Bianca de nada se lembrava e, no dia seguinte à festa, descobriu através de amigos o que ocorrera. Ante o exposto, a partir dos estudos realizados sobre os crimes contra a dignidade sexual, é correto afirmar que a conduta de Alexandre configura:
a) Estupro simples cuja ação penal é pública incondicionada.
b) Estupro simples cuja ação penal é pública condicionada à representação de Bianca.
c) Estupro de vulnerável cuja ação penal é pública incondicionada. 
d) Estupro de vulnerável cuja ação penal é pública condicionada
Aula  8 Corrigida
Questão 1.
Luana, Vanessa e Isabela, jovens de 22 e 23 anos, após terem sido demitidas da empresa de propaganda na qual trabalhavam resolveram alugar um imóvel e dividir as despesas do mesmo. Passados alguns meses sem que conseguissem novo emprego, decidiram trabalhar por um tempo como “garotas de programa” para seu sustento. 
A fim de evitar chamar a atenção de amigos e familiares resolveram utilizar a sua própria residência como local dos encontros. Para tanto, acordaram que Luana ficaria responsável pela “administração” do local, recebendo parte do dinheiro obtido por suas colegas com o serviço sexual, utilizando-o no pagamento do aluguel, anúncios, empregada e outras despesas necessárias à mantença do local. No mais, as próprias colegas agendavam e negociavam os programas que realizavam. 
Passados alguns meses do início das “atividades”, após diversas notificações às jovens reclamando sobre o excessivo movimento de “estranhos” no edifício, o síndico, desconfiado das atividades lá realizadas, notifica os fatos à autoridade pública, bem como a ocorrência de pequenos delitos no local. 
Após detalhada verificação de todos os fatos, inclusive através de interceptações telefônicas deferidas judicialmente, restou demonstrada a habitualidade das condutas de Luana, Vanessa e Isabela. Dos fatos, as jovens restaram denunciadas pela prática da conduta descrita no art.229, do Código Penal, sendo cumulada à conduta de Luana a figura típica do art.230, do Código Penal. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a moderna teoria do delito, quais as possíveis teses defensivas a serem apresentadas por Luana, Vanessa e Isabela? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Luana, Vanessa e Izabel. Ambas são imputáveis, em nem um momento as citantes cometem crime de prostituição, pois não constringiram ninguém, não utilizaram do emprego de violência e nem de grave ameaça ou fraude. O fato de utilizar o imóvel para pratica de sexo com pessoas mais intimas, não subtendesse casa de prostituição. Tendo em vista que no momento da locação do imóvel, ambas trabalhavam em uma empresa de propagando. Após um período desempregadas buscaram meio de sanar suas despesas, mas em nem um momentos as ré utilizaram do seu corpo para ofender a dignidade dos moradores do apartamento. 
As rés são maiores de idade e não envolveram em suas relações sexuais menores de 18 anos, logo subtendesse que não pode configurar-se crime de prostituição. As mesmas não poderão ser enquadradas nos Arts. 229 e 230 CP. 
Questão 02: 
Sobre os crimes contra a dignidade sexual é correto afirmar que não  comete crime quem: 
a) Utiliza a própria residência, com habitualidade, para a prática da prostituição. 
b) Aluga imóvel para a montagem de casa de prostituição, sabendo da finalidade do locatário. 
c) Paga os aluguéis do imóvel onde reside com o dinheiro obtido pela prostituição de outrem. 
d) Convence a própria filha a manter relações sexuais com seu namorado. 
e) Utiliza residência alheia, com habitualidade, para a prática da prostituição. 
Questão 03: 
Com relação aos  crimes contra a dignidade sexual é correto afirmar que: 
a)para a consumação do delito de casa de prostituição é imprescindível a prática efetiva de ato libidinoso, bem como a finalidade de lucro. 
b)não se exige, para a consumação do delito de rufianismo, a habitualidade e permanência da conduta do agente. 
c) não se aplicam, aos crimes contra a dignidade sexual, os princípios da intervenção mínima, fragmentariedade e adequação social para fins de exclusão da responsabilidade jurídico-penal. 
d)no delito de casa de prostituição tutela-se o interesse da coletividade de modo a evitar a proliferação de todas as formas de lenocínio. 
e) as condutas de “prostituição” e de terceiro que a explora são típicas.
AULA 9 corrigida
Caso concreto: 
Claudirene, às 20 horas do dia 15 de março de 1994, deu à luz um menino na única maternidade existente na pequena cidade onde morava. Ocorre, porém, que tão logo sai da maternidade, Claudirene, que havia sido abandonada pelo pai da criança e não desejava criá-la sozinha, acaba por entregar o recém-nascido para Lúcia, uma velha conhecida sua. Esta, visando evitar o trâmite legal do processo de adoção, registra o menino como sendo seu filho, levando-o para morar com ela em uma cidade distante. Em janeiro de 2010, o ex-companheiro de Claudirene a procurou, pois desejava conhecer o filho que havia abandonado dezesseis anos antes. Ao tomar conhecimento do que havia acontecido, vai até a Delegacia de Polícia e relata o fato às autoridades. Instaurado inquérito policial, Lúcia acaba sendo indiciada pelo crime previsto no art. 242, do Código Penal. Seu advogado, no entanto, impetra habeas corpus visando obter o arquivamento do procedimento inquisitorial em razão da ocorrência de prescrição da pretensão punitiva. Com base nos estudos realizados, diga fundamentadamente se deve prosperar a pretensão defensiva. 
R= A questão diz respeito ao termo inicial da contagem do prazo prescricional nos crimes de falsificação de registro civil, regulado pelo art. 111, IV do CP. A pretensão defensiva não deve prosperar, pois, no delito de parto suposto a prescrição somente começa a fluir do dia em que o fato se torna conhecido por autoridade que possa promover a persecução penal. Dessa forma o indiciamento de Lúcia foi correto e deve ser mantido. 
Questão objetiva: 
Romeu e Julieta se apaixonaram quando se conheceram. Mas a vida de casados desgastou a relação e o casal separou-se de fato quando seu único filho, Romeuzinho, completou sete anos. Julieta, então, com dedicação e trabalho, passou a sustentar sozinha o filho, cuidando para que nada lhe faltasse.Completadosdois anos dessa situação, uma vizinha noticiou o fato na Delegacia de Polícia e Romeu foi preso em flagrante pelo crime de abandono material ( CP, art. 244: deixar, sem justa causa, de prover a subsistência de filho menor de 18 anos, não lhe proporcionando os recursos necessários). Penalmente, está correto a defesa técnica alegar que o crime de abandono material: (INSTITUTO CIDADES - 2010 - DPE-GO - Defensor Público): 
a) é de ação penal privada, logo a persecução penal não poderia ter sido iniciada pela vizinha. 
b) não foi recepcionado pela Constituição Federal, pois cria obstáculo intransponível para a reconciliação do casal e preservação da família. 
c) não se configurou, porque a vítima efetivamente não ficou ao desamparo, uma vez que a assistência foi prestada por sua mãe. 
d) não se configurou, porque não houve pensão alimentícia judicialmente acordada. 
e) não é permanente, mas unissubsistente, logo não admite prisão em flagrante. 
Questão 3: 
Acerca dos crimes contra a família assinale a alternativa correta: 
a) a)O avô que dolosamente deixa de atender ao comando de sentença judicial que o obriga ao pagamento de pensão alimentícia em favor de seu neto, pratica, em tese, o crime de abandono material. 
b) b) A chamada “adoção à brasileira”, consistente na conduta do agente que registra como seu o filho de outrem, configura, em tese, o crime de falsidade ideológica. 
c) c) Apesar de previsto no Código Penal, o crime de bigamia deixou de ser considerado delito pela jurisprudência, tornando-se letra morta. 
d) d)Deixar de prover a subsistência, sem justa causa, do cônjuge, ou de filho menor de 18 anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 anos não lhes proporcionando recursos se configura em crime de abandono material. 
e) e)O crime de entrega de filho menor a pessoa inidônea não admite suspensão condicional do processo. 
Semana 10  Corrigida
QUESTÃO 1. 
Leandro Naldo, proprietário de um depósito na Rua Professor Pereira Reis, na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro, na noite de 10 de janeiro de 2008, por volta das 22h, impelido de intenso animus de explodir e incendiar, utilizou-se de substâncias capazes de causar ambos os sinistros (gás e gasolina), com o único objetivo de obter vantagem pecuniária em proveito próprio, por intermédio do recebimento do prêmio do seguro no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), por ele firmado, como já dito, em fevereiro do mesmo ano, apenas 6 (seis) meses antes do evento que trouxe inúmeros danos à comunidade. 
Ressalte-se que o presente caderno indiciário possui o registro das inúmeras pessoas que tiveram seu patrimônio danificado em razão da conduta empreendida pelos agentes, conforme se verifica dos documentos de fls. 96/135, 
Dos fatos, Leandro Naldo, foi denunciado e condenado pelos delitos de incêndio qualificado e explosão qualificada e estelionato (art. 250, §1º, I, 251, §§ 1º e 2º e art. 171, §2º, V, n.f art.70, todos do Código Penal. 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, apresente as teses defensivas. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
R- A questão versa sobre a possibilidade da aplicação do concurso de crimes entre o crime de incêndio, em sua forma simples e o de estelionato, na modalidade prevista no art 171, § 2º, V, CP e consequentemente  descaracterização da qualificadora do delito de incêndio.
Questão 2:
 Acerca dos crimes contra a incolumidade pública e contra a família, assinale a opção correta: (CESPE - 2009 - PC-PB - Delegado de Polícia) 
a) O crime de incêndio é de perigo abstrato. Dessa maneira, é típica a conduta do agente que cause incêndio em uma casa em ruínas, inabitada e localizada em local solitário. 
b) O crime de explosão é mais severamente punido se a substância utilizada para a explosão for dinamite. 
c) No crime de uso de gás tóxico ou asfixiante, se o agente, embora não querendo o resultado morte, ocasioná-lo culposamente, responderá pelos dois crimes: uso de gás tóxico ou asfixiante e homicídio culposo, em concurso formal. 
d) O crime de conhecimento prévio de impedimento admite quer o dolo direto, quer o dolo eventual para a sua configuração. 
e) O crime de abandono intelectual perfaz-se caso o pai, sem justa causa, deixa de matricular seu filho em idade escolar primária em escola pública ou particular, ainda que forneça instrução em casa à criança. 
Questão 3:
 Em relação aos crimes de perigo comum, marque a alternativa INCORRETA: 
a. A posse de engenho explosivo é tipificado pelo Estatuto do Desarmamento; 
b. O crime de incêndio é de perigo abstrato; 
c. No crime de inundação, havendo morte de alguém, aplica-se a forma qualificada do art. 258, do CP, desde que tal resultado tenha decorrido de culpa; 
d. O indivíduo que arremessa artefato explosivo, comete crime, aina que não ocorra a explosão efetiva;
Semana 11 Corrigido
Caso Concreto: 
Josemar, que se diz médium, promove todos os meses sessões de "cirurgias espirituais" em um sítio na periferia da Capital do Estado. Em uma dessas sessões, Josemar atendeu Sirlene, 20 anos de idade, que apresentava graves problemas de coluna, garantindo que poderia curá-la através de uma cirurgia na qual incorporaria o espírito de um famoso médico. Sirlene, crendo nos poderes sobrenaturais de Josemar, aceitou se submeter ao referido ato, porém, durante sua execução, Josemar acabou por lesionar a coluna da jovem, o que ocasionou paralisia irreversível dos membros inferiores. Diante do caso narrado, com base nos estudos realizados, diga fundamentadamente se é correto afirmar que Josemar poderá alegar o direito ao livre exercício de culto religioso (art. 5°, inciso VI, da CRFB) a fim de escapar à responsabilização penal. 
RESPOSTA: Apesar da norma constitucional prevê a liberdade de cultos religiosos, deve-se ressaltar a importância de prevenir excessos decorrentes destes, como é o caso do tipo penal descrito no art. 284º do CP, onde criminaliza o curandeirismo, exercido por algumas entidades religiosas com fim de curar, ainda que traga transtornos a integridade física e psíquica da pessoa humana. Com tudo não há o que se falar em choque de normas, sabendo-se que, o direito penal é ultima ratio e visa proteger bens que outros ramos do direito foram ineficazes. Deste modo, Josemar responderá pelo crime de curandeirismo na forma qualificada de crime de perigo comum, por ter resultado em lesão corporal de natureza grave. A sua pena será privativa de liberdade e aumentada de metade, segundo o art. 284º c/c art. 258º do CP
Questão objetiva: 
Questão 2: 
Assinale a opção correta a respeito de curandeirismo e charlatanismo (VUNESP - 2007 - OAB-SP - Exame de Ordem - 3 - Primeira Fase): 
a)    a) Charlatanismo não é crime, mas contravenção penal. 
b)   b)  Curandeirismo e charlatanismo são sinônimos; portanto são tratados em um único dispositivo legal do Código Penal. 
c)  c) No crime de curandeirismo, o agente ilicitamente exerce atividade de diagnosticar e prescrever substâncias ao paciente. 
d)   d) No curandeirismo, o crime se consuma com o prejuízo financeiro da vítima. 
Questão 3: 
“Beta”, sem autorização legal, prático em odontologia, vem habitualmente clinicando de forma gratuita em comunidades carentes do Estado de Santa Catarina. É correto afirmar: (ND - 2007 - OAB-SC - Exame de Ordem - 1 - Primeira Fase) 
a)    Apesar de existir ilícito penal, Beta encontra-se isento de pena, pois está ajudando as comunidades carentes, ante a ineficácia do Estado. 
b)    Beta cometeu o crime de exercício ilegal da arte dentária. 
c)    Beta não cometeu o crime de exercício ilegal da arte dentária, pois não cobra pelos serviços prestados. 
d)    Beta não cometeu nenhum tipo penal, podendo, apenas, responder administrativamente perante o Conselho Regional de Odontologia. 
Semana 12 Corrigida
QUESTÃO 1. 
André, Bruno, Carlos e Daniel, este menor com apenas 17 anos de idade, se associam de forma estável e permanente para praticarem crimescontra o patrimônio. A autoridade policial, diligente em suas funções, descobre a formação de quadrilha e representa pela decretação da prisão dos maiores envolvidos. Após a decretação da prisão, a defesa, em pedido de relaxamento de prisão, argumenta que a conduta é atípica, visto que Daniel é menor inimputável, e porque os quadrilheiros não chegaram a cometer qualquer delito.  Diante do exposto, responda de forma objetiva e fundamentada, se as razões defensivas deverão prosperar. 
R = A questão versa sobre dois temas de suma importância no que concerne ao delito de bando ou quadrilha, a saber, a possibilidade da inclusão de inimputávelcomo sujeito ativo do delito, e sua classificação doutrinária para fins de caracterização do momento consumativo do delito.
No que se concerne a primeira indagação, a possibilidade da inclusão de inimputável como sujeito ativo do delito, é pacífico o entendimento no sentido de que o inimputável também é considerado sujeito ativo do delito de bando ou quadrilha.
No que tange à classificação doutrinária e, consequentemente, momento consumativo do delito de bando ou quadrilha, é pacífico o entendimento no STF no sentido de prescindir da prática das conduta delitivas.
Questão 2: 
No que diz respeito aos crimes contra a paz pública, assinale a opção correta à luz do disposto no CP bem como do entendimento doutrinário e jurisprudencial.( CESPE - 2012 - MPE-RR - Promotor de Justiça) 
a) Para a caracterização do crime de quadrilha ou bando armado, é indispensável que todos os integrantes estejam portando armas (próprias ou impróprias), sob pena da descaracterização do delito e da responsabilização individual dos integrantes do grupo. 
b) Para a caracterização do crime de quadrilha ou bando, é indispensável a existência de mais de três pessoas associadas de forma permanente e estável e com o especial fim de agir para a prática de crimes, sendo, também, imprescindíveis a identificação e a capacidade dos agentes. 
c) De acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores, é vedado, por configurar bis in idem, o concurso dos crimes de formação de quadrilha ou bando armado com delito de roubo qualificado pelo concurso de pessoas e uso de armas. 
d) O crime de quadrilha, delito de perigo comum e abstrato, consuma-se com a simples associação de mais de três pessoas para a prática de crimes, não se exigindo que o grupo efetivamente pratique qualquer crime. 
e) A forma qualificada do crime de formação de quadrilha ou bando é delito hediondo. 
Questão 3: 
Quatro indivíduos reúnem-se, de forma estável e permanente, com o fim de cometer crimes de estelionato. Todavia, tendo cometido um único estelionato, o grupo é desmantelado em virtude de uma denúncia anônima. Nesses termos, todos os quatro devem responder penalmente por: (INSTITUTO CIDADES - 2010 - DPE-GO - Defensor Público). 
a) estelionato, apenas. 
b) quadrilha ou bando e estelionato, em concurso formal próprio. 
c) quadrilha ou bando e estelionato, em concurso formal impróprio. 
d) quadrilha ou bando e estelionato, em concurso material. 
e) quadrilha ou bando, apenas.
PLANO DE AULA 13 Corrigido
QUESTÃO 1.
Luiz, proprietário da mercearia Pague Menos, foi preso em flagrante por policiais militares logo após passar troco para cliente com cédulas falsas de moeda nacional de R$ 20,00 e R$ 10,00. Os policiais ainda apreenderam, no caixa da mercearia, 22 cédulas de R$ 20,00 e seis cédulas de R$ 10,00 falsas. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos contra a fé pública, responda, de forma objetiva e fundamentada, ao que se pede:
a) ) Qual a correta tipificação da conduta de Luiz?
R- A questão versa sobre a caracterização das condutas perpetradas por Luiz, guardar e introduzir em circulação moeda falsa, como crime único, pois a conduta de petrchos para falsificação, a falsificação e colocação em circulação da moeda falsa, quando o sujeito ativo é a mesma pessoa caracteriza verdaeiro conflito aparente de normas a ser solucionado pelo princípio da consunção, no qual o delito de moeda absorve os demais.
b)  A competência para processo e julgamento será da Justiça Estadual ou Federal?
R- Prevalece o disposto no art 109, CRFB/88, ou seja, a competência para processo e julgamento será da Justiça Federal.
Questão 2.
Leo adquiriu de pessoa desconhecida um aparelho destinado à falsificação de moeda. Em seguida, fabricou várias cédulas falsas de cem reais e as colocou em circulação, adquirindo bens diversos. Nesse caso, Leo responderá: (FCC - 2012 - MPE-PE - Analista Ministerial - Área Jurídica):
a) pelos crimes de petrechos para falsificação de moeda, em continuidade delitiva.
b) unicamente pelo crime de petrechos para falsificação de moeda.
c) pelos crimes de petrechos para falsificação de moeda e moeda falsa, em concurso formal.
d) pelos crimes de petrechos para falsificação de moeda e moeda falsa, em concurso material.
e) unicamente pelo crime de moeda falsa.
Questão 3:
Márcio, maior, capaz, reincidente em crime doloso, comprou, na mercearia do bairro em que mora, na cidade de São João de Meriti – RJ, gêneros alimentícios no montante de R$ 60,00, pagou as compras com duas cédulas de R$ 50,00, cuja inautenticidade era de seu pleno conhecimento, e recebeu o troco em moeda nacional autêntica. No dia seguinte, arrependido de sua conduta pela repercussão que poderia adquirir, procurou o proprietário da mercearia, Paulo, maior capaz e com ensino médio completo, confessou o ocorrido, restituiu o troco e pagaram integralmente, com dinheiro legal, as mercadorias. Paulo chamou a polícia, que encontrou, no caixa da mercearia, apenas uma das cédulas falsificadas, tendo sido ela apreendida. Márcio foi conduzido à delegacia, ocasião em que foram encontrados em sua posse os seguintes petrechos destinados especificamente à falsificação de moeda: duas matrizes metálicas e faixa magnética que imita o fio de segurança de cédulas autênticas. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta: (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz).
a) Paulo deve ser acusado da prática do delictum privilegiatum de reinserir em circulação moeda falsa, classificado como de menor potencial ofensivo, ainda que alegue desconhecer norma legal proibitiva, caso se comprove que ele, tendo recebido como verdadeira cédula falsa, portanto, de boa-fé, a tenha restituído à circulação, após perceber sua inautenticidade, para evitar prejuízo a seu regular comércio.
b) Tendo sido o crime praticado sem violência ou grave ameaça à pessoa, com posterior reparação do prejuízo sofrido pela vítima, e em face do comportamento voluntário do agente, anterior ao oferecimento da denúncia, fica caracterizado o arrependimento eficaz, o que impõe a redução da pena de um a dois terços.
c) Caso se demonstre, na instrução do processo, que Márcio é o autor da falsificação do dinheiro e igualmente o responsável por sua circulação, ele deverá ser responsabilizado por concurso material, em face da peculiaridade do tipo misto cumulativo que caracteriza o crime de moeda falsa.
d) Caso se demonstre, na instrução do processo, que Márcio é o autor da falsificação do dinheiro e igualmente o responsável por sua circulação, ele deverá ser responsabilizado por concurso material, em face da peculiaridade do tipo misto cumulativo que caracteriza o crime de moeda falsa.
e) O delito de posse de petrechos para falsificação de moeda, previsto em tipo próprio no CP como ato preparatório, de perigo abstrato, deve ser punido de forma independente e autônoma em relação ao crime de falsificação, posse e circulação da moeda.
PLANO DE AULA 14  Corrigido
QUESTÃO 1.
Karolynne Dias, na qualidade de advogada de Milene Silva, em uma ação de cobrança movida face à Milene junto ao XY Juizado Especial Cível da Comarca da Capital, valeu-se da condenação imposta à sua cliente de pagar a quantia de R$1500,00 à parte autora e, em posse do cheque emitido por sua cliente, ao invés de depositá-lo na conta corrente da parte autora, sacou a quantia em seufavor.
Posteriormente, com vistas a comprovar o referido depósito a Milene Silva, Karolynne Dias redigiu um recibo falso, em documento com o timbre do XY Juizado Especial Cível, contendo falsificação grosseira da assinatura do Secretário daquele Juizado.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, tipifique a conduta de Karolynne Dias. Responda de forma objetiva e fundamentada.
R- A questão versa sobre a caracterização de falsificação grosseira de documento, o que torna a conduta de falso atípica face a caracterização do crime impossível; todavia, nada impede que a falsidade, ainda que grosseira, seja apta à caracterização de outra figura típica, tal como o delito de apropriação indébita ou estelionato( art 168 e 171 CP). Se entendermos que o dolo foi posterior à posse do cheque emitido por sua cliente, adotaremos a tese do delito de apropriação indébita, se por outro lado, o dolo for antes da pose do cheque, estelionato.
Questão 2.
Sobre a falsidade documental, assinale a alternativa correta:
a) o particular que solicita ao médico a emissão de atestado falso não responde pelo delito previsto no art. 302, do CP, por ser crime próprio;
b) quem falsifica documento e depois o utiliza responde por falsificação e uso em concurso material;
c) o crime de falsa identidade, quando elemento de crime mais grave, é sempre absorvido por este;
d) funcionário público que, por negligência, concorre para o licenciamento de veículo remarcado, responde por adulteração de sinal identificador de veículo automotor, na forma majorada.
e) o delito de petrechos para falsificação de moeda é delito de perigo concreto.
Questão 3:
A diferença entre falsidade material e ideológica de documento é que na falsidade material: (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Jurídica)
a) frauda-se a forma do documento e na ideológica o conteúdo é falso.
b) frauda-se o conteúdo e na ideológica a forma do documento.
c) a conduta é omissiva, e no falso ideológico ela é comissiva.
d) exige-se o dolo e na ideológica aceita-se a culpa.
e) há previsão de aumento especial de pena e na ideológica não.
PLANO DE AULA 15 – Corrigido
QUESTÃO 1:
Alysson Silva após falsificar uma carteira funcional de Policial Federal, passa a andar com o documento para todos os lugares onde vai. Em determinda madrugada, quando voltava para sua residência após sair de uma casa noturna, Alysson Silva e alguns amigos são parados por uma guarnição da Polícia Militar que, suspeitando da atitude dos agentes, resolveu proceder a uma busca pessoal nos mesmos. Como Alysson Silva se recusou a apresentar documento de identidade, o Policial Militar Oliveira passou a revistar seus bolsos e encontrou a carteira de Policial Federal, que o agente confessou ser falsa.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, é correto afirmar que a conduta de Alysson Silva encontra-se incursa na figura típica de uso de documento falso? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Nesse  caso não há que se falar em uso de documento falso por dois motivos: caracterizado o uso de documento falso,, este caracteriza-se como mero exaurimento da falsificação realizada por Alysson Silva, ainda, poderiamos discutir a a existência do delito de uso de documento falso, pois Alysson Silva não fez uso dele, ao contrário, o mesmo foi retirado de sua carteira durante a revista policial.
QUESTÃO 2:
(E) A consumação se dá com efetivo uso documento não se exigindo resultado naturalístico, já que se trata de delito formal. O crime se consuma no momento em que o agente utiliza o documento, independentemente da obtenção do proveito.
QUESTÃO 3: 
(D) Falsa identidade
Comete o crime de falsa identidade qualquer pessoa que (referente ao caso concreto) atribuir-se falsa identidade para obter vantagem (imprescindível) em proveito próprio. Tício ao substituir a fotografia, anexando-a em documento verdadeiro (de outra pessoa) objetivando ocultar seus antecedentes criminais (vantagem), comete o crime tipificado no art. 307 do CP.

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