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INTRODUÇÃO À TERAPIA COGNITIVA BASES HISTÓRICAS DA TC - Na déc. de 50, nos EUA, os princípios de Piaget da Epistemologia Genética e do Construtivismo eram conhecidos no mundo acadêmico, como também a Psicologia dos Construtos Pessoais de Kelly. - Devido à emergência das ciências cognitivas, o contexto da época já sinalizava uma transição generalizada para a perspectiva cognitiva de processamento de informação, com clínicos defendendo uma abordagem mais cognitiva aos transtornos emocionais. - Observou-se nessa época uma rara convergência entre psicanalíticos e behavioristas em um ponto: sua satisfação como os próprios modelos de depressão, respectivamente, o modelo psicanalítico da raiva retroflexa e modelo behaviorista do condicionamento operante. - Clínicos apontavam para a validade questionável desses modelos como de depressão clínica. - Em 1962, Ellis propôs a Terapia Racional Emotiva, a primeira psicoterapia contemporânea com ênfase cognitiva, tomando os construtos cognitivos como base dos transtornos psicológicos. - Behavioristas como Bandura, Mahoney e Meichembaum publicaram importantes obras apontando os processos cognitivos como cruciais na aquisição e regulação do comportamento, propondo a cognição como construto mediacional entre o ambiente e comportamento e também estratégias cognitivas e comportamentais para intervenção sobre variáveis cognitivas. - Martin Seligman, na mesma época, propôs sua Teoria do Desamparo Aprendido, uma teoria essencialmente cognitiva, e suas revisões, como relevante para processos psicológicos na depressão. - Em 1977, é lançado o primeiro periódico a tratar de TC (Journal of Cognitive Therapy ande Research). - Em 1985, a palavra COGNIÇÃO passa a ser aceita em publicações da AABT (Association for the Advancement of Behavior Therapy) - Em 1986, Beck é aceito como membro da mesma AABT. - Em 1987, foi aceita a inclusão da palavra cognição em suas publicações em uma pesquisa realizada entre os membros da AABT, onde 69% identificaram como tendo uma orientação cognitivo-comportamental. - E assim, estava inaugurada a era cognitiva na psicoterapia, a partir de fatos que convergiram de forma decisiva para a emergência de uma perspectiva cognitiva, que se refletiu na preposição da TC como um sistema de psicoterapia, baseado no modelos próprios de funcionamento humano e de psicopatologia.
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