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Resumo dos Capítulos “Política quem manda, por que manda, como manda”

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Sobre o livro “Política: quem manda, por que manda, como manda”.
Capítulo 1
Ribeiro inicia seu livro dissertando sobre o que é a política e suas implicações. Atesta o fato de que a política não é meramente um exercício de poder - considerando esta uma definição muito pobre para um assunto tão complexo, mas sim um processo em que um determinado interesse é tomado como objetivo, no qual será necessária profunda análise antes de uma tomada de decisão. Afirma que a política pode ser analisada como a relação de quem manda, por que manda e como manda, e que ela pode ser vista tanto como ciência quanto como uma arte.
Capítulo 2
Ribeiro afirma que o exercício do poder é inerente a cada pessoa, de forma que o exercemos até mesmo inconscientemente. Os preconceitos, por exemplo, em suas mais variadas formas, são o reflexo da influência de um poder que é exercido sobre os indivíduos de uma sociedade durante sua criação, de forma quase sutil. Até mesmo quando um indivíduo se considera apolítico ele está, sem perceber, exercendo seu direito político de não se envolver. A vida cotidiana moderna é marcada por divisões de funções que levam a tomadas de decisão específicas, evidenciando que a conduta humana está necessariamente atrelada ao senso político na maioria de seus aspectos. Ainda que um indivíduo não atue no cenário político per si, ele pode e provavelmente estará enquadrado em algum aspecto representativo daquela sociedade. O simples ato de votar é precisa e irrefutavelmente político.
Capítulo 3
Toda sociedade é, de alguma forma, politizada, definida por mecanismos estabelecidos através dos quais as decisões públicas são formuladas e efetivadas. Isso não significa, entretanto, que há sempre um governo centralizado. O autor aqui destrincha esse conceito através de uma “linha histórica” hipotética que retrata a evolução de uma sociedade primitiva até a formação daquilo que podemos identificar como uma organização política, e como esta organização pode levar essa sociedade a situações conflitantes internas e externas, bem como ao surgimento de uma religião.
Capítulo 4
Neste capítulo, o autor evidencia a diferença entre Estado e Nação, dois conceitos que são considerados muito semelhantes entre os leigos. O Estado é uma instituição organizada politicamente, socialmente e juridicamente, dirigida por um governo que possui soberania reconhecida tanto interna como externamente. A Nação, por outro lado, é o representativo de um conjunto cultural, formado por hábitos e valores compartilhados por uma população, o que lhe dá um sentido de identidade e união. Algo que tanto o Estado quanto a Nação tem em comum é o fato de não necessitarem de um território fixo para existirem. Os ciganos são dados como exemplo – um povo com uma cultura diferenciada e identidade próprias, mas de comportamento nômade.
Capítulo 5
Ribeiro explica que para um Estado ser soberano, ele não pode ser submetido à lei nenhum outro. Se uma nação faz parte de um Estado submisso, ela então “pertence” ao Estado dominante – algo que caracteriza alguns países subdesenvolvidos. Atualmente, graças à interdependência estatal resultante da globalização, mais especificamente no âmbito econômico, não existe um Estado plenamente soberano. Da mesma forma, Estados menores possuem uma soberania relativa, pressionados pelo peso dos gigantes que dominam a economia.
Capítulo 6
Em tese, o Estado deveria representar os interesses públicos, o bem-estar da população, atendendo a todas as suas necessidades. A triste realidade, entretanto, especialmente no Brasil, é que a maior parte das decisões tende a ser tomada visando os interesses da elite. Tudo isto por que a ordem jurídica – a lei – é monopolizada pelo Estado. Através da lei, o Estado tem o direito tanto de absolver quanto de punir, de iniciar ou terminar guerras, de reprimir ou marginalizar. Um instrumento poderoso de controle sobre a população. O que o autor declara como sendo uma “violência” se refere ao fato de que, concordando ou não, cada indivíduo se vê obrigado a cumprir um conjunto de leis definidas por terceiros, esteja ele ciente disso ou não.
Capítulo 7
Ribeiro explica com poucas palavras a atuação do Estado num país. Basicamente: elabora as leis, administra os negócios públicos e aplica a lei a casos particulares. Estes são considerados os pontos que descreveriam os três poderes do Estado (Executivo, Legislativo, Judiciário), algo que o autor desmistifica de imediato, constatando que estes poderes não são tão divididos e definidos quanto se crê popularmente. Na verdade, seria esta uma recente forma de “mascarar” o simples e assombroso fato que de o Estado tem todo esse poder concentrado em um único lugar. Outro ponto importante apontado por Ribeiro é a interferência do Estado no meio econômico, onde ele muitas vezes precisa atuar como mediador para evitar um desequilíbrio grande o suficiente para resultar em monopólio, ou ainda investir nas áreas que não despertam interesse na iniciativa privada.
Capítulo 8
Ribeiro expõe algumas dentre as muitas opiniões que os cidadãos podem ter a respeito do Estado e sua atuação sobre a sociedade que rege. Alguns acreditam que o homem, o animal que é, precisa ser controlado salvo de si mesmo por um poder superior, enquanto outros podem acreditar que o próprio Estado é responsável pelo negativismo que o ser humano desenvolve ao longo da vida. Pode-se ainda pensar que o Estado é tanto uma bênção quanto uma maldição, uma evolução ou mesmo uma regressão, entre tantas as vertentes teóricas existentes.
Capítulo 9
Este capítulo trata sobre democracia e a ambiguidade ao qual seu significado remete em virtude das diferentes aplicações de alguns de seus conceitos em diferentes países. Ou mesmo, algumas vezes, quando a barra é forçada para fazer o povo acreditar que existe qualquer democracia realmente – nem sempre a realidade acompanha o que está escrito no papel. Nem mesmo o voto popular, tido como a mais pura representação democrática, garante que não possa haver manipulações por debaixo dos panos. A democracia em sua forma mais pura e direta é algo distante da realidade atual, o que exige uma profunda análise das possibilidades existentes dentro de cada Estado. E, é claro, a vontade de fazer.
Capítulo 10
A ditadura, em sua essência, representa o extremo oposto de tudo aquilo pelo qual o ideal democrático luta. O poder concentrado mãos de um ou de poucos, a falta de liberdade de ir e vir, de expressão – o mais completo domínio sobre a vida da população. Entretanto, da mesma forma como muitos Estados disfarçam seu poder autônomo com uma máscara democrática, a maioria dos ditadores não aceita ser vista como tal. Há, inclusive, casos de Estados democratizados onde existem movimentos exigindo o retorno das antigas ditaduras, evidenciando que é possível enraizar no povo essa preferência. Para estes temperamentos políticos, a democracia é prejudicial ao bom andamento da administração pública. Porém, a realidade da ditadura é que ela se desmascara como o meio pelo qual um grupo preserva seus privilégios e utiliza o Estado por motivos egoístas.
Capítulo 11
Ribeiro procura destrinchar, da maneira mais simples possível, aquilo que define uma Constituição. Ela pode ser entendida como uma lei suprema, a pedra sobre a qual um Estado contemporâneo é construído. Sua existência determina a direção para a qual todas as demais leis e decisões estatais devem estar apontadas, como um roteiro a ser seguido independente de tempo e circunstância. Embora não seja, de fato, imutável, a Constituição de um país/Estado não é algo que deveria ser alterada com a mesma frequência das demais leis, embora isto tenha acontecido várias vezes em alguns países, como o Brasil, devido à sua conturbada história política.
Capítulo 12
O autor aqui fala sobre as diversas formas de se definir um governante para uma nação. Em países monárquicos ou ditatoriais, é comum a ascensão ao poder através da hereditariedade, embora o primeiro tipo seja mais raro a cada dia. Países cujo Estado está fortementeligado à uma estrutura religiosa tendem a depender da “qualificação divina” antes que um indivíduo assume seu suposto lugar de direito – uma prática bastante comum na antiguidade que surpreendentemente ainda sobrevive. Há ainda casos em que um governante, ou mais deles, são impostos, como quando ocorre um golpe estatal. Ribeiro então aborda o sistema democrático. Ele traz como primeira questão a qualificação dos candidatos e eleitores. Muitos são os fatores que podem se mostrar contra ou a favor de um indivíduo poder disputar a um cargo, como idade, sexo, condição econômica, convicções ideológicas, entre outros. No caso dos eleitores, o que explicita seu direito ao voto é o sufrágio, que pode ser universal ou restritivo dependendo da realidade daquele país. Há ainda casos como nos Estados Unidos, onde o voto é indireto e, embora o povo tenha voz ao decidir seus líderes, o fato é que a palavra final fica por conta dos delegados dos partidos.
Capítulo 13
Ribeiro fala neste capítulo sobre os tipos existentes de sistemas eleitorais. O primeiro e mais conhecido é o majoritário, que se sustenta num raciocínio simples: quem tem mais votos, ganha. Ele pode ser aplicado das seguintes formas: uni nominal, quando se voto em um só nome para um cargo; plurinominal, quando mais de um nome ocupará um mesmo cargo; e por lista, quando se voto num grupo inteiro de pessoas, como acontecesse nos grêmios das faculdades. O óbvio problema do sistema majoritário é que a minoria fica sem representatividade. No sistema de voto proporcional, cada partido apresenta sua relação de candidatos para que os eleitores votem em um candidato ou simplesmente no partido de sua escolha, o chamado “voto de legenda”. Há ainda os sistemas mistos, que procuram mesclar o que consideram os melhores fatores de ambos os tipos, como acontece no Japão e especialmente no Egito.
Capítulo 14
Os partidos políticos são uma via natural de ação política. A maior parte deles é de cunho especializado, pois tem como função quase única agregar certos grupos de interesse sob um denominador comum. Na maioria dos Estados, costumam ser o único caminho institucionalizado pelo qual se pode buscar formalmente o acesso ao poder. A organização interna dos partidos varia de país para país, conforme a legislação que os discipline; mas, de maneira geral, os sistemas partidários são analisados de acordo com o número de partidos envolvidos na competição e com a dinâmica de funcionamento. No regime democrático é permitido que todas as esferas, em suas mais variadas opiniões, participem desta disputa. Estas esferas antagonistas podem ser classificadas em três tipos: reivindicatórias, reformistas e revolucionárias.
Capítulo 15
Ribeiro afirma que todo indivíduo inserido numa sociedade acaba invariavelmente desenvolvendo um conjunto de ideologias, as quais o auxiliam a viver e exercer suas respectivas funções neste meio, embora o grau de profundidade varie bastante de uma pessoa para a outra. A ideologia é uma maneira de pensar, como uma fôrma na qual moldamos o mundo, incorporada por uma teoria de caráter globalizante que está diretamente relacionada com a existência das classes sociais, que por sua vez são definidas em termos econômicos.
Capítulo 16
O último capítulo retorna ao título da obra e traz a seguinte perspectiva: quem manda é aquele que leva vantagem sobre algo. Mandar é algo relativo, mas o critério de “levar vantagem” é bastante elucidativo. A percepção dessa posição de poder é muito relativa, em geral resumindo à nossa visão de quem está diretamente acima de nós, desconsiderando que “aquele que manda” pode ser um indivíduo que se vê em desvantagem contra um terceiro, assim como nós. Ou ainda, as pessoas de uma “classe superior” podem fazer as outras acreditarem que elas realmente estão em uma posição inferior, baseando-se em argumentos muitas vezes vazios, baseados em puro achismo ou preconceito. É importante estar ciente da fonte de qualquer informação antes de tomar qualquer falácia como verdade, seja qual for a sua natureza.

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