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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: TRABALHO DE PARTO E PARTO Professora Ana Celly Santos PREPARANDO A MULHER PARA O PARTO Preparo desde o pré-natal Acolhimento da mulher e seu parceiro nos serviços de saúde Informações sobre trabalho de parto, parto e puerpério, modificações corporais, amamentação, imunização da gestante Preparo físico e psíquico da mulher Visita prévia à maternidade Possibilitar a participação do parceiro em todo processo Participação no grupo de gestantes Implementar exercícios de relaxamento e respiratórios CONTROLE DA DOR NO TRABALHO DE PARTO O limiar de dor é peculiar a cada indivíduo, tornando difícil sua avaliação pelo seu caráter subjetivo, fazendo com que o enfermeiro necessite realizar uma avaliação criteriosa de cada situação para poder intervir da melhor maneira possível. PARTO- CLASSIFICAÇÃO Abortivo: peso < 500g e IG: < 20 semanas Prematuro: peso 500g a 2.440g e IG: 21 -36 semanas A termo: peso 2.500g a 4.000g e IG: 37 – 41 semanas Pós -termo: peso 4.500g ou mais e IG: 43 semanas Sinais do Trabalho de Parto •Descida do ventre •Tampão mucoso •Dilatação •Contrações Regulares. IMPORTANTE: contrações de Braxton-Hicks se intensificam no segundo trimestre de gestação. São contrações preparatórias, indolores, curtas e irregulares. REAL TRABALHO DE PARTO 3 contrações eficientes em 10 min, Dilatação cervical mínima de 3 cm Velocidade de dilatação de 1cm por hora Períodos clínicos do parto •Período de dilatação •1º período = trabalho de parto •Período de expulsão ou expulsivo •2º período •Período de dequitação •3º período •Período de Greenberg •4º período Início difícil de precisar Quantidade de contrações= 2 ou 5 em 10’ Contrações que produzem cervicodilatação • Dor lombar, que se irradia para o BV(baixo ventre) ou oposto Contração que encurta as fibras e traciona o colo que se dilata passivamente Período de dilatação Assistência da Enfermagem •Monitore a frequência, intensidade e duração das contrações; •Correlacione a dilatação com o colo uterino; • Mantenha a mulher e o (a) acompanhante informados sobre o seu progresso; • Permita que ela escute os BCF. Assistência da Enfermagem •Controle sinais vitais maternos a cada 2 h; •Ausculte BCF a cada 1 h ( após cada contração); •Registre a evolução no PARTOGRAMA; •Estimule a deambulação e oriente o decúbito lateral; •Mantenha um ambiente tranquilo e agradável. Fase de transição do 1º ao 2º período • Entre 8 e 10 cm; • A apresentação começa a tentativa de transpor a cérvice; • Aumenta o sangramento do colo; • A parturiente pode ficar agitada, com náuseas e vômitos, sudorese e desejo de esforço expulsivo reflexo (puxo). Período expulsivo Início: dilatação total (10 cm) Duração variável: paridade tamanho do bebê variedade de posição posição da parturiente elasticidade da vagina, vulva e musculatura do períneo analgesia/anestesia empregada participação da parturiente Dilatação e Expulsão Dilatação e Expulsão Episiotomia e episiorrafia – Pode ser dispensável Episiotomia médio lateral • Início: após a expulsão fetal • Término: após a saída da placenta • Duração: 5 a 20 min (média) • Contrações: menos dolorosas e rítmicas Uso profilático de ocitocina Revisão da placenta, anexos e do canal de parto Período de dequitação( secundamento) • Baudelocque Schultze: nesse mecanismo, a placenta é descolada da parede uterina saindo primeiro a face fetal da placenta, com uma frequência de 75% dos casos. A face fetal da placenta é caracterizada por ser azulada, brilhante, lisa e nela está inserido o cordão umbilical com duas artérias e uma veia. • Baudelocque Duncan: a placenta é descolada da parede uterina saindo primeiramente à face materna, tendo uma frequência de 25% dos casos. Sua característica é a rugosidade, vermelha, com a presença de 12 a 16 cotilédonos. Estes concretizam a parte funcional da placenta, onde ocorrem as trocas materno-fetais durante o período gestacional. DEQUITAÇÃO Auxiliar saída da placenta: manobra de Jacob-Dublin •1ª hora após a dequitação; •Assistência negligente pode levar à hemorragia; •Importante na hemostasia pós-parto. Período de Greenberg Mecanismo de parto Impulsionado pelas contrações uterinas e pelos musculatura da parede abdominal, o feto realiza um certo número de movimentos que se denominam mecanismo de parto. TEMPOS DO MECANISMO DE PARTO •1o tempo = INSINUAÇÃO •2o tempo = DESCIDA OU PROGRESSÃO •3o tempo = ROTAÇÃO INTERNA •4o tempo = DESPRENDIMENTO CEFÁLICO •5o tempo = ROTAÇÃO EXTERNA •6o tempo = DESPRENDIMENTO DO TRONCO É a passagem da maior circunferência da apresentação através do canal do estreito superior.(Encaixamento) Na primípara a insinuação ocorre, geralmente na última quinzena da gravidez. Na multípara, a cabeça continua alta e móvel, e só desce depois de terminada a dilatação do colo uterino e da rotura da bolsa das águas. 1) INSINUAÇÃO 2) DESCIDA OU PROGRESSÃO . Passagem do feto por todo o canal de parto Afetada por: •Contrações uterinas •Configuração pélvica •Resistência do colo •Dimensões e posição da cabeça fetal Descida ou progressão • Completando a insinuação, a cabeça migra até as proximidades do assoalho pélvico, onde começa o cotovelo do canal. •Apresentação percorre a distância do estreito superior ao inferior da bacia. TIPOS DE BACIA 3)ROTAÇÃO INTERNA Região occipital no assoalho pélvico Circunferência máxima da cabeça a nível das espinhas isquiáticas (“0” De Lee) Esquema de De Lee AVALIAR O GRAU DE DESCIDA ATRAVÉS DO TOQUE O ponto de referência é o topo da apresentação: •Quando o topo da apresentação está no nível das espinhas ciáticas, dizemos que está em zero •Quando acima usa-se -4, -3, -2 ou -1, em cm •Quando abaixo usa-se +1, +2, +3, +4, em cm ALTURA DA APRESENTAÇÃO PLANOS DE LEE- PLANOS DE HODGE 4)DESPRENDIMENTO DA CABEÇA Início cabeça fetal ao nível do períneo Fontanela posterior sob a sínfise púbica Deflexão cefálica 5) ROTAÇÃO EXTERNA A finalidade da rotação externa do polo cefálico é colocar o diâmetro bi-acromial (OMBROS) no diâmetro ântero-posterior da bacia. 6) DESPRENDIMENTO DO TRONCO Desprendimento das espáduas(tronco); Desprendimento do polo pélvico. MECANISMO DO PARTO EM 1. Insinuação 2. Descida 3 e 4. Rotação interna 5. Desprendimento da cabeça 6. Rotação externa 7 e 8. Desprendimento do tronco 1 2 3 4 5 6 7 8 •Decúbito dorsal por compressão da VCI e de fluxo sanguíneo •Decúbito lateral: liberação circulatória •Deambulação ou sentada: incremento na intensidade das contrações •Rotura de membranas Fatores que modificam a contratilidade uterina no parto: Vantagens para a Mulher •Recuperação mais rápida. •Deambulação precoce com prevenção dos distúrbios circulatórios. •Menor risco de infecção e hemorragia. •Maior disposição e facilidade para cuidar e amamentar o bebê. •Menor dor. •Menor complicação urinária e abdominal. •Relação afetiva mãe/filho se fortalece mais rápido. Vantagens para o Bebê Vantagens para o Bebê •Menor risco de prematuridade. •Menor desconforto respiratório, hipoglicemia, icterícia fisiológica, anóxia, entre outras. •Maior possibilidade de ser amamentado mais cedo. •O Bebê nasce mais alerta e reage melhor aos estímulos do meio ambiente. PARTOGRAMA OBRIGATORIEDADE - OMS DESDE 1994 -ACOMPANHAMENTOE DOCUMENTAÇÃO -TOMADA DE DECISÃO E PASSAGEM DE PLANTÃO -DIAGNÓSTICO DE DISTÓCIAS •MOSTRA A EVOLUÇÃO DA DILATAÇÃO •DEMONSTRA A DESCIDA DA APRESENTAÇÃO •TORNA AS INTERVENÇÕES CRITERIOSAS •IDENTIFICA AS DISTÓCIAS •GUIA AS INTERVENÇÕES -AMNIOTOMIA -CESÁREA - ESTÍMULO DAS CONTRAÇÕES( USO DA OCITOCINA) •REDUZ NÚMERO DE CESAREANAS
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