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CADERNO DIREITO CONSTITUCIONAL II 1

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DIREITO CONSTITUCIONAL 
FUNDAMENTO DA CONSTITUIÇÃO ....................................................................................................................... 14 
1. CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO ................................................................................................................. 14 
1.1. CONCEPÇÃO SOCIOLÓGICA (FERDINAND LASSALLE) ........................................................................... 14 
1.1.1. Constituição real/efetiva .............................................................................................................. 14 
1.1.2. Constituição escrita ...................................................................................................................... 14 
1.2. CONCEPÇÃO POLÍTICA (CARL SCHIMITT) .............................................................................................. 14 
1.2.1. Constituição propriamente dita ................................................................................................... 14 
1.2.2. “Leis Constitucionais” ................................................................................................................... 15 
1.3. CONCEPÇÃO JURÍDICA .......................................................................................................................... 15 
1.3.1. Constituição em sentido “LÓGICO-JURÍDICO”: Norma Fundamental Hipotética ......................... 16 
1.3.2. Constituição em sentido “JURÍDICO-POSITIVO: Norma Positivada Suprema ............................... 16 
1.4. CONCEPÇÃO NORMATIVA (PARA ALGUNS É JURÍDICA, PARA OUTROS CULTURALÍSTICA) ................. 17 
1.5. CONCEPÇÃO CULTURALÍSTICA (José Afonso da Silva cita esta concepção) ......................................... 17 
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL ...................................................................................................................... 17 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 17 
2. MÉTODOS (“DOUTRINA ALEMÔ - BÖCKENFÖRDE) ..................................................................................... 18 
2.1. MÉTODO HERMENÊUTICO CLÁSSICO (MÉTODO JURÍDICO) – ERNEST FORSTHOFF ............................ 19 
2.1.1. Ideia geral do método hermenêutico clássico.............................................................................. 19 
2.1.2. Crítica ao método hermenêutico clássico .................................................................................... 19 
2.2. MÉTODO CIENTÍFICO-ESPIRITUAL (VALORATIVO) – RUDOLF SMEND .................................................. 19 
2.2.1. Ideia geral do método científico-espiritual (valorativo) ............................................................... 19 
2.2.2. Crítica ao método científico-espiritual (valorativo) ...................................................................... 19 
2.3. MÉTODO TÓPICO PROBLEMÁTICO – THEODORE VIEHWEG ................................................................ 20 
2.3.1. Ideia geral do método tópico problemático ................................................................................. 20 
2.3.2. Críticas ao método tópico problemático ...................................................................................... 20 
2.3.3. Pontos positivos do método tópico problemático ....................................................................... 21 
2.4. MÉTODO HERMENÊUTICO CONCRETIZADOR – KONRAD HESSE (CONCEPÇÃO JURÍDICA DA 
CONSTITUIÇÃO) ................................................................................................................................................ 21 
2.4.1. Ideia geral do método hermenêutico concretizador .................................................................... 21 
2.4.2. Críticas ao método hermenêutico concretizador ......................................................................... 22 
2.5. MÉTODO NORMATIVO ESTRUTURANTE – FRIEDERICH MÜLLER ......................................................... 22 
2.5.1. Ideia geral do método normativo estruturante ........................................................................... 22 
2.5.2. Crítica ao método normativo estruturante .................................................................................. 23 
2.6. MÉTODO CONCRETISTA DA CONSTITUIÇÃO ABERTA ........................................................................... 23 
 
 
2.6.1. Ideia geral do método da constituição aberta ............................................................................. 23 
2.6.2. Crítica ao método da constituição aberta .................................................................................... 24 
3. DEBATE NORTE-AMERICANO: “INTERPRETATIVISMO E NÃO INTERPRETATIVISMO” .................................. 24 
3.1. INTERPRETATIVISMO ............................................................................................................................ 24 
3.2. NÃO INTERPRETATIVISMO .................................................................................................................... 24 
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES .............................................................................................................................. 25 
1. NOÇÕES GERAIS ............................................................................................................................................ 25 
1.1. ORIGEM DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES .......................................................................................... 25 
1.2. IMPROPRIEDADE DA EXPRESSÃO TRIPARTIÇÃO DOS PODERES ........................................................... 26 
PODER LEGISLATIVO ............................................................................................................................................. 27 
1. ATRIBUIÇÕES DO LEGISLATIVO: FISCALIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA. COMISSÕES PARLAMENTARES
 27 
1.1. FISCALIZAÇÃO PELO LEGISLATIVO ........................................................................................................ 27 
1.2. CLASSIFICAÇÕES DAS COMISSÕES PARLAMENTARES .......................................................................... 27 
1.2.1. Quanto à duração da comissão .................................................................................................... 27 
1.2.2. Quanto à composição ................................................................................................................... 28 
2. ESPÉCIES DE COMISSÃO PARLAMENTAR ...................................................................................................... 28 
2.1. COMISSÃO TEMÁTICA OU EM RAZÃO DA MATÉRIA (ART. 58, §2º) ..................................................... 28 
2.2. COMISSÃO REPRESENTATIVA OU DE REPRESENTAÇÃO ....................................................................... 29 
2.3. COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI) ................................................................................. 29 
2.3.1. Evolução histórica dos parlamentos ............................................................................................. 29 
3. ESTUDO DAS COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO (CPIS) ............................................................. 30 
3.1. CPI E OS “PODERES PRÓPRIOS DAS AUTORIDADES JUDICIAIS”............................................................ 30 
3.2. MANDADO DE SEGURANÇA OU HABEAS CORPUS EM FACE DA CPI .................................................... 31 
3.3. OBJETIVOS DA CPI ................................................................................................................................. 31 
3.3.1. Auxiliar na atividade legiferante. ..................................................................................................31 
3.3.2. Servir de instrumento de controle do governo e da administração pública ................................ 31 
3.3.3. Informar a opinião pública. .......................................................................................................... 31 
3.4. SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO PELA CPI ................................................................................................. 31 
3.5. REQUISITOS PARA A INSTAURAÇÃO DA CPI ......................................................................................... 31 
3.5.1. 1º REQUISITO: Requerimento de 1/3, no mínimo, dos deputados federais e/ou senadores. ..... 32 
3.5.2. 2º REQUISITO: Fato determinado. ................................................................................................ 32 
3.5.3. 3º REQUISITO: Prazo certo de duração ........................................................................................ 33 
3.5.4. 4º REQUISITO: Representação proporcional. ............................................................................... 33 
3.6. PODERES DA CPI ................................................................................................................................... 33 
3.6.1. 1º PODER: Notificar testemunhas e determinar sua condução coercitiva .................................. 34 
 
 
3.6.2. 2º PODER: Prender em flagrante (tem poder de polícia) ............................................................. 34 
3.6.3. 3º PODER: Requisitar perícias, exames, vistorias, documentos (poder de requisição) ............... 34 
3.6.4. 4º PODER: Afastar sigilo bancário, fiscal e telefônico (dados), sem necessidade de autorização 
judicial. 35 
3.7. LIMITES DA CPI (EM RELAÇÃO AOS PODERES) ..................................................................................... 35 
3.7.1. Cláusula de Reserva de Jurisdição (jurisprudência do STF) .......................................................... 35 
3.7.2. Direitos e Garantias Individuais .................................................................................................... 36 
3.7.3. Medidas acautelatórias ................................................................................................................ 36 
3.7.4. Acusações ..................................................................................................................................... 36 
3.8. CPI NO ÂMBITO ESTADUAL................................................................................................................... 37 
3.8.1. Requisitos ..................................................................................................................................... 37 
3.8.2. Poderes da CPI estadual ............................................................................................................... 37 
3.8.3. HC e MS......................................................................................................................................... 38 
3.9. CPI NO ÂMBITO MUNICIPAL ................................................................................................................. 38 
3.9.1. Pode ser criada com base no princípio da simetria. ..................................................................... 38 
3.9.2. Terá poderes mais restritos do que as outras CPI’s. .................................................................... 38 
3.9.3. Impossibilidade de condução coercitiva de testemunha ............................................................. 38 
3.9.4. HC e MS......................................................................................................................................... 38 
3.10. TÉRMINO DOS TRABALHOS DA CPI................................................................................................... 38 
3.11. JURISPRUDÊNCIA SOBRE CPI ............................................................................................................ 39 
4. GARANTIAS DO PODER LEGISLATIVO ........................................................................................................... 39 
4.1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 40 
4.2. PRERROGATIVA DE FORO ..................................................................................................................... 40 
4.2.1. Improbidade administrativa ......................................................................................................... 40 
4.2.2. Superveniência do fim do mandato ............................................................................................. 40 
4.2.3. Conexão e continência.................................................................................................................. 41 
4.2.4. Inquérito Policial ........................................................................................................................... 42 
4.2.5. O parlamentar que se afasta do cargo mantém a prerrogativa de foro? .................................... 42 
4.3. IMUNIDADES (PARLAMENTARES FEDERAIS) ........................................................................................ 42 
4.3.1. Imunidade Material/Real/Substantiva/Inviolabilidade (“Freedom of Speech”) .......................... 42 
4.3.2. Imunidade Formal/Processual (“Freedom from arrest”) ............................................................. 44 
4.3.3. Outras garantias do órgão legislativo federal ............................................................................... 46 
4.4. IMUNIDADES DOS DEPUTADOS ESTADUAIS ......................................................................................... 46 
4.4.1. Previsão legal e regras gerais........................................................................................................ 46 
4.4.2. Deputados estaduais tem competência por prerrogativa de foro? ............................................. 47 
4.4.3. E se o Deputado Estadual comete crime contra União/Interesses/Bens/etc.? ........................... 47 
 
 
4.4.4. E no caso de crimes eleitorais? ..................................................................................................... 47 
4.4.5. E no caso de o Deputado Estadual cometer crime doloso contra a vida? ................................... 47 
4.4.6. Antiga súmula 03 do STF............................................................................................................... 48 
4.4.7. A imunidade parlamentar pode ser declarada de ofício? ............................................................ 48 
4.5. IMUNIDADES DOS DEPUTADOS DISTRITAIS (DF) .................................................................................. 49 
4.6. IMUNIDADES DOS VEREADORES (ART. 29, VIII) ................................................................................... 49 
4.6.1. Imunidade material ...................................................................................................................... 49 
4.6.2. Imunidade Formal ......................................................................................................................... 49 
4.6.3. Vereador pode ter prerrogativa de foro? ..................................................................................... 49 
5. INCOMPATIBILIDADES E PERDA DE MANDATO ............................................................................................ 49 
5.1. INELEGIBILIDADE (OCORRE ANTES) ...................................................................................................... 50 
5.1.1. Inelegibilidade Absoluta (art. 14, §4º) .......................................................................................... 50 
5.1.2. Inelegibilidade Relativa (14, §§5º a §9º)...................................................................................... 50 
5.2. CRIMES DE RESPONSABILIDADE (OCORRE APÓS) ................................................................................ 51 
5.3. INCOMPATIBILIDADE (OCORRE APÓS/SIMULTÂNEAMENTE) .............................................................. 51 
5.4. PERDA DO MANDATO (OCORRE APÓS) ................................................................................................ 52 
6. PROCESSO LEGISLATIVO ............................................................................................................................... 54 
6.1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 54 
6.2. ESPÉCIES DE PROCESSOS LEGISLATIVOS ............................................................................................... 55 
6.2.1. Processo legislativo ordinário ....................................................................................................... 55 
6.2.2. “Processos legislativos especiais” ................................................................................................. 56 
7. PROCEDIMENTO LEGISLATIVO ORDINÁRIO .................................................................................................. 56 
7.1. FASE INTRODUTÓRIA (INICIATIVA) ....................................................................................................... 57 
7.1.1. Regra geral para a iniciativa .......................................................................................................... 57 
7.1.2. As iniciativas podem ser assim esquematizadas .......................................................................... 58 
7.1.3. Caberia iniciativa popular de EC por interpretação sistemática?................................................. 59 
7.1.4. Legislador ordinário pode estabelecer competências privativas? ............................................... 59 
7.1.5. Parlamentar propõe projeto de iniciativa privativa/exclusiva do chefe do executivo, pode? ..... 59 
7.1.6. A iniciativa em matéria tributária é EXCLUSIVA do presidente? .................................................. 59 
7.1.7. Cabe emenda parlamentar em projetos de iniciativa reservada? Ver abaixo ............................. 60 
7.2. FASE CONSTITUTIVA ............................................................................................................................. 60 
7.2.1. Discussão ...................................................................................................................................... 60 
7.2.2. Votação ......................................................................................................................................... 60 
7.2.3. Aprovação ..................................................................................................................................... 61 
7.2.4. Sanção/Veto do Poder Executivo ................................................................................................. 63 
7.3. FASE COMPLEMENTAR ......................................................................................................................... 65 
 
 
8. MEDIDAS PROVISÓRIAS ................................................................................................................................ 65 
8.1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 65 
8.2. EFEITOS IMEDIATOS DA MEDIDA PROVISÓRIA .................................................................................... 65 
8.2.1. Efeito de natureza normativa ....................................................................................................... 66 
8.2.2. Efeito de natureza ritual (procedimental) .................................................................................... 66 
8.3. PRAZO DA MP ....................................................................................................................................... 66 
8.4. REGIME DE URGÊNCIA ART. 62 (§6º) ................................................................................................... 68 
8.5. TRÂMITE DA MEDIDA PROVISÓRIA ...................................................................................................... 68 
8.6. REVOGAÇÃO DA MP ............................................................................................................................. 69 
8.7. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS MEDIDAS PROVISÓRIAS................................................. 70 
8.7.1. Aspectos formais .......................................................................................................................... 70 
8.7.2. Aspectos materiais ........................................................................................................................ 70 
8.8. LIMITAÇÕES MATERIAIS DA MP ........................................................................................................... 71 
8.9. MP NOS ESTADOS/DF E MUNICÍPIOS ................................................................................................... 73 
8.10. NOVO CÓDIGO FLORESTAL (LEI 12.651/2012) E A MP 571/2012 DE DILMA ................................... 73 
9. LEIS DELEGADAS ........................................................................................................................................... 75 
9.1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 75 
9.2. PROCESSO LEGISLATIVO DAS LEIS DELEGADAS .................................................................................... 75 
9.3. ESPÉCIES DE DELEGAÇÕES .................................................................................................................... 75 
9.3.1. Típicas/próprias ............................................................................................................................ 76 
9.3.2. Atípica ........................................................................................................................................... 76 
9.4. LIMITAÇÕES MATERIAIS ....................................................................................................................... 76 
10. DECRETO LEGISLATIVO X RESOLUÇÃO ..................................................................................................... 77 
PODER JUDICIÁRIO ............................................................................................................................................... 79 
1. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO PODER JUDICIÁRIO ...................................................................................... 79 
2. FUNÇÕES (TÍPICAS E ATÍPICAS) DO PODER JUDICIÁRIO ............................................................................... 80 
2.1. FUNÇÕES TÍPICAS DO PODER JUDICIÁRIO ............................................................................................ 80 
2.1.1. Exercício da jurisdição .................................................................................................................. 80 
2.1.2. Proteção dos direitos fundamentais ............................................................................................ 81 
2.1.3. Resolução de conflitos dentre os demais poderes ....................................................................... 81 
2.1.4. Defesa da força normativa da constituição .................................................................................. 81 
2.1.5. Edição da “legislação judicial” ......................................................................................................81 
2.2. FUNÇÕES ATÍPICAS DO PODER JUDICIÁRIO .......................................................................................... 82 
2.2.1. Função Administrativa .................................................................................................................. 82 
2.2.2. Função Legislativa ou legiferante ................................................................................................. 82 
3. ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO ........................................................................................................ 82 
 
 
4. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ..................................................................................................................... 83 
4.1. ATRIBUIÇÕES DO STF ............................................................................................................................ 83 
4.2. COMPOSIÇÃO E REQUISITOS PARA SER MEMBRO DO STF .................................................................. 83 
4.3. SÚMULA VINCULANTE .......................................................................................................................... 85 
4.3.1. Visão geral .................................................................................................................................... 85 
4.3.2. Argumentos contrários à súmula vinculante ................................................................................ 85 
4.3.3. Argumentos favoráveis ................................................................................................................. 86 
4.3.4. Natureza jurídica da súmula vinculante ....................................................................................... 86 
4.3.5. Objeto da súmula.......................................................................................................................... 86 
4.3.6. Requisitos FORMAIS para a edição da SV ..................................................................................... 87 
4.3.7. Requisitos MATERIAIS para a edição da SV .................................................................................. 88 
4.3.8. Abragência dos efeitos da SV ....................................................................................................... 88 
4.3.9. Efeito temporal da SV ................................................................................................................... 89 
4.4. RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL ......................................................................................................... 90 
4.4.1. Introdução à RCL ........................................................................................................................... 90 
4.4.2. Natureza jurídica da RCL ............................................................................................................... 90 
4.4.3. Objeto da RCL ............................................................................................................................... 90 
4.4.4. Legitimidade ativa para a RCL ....................................................................................................... 90 
4.5. RECURSO EXTRAORDINÁRIO ................................................................................................................ 91 
4.5.1. Cabimento do RE .......................................................................................................................... 91 
4.5.2. Requisitos do RE ........................................................................................................................... 91 
4.5.3. Efeito suspensivo do RE ................................................................................................................ 93 
5. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ................................................................................................................. 94 
5.1. ORIGEM E OBJETIVO DO STJ ................................................................................................................. 94 
5.2. COMPOSIÇÃO DO STJ ........................................................................................................................... 94 
5.3. PROCEDIMENTO DE COMPOSIÇÃO DAS VAGAS NO STJ ....................................................................... 95 
5.3.1. Desembargadores ......................................................................................................................... 95 
5.3.2. Advogados .................................................................................................................................... 95 
5.3.3. Ministério Público ......................................................................................................................... 95 
6. JUSTIÇA COMUM FEDERAL ........................................................................................................................... 96 
6.1. 2º GRAU DE JURISDIÇÃO NA JUSTIÇA FEDERAL: TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS (05) ..................... 96 
6.1.1. Tribunais Federais e as regiões ..................................................................................................... 96 
6.1.2. Composição do TRF (art. 107) ....................................................................................................... 96 
6.2. PRIMEIRO GRAU DE JURISDIÇÃO NA JUSTIÇA FEDERAL: JUÍZES FEDERAIS .......................................... 97 
7. JUSTIÇA COMUM ESTADUAL ........................................................................................................................ 97 
7.1. 2º GRAU DE JURISDIÇÃO DA JUSTIÇA ESTADUAL: TRIBUNAIS DE JUSTIÇA .......................................... 97 
 
 
7.2. 1º GRAU DA JUSTIÇA ESTADUAL: JUIZ DE DIREITO .............................................................................. 97 
8. JUSTIÇA ESPECIALIZADA ELEITORAL ............................................................................................................. 97 
8.1. TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL - TSE (ART. 119) ................................................................................ 98 
8.2. TRIBUNAIS REGIONAIS ELEITORAIS – TRE's (27) ................................................................................... 98 
8.3. JUÍZES ELEITORAIS ................................................................................................................................ 99 
8.4. JUNTAS ELEITORAIS .............................................................................................................................. 99 
9. JUSTIÇA ESPECIALIZADA MILITAR DA UNIÃO (ver Processo Penal) .............................................................. 99 
9.1. SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR (STM) .................................................................................................... 99 
9.2. TRIBUNAIS MILITARES DA UNIÃO ....................................................................................................... 100 
9.3. AUDITORIAS MILITARES ...................................................................................................................... 100 
10. JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL ................................................................................................................... 100 
10.1. 2º GRAU DE JURISDIÇÃO MILITAR .................................................................................................. 101 
10.2. 1º GRAU DE JURISDIÇÃO MILITAR .................................................................................................. 101 
10.3. REGRAS SOBRE A JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL .............................................................................. 101 
11. JUSTIÇA ESPECIALIZADA DO TRABALHO .................................................................................................101 
11.1. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO .............................................................................................. 102 
11.2. TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO – TRT’S (24) ....................................................................... 102 
11.3. JUÍZES DO TRABALHO – VARAS DO TRABALHO .............................................................................. 103 
12. PONTOS RELEVANTES SOBRE OS TRIBUNAIS.......................................................................................... 103 
12.1. ÓRGÃO ESPECIAL ............................................................................................................................ 103 
12.2. QUINTO CONSTITUCIONAL ............................................................................................................. 103 
13. O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA ..................................................................................................... 104 
14. GARANTIAS DO PODER JUDICIÁRIO ........................................................................................................ 105 
14.1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 105 
14.2. GARANTIAS INSTITUCIONAIS DO JUDICIÁRIO ................................................................................. 105 
14.2.1. Garantias de autonomia orgânico-administrativa (art. 96, I da CR) ........................................... 106 
14.2.2. Garantias de autonomia financeira/orçamentária (art. 99 e 168) ............................................. 106 
14.3. GARANTIAS FUNCIONAIS (OU DE ÓRGÃOS) DO JUDICIÁRIO .......................................................... 107 
14.3.1. Garantia de INDEPENDÊNCIA (art. 95) ....................................................................................... 107 
14.3.2. Garantia de IMPARCIALIDADE - vedações (art. 95, parágrafo único) ......................................... 108 
PODER EXECUTIVO ............................................................................................................................................. 114 
1. NOÇÕES GERAIS .......................................................................................................................................... 114 
2. SISTEMAS (OU REGIMES) DE GOVERNO ..................................................................................................... 114 
2.1. SISTEMA “DE ASSEMBLÉIA” ................................................................................................................ 115 
2.2. PARLAMENTARISMO .......................................................................................................................... 115 
2.2.1. Origens ........................................................................................................................................ 115 
 
 
2.2.2. Espécies de parlamentarismo ..................................................................................................... 116 
2.3. PRESIDENCIALISMO ............................................................................................................................ 116 
2.4. SER BRASILEIRO NATO (ART. 12, §3º, I - CARGOS PRIVATIVOS DE BRASILEIROS NATOS). ................. 118 
2.5. IDADE MÍNIMA: 35 ANOS (ART. 14, §3º, VI - CONDIÇÃO DE ELEGIBILIDADE).................................... 118 
2.6. FILIAÇÃO PARTIDÁRIA (ART. 14, §3º, V - CONDIÇÃO DE ELEGIBILIDADE) .......................................... 118 
2.7. PLENITUDE DO EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS ......................................................................... 118 
2.8. NÃO SER INELEGÍVEL (ART. 14, §7º) OU SEJA, INALISTÁVEL (MENORES E CONSCRITOS) OU 
ANALFABETO .................................................................................................................................................. 119 
2.8.1. Sistema majoritário .................................................................................................................... 119 
2.8.2. Sistema proporcional .................................................................................................................. 120 
2.8.3. Majoritário do tipo absoluto (ou com segundo turno de votação) ............................................ 120 
2.8.4. Majoritário do tipo simples (sem segundo turno de votação) ................................................... 121 
2.8.5. I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;........................................................................... 126 
2.8.6. II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
 126 
2.8.7. III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; ............. 126 
2.8.8. IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos 
para sua fiel execução; ............................................................................................................................... 126 
2.8.9. V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; ........................................................................ 127 
2.8.10. VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal 
desde que não aumente despesa nem crie ou extinga órgãos públicos; b) ou extinção de funções ou 
cargos públicos quando vagos; ................................................................................................................... 128 
2.8.11. VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;
 128 
2.8.12. VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso 
Nacional; 128 
2.8.13. IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; ................................................................. 128 
2.8.14. X - decretar e executar a intervenção federal; ........................................................................... 128 
2.8.15. XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da 
sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; ...... 128 
2.8.16. XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em 
lei; 129 
2.8.17. XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do 
Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são 
privativos; ................................................................................................................................................... 130 
2.8.18. XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e 
dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente 
e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; .................................. 130 
2.8.19. XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; 130 
 
 
2.8.20. XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da 
União; 130 
2.8.21. XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; ....................... 131 
2.8.22. XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; ............ 131 
2.8.23. XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou 
referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, 
decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; ..........................................................................131 
2.8.24. XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; ........................... 131 
2.8.25. XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; .............................................................. 131 
2.8.26. XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo 
território nacional ou nele permaneçam temporariamente; ..................................................................... 131 
2.8.27. XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; ............................................. 132 
2.8.28. XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da 
sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; .................................................................. 132 
2.8.29. XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; ...................................... 133 
2.8.30. XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; .............................. 133 
2.8.31. XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. ............................................... 134 
2.8.32. Parágrafo único: hipótese de delegação .................................................................................... 134 
3. VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA ............................................................................................................... 134 
3.1. FUNÇÕES DO VICE .............................................................................................................................. 134 
4. MANDATO................................................................................................................................................... 135 
5. MINISTROS DE ESTADO .............................................................................................................................. 136 
5.1. REQUISITOS......................................................................................................................................... 136 
5.2. COMPETÊNCIA DOS MINISTROS DE ESTADO ...................................................................................... 137 
5.3. CRIAÇÃO DOS CARGOS ....................................................................................................................... 137 
5.4. CONSELHO DA REPÚBLICA E CONSELHO DE DEFESA NACIONAL ....................................................... 138 
6. FORMA DE GOVERNO x RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE .................................................................. 139 
7. CRIMES DE RESPONSABILIDADE ................................................................................................................. 140 
7.1. IMPEACHMENT ................................................................................................................................... 143 
7.2. DEFINIÇÃO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE .............................................................................. 143 
7.3. DIPLOMAS NORMATIVOS QUE TIPIFICAM CRIMES DE RESPONSABILIDADE ..................................... 143 
7.3.1. Lei 1.079/50 ................................................................................................................................ 144 
7.3.2. DL 201/67.................................................................................................................................... 144 
7.3.3. Lei 7.106/86 ................................................................................................................................ 144 
7.4. QUEM PODE PRATICAR CRIME DE RESPONSABILIDADE .................................................................... 144 
7.4.1. Presidente da República (art. 52, I) ............................................................................................ 145 
 
 
7.4.2. Vice-presidente da República (art. 52, I); ................................................................................... 145 
7.4.3. Ministros de Estado e cargos equiparados (art. 50, caput e §2º; 52, I; 102, I, c) ....................... 145 
7.4.4. Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica (52, I; 102, I, c); ................................ 145 
7.4.5. Ministros do STF (art. 52, II); ...................................................................................................... 145 
7.4.6. Membros do CNJ e do CNMP (art. 52, II); ................................................................................... 145 
7.4.7. PGR (art. 52, II,); .......................................................................................................................... 146 
7.4.8. AGU (art. 52, II); .......................................................................................................................... 146 
7.4.9. Membros dos Tribunais Superiores (102, I, c); ........................................................................... 146 
7.4.10. Membros do TCU (102, I, c); ....................................................................................................... 146 
7.4.11. Membros de missão diplomática de caráter permanente (102, I, c); ........................................ 146 
7.4.12. Presidentes de Tribunais (art. 100, §7º) ..................................................................................... 147 
7.4.13. Desembargadores dos TJEs e DF (105, I, a); ............................................................................... 147 
7.4.14. Membros dos TCEs e DF (105, I, a); ............................................................................................ 147 
7.4.15. Membros dos TRFs ( 105, I, a); ................................................................................................... 147 
7.4.16. Membros dos TREs (105, I, a); .................................................................................................... 148 
7.4.17. Membros dos TRTs (105, I, a); .................................................................................................... 148 
7.4.18. Membros do MPU que oficiem perante tribunais (105, I, a); .................................................... 148 
7.4.19. Juízes Federais (108, I, a); ........................................................................................................... 148 
7.4.20. Juízes da JM (108, I,a); ................................................................................................................ 149 
7.4.21. Juízes da JT (art. 108, I, a); .......................................................................................................... 149 
7.4.22. Membros do MPU que não oficiam perante Tribunais (108, I, a) .............................................. 149 
7.4.23. Juízes e membros do MPE e DFT (96, III); ................................................................................... 149 
7.4.24. Governadores (Lei 1.079); .......................................................................................................... 149 
7.4.25. Prefeitos (29-A §2º); ................................................................................................................... 149 
7.4.26. Presidente das Câmaras de Vereadores (29-A §3º). .................................................................. 149 
8. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA .............................................................. 150 
8.1. CONDUTAS QUE IMPORTAM EM CRIME DE RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA .. 150 
8.2. JULGAMENTO POR CRIME DE RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ........................ 151 
8.3. DENÚNCIA DO CRIME DE RESPONSABILIDADEDO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ............................... 152 
8.4. PROCEDIMENTO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS ............................................................................... 152 
8.5. PROCEDIMENTO NO SENADO FEDERAL ............................................................................................. 154 
8.5.1. Obrigatoriedade de julgamento pelo SF ..................................................................................... 154 
8.5.2. Quem pode ser julgado pelo SF por crime de responsabilidade? .............................................. 154 
8.5.3. Consequências jurídicas do início do processo no SF ................................................................. 154 
8.5.4. Impedimentos e suspeição de Senador ...................................................................................... 156 
8.5.5. Penas (art. 52, parágrafo único) ................................................................................................. 156 
 
 
8.5.6. Renúncia após início do julgamento ........................................................................................... 156 
9. CRIMES DE RESPONSABILIDADE PRATICADOS PELOS GOVERNADORES .................................................... 167 
9.1. INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS .......................................................................................... 167 
9.2. ACUSAÇÃO AOS GOVERNADORES POR CRIME DE RESPONSABILIDADE ............................................ 167 
9.2.1. Apresentação da denúncia à Assembleia Legislativa ................................................................. 167 
9.2.2. Julgamento pela Assembleia Legislativa da admissibilidade da acusação; ................................ 168 
9.2.3. Julgamento pela Assembleia Legislativa sobre a procedência da acusação; ............................. 168 
9.3. TRIBUNAL ESPECIAL OU MISTO .......................................................................................................... 169 
9.4. PENAS APLICADAS AO GOVERNADOR ................................................................................................ 169 
10. CRIMES DE RESPONSABILIDADE PRATICADOS PELOS PREFEITOS .......................................................... 170 
10.1. PREVISÃO NA CF ............................................................................................................................. 170 
10.2. TIPOS DE INFRAÇÕES QUE PODEM SER COMETIDAS POR PREFEITOS ........................................... 170 
10.3. PROCEDIMENTO DOS CRIMES “DE RESPONSABILIDADE” DO PREFEITO NA LEI 201/67 (NATUREZA 
PENAL) 171 
10.4. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS NO DL 201/67 (NATUREZA POLITICO-
ADMINISTRATIVA – “VERDADEIRO” CRIME DE RESPONSABILIDADE!)........................................................... 173 
10.4.1. Limites ......................................................................................................................................... 174 
10.4.2. Consequências da irresponsabilidade penal relativa do Presidente .......................................... 175 
10.5. CRIMES DOS MINISTROS DE ESTADO ............................................................................................. 178 
11. CRIMES COMUNS PRATICADOS POR GOVERNADORES .......................................................................... 179 
12. CRIMES COMUNS COMETIDOS PELOS PREFEITOS ................................................................................. 181 
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA ........................................................................................................................ 182 
1. MINISTÉRIO PÚBLICO ................................................................................................................................. 182 
1.1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 182 
1.2. ORIGEM DO MP .................................................................................................................................. 184 
1.3. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO MP NO BRASIL ......................................................................................... 184 
1.4. ORGANIZAÇÃO DO MP BRASILEIRO.................................................................................................... 185 
1.4.1. Considerações ............................................................................................................................. 185 
1.4.2. Ministério Público da União (MPU) ............................................................................................ 186 
1.4.3. Escolha e destituição dos chefes do MPU .................................................................................. 186 
1.4.4. Ministério Público Estadual (MPE) ............................................................................................. 188 
1.4.5. MP junto ao Tribunal de Contas (TCU e TCE) ............................................................................. 189 
1.4.6. Ministério Público Eleitoral? ....................................................................................................... 190 
2. PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DO MP .......................................................................................................... 190 
2.1. PRINCÍPIO DA UNIDADE ...................................................................................................................... 191 
2.2. PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE ......................................................................................................... 191 
 
 
2.3. PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL ...................................................................................... 191 
2.4. PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL................................................................................................. 192 
2.5. PRINCÍPIO DA FEDERALIZAÇÃO .......................................................................................................... 193 
2.6. PRINCÍPIO DA DELEGAÇÃO ................................................................................................................. 193 
3. ATRIBUIÇÕES DO MP .................................................................................................................................. 193 
3.1. ATRIBUIÇÕES GENÉRICAS DO MP ....................................................................................................... 193 
3.1.1. Princípio da perenidade (permanência) ..................................................................................... 194 
3.1.2. Princípio da essencialidade ......................................................................................................... 194 
3.1.3. Defesa da ordem jurídica ............................................................................................................ 194 
3.1.4. Defesa do regime democrático .................................................................................................. 195 
3.1.5. Defesa de Interesses sociais e individuais indisponíveis ............................................................ 196 
3.2. ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO MP ..................................................................................................... 197 
4. DISCUSSÃO: ATUAÇÃO DO MP ESTADUAL FRENTE ÀS CORTES SUPERIORES: STF/STJ .............................. 200 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA CONSTITUCIONAL .......................................................................................................... 203 
1. 1ª CONSTITUIÇÃO DO BRASIL - 1824 .......................................................................................................... 203 
2. 2ª CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA - 1891 - A PRIMEIRA REPUBLICANA.......................................................... 206 
3. 3ª CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA - 1934 ........................................................................................................ 208 
4. 4ª CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA – 1937 ........................................................................................................ 210 
5. 5ª CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA – 1946 ........................................................................................................ 211 
6. 6ª CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA - 1967 ........................................................................................................ 214 
7. 7ª CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA - 1969 ........................................................................................................ 216 
8. 8ª CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA - 1988 ........................................................................................................ 218 
8.1.1. Introdução: REPÚBLICA (RES PÚBLICA) ...................................................................................... 219 
ESTADO DE DEFESA, ESTADO DE SÍTIO E INTERVENÇÃO FEDERAL .................................................................... 223 
1. NOTAS INTRODUTÓRIAS ............................................................................................................................. 223 
2. SISTEMA CONSTITUCIONAL DAS CRISES: PANORAMA ............................................................................... 223 
2.1. SINÔNIMOS ......................................................................................................................................... 223 
2.2. CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS ............................................................................................................ 224 
2.3. HISTÓRICO NO MUNDO ...................................................................................................................... 224 
2.3.1. Ditadura romana (501 A.C.) ........................................................................................................ 224 
2.3.2. Lei Marcial Inglesa ...................................................................................................................... 224 
2.3.3. Suspensão de HC (Inglaterra) ..................................................................................................... 224 
2.3.4. Estado de sítio francês (1791 – “Le Siege”) ................................................................................ 224 
2.3.5. Suspensão da Constituição (CF francesa 1799) .......................................................................... 225 
2.3.6. Ditadura Presidencial Constitucional (Alemanha - Constituição de Weimar - 1919) ................. 225 
2.4. HISTÓRICO NO BRASIL (*Ver histórico das CTs brasileiras acima) ..................................................... 225 
 
 
2.4.1. Constituição de 1824 .................................................................................................................. 225 
2.4.2. Constituição de 1891 .................................................................................................................. 225 
2.4.3. Constituição de 1934 .................................................................................................................. 226 
2.4.4. Constituição de 1937 .................................................................................................................. 226 
2.4.5. Constituição de 1946 .................................................................................................................. 226 
2.4.6. Constituição de 1967 .................................................................................................................. 226 
2.4.7. Conclusão sobre o Histórico Constitucional dos Estados de Exceção ........................................ 226 
3. NORMAS GERAIS COMUNS AO SISTEMA CONSTITUCIONAL DAS CRISES .................................................. 227 
3.1. TEMPORARIEDADE ............................................................................................................................. 227 
3.2. PROPORCIONALIDADE (ADEQUAÇÃO, NECESSIDADE E PROPORCIONALIDADE EM SENTIDO ESTRITO)
 227 
3.3. DELIMITAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS RESTRINGÍVEIS ......................................................... 228 
3.4. MOTIVAÇÃO ....................................................................................................................................... 229 
4. ESTUDO DO ESTADO DE DEFESA ................................................................................................................ 229 
4.1. CONCEITO ........................................................................................................................................... 229 
4.2. EFEITOS DO ESTADO DE DEFESA (ART. 136 CF) .................................................................................. 230 
4.3. CONTROLE DOS ATOS DO PODER EXECUTIVO NO ESTADO DE DEFESA ............................................. 231 
4.3.1. Controle exercido pelo Senado Federal ..................................................................................... 231 
4.3.2. Controle judicial de ato político? ................................................................................................ 232 
5. ESTUDO DO ESTADO DE SÍTIO .................................................................................................................... 234 
5.1. CONCEITO ........................................................................................................................................... 234 
5.2. EFEITOS DO ESTADO DE SÍTIO ............................................................................................................ 234 
5.3. RESPONSABILIZAÇÃO PELAS MEDIDAS EXCEPCIONAIS ...................................................................... 235 
6. INTERVENÇÃO FEDERATIVA ........................................................................................................................ 236 
6.1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 236 
6.2. CARACTERÍSTICAS DA INTERVENÇÃO ................................................................................................. 236 
6.3. INCIDÊNCIA DA INTERVENÇÃO ........................................................................................................... 236 
6.4. INTERVENÇÕES: HIPÓTESES E MODALIDADES (ESPONTÂNEAS E PROVOCADAS) ............................. 237 
COMPETÊNCIA CRIMINAL NA CONSTITUIÇÃO¢.................................................................................................. 238 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDAMENTO DA CONSTITUIÇÃO 
1. CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO 
Nada mais são do que uma análise do fundamento das constituições. 
1.1. CONCEPÇÃO SOCIOLÓGICA (FERDINAND LASSALLE) 
Principal expoente: Ferdinand Lassalle 
 
A constituição é a soma dos fatores reais de poder que dirige, que comanda uma nação. É uma 
concepção sociológica, busca fundamento na SOCIOLOGIA. A CT não era o que estava escrito, 
mas a realidade que se impunha. Aqui diferencia constituição real/efetiva de constituição escrita. 
1.1.1. Constituição real/efetiva 
É a soma dos FATORES REAIS DE PODER que regem uma determinada nação. Na 
concepção dele, todo estado tem ao lado da constituição escrita, a que realmente vale, que é feita 
por aqueles que detêm o poder na prática, banqueiros, burguesia, monarquia, aristocracia etc. “A 
constituição escrita não passa de uma folha de papel”. Busca na sociologia o fundamento da 
constituição real. 
1.1.2. Constituição escrita 
Se nãoreflete a realidade, não passa de uma “folha de papel”. 
1.2. CONCEPÇÃO POLÍTICA (CARL SCHIMITT) 
Principal expoente: Carl Schimitt 
 
Busca na POLÍTICA o fundamento da constituição. Adota o conceito decisionista de 
constituição. Constituição x leis constitucionais. 
1.2.1. Constituição propriamente dita 
É apenas aquilo que decorre de uma decisão política fundamental. 
 
 
 
Matérias constitucionais: DES: 
 
Direitos Fundamentais 
Estrutura do Estado 
Separação dos Poderes 
 
Estas decorrem de uma DECISÃO POLÍTICA FUNDAMENTAL 
1.2.2. “Leis Constitucionais” 
Todo restante consagrado na constituição (que não faz parte de decisão política fundamental 
– DES) são apenas leis constitucionais. Exemplo: colégio do RJ que está na constituição - lei 
constitucional. Estas seriam apenas formalmente constitucionais, materialmente não. Quais são as 
matérias constitucionais de decisão política? 
 
As normas relativas aos FINS do estado são apenas FORMALMENTE constitucionais? 
SIM. Fins do estado = normas programáticas. Fins do estado não é matéria constitucional, estrutura 
do estado SIM. Art. 1º CF, material e formalmente constitucional. Agora o Art. 242, § 2º é 
formalmente constitucional, mas não materialmente. 
 
CF Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel 
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
Art. 242. O princípio do art. 206, IV, não se aplica às instituições educacionais 
oficiais criadas por lei estadual ou municipal e existentes na data da 
promulgação desta Constituição, que não sejam total ou preponderantemente 
mantidas com recursos públicos. 
§ 2º - O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido 
na órbita federal. 
 
Para Carl Schimtt, o guardião da constituição deveria ser o presidente do “Reich”. 
1.3. CONCEPÇÃO JURÍDICA 
Principal expoente: Hans Kelsen (Teoria Pura do Direito 1925) 
 
Hans Kelsen: a CT é o fundamento de validade de todo ordenamento jurídico estatal. É a 
concepção jurídica. 
 
Para Hans Kelsen, o guardião da constituição deveria ser o poder judiciário. A constituição 
não retira seu fundamento da sociologia, política ou da história, mas sim do próprio DIREITO. 
 
 
 
Por isso que ele desenvolve o controle concentrado de constitucionalidade, no sentido da 
declaração da anulabilidade da norma que é contrária a CT. 
 
Constituição é um conjunto de normas jurídicas, é uma lei como todas as demais, é formada 
por várias normas. Se ela é uma lei assim como as demais, o fundamento dela só pode estar no 
DIREITO. 
 
A constituição não se situa no mundo do “ser” e sim do “dever ser” (o direito tem um caráter 
prescritivo e não descritivo). 
 
Para Kelsen, há dois sentidos para a fundamentação da Constituição: um sentido LÓGICO-
JURÍDICO e um sentido JURÍDICO-POSITIVO. 
1.3.1. Constituição em sentido “LÓGICO-JURÍDICO”: Norma Fundamental Hipotética 
 
- Fundamental: porque nela que está o fundamento da constituição. 
 
- Hipotética: porque não é uma norma posta, é apenas PRESSUPOSTA, não é uma norma 
positivada, é apenas uma pressuposição, como se a sociedade fizesse uma pressuposição que essa 
norma existe para fundamentar a constituição. 
 
- Conteúdo da norma fundamental hipotética: “Todos devem obedecer a Constituição”. 
Contém este comando. Como se fosse um contrato social, parte da ideia que existe essa norma se 
não ninguém obedeceria à constituição. 
1.3.2. Constituição em sentido “JURÍDICO-POSITIVO: Norma Positivada Suprema 
Constituição feita pelo poder constituinte, CF/88, por exemplo. Conjunto de normas jurídicas 
positivadas. 
 
Em suma: José Afonso da Silva diz o seguinte - “de acordo com o primeiro (LÓGICO-
JURÍDICO), Constituição significa norma fundamental hipotética, cuja função é servir de fundamento 
lógico transcendental da validade da Constituição “JURÍDICO-POSITIVA”, que equivale à norma 
positiva suprema, conjunto de normas que regula a criação de outras normas, lei nacional no seu 
mais alto grau. Umas são normas postas; outra é suposta”. 
 
CESPE DPE/RN 2015 - Consoante Hans Kelsen, a concepção jurídica de Constituição a concebe 
como a norma por meio da qual é regulada a produção das normas jurídicas gerais, podendo ser 
produzida, inclusive, pelo direito consuetudinário. CORRETA! 
 
PLANO LÓGICO-JURÍDICO PLANO JURÍDICO-POSITIVO 
Norma Fundamental Hipotética (“plano do 
suposto/pressuposto”). 
Norma posta, positivada. 
Fundamento lógico-transcendental da validade 
da Constituição “jurídico-positiva”. 
Norma positivada suprema. 
 
 
1.4. CONCEPÇÃO NORMATIVA (PARA ALGUNS É JURÍDICA, PARA OUTROS 
CULTURALÍSTICA) 
Principal expoente: Konrad Hesse (Livro: Força Normativa da Constituição) 
 
Para rebater a tese do Ferdinand Lassalle, é uma antítese a tese dele (concepção sociológica). 
 
O direito não pode existir somente para justificar relações de poder. 
 
Ainda que, algumas vezes, a constituição escrita possa sucumbir à realidade (tese de 
Ferdinand Lassalle), esta constituição, possui uma “força normativa” capaz de conformar a realidade, 
para isso, basta que exista “vontade de constituição” e não apenas vontade de ‘poder’. 
 
Para Hesse, então, não há subordinação entre a constituição efetiva e a jurídica, o que existe é 
um condicionamento recíproco entre elas. Em alguns casos prevalecerá uma, em outros, prevalecerá 
a outra. 
 
O direito constitucional não serve para dizer o que é, mas para dizer o que DEVE SER, essa é 
a função normativa da constituição. 
 
CESPE DPE/RN 2015 - De acordo com a concepção de Constituição trazida por Konrad Hesse 
LASSALE, a força condicionante da realidade e a normatividade da Constituição são independentes. 
Nesse sentido, a Constituição real e a Constituição jurídica devem apresentar-se de forma autônoma. 
A alternativa trata da constituição na acepção sociológica, defendida por Ferdinand Lassale. 
Conforme visto acima, para Hesse a constituição real e a constituição jurídica estão em uma relação 
de cooperação. 
1.5. CONCEPÇÃO CULTURALÍSTICA (José Afonso da Silva cita esta concepção) 
Não tem data de novo porque surge de uma visão geral das outras. 
Todas as concepções anteriores que vimos, na verdade não são concepções antagônicas, 
mas sim complementares. Cada uma das concepções seria uma forma diferente de enxergar a 
constituição. 
Ao mesmo tempo em que a constituição é condicionada pela cultura de um povo, ela também é 
condicionante dessa mesma cultura. Por isso, ‘culturalista’. 
 
 
HERMENÊUTICA CONSTITUCIONAL 
*Marcelo Novelino 
1. INTRODUÇÃO 
Hermenêutica é a mesma coisa que interpretar? Interpretar é quando se tira do dispositivo o 
seu sentido, fixa o seu alcance (lembrar o Taques: Alexandre ‘o Grande’ interpretava o futuro, abria a 
ventre de um animal e meditava olhando as suas entranhas, extraía o significado do futuro retirando 
 
 
as entranhas do animal, isso é interpretar). Agora COMO vai se revelar o sentido e fixar o alcance da 
norma, quem fornece os elementos para isso é a Hermenêutica. 
2. MÉTODOS (“DOUTRINA ALEMÔ - BÖCKENFÖRDE) 
Constituições escritas surgiram com as Revoluções liberais. Desde essa época, final do século 
XVIII, até meados do século XX, a constituição era interpretada pelos mesmoselementos 
desenvolvidos por Savigny para interpretação das leis: 
 
1) Gramatical/literal – revela o sentido pela literalidade do texto. 
 
2) Lógico – premissas da lógica. 
 
3) Histórico – faz a análise do contexto o qual a norma surgiu. 
 
4) Sistemático – a norma não existe isoladamente, faz parte de um sistema. 
 
Com o fim da 2ªGM, começa a aparecer o neoconstitucionalismo, então aparecem novos 
métodos de interpretação da constituição elaborados pela doutrina alemã, partindo das seguintes 
premissas: 
 
1) Direitos Fundamentais: tem normas que se expressam na forma de princípio. (Muito mais 
complexa a interpretação de um princípio do que uma norma expressa). 
 
2) Eficácia de cada norma constitucional/objeto é muito variada. Ela tem uma variedade imensa 
em relação ao seu objeto. Tem normas de todos os ramos do direito, essa variedade de 
objeto/eficácia dificulta a interpretação da constituição. 
 
3) Ideologia (pré-compreensão) – o intérprete acaba deixando que sua interpretação de mundo, 
sua pré-compreensão, ideologia, interfira na interpretação da Constituição. A ideologia, 
aspectos religiosos, morais, pré-compreensão de mundo, influencia muito na interpretação 
principalmente da constituição do que em outros ramos do direito. 
 
Em razão destas peculiaridades é que foram elaborados métodos específicos, para tornar mais 
racional, mais objetiva a interpretação constitucional. 
 
Canotilho: Não existe um método justo. Todos os métodos apesar de partirem de premissas 
diversas, são complementares. 
 
Veremos aqui os seguintes métodos: 
 
1) Método Hermenêutico Clássico (método jurídico) – Ernest Forsthoff; 
2) Método Científico-Espiritual (valorativo) – Rudolf Smend; 
3) Método Tópico Problemático – Theodore Viehweg; 
4) Método Hermenêutico Concretizador – Konrad Hesse (Concepção Jurídica Da Constituição); 
5) Método Normativo Estruturante – Friederich Müller; 
6) Método Concretista da Constituição Aberta (citado por Paulo Bonavides, foi desenvolvido por 
Peter Häberle – obs.: não está na lista do Böckenförde). 
 
 
2.1. MÉTODO HERMENÊUTICO CLÁSSICO (MÉTODO JURÍDICO) – ERNEST FORSTHOFF 
2.1.1. Ideia geral do método hermenêutico clássico 
Parte de uma premissa: “Tese da identidade”. 
Segundo Ernest Forsthoff, a interpretação constitucional deve ser feita através dos elementos 
clássicos, tradicionais de interpretação, aqueles desenvolvidos por Savigny, não seria necessário um 
método próprio. 
 
“Tese da identidade” – para ele, a CT nada mais é do que uma lei (identidade entre CT e Lei), 
um conjunto de normas, assim, não tem porque ela ter métodos específicos de interpretação. 
2.1.2. Crítica ao método hermenêutico clássico 
Por terem sido desenvolvidos para o direito privado, tais elementos são insuficientes para dar 
conta das complexidades que envolvem a interpretação constitucional. 
Exemplo: como se interpreta a inviolabilidade do direito à vida, como interpretar pelo elemento 
gramatical? 
2.2. MÉTODO CIENTÍFICO-ESPIRITUAL (VALORATIVO) – RUDOLF SMEND 
2.2.1. Ideia geral do método científico-espiritual (valorativo) 
O corpo da lei são as normas. Já o espírito são os valores que consagrados no texto que 
inspiraram as normas. Como esse método leva muito em consideração esses valores consagrados 
no texto, muitos o chamam de método valorativo. 
 
Exemplo: única parte da nossa CT que não se exterioriza através de normas? Preâmbulo, ele 
consagra os valores supremos da nossa sociedade. Lá se sabe os valores supremos que inspiraram 
a criação da nossa constituição. 
 
É um método ANTIPOSITIVISTA. Não leva em consideração o sistema de normas 
constitucionais, leva também em consideração fatores “EXTRACONSTITUCIONAIS”. Além dos 
valores subjacentes a constituição, outros fatores extraconstitucionais são considerados. A realidade 
social é um desses (“método sociológico”) 
 
Método Integrativo – considera a constituição o principal elemento de integração da 
comunidade (Princípio do Efeito Integrador – ver princípios instrumentais). Se aproxima muito 
daquele elemento sistemático, sustentado por Savigny. 
 
Pode ser chamado então: integrativo, sociológico, valorativo. 
2.2.2. Crítica ao método científico-espiritual (valorativo) 
Canotilho diz que tem indeterminação e modificabilidade dos resultados. Como ele leva não 
só o sistema de normas, mas fatores extraconstitucionais, o resultado dessa interpretação pode ser 
 
 
muito maleável, essa modificação dos resultados, essa mutação, gera insegurança jurídica, sendo 
assim nunca se poderá esperar uma decisão, ela mudará de acordo com o momento. Permitindo-se 
interpretações divergentes, enfraquece-se o princípio da força normativa da constituição. 
 
OBS: Esses dois métodos vistos, consideram a Constituição como um sistema, são métodos 
SISTEMÁTICOS. Os próximos NÃO partem desta ideia de sistema, são métodos que a doutrina 
chama de APORÉTICOS (a ideia principal não é a ideia de sistema, vão trabalhar com a ideia de 
PROBLEMA). 
2.3. MÉTODO TÓPICO PROBLEMÁTICO – THEODORE VIEHWEG 
2.3.1. Ideia geral do método tópico problemático 
Foi desenvolvido originalmente para o direito civil, mas se mostrou aplicável ao direito 
constitucional. 
 Esse autor foi responsável pelo retorno da tópica ao direito, na década de 50. Completamente 
contrário ao positivismo. 
Tem este nome porque se baseia em “TOPOS” (Plural “Topoi” – são esquemas de 
pensamento, formas de raciocínio, de argumentação, pontos de vista). São extraídos de vários 
lugares, como por exemplo: 
 
1) Doutrina dominante; 
2) Jurisprudência majoritária; 
3) Senso comum. 
 
São extraídas várias formas de pensamento desses lugares. Exemplo: poder constituinte, 
legitimados a propor EC, exceção aos legitimados ordinários...etc. Exemplo: é inviolável o sigilo de 
correspondência, porém o STF tem admitido em determinados casos em correspondências de 
presidiários. STF – “os direitos fundamentais não devem servir como escudo protetivo para 
salvaguardar práticas ilícitas”. 
 
É um método PROBLEMÁTICO – porque se baseia na ideia de problema a ser resolvido. 
Não são métodos para serem utilizados para resolver questões simples, os métodos aporéticos 
serão utilizados em problemas, casos difíceis, quando temos os “hard cases” (exemplos: aborto na 
anencefalia, etc.), se o caso tem uma solução simples, utiliza-se uma interpretação literal, 
sistemática. 
 
É um método ARGUMENTATIVO - é feita toda uma argumentação em torno do problema para 
chegar-se ao resultado. 
Para o método tópico-problemático, a decisão que vai prevalecer é a que for mais convincente, 
o que convencer o maior número de locutores, não significa que é o mais correto. 
 
Exemplo: ministros do STF se juntam, para decidir um caso concreto, discutem em torno do 
problema, levando os argumentos favoráveis e contrários a decisão que será a que for mais 
convincente. 
2.3.2. Críticas ao método tópico problemático 
 
 
1) Casuísmo ilimitado. Utilização deste método pode conduzir a um casuísmo ilimitado. Como 
o método gira em torno do problema, cada caso concreto é resolvido de uma maneira, pois 
não se baseia nas normas do sistema e sim em argumentos; 
2) Ele pode conduzir a um casuísmo tão grande, que a norma jurídica, é apenas mais um 
TOPOS ao lado dos outros, não é um argumento decisivo, é apenas mais um ao lado de 
vários outros. Acaba gerando uma insegurança jurídica. 
3) A interpretação deve partir da NORMA para a solução do PROBLEMA, e não ao contrário. 
Segundo a doutrina, o intérprete deve buscar qual a norma que se refere ao caso e a partir da 
norma dar a solução ao caso concreto, porém, neste método faz-se

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