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Estabelecimentos Penais Processo Penal 3 Docente: Maria Leonice Berezowski Grupo 4 Anna Gabriella Queiroz Felipe Bittencourt Grazielle Aguillar Lidiane Morais Luana Carvalho Rosana Letícia Samuel Pereira Estabelecimentos Penais Artigo 82 da LEP Tipos de regime Mulheres e maiores de 60 anos Artigo 83 da LEP Educação Recreação e prática esportiva Espaço para defensoria pública e estudantes Espaço para amamentação e agentes femininos Artigo 83 - A da LEP Poderão ser objeto de execução indireta as atividades materiais acessórias, instrumentais ou complementares desenvolvidas em estabelecimentos penais, e notadamente: I - serviços de conservação, limpeza, informática, copeiragem, portaria, recepção, reprografia, telecomunicações, lavanderia e manutenção de prédios, instalações e equipamentos internos e externos; II - serviços relacionados à execução de trabalho pelo preso. § 1o A execução indireta será realizada sob supervisão e fiscalização do poder público. § 2o Os serviços relacionados neste artigo poderão compreender o fornecimento de materiais, equipamentos, máquinas e profissionais. Artigo 83 – B da LEP São indelegáveis as funções de direção, chefia e coordenação no âmbito do sistema penal, bem como todas as atividades que exijam o exercício do poder de polícia, e notadamente: I - classificação de condenados; II - aplicação de sanções disciplinares; III - controle de rebeliões; IV - transporte de presos para órgãos do Poder Judiciário, hospitais e outros locais externos aos estabelecimentos penais. Art. 84 da LEP O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em julgado. § 1o Os presos provisórios ficarão separados de acordo com os seguintes critérios: I - acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; II - acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; III - acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos apontados nos incisos I e II. § 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal ficará em dependência separada. § 3o Os presos condenados ficarão separados de acordo com os seguintes critérios: I - condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados; II - reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; III - primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; IV - demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em situação diversa das previstas nos incisos I, II e III. § 4o O preso que tiver sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela convivência com os demais presos ficará segregado em local próprio. Artigo 85 da LEP A LEP diz que o estabelecimento penal deverá ter lotação compatível com a sua estrutura e finalidade (art. 85, LEP). O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária é o órgão responsável por determinar o limite máximo de capacidade do estabelecimento penal, sempre atendendo a sua natureza e peculiaridades (art. 85, parágrafo único, LEP). CAPACIDADE GERAL DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS Estabelecimento Penal Capacidade Máxima Capacidade Mínima Penitenciária de Segurança Máxima Especial 300* 60* Penitenciária de Segurança Média ou Máxima 800* 300* Colônia Agrícola, Industrial ou Similar 1000* 60* Casa do Albergado ou similar 120* 20* Centro de Observação Criminológica 300* 60* Cadeia Pública 800* 30* Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 120* 20* Não resta dúvida de que a situação ideal era haver estabelecimentos penais com lotação compatível com o número de vagas oferecidas, todavia não é essa a situação atual, conforme relatório do Infopen (2014), no qual consta déficit de vagas equivalentes a 231.062 vagas. A superlotação do sistema penitenciário é problema recorrente enquanto não ocorrer um investimento na infraestrutura desses estabelecimentos prisionais com o fulcro em respeitar o que está preceituado na Lei de Execução Penal, pouca efetividade se verá no sistema, o que faz prova o aumento do número de encarceramentos que tem ocorrido no país (INFOPEN, 2014). Com relação as penas privativas de liberdade devem ser aplicadas em estabelecimentos prisionais mais próximos, por ser um direito do preso, uma vez que contribuí sobremaneira para sua ressocialização e sua futura reintegração social. Artigo 86 da LEP Contudo, a Lei de Execução Penal, em seu artigo 86, autoriza que o condenado cumpra sua pena em unidade federativa distinta daquela em que foi sentenciado, seja em presídio Estadual ou da União. Embora, de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal esse preceito legal pode ser superado. Existe, ainda, a possibilidade do estabelecimento penal pode ser construído em local distante, quando motivado pelo interesse em manter a segurança pública ou do próprio apenado (art.86, §1º, LEP). A Lei de Execução Penal, assegura, ainda, a possibilidade de trabalho para os liberados ou egressos que se dediquem a obras públicas ou aproveitamento de terras ociosa, a depender da natureza do estabelecimento em que se encontra (art. 86, §2º, LEP). Com relação ao tipo de pena a ser aplicado, caberá ao juiz competente, a requerimento da autoridade administrativa definir o estabelecimento prisional adequado para abrigar o preso provisório ou condenado, em atenção ao regime e aos requisitos estabelecidos (art. 86, §3º, LEP). Penitenciária Artigos 87 ao 90 da LEP A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório. São requisitos básicos da unidade celular: salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana; área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados) A penitenciária de homens será construída, em local afastado do centro urbano, à distância que não restrinja a visitação (Art.90 da LEP/84) . Destinam-se aos criminosos apenados com pena privativa de liberdade em regime fechado. São encaminhados ao regime fechado, obrigatoriamente, os condenados à pena de reclusão superior a 8 anos e o condenado reincidente, qualquer que seja a pena de reclusão aplicada (art. 33, § 2% do CP). Tem-se como facultativa a inclusão de condenado não reincidente à pena inferior ou igual a 8 anos em regime fechado, desde que assim indiquem as circunstâncias do art. 59 do CP. Também serão incluídos no regime inicialmente fechado, independentemente da quantidade de pena aplicada e de serem ou não reincidentes, os condenados por crimes hediondos e pela prática de tráfico de drogas e terrorismo. Penitenciária Feminina Desde 2009, a lei 11.942, prevê que as penitenciárias que abrigam mulheres tenham instalações próprias para gestantes e mulheres que deram à luz recentemente. A Constituição Federal assegura às mulheres presas o direito a ter condições para permanecer com os filhos “durante o período de amamentação” (art. 5º, inc. L, CF/88) e a Lei 11. 942/2009 estabelece que as penitenciárias tenham creche “para abrigar crianças maiores de seis meses e menores de sete anos, com a finalidade de assistir a criança desamparada cuja responsável estiver presa” e ainda que a equipe, dessas unidades, deverá ser composta apenas de agentes do sexo feminino (art.89, LEP/84). Em 2010, a Lei n. 12.245 determinou que os estabelecimentos penais tivessem “salas de aulas destinadas a cursos do ensino básico e profissionalizante”. Segundo o levantamento do Depen – Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça e Cidadânia, 48% das unidades têm sala de aula, 32% delas têm biblioteca, 18% oferecem salas para os professores, 14% têm salas para reuniões ou encontros com a sociedade e 9% das unidades possuem sala de informática. No Tocantins existe apenas uma penitenciária, a Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota, localizada do município de Araguaína. Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota A Unidade de Tratamento Penal Barra da Grota (UTPBG) localizada a cerca de sete quilômetros de Araguaína, na região Norte do Tocantins, é um presídio de segurança máxima, e abriga presos provisórios e condenados de alta periculosidade. Inaugurada em 2005, a unidade com capacidade para 450 presos e sistema de segurança com câmeras e microcâmeras, sensores visuais e auditivos. Em 01/12/2011, passou a ser gerida, em regime de cogestão plena, pela Umanizzare. Colônia Agrícola, Industrial ou Similar Artigo 91 e 92 A Colônia Agrícola destina-se ao cumprimento de pena em Regime Semiaberto (Artigo 91 da LEP ) Devem iniciar obrigatoriamente em Regime Semiaberto os condenados à pena de detenção e reclusão superior a 4 anos, desde que não exceda a 8 anos QUEM SERÁ RECOLHIDO EM UMA COLÔNIA AGRÍCOLA? Aqueles a quem se impôs, desde o início, o cumprimento da pena privativa de liberdade na modalidade semiaberta; Os condenados oriundos, por progressão, do regime fechado. Nessa colônia deverá existir uma relativa liberdade para os presos, sendo a vigilância moderada, com muros mais baixos. Leva-se em conta a responsabilidade do condenado em face do cumprimento da pena (CAPEZ, 2011, p. 61). O condenado poderá ser alojado em compartimento coletivo, observada a garantia de salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana (LEP, art. 92). Aponta a LEP como requisitos básicos das dependências coletivas: a) a seleção adequada dos presos; b) o limite de capacidade máxima que atenda aos objetivos de individualização da pena. - O que fazer se não houver vagas? - Deve o preso aguardar em regime fechado até que a oportunidade apareça? Posicionamento do STJ “É assente nesta Corte o entendimento que, em caso de falta de vagas em estabelecimento prisional adequado ao cumprimento da pena no regime semiaberto, deve-se conceder ao apenado, em caráter excepcional, o cumprimento da pena em regime aberto, ou, na falta de vaga em casa de albergado, em regime domiciliar, até o surgimento de vagas no regime apropriado.” (RHC 52321/SP). Centro de Reeducação Social Luz do Amanhã Cariri – To O Centro de Reeducação Social Luz do Amanhã, localizado na cidade de Cariri do Tocantins, no sul do Estado, tem 455 presos (425 homens e 30 mulheres), mas a capacidade do local é de abrigar 293. Casa de Albergado Artigo 93 a 95 A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime aberto (LEP, arts. 113 a 116), e da pena de limitação de fim de semana. O regime aberto baseia-se na autodisciplina e no senso de responsabilidade do condenado (artigo 36 , caput, do Código Penal) Fora do estabelecimento e sem vigilância, o condenado deverá trabalhar, frequentar curso ou exercer qualquer outra atividade autorizada, com a obrigatoriedade de se recolher à Casa do Albergado no período noturno e nos dias de folga (Art. 36, Parágrafo 1º, CP). São dispensados do trabalho: (Art. 114, Parágrafo único, LEP) maiores de 70 anos de idade; pessoas portadoras de moléstia grave; pessoas que possuam filhos menores ou portadores de deficiência; gestantes . A limitação de fim de semana consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 horas diárias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado. Durante a permanência poderão ser ministrados ao condenado cursos e palestras ou atribuídas atividades educativas (CP, art. 48). A Casa do Albergado deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga (LEP, art. 94). O artigo 95 da LEP estabelece que em cada região deverá ter uma casa de albergado, possuindo acomodações para os presos, local para cursos e palestras e instalação para serviço de fiscalização e orientação dos condenados. E Quando não há casa de Albergado? A Casa do Albergado deverá situar-se em centro urbano, separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga (LEP, art. 94). O artigo 95 da LEP estabelece que em cada região deverá ter uma casa de albergado, possuindo acomodações para os presos, local para cursos e palestras e instalação para serviço de fiscalização e orientação dos condenados. Centro de Observação Artigo 96 a 98 da LEP No Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico, cujos resultados serão encaminhados à Comissão Técnica de Classificação, as quais indicarão o tipo de estabelecimento e o tratamento adequado para cada pessoa presa (art. 96, LEP). O Centro de Observação, em sintonia com o Departamento Penitenciário local, é o órgão destinado a proceder à classificação dos condenados que iniciam o cumprimento da pena em regime fechado; O exame criminológico constitui, também, a base científica do regime progressivo, notadamente os regimes fechado e semiaberto (art. 8º da LEP). O Centro de Observação será instalado em unidade autônoma ou em anexo a estabelecimento penal. Os exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação, na falta do Centro de Observação. O QUE SÃO ESSES EXAMES CRIMINOLÓGICOS? O exame criminológico é um exame pericial: análise biopsicossocial do criminoso. É realizado por uma equipe multidisciplinar, formada por um psicólogo, um médico, um advogado, um psiquiatra, e um assistente social. Subdivide-se em: exame morfológico, exame funcional, exame psicológico, exame psiquiátrico, exame moral, exame social e exame histórico. Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Artigos 99 a 101 da LEP Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico destina-se aos inimputáveis e semi-imputáveis referidos no artigo 26 e seu parágrafo único do Código Penal. Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o disposto no parágrafo único, do artigo 88, desta Lei. Art. 100. O exame psiquiátrico e os demais exames necessários ao tratamento são obrigatórios para todos os internados. Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no artigo 97, segunda parte, do Código Penal, será realizado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ou em outro local com dependência médica adequada. Estabelecimento destinado aos inimputáveis elencados no art. 26 do CP. No Tocantins: Requerimento 3.735 de 2011 do Deputado Stalin Bucar Cadeia Pública Artigos 102 a 104 Conceito Função Local de instalação Localização das Cadeias Públicas do Estado Requisitos Básicos Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório. Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular: a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana; b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados) Cadeia Pública de Palmas Tocantins Estruturado com dois pavilhões “A” e “B”, cada uma com 28 celas, sendo 2 coletivas que abrigam até 12 presos, e as normais de 4 a 6 presos. Possui uma fabrica de bolas, uma escola com três salas de aula, duas bibliotecas, cozinha, área para o banho de sol, campo de futebol, uma horta e uma igreja improvisada. CPP - Gurupi CPP - Palmas CPP - Araguaína Augustinópolis Araguatins Tocantinópolis Xambioá Entre outras cidades são delegacias com celas
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