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Material Apoio NP3 questão 11

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DIREITO DO TRABALHO I - HAROLDO GUIMARÃES
MATERIAL DE APOIO PARA ESTUDO DOS TEMAS COBRADOS NA 11.ª QUESTÃO DA NP3
1 de 2. DA ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Vejamos a CLT.
Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.
Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio .
 § 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço. (Redação dada pela Lei nº 6.203, de 17.4.1975)
§ 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado.
§ 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação. (Parágrafo incluído pela Lei nº 6.203, de 17.4.1975)
Art. 470 - As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador. (Redação dada pela Lei nº 6.203, de 17.4.1975)
Alteração das condições contratuais
O contrato de trabalho, como os demais contratos jurídicos, nasce em um certo instante, cumpre-se parcialmente ou de modo integral, sofre alterações ao longo do tempo e quase que inevitavelmente, um dia extingue-se.
 
O objeto dessa aula versa sobre o estudo das alterações que sofre o contrato de trabalho ao tempo de sua duração e as conseqüências de tais alterações sobre as partes contratantes: empregador e empregado.
Formação do contrato de trabalho
Segundo a regra do artigo 442 da CLT o contrato de trabalho, como regra, não prevê qualquer forma ou solenidade especial para a sua formação. O contrato de trabalho pode ser celebrado de forma tácita ou expressa (escrita ou verbal).
Regras aplicáveis à formação do contrato de trabalho
 
Segundo a regra do artigo 444 da CLT “as relações contratuais podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo o quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhe sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.”
 
O artigo em epígrafe consagra a plena liberdade de contratação às partes, isto é, preserva a liberdade para as partes contratarem o que lhes parecer conveniente, desde que não desrespeitadas as normas legais de proteção, as normas coletivas e as decisões judiciais.
 
O contrato de trabalho se desenvolve sob o foco de dois atores sociais: empregador e empregado.
Empregador – aquele que assume os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Poder de direção. 
Empregado – dever de obediência, dever de fidelidade; dever de colaboração; dever de fidelidade. Estado de sujeição/dependência. 
Em razão do seu poder de direção é que o empregador dirige a prestação pessoal do serviço do empregado, instrumentalizando um complexo de faculdades necessárias à organização, fiscalização, coordenação e regulamentação geral do trabalho, com vistas aos fins e necessidades da empresa.
Indiscutivelmente o empregador necessita do poder de direção – externado através do poder de fiscalizar, coordenar e punir o empregado – para dar eficácia ao exercício de sua atividade empresarial.
 
Em razão desse poder de direção, pacificamente reconhecido pela nossa doutrina e jurisprudência trabalhista, é que fica concedido ao empregador o jus variandi, isto é, a faculdade de introduzir pequenas alterações relacionadas com a prestação de serviço do empregado ou com à organização da empresa.
É exatamente sobre o jus variandi do empregador, isto é, sobre a possibilidade de alterações contratuais relacionadas com a prestação de serviços do empregado ou com a organização da empresa é que vamos estudar, estabelecendo os seus limites e as suas condições de validade.
 
Alterações contratuais objetivas
As alterações contratuais objetivas têm como parâmetro o contrato de trabalho.
 
Já vimos que, de regra, a consolidação das leis do trabalho adotou o princípio da imodificabilidade do contrato de trabalho, vedando as alterações contratuais que causem prejuízo ao empregado. – Art. 468 da CLT.
A regra geral é a de que o empregador não pode alterar unilateralmente as condições de trabalho sem a anuência do empregado e, mesmo com a anuência deste, desde que a respectiva alteração não lhe acarretar prejuízo.
Todavia, em certas situações excepcionais, o empregador poderá proceder à alteração das cláusulas contratuais, sem o consentimento do empregado, de forma lícita.
Tal direito está fundamentado no princípio do jus variandi, que pode ser enunciado como o direito do empregador alterar, unilateralmente, as condições de trabalho, sem autenticar violação ao direito do empregado.
Essas alterações estão relacionadas, como já dito, ao contrato de trabalho e especificamente relacionadas com a função do empregado o local da sua prestação de serviços. 
Alterações contratuais lícitas – em relação à função
 
Situações excepcionais ou de emergência – Art. 450 da CLT.
 
É lícita a alteração funcional de curta duração, a título excepcional ou para suprir situações de emergência, sempre em caráter transitório, sem prejuízo salarial. É o que se depreende do art. 450 da CLT e Enunciado 159 do TST.
 
Art. 450 CLT - Empregados chamados a ocupar, em comissão, interinamente, ou em substituição eventual ou temporária cargo diverso do que exercer na empresa, serão garantidas a contagem do tempo naquele serviço, bem como volta ao cargo anterior.
 
Resulta da aplicação dos princípios de lealdade e colaboração que são inerentes à conduta contratual do empregado e se constitui em alteração contratual lícita.
Destituição do cargo ou função de confiança – Art. 468, § Único da CLT
Envolve o retorno ao cargo efetivo, após o exercício de cargo ou função de confiança. Reversão.
É a reversão do empregado chamado a ocupar cargo de confiança ao seu antigo cargo. Não constitui alteração contratual. A reversão é admitida pelo art. 468, § único da CLT.
 
Readaptação profissional por causa previdenciária – Art. 461, § 4º da CLT
Envolve o empregado com deficiência física ou mental, superveniente à sua contratação, isto é, ocorrida no curso do contrato de trabalho.
O empregado que sofre um acidente de trabalho ou doença profissional e venha a ser readaptado em outra função, constitui alteração contratual lícita.
Extinção de cargo ou de função 
A legislação trabalhista também tolera a alteração contratual decorrente do aproveitamento do empregado em outra função em razão da extinção do cargo ou da função.
A princípio, a alteração funcional só é considerada lícita se não haver prejuízo patrimonial ou moral ao empregado e desde que a nova função tenha afinidade com a antiga. Não pode haver modificação substancial com a nova função.
Alterações contratuais – em relação ao local da prestaçãode serviços 
As alterações contratuais relacionadas ao local do trabalho estão reguladas através dos artigos 469 e 470 da CLT.
Segundo os referidos dispositivos legais as alterações do local da prestação de serviços por parte do empregado podem ser lícitas ou ilícitas, segundo a sua harmonia ou desajuste à ordem jurídica.
O artigo 469 da CLT consagra:
Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança de seu domicílio.
Do disposto no artigo supra, são corretas as seguintes conclusões:
Havendo concordância ou consentimento do empregado, a alteração contratual do local da prestação de serviços do empregado é lícita, ou seja, desde que decorra da vontade e do interesse manifestado pelo empregado, que concorda com a transferência do local de trabalho, atendendo ao seu interesse.
Todavia, a lei trabalhista prevê algumas hipóteses em que, mesmo sem a anuência, sem a concordância do empregado, o empregador poderá, unilateralmente, alterar o local da prestação do serviço.
Para melhor fixarmos esta faculdade que é atribuída ao empregador, convém distinguirmos o significado das palavras LOCAL e LOCALIDADE.
 
Local – é o local, o estabelecimento, onde o empregado presta seu serviço e que pode ser exemplificado: oficina, escritório, garagem, etc.
 
Localidade – é a cidade, o município ou a região econômica onde empregado presta seu serviço.
 
No sentido legal, TRANSFERÊNCIA é a modificação da LOCALIDADE onde o empregado presta seu serviço. 
 
Não se considera alteração ilícita do contrato de trabalho quando o empregador determina a alteração do local de trabalho do empregado, mesmo sem a sua anuência. Shopping Norte para Shopping Morumbi; Depto. Pessoal – Depto Fiscal; Depto de compras – Depto de vendas. 
 
No sentido legal, NÃO SE CONSIDERA TRANSFERÊNCIA, aquela que não acarretar a mudança do domicílio do empregado. A jurisprudência trabalhista interpreta a expressão domicílio como residência, isto é, o local onde o empregado mora e trabalha. 
 
Exemplo: Mora em Fortaleza – vai trabalhar em Caucaia – continua morando em Fortaleza – não configura hipótese de alteração de local de prestação de serviço, não se considera transferência.
Mora em Sobral – vai trabalhar em Forquilha – vem todo final de semana para Sobral - não configura hipótese de alteração de local de prestação de serviço, não se considera transferência.
Hipótese lícita de transferência sem anuência do empregado – art. 469, § 1º, 2§ e 3º da CLT
Empregado exercente de cargo de confiança – art. 469, § 1º 
O empregado que exerce cargo de confiança pode ser transferido, a qualquer momento, do local da prestação de serviços, sem a sua anuência, por ato unilateral do empregado, de forma lícita. 
Empregado que tenha essa condição de transferência explícita ou implícita no contrato de trabalho - Art. 469, § 1º da CLT
 
Condição explícita
Quando o contrato de trabalho prever expressamente que o empregado pode ser transferido de um local de trabalho para outro. Quando o contrato de trabalho prever condição de transferência, a mesma é lícita, e independe de anuência do empregado.
 
Condição implícita
É a cláusula que resulta da própria natureza da atividade ou serviço do empregado. De modo que não está escrita, mas está implícita a condição de transferência de local de serviço. Exemplo: auditores, aeroviários, atores, etc. 
Extinção de estabelecimento – Art. 469, § 2º da CLT
Quando o estabelecimento é extinto, é lícito ao empregador, mesmo sem a anuência do empregado, alterar o local da prestação de serviço.
Em caso de real necessidade de serviço - Art. 469, § 3º da CLT
Em caso de real necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado, mesmo sem a sua concordância, hipótese em que ficará sujeito ao pagamento de um adicional de 25% do salário percebido pelo empregado, enquanto perdurar a situação.
É uma hipótese de transferência provisória, de curta duração, finda à qual o empregado deverá retornar à sua antiga localidade de prestação de serviços. 
É a única hipótese deve ser recompensada com o adicional de 25% do valor do salário. 
 
Em todas as hipóteses de transferência mencionadas as despesas de transferência correrão por conta do empregador – Artigo 470 da CLT e Enunciado 29 do TST.
Finalmente, cabe registrar que o dirigente sindical não pode ser transferido de local de trabalho, conforme disciplina do artigo 543 da CLT.
A transferência do dirigente sindical só é lícita se for solicitada ou voluntariamente aceita pelo mesmo.
Caso haja transferência contra a vontade do empregado, o que pode acontecer? Art. 659, IX da CLT
Medida liminar para sustação da transferência. Através de processo judicial, perante a Justiça do Trabalho o empregado torna sem efeito a transferência para garantia de manutenção no seu local de trabalho primitivo.
Súmulas e OJs
Súmula nº 265 do TST
ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.
Súmula nº 372 do TST
GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO. SUPRESSÃO OU REDUÇÃO. LIMITES (conversão das Orientações Jurisprudenciais nos 45 e 303 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira. (ex-OJ nº 45 da SBDI-1 - inserida em 25.11.1996)
II - Mantido o empregado no exercício da função comissionada, não pode o empregador reduzir o valor da gratificação. (ex-OJ nº 303 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003)
OJ-SDI-1 175. COMISSÕES. ALTERAÇÃO OU SUPRESSÃO. PRESCRIÇÃO TOTAL (nova redação em decorrência da incorporação da Orientação Jurispru-dencial nº 248 da SBDI-1) - DJ 22.11.2005
A supressão das comissões, ou a alteração quanto à forma ou ao percentual, em prejuízo do empregado, é suscetível de operar a prescrição total da ação, nos termos da Súmula nº 294 do TST, em virtude de cuidar-se de parcela não assegurada por preceito de lei.
OJ-SDI-1 244. PROFESSOR. REDUÇÃO DA CARGA HORÁRIA. POSSIBILIDADE (inserida em 20.06.2001)
A redução da carga horária do professor, em virtude da diminuição do número de alunos, não constitui alteração contratual, uma vez que não implica redução do valor da hora-aula.
OJ-SDI-1 308. JORNADA DE TRABALHO. ALTERAÇÃO. RETORNO À JORNADA INICIALMENTE CONTRATADA. SERVIDOR PÚBLICO (DJ 11.08.2003)
O retorno do servidor público (administração direta, autárquica e fundacional) à jornada inicialmente contratada não se insere nas vedações do art. 468 da CLT, sendo a sua jornada definida em lei e no contrato de trabalho firmado entre as partes.
Por fim, segundo a OJ 159 da SDI-1 do TST, "Diante da inexistência de previsão expressa em contrato ou em instrumento normativo, a alteração de data de pagamento pelo empregador não viola o art. 468, desde que observado o parágrafo único, do art. 459, ambos da CLT."
2 de 2. INTRODUÇÃO À PRESCRIÇÃO 
Dificuldade da maioria dos estudantes, o estudo da prescrição e da decadência será iniciado em Direito do Trabalho I e aprofundado em Direito do Trabalho II.
O que será enfrentado nesta disciplina é a parte mais fácil: prescrição bienal e quinquenal, enquanto que a parte mais difícil – prescrição parcial e total, e decadência) será vista próximo semestre, junto com a parte mais simples, que será vista novamente, por uma questão de unidade didática.
Decadência – bom que se diga, embora não caia nesta prova desse semestre - significa a extinção do direito pela inércia do seu titular quando sua eficácia foi, na origem, subordinada à condição de seu exercício dentro de um prazo prefixado e este se esgotou sem que o exercíciose verificasse.
É comum a distinção entre prescrição e decadência dizendo-se que aquela se refere ao direito de ação e esta ao direito propriamente dito, ou seja: na prescrição o direito existe, mas não pode ser exigido; na decadência o direito sequer chegou a existir. O prazo decadencial não se interrompe ou suspende, ao contrário do prazo prescricional.
Prescrição
A prescrição, na esfera trabalhista, pode se bienal ou quinquenal. A partir da extinção do contrato de trabalho o trabalhador tem até 2 (dois) anos para reclamar (daí, prescrição bienal), podendo buscar direitos apenas dos últimos 5 (cinco) anos anteriores à interposição da ação (prescrição quinquenal). E, na vigência do contrato de trabalho, o prazo prescricional é também de 5 (cinco) anos para mover ação.
Vejamos agora o que diz a CF/88, CLT e Súmulas sobre o tema.
Art. 7º, CF/88 - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
Art. 11, CLT [revogado tacitamente pela CF/88] - Art. 11 - O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve: (Redação dada pela Lei nº 9.658, de 5.6.1998)
I - em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do contrato; (Incluído pela Lei nº 9.658, de 5.6.1998) (Vide Emenda Constitucional nº 28 de 25.5.2000)
Il - em dois anos, após a extinção do contrato de trabalho, para o trabalhador rural.(Incluído pela Lei nº 9.658, de 5.6.1998) (Vide Emenda Constitucional nº 28 de 25.5.2000)
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 9.658, de 5.6.1998)
SÚMULA 150, STF. Prescreve a execução no mesmo prazo de prescrição da ação.
Vejam como essas súmulas são contraditórias.
SÚMULA 327, STF. O direito trabalhista admite a prescrição intercorrente.
SUM-114 PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente.
SUM-153 PRESCRIÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Não se conhece de prescrição não argüida na instância ordinária (ex-Prejulgado nº 27).
SUM-156 PRESCRIÇÃO. PRAZO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Da extinção do último contrato começa a fluir o prazo prescricional do direito de ação em que se objetiva a soma de períodos descontínuos de trabalho (ex-Prejulgado nº 31).
SUM-206 FGTS. INCIDÊNCIA SOBRE PARCELAS PRESCRITAS (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A prescrição da pretensão relativa às parcelas remuneratórias alcança o respectivo recolhimento da contribuição para o FGTS.
SUM-268 PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA ARQUIVADA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos.
SUM-308 PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 204 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao qüinqüênio da data da extinção do contrato. (ex-OJ nº 204 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988. (ex-Súmula nº 308 - Res. 6/1992, DJ 05.11.1992)
SUM-362 FGTS. PRESCRIÇÃO (redação alterada) – Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato;
II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STFARE-709212/DF).
OJ-SDI1-392 PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AJUIZAMENTO DE PROTESTO JUDICIAL. MARCO INICIAL. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010). O protesto judicial é medida aplicável no processo do trabalho, por força do art. 769 da CLT, sendo que o seu ajuizamento, por si só, interrompe o prazo prescricional, em razão da inaplicabilidade do § 2º do art. 219 do CPC, que impõe ao autor da ação o ônus de promover a citação do réu, por ser ele incompatível com o disposto no art. 841 da CLT.
OJ-SDI1-401 PRESCRIÇÃO. MARCO INICIAL. AÇÃO CONDENATÓRIA. TRÂNSITO EM JULGADO DA AÇÃO DECLARATÓRIA COM MESMA CAUSA DE PEDIR REMOTA AJUIZADA ANTES DA EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. (DEJT divulgado em 02, 03 e 04.08.2010)
O marco inicial da contagem do prazo prescricional para o ajuizamento de ação condenatória, quando advém a dispensa do empregado no curso de ação declaratória que possua a mesma causa de pedir remota, é o trânsito em julgado da decisão proferida na ação declaratória e não a data da extinção do contrato de trabalho.
OJ-SDI1-417 PRESCRIÇÃO. RURÍCOLA. EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 28, DE 26.05.2000. CONTRATO DE TRABALHO EM CURSO. (DEJT divulgado em 14, 15 e 16.02.2012). Não há prescrição total ou parcial da pretensão do trabalhador rural que reclama direitos relativos a contrato de trabalho que se encontrava em curso à época da promulgação da Emenda Constitucional nº 28, de 26.05.2000, desde que ajuizada a demanda no prazo de cinco anos de sua publicação, observada a prescrição bienal.
OJ-SDI1T-27 BANRISUL. GRATIFICAÇÃO JUBILEU. PRESCRIÇÃO (DJ 09.12.2003). A Gratificação Jubileu, instituída pela Resolução nº 1.761/1967, que foi alterada, reduzindo-se o seu valor, pela Resolução nº 1.885/70, era devida a todo empregado que completasse 25, 30, 35 e 40 anos de serviço no Banco. Era vantagem a ser paga de uma única vez, na data da aposentadoria, fluindo desta data o prazo prescricional, sendo inaplicável a Súmula nº 294 do TST, que é restrito aos casos em que se postulam prestações sucessivas.
Temos algumas situações para fixar.
Situação 1. Em razão da prescrição quinquenal, alguém que é admitido em janeiro de 2008, tem o contrato extinto em janeiro de 2016 e que reclamou na Justiça do Trabalho no mesmo dia da extinção do contrato, só pode buscar direitos sonegados pelo empregador desde janeiro de 2011 em diante. Todas as verbas anteriores a isso estão prescritas. 
	DATA
	JANEIRO 
2008
	JANEIRO 
2009
	JANEIRO 
2010
	JANEIRO
2011
	JANEIRO
 2012
	JANEIRO
 2013
	JANEIRO
 2014
	JANEIRO
 2015
	JANEIRO
 2016
	JANEIRO 
2017
	JANEIRO 
2018
	EVENTO
	ADMISSÃO
	
	
	X 
	
	
	
	
	EXTINÇÃO DO CONTRATO. 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA NO MESMO DIA (RETROAGE 5 ANOS)
	
	
	VERBAS
	PRESCRITAS
	PRESCRITAS
	PRESCRITAS
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.
	
	
	
Situação 2. Agora suponhamos que essa mesma pessoa reclame apenas em janeiro de 2018, e não no mesmo dia em que foi demitida. Considerando que os direitos que podem ser reclamados são os dos últimos 5 (cinco) anos a contar da interposição, e não a contar da extinção do contrato de trabalho, o reclamante vai ser penalizado, por ter “dormido no ponto” e demorado a ajuizar a reclamação, “perdendo” 2 (dois) anos de supostos direitos, garantindo a busca de apenas 3 (três) anos.
	DATA
	JANEIRO 
2008
	JANEIRO 
2009
	JANEIRO 
2010
	JANEIRO
 2011
	JANEIRO 
2012
	JANEIRO
 2013
	JANEIRO
 2014
	JANEIRO 
2015
	JANEIRO
 2016
	JANEIRO 
2017
	JANEIRO 
2018EVENTO
	ADMISSÃO
	
	
	
	
	X 
	
	
	
EXTINÇÃO DO CONTRATO
	
	RECLAMAÇÃO TRABALHISTA (MÁXIMO 2 ANOS DEPOIS DA EXTINÇÃO)
	VERBAS
	PRESCRITAS
	PRESCRITAS
	PRESCRITAS
	PRESCRITAS
	PRESCRITAS
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.
	
	
	
Situação 3. Naturalmente, se essa mesma pessoa reclamar em janeiro de 2017, “perderá” 1 (um) ano de supostos direitos, garantindo a busca de 4 (quatro) anos.
	DATA
	JANEIRO 
2008
	JANEIRO 
2009
	JANEIRO 
2010
	JANEIRO
 2011
	JANEIRO 
2012
	JANEIRO
 2013
	JANEIRO
 2014
	JANEIRO 
2015
	JANEIRO
 2016
	JANEIRO 
2017
	JANEIRO 
2018
	EVENTO
	ADMISSÃO
	
	
	
	X 
	
	
	
	
EXTINÇÃO DO CONTRATO
	RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
	RECLAMAÇÃO TRABALHISTA (MÁXIMO 2 ANOS DEPOIS DA EXTINÇÃO)
	VERBAS
	PRESCRITAS
	PRESCRITAS
	PRESCRITAS
	PRESCRITAS
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.
	
	
	
Situação 4. É importante dizer que a assinatura em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), quando não realizada, é providência imprescritível, ou seja, a qualquer momento o ex-empregado pode reclamar a correta anotação, independentemente de quando tenha saído do emprego, muito embora o proveito econômico daí decorrente se sujeite às regras da prescrição bienal e quinquenal.[1: Disponível em http://www.direitonet.com.br/noticias/exibir/8090/TST-prescricao-nao-atinge-direito-a-anotacao-na-carteira. Acesso em 11 de dezembro de 2015.]
	DATA
	JANEIRO 
2008
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 2012
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 2013
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 2015
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 2016
	JANEIRO 
2017
	JANEIRO 
2018
	EVENTO
	X 
ADMISSÃO
	
EXTINÇÃO DO CONTRATO. 
	
	
	
	
	
	
	
	
	RECLAMAÇÃO TRABALHISTA (RETROAGE O NECESSÁRIO PARA ASSINATURA EM CARTEIRA)
	CTPS
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.
	NÃO PRESC.

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