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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA FACULDADE DE PSICOLOGIA ANA CAROLINA CRUZ GOMES ANA CAROLINE DO COUTO CAMPOS ARTHUR LACERDA LEITE DÉBORA BISON DOMICIANO GEANINI CAROLINE A. BAPTISTA ISADORA ANDRADE DELLA COLLETA DE SOUZA ESCALA DE MOTIVAÇÃO ACADÊMICA PUC CAMPINAS 2013 1 ANA CAROLINA CRUZ GOMES ANA CAROLINE DO COUTO CAMPOS ARTHUR LACERDA LEITE DÉBORA BISON DOMICIANO GEANINI CAROLINE A. BAPTISTA ISADORA ANDRADE DELLA COLLETA DE SOUZA ESCALA DE MOTIVAÇÃO ACADÊMICA PUC CAMPINAS 2013 Relatório apresentado à disciplina de Fenômenos e Processos Psicológicos Básicos B, da Faculdade de Psicologia, do Centro de Ciências da Vida, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, como parte das atividades de laboratório exigidas para aprovação. Responsáveis pela disciplina: Prof.ª Karina de Carvalho Magalhães e Luciana Gurgel Guida Siqueira. 2 Introdução Teórica: A motivação é identificada com um conjunto de determinantes ambientais, de forças internas e de incentivos que movem o indivíduo a realizar determinada tarefa. São diversos os conceitos de motivação e geralmente se torna difícil chegar a um consenso sobre seu significado. O construto motivação pode ser entendido como determinantes ambientais, forças internas (necessidades e desejos) e incentivos que movem o organismo a executar uma determinada tarefa. A motivação vai além do comportamento e além dos fatos; compreende as propriedades e características do comportamento de forma analítica sem levar este termo a distorções de ordem, classificação e conceitos. (WITTER e LOMÔNACO, 1984). A motivação é objeto de estudo da Psicologia. Existem diferentes teorias da motivação, derivadas de quatro movimentos principais: behaviorista, cognitivista, humanista e psicanalítico. As teorias podem ser influenciadas por mais de um desses movimentos. (PENNA, 2001). Diversos pesquisadores vêm investigando a motivação em relação a sua definição e características. Até nos dias atuais existem muitas controvérsias relacionadas com fatores e teorias sobre seu desenvolvimento. Muitos foram os seus pensadores e contribuintes. A motivação é fundamental para todos os aspectos da vida. (MALAVASI e BOTH, 2005). As teorias da motivação enfatizam quatro qualidades dos estados motivacionais. Primeiro, os estados motivacionais são energizantes no sentido de que ativam ou estimulam comportamentos (levam a fazer alguma coisa). Segundo, os estados motivacionais são diretivos no sentido de que orientam o comportamento para satisfazer objetivos ou necessidades específicos. Terceiro, os estados motivacionais ajudas as pessoas a persistir em seu comportamento até que os objetivos sejam atingidos ou as necessidades sejam satisfeitas. Quarto, a maioria das teorias concorda que os motivos diferem em sua força, dependendo de fatores internos e externos. (GAZZANIGA e HEATHERTON, 2005). 3 Os estados motivacionais ativam, dirigem e sustentam comportamentos que ajudam a satisfazer necessidades ou atingir objetivos. Muitas teorias da motivação baseiam-se na ideia de que os organismos tentam manter a homeostase (A tendência das funções corporais de manter o equilíbrio) ou o equilíbrio. Os instintos, conhecidos como padrões de ação fixa, são ações inatas, automáticas, desencadeadas por deixas externas. Os estados pulsionais decorrem de deficiências de necessidades e motivam comportamentos que satisfazem essas necessidades. As necessidades podem ser organizadas em uma hierarquia, em que as necessidades fisiológicas têm precedência em relação as necessidades de crescimento pessoal. Um principio motivacional geral é o hedonismo, que orienta os organismos a repetir comportamentos que são prazerosos e a evitar comportamentos que são dolorosos. (GAZZANIGA e HEATHERTON, 2005). Em 1975, Deci e Ryan apresentaram em seu livro, Intrinsic Motivation, a argumentação de que as pessoas para serem intrinsecamente motivadas, precisariam se sentir competentes e autodeterminadas. Tal argumentação foi contrária às afirmações de Skinner (1998), em relação às ligações funcionais entre o comportamento e o reforço, utilizando a ideia de que, comportamentos intrinsecamente motivados seriam independentes de respostas positivas, ou de outras consequências, porque o exercício de tal atividade seria a própria recompensa (GUIMARÃES; BORUCHOVITCH, 2004). Deci e Ryan (1985, 2002), propõem a teoria de Auto-Determinação na qual defendem que os objetivos inerentes à motivação variam de sujeito para sujeito e são um continuum entre motivação intrínseca e motivação extrínseca, dependendo do grau de interiorização que o indivíduo faz das suas experiências. (WILLIAMS, GAGNÉ, RYAN, & DECI, 2002). Uma regulação intrínseca representa o tipo de motivação inata e espontânea em que a pessoa faz algo pelo interesse e prazer inerente à ação, na motivação extrínseca pelo contrário a pessoa faz algo pela consequência resultante do seu desempenho. (RYAN, 1995). 4 Objetivos Avaliar o perfil dos participantes quanto a Escala de Motivação Acadêmica composta de 28 questões, comparando o total e as médias das motivações (Motivação extrínseca – controle externo, Motivação extrínseca – introjeção, Motivação extrínseca – identificação, Desmotivação, Motivação intrínseca para vivenciar estímulo, Motivação intrínseca para realização e Motivação intrínseca para saber) entre os grupos de estudantes das áreas de Exatas, Humanas e Saúde, tendo como base a Teoria da Autodeterminação de Deci e Ryan. Método Situação: O experimento foi realizado na praça de alimentação da Universidade PUC-Campinas, sendo Exatas e Humanas realizado no Campus I e Saúde realizada no Campus II. No refeitório do Campus I havia diversas mesas e cadeiras distribuídas por toda a praça, iluminação e ventilação natural, duas portas grandes nas laterais para entrada e saída. Ao lado direito, balcões de mármore para utilização de computadores e notebook, banheiro feminino e masculino, um quiosque de doces e duas papelarias. Ao lado esquerdo, uma loja de Xerox, cinco lanchonetes, um restaurante, uma loja de roupas, um salão de beleza e um espaço de intercambio. O local estava movimentado, pois era entre 12h e 13h (horário de almoço) tendo muita movimentação e ruídos diversos. Durante o experimento realizado no Campus I todos os participantes ficaram sentados em suas mesas em grupos distintos sendo estes: P1, P2 e P3 – P4 e P5 – P6, P7 e P8 – P9, P10, P11 e P12 – P13 – P14 – P15, P16, P17 e P18 – P19 e P20, todos estavam almoçando sendo interrompidos para poder responder ao questionário. O experimento da parte de saúde foi feito no refeitório do Campus II, onde havia várias mesas de tamanhos diferentes e em posições diferenciadas. Janelas ao redor de todo o ambiente permitindo a entrada de vento e luz natural. Duas portas grandes, uma das portas que dá em um espaço com várias mesas e 5 cadeiras e a segunda porta, do outro lado, que dá para uma pequena área onde ficam três lojas de papelaria. No local havia poucas pessoas e o experimento foi feito entre o período vespertino para o noturno. Durante o processo os participantes, P21, P22, P23, P24, P25, P26, P27, P28, P29 e P30, ficaram sentados em diferentes mesas. Alguns dos participantes estavam estudando, outros conversando e jantando. Participantes: Participaram do procedimento 30 estudantes universitários da Universidade PUC-Campinas, sendo 10 da área de Humanas, 10 daárea de Exatas e 10 da área da Saúde. Exatas: P1: D.L.D.; 22 anos; sexo masculino; curso de Contábeis, 6° semestre. P2: N.G.T.; 26 anos; sexo masculino; curso de Contábeis, 6° semestre. P3: V.S.F.; 20 anos; sexo masculino; curso de Engenharia Civil, 4° semestre. P4: D.A.S.; 20 anos; sexo masculino; curso de Engenharia Civil, 4° semestre. P5: H.W.V.; 24 anos; sexo masculino; curso de Sistema da informação, 8° semestre. P6: L.G.; 23 anos; sexo masculino; curso de Engenharia da Computação, 10° semestre. P7: G.C.L.; 23 anos; sexo masculino; curso de Engenharia Civil, 10° semestre. P8: W.M.; 23 anos; sexo masculino; curso de Engenharia Civil, 10° semestre. 6 P9: F.R.G.; 24 anos; sexo masculino; curso de Engenharia Civil, 10° semestre. P10: B.G.; 24 anos; sexo masculino; curso de Contábeis, 6° semestre. Humanas: P11: J.M.T.; 24 anos; sexo feminino; curso de Relações Publicas, 8° semestre. P12: L.Z.M.; 22 anos; sexo feminino; curso de Administração, 4° semestre. P13: B.B.B.; 19 anos; sexo feminino; curso de Administração, 4° semestre. P14: M.A.S.; 19 anos; sexo feminino, curso de Administração, 4° semestre. P15: P.S.; 19 anos, sexo masculino; curso de Administração, 4° semestre. P16: C.C.F.; 20 anos; sexo feminino; curso de Administração, 4° semestre. P17: J.H.J.; 29 anos; sexo feminino; curso de Administração, 4°semestre. P18: T.R.M.; 21 anos, sexo masculino, curso de Administração, 4° semestre. P19: K.F.R.; 20 anos; sexo feminino; curso de Administração, 4° semestre. P20: I.S.L.; 20 anos; sexo feminino; curso de Administração, 4° semestre. Saúde: P21:M.J.F.; 18 anos; sexo feminino; curso de Enfermagem, 2° semestre. P22:B.A.; 18 anos; sexo feminino; curso de Enfermagem, 2° semestre. P23:N.P.C.P.; 22 anos; sexo feminino; curso de Enfermagem, 8° semestre. P24:K.P.L.; 23 anos; sexo feminino; curso de Enfermagem, 8° semestre. P25:J.A.D.; 21 anos; sexo feminino; curso de Enfermagem, 8° semestre. P26:G.P.S.; 22 anos; sexo feminino; curso de Enfermagem, 4° semestre. 7 P27:C.O.; 19 anos; sexo feminino; curso de Odontologia, 4° semestre. P28:S.G.S.P.; 41 anos; sexo feminino; curso de Terapia Ocupacional, 4° semestre. P29:F.M.G.; 21 anos; sexo feminino; curso de Enfermagem, 4° semestre. P30:M.F.; 18 anos; sexo feminino; curso de Enfermagem, 2° semestre. Materiais: Escala de Motivação Acadêmica com 28 questões (ANEXO A). Canetas. Procedimento: Os participantes primeiramente foram informados sobre os objetivos gerais do teste da Escala de Motivação Acadêmica a ser aplicado – sendo este utilizado para uma pesquisa sobre motivação, para o curso de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas através de cinco alunos estudantes do primeiro período do Curso de Psicologia – após a apresentação, estes foram orientados a preencherem o cabeçalho do teste, com as iniciais de seus nomes, seus sexos, idades, cursos e semestre que cursavam. Então, orientou-se que fossem assinaladas as vinte e oito alternativas, levando-se em consideração o nível de identificação do participante com cada uma, qualificando as respostas de A - Nada Provável, B - Pouco Provável, C - Moderadamente Provável, D - Muito Provável, E - Totalmente Provável. Resultados Método de Correção: As questões valeram de 1 a 5 pontos sendo a A=1, B=2, C=3, D=4 e E=5, B=2, C=3, D=4 e E=5, contudo as questões relacionadas à Desmotivação 5,12,19 e 26 o valor de cada alternativa foi invertido sendo A=5, 8 B=4, C=3, D=2 e E=1. As respostas foram somadas de acordo com a alternativa marcada, onde quanto maior a pontuação maior o nível de motivação. As questões 1, 8, 15 e 22 representou a Motivação Extrínseca Controle Externo - Sentir-se pressionado por algo ou por alguém. As questões 7, 14, 21 e 28 representou a Motivação Extrínseca Introjeção - Fazer algo porque se pressiona a fazer. As questões 6, 13, 20 e 27 representou a Motivação Extrínseca Identificação - Fazer algo porque decide fazer. As questões 5, 12, 19 e 26 representou a Desmotivação – ou ausência de motivação. As questões 4, 11, 18 e 25 representou a Motivação Intrínseca para vivenciar estímulos - Fazer algo a fim de experimentar sensações. As questões 3, 10, 17 e 24 representou a Motivação Intrínseca para realização - Fazer algo pelo prazer, pela realização pessoal e descoberta de coisas novas. As questões 2, 9, 16 e 23 representou a Motivação Intrínseca para saber - Fazer algo pela satisfação de aprender e por entender o que quer do futuro. 9 Tabela 1. Pontuação total e média obtida pelos participantes de Exatas quanto a Escala de Motivação Acadêmica (ANEXO B). Participantes P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 Motivação extrínseca – controle externo 1 5 2 4 3 4 4 2 2 4 4 8 5 4 5 4 4 4 5 3 5 3 15 5 4 5 4 3 4 5 1 5 4 22 5 3 5 4 4 4 5 1 4 4 Total 20 13 19 15 15 16 17 7 18 15 Média 15,5 Motivação extrínseca – introjeção 7 3 3 2 1 3 4 4 3 2 4 14 3 4 2 3 2 4 4 1 4 2 21 3 1 1 2 3 4 3 2 3 3 28 4 2 3 4 3 3 3 3 4 3 Total 13 10 8 10 11 15 14 9 13 12 Média 11,5 Motivação extrínseca – identificação 6 3 4 3 4 3 3 2 3 4 2 13 4 4 3 5 2 3 2 2 3 4 20 4 4 1 4 2 2 2 3 3 3 27 5 4 4 4 3 2 1 3 4 2 Total 16 16 11 17 10 10 7 11 14 11 Média 12,3 Desmotivação 5 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12 1 1 1 1 1 2 3 1 1 3 19 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 26 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 Total 4 4 4 4 4 5 6 4 4 9 Média 4,8 Motivação intrínseca para vivenciar estímulo 4 5 3 3 4 2 2 2 3 3 3 11 4 1 3 4 2 3 2 3 2 2 18 4 3 2 4 2 2 1 3 2 4 25 3 3 2 3 2 2 1 1 2 1 Total 16 10 10 15 8 9 6 10 9 10 Média 10,3 Motivação intrínseca para realização 3 5 4 5 5 5 5 4 2 5 2 10 4 4 5 5 4 4 3 3 5 2 17 4 2 3 4 3 4 3 3 4 3 24 5 4 5 5 4 4 2 3 4 4 Total 18 14 18 19 16 17 12 11 18 11 Média 15,4 Motivação intrínseca para saber 2 4 4 4 5 4 3 4 4 3 3 9 4 5 4 5 3 3 5 3 2 2 16 4 4 5 5 4 3 4 4 4 3 23 4 4 5 5 4 3 3 1 4 3 Total 16 17 18 20 15 12 16 12 13 11 Média 15 10 De acordo com a Tabela 1 pode-se observar que a motivação que obteve maior média foi a Motivação extrínseca – controle externo, com 15,5 de média. Sem considerar a Desmotivação que obteve média de 4,8 a motivação que obteve menor média foi a Motivação intrínseca para vivenciar estímulo, com 10,3 de média. Gráfico 1: Comparação da média obtida pelos participantes de Exatas quanto a Escala de Motivação Acadêmica. De acordo com o gráfico 1, pode-se observar que a Motivação extrínseca – controle externo se destaca quanto as demais, tendo em segunda estancia a Motivação intrínseca para realização. Quanto a motivação de menor pontuação temos a Motivação intrínseca para vivenciar estímulo em segunda estancia a Motivação extrínseca – introjeção. 11 Tabela 2. Pontuação total e média obtida pelos participantes de Humanas quanto a Escala de Motivação Acadêmica (ANEXO B). Participantes P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 Motivação extrínseca – controle externo 1 3 3 3 3 4 2 3 3 5 3 8 3 4 3 5 3 5 5 4 5 5 15 3 5 5 4 4 5 5 5 5 5 22 3 5 5 5 3 4 5 5 5 4 Total 12 17 16 17 14 16 18 17 20 17 Média 16,4 Motivação extrínseca – introjeção 7 3 4 5 3 5 3 5 5 3 4 14 2 3 3 5 4 5 5 5 1 4 21 2 3 1 4 3 3 5 4 2 4 28 3 3 3 4 4 3 5 5 2 5 Total 10 13 12 16 16 14 20 19 8 17 Média 14,5 Motivação extrínseca – identificação 6 2 4 3 5 4 5 5 5 2 4 13 3 4 3 5 4 5 5 4 2 5 20 2 4 2 1 4 5 4 4 1 4 27 3 4 5 4 3 5 5 5 1 4 Total 10 16 13 15 15 20 19 18 6 17 Média 14,9Desmotivação 5 2 1 1 1 1 1 1 1 3 1 12 3 1 1 1 2 1 1 1 3 2 19 1 1 1 4 1 1 1 1 2 1 26 2 1 1 1 1 1 1 1 3 1 Total 8 4 4 7 5 4 4 4 11 5 Média 5,6 Motivação intrínseca para vivenciar estímulo 4 3 4 3 3 4 3 5 5 1 2 11 2 3 3 2 5 5 4 5 1 3 18 4 2 4 4 4 4 4 5 3 4 25 4 4 3 4 4 3 4 2 1 3 Total 13 13 13 13 17 15 17 17 6 12 Média 13,6 Motivação intrínseca para realização 3 4 4 4 4 4 5 5 5 3 4 10 4 3 3 5 2 5 5 5 3 4 17 2 3 3 4 4 5 5 5 3 4 24 4 5 5 4 4 5 5 5 3 4 Total 14 15 15 17 14 20 20 20 12 16 Média 16,3 Motivação intrínseca para saber 2 4 4 3 4 5 5 5 5 2 4 9 3 4 5 4 4 5 5 4 2 3 16 4 4 3 4 4 5 5 5 3 4 23 4 4 4 5 4 5 5 5 2 4 Total 15 16 15 17 17 20 20 19 9 15 Média 16,3 12 De acordo com a Tabela 2 pode-se observar que a motivação que obteve maior média foi a Motivação extrínseca – controle externo, com 16,4 de média. Sem considerar a Desmotivação que obteve média de 5,6 a motivação que obteve menor média foi a Motivação intrínseca para vivenciar estímulo, com 13,6 de média. Gráfico 2: Comparação da média obtida pelos participantes de Humanas quanto a Escala de Motivação Acadêmica. De acordo com o gráfico 2, pode-se observar que a Motivação extrínseca – controle externo se destaca quanto as demais, tendo em segunda estancia a Motivação intrínseca para realização. Quanto a motivação de menor pontuação temos a Motivação intrínseca para vivenciar estímulo em segunda estancia a Motivação extrínseca – introjeção. 13 Tabela 3. Pontuação total e média obtida pelos participantes de Saúde quanto a Escala de Motivação Acadêmica (ANEXO B). Participantes P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27 P28 P29 P30 Motivação extrínseca – controle externo 1 5 5 4 2 2 5 3 3 3 3 8 5 5 4 5 4 5 3 5 3 4 15 5 4 4 4 4 5 4 5 1 4 22 5 5 4 4 1 5 3 4 1 4 Total 20 19 16 15 11 20 13 17 8 15 Média 15,4 Motivação extrínseca – introjeção 7 3 4 3 4 5 4 3 3 2 1 14 3 4 4 3 3 3 3 4 2 1 21 3 3 2 4 2 0 2 3 1 1 28 3 4 3 4 3 4 3 3 3 1 Total 12 15 12 15 13 11 11 13 8 4 Média 11,4 Motivação extrínseca – identificação 6 3 3 4 3 2 3 3 2 2 2 13 3 3 3 3 3 4 3 4 3 1 20 2 4 1 3 2 4 3 5 3 3 27 4 4 3 3 3 3 4 3 0 4 Total 12 14 11 12 10 14 13 14 8 10 Média 11,8 Desmotivação 5 1 1 1 1 2 2 2 1 1 1 12 1 4 2 2 1 1 2 1 4 1 19 1 1 2 1 1 3 2 2 1 1 26 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 Total 4 7 6 5 5 7 8 5 7 4 Média 5,8 Motivação intrínseca para vivenciar estímulo 4 2 2 3 2 1 3 3 3 3 4 11 1 3 2 2 2 2 3 5 3 3 18 2 3 3 2 1 3 3 2 4 2 25 2 2 2 2 3 3 3 5 3 5 Total 7 10 10 8 7 11 12 15 13 14 Média 10,7 Motivação intrínseca para realização 3 5 4 5 4 5 5 4 5 5 5 10 5 4 4 4 5 4 4 5 5 5 17 5 5 4 4 3 4 4 3 3 5 24 5 5 4 4 2 4 4 5 5 5 Total 20 18 17 16 15 17 16 18 18 20 Média 17,5 Motivação intrínseca para saber 2 3 3 4 5 3 5 3 5 5 5 9 4 4 4 4 3 5 4 5 4 5 16 4 5 4 4 5 5 4 5 4 5 23 4 5 4 4 5 4 4 5 4 5 Total 15 17 16 17 16 19 15 20 17 20 Média 17,2 14 De acordo com a Tabela 3 pode-se observar que a motivação que obteve maior média foi a Motivação intrínseca para realização, com 17,5 de média. Sem considerar a Desmotivação que obteve média de 5,8 a motivação que obteve menor média foi a Motivação intrínseca para vivenciar estímulo, com 10,7 de média. Gráfico 3: Comparação da média obtida pelos participantes de Saúde quanto a Escala de Motivação Acadêmica. De acordo com o gráfico 3, pode-se observar que a Motivação intrínseca para realização se destaca quanto as demais, tendo em segunda estancia a Motivação intrínseca para saber. Quanto a motivação de menor pontuação temos a Motivação intrínseca para vivenciar estímulo em segunda estancia a Motivação extrínseca – introjeção. 15 Tabela 4. Pontuação geral dos participantes por área e por motivação. Participantes Motivações Exatas Humanas Saúde Média Motivação extrínseca – controle externo 155 164 154 473 Motivação extrínseca – introjeção 115 145 114 374 Motivação extrínseca – identificação 123 149 118 390 Desmotivação 192 184 182 558 Motivação intrínseca para vivenciar estímulo 103 136 107 346 Motivação intrínseca para realização 154 163 175 492 Motivação intrínseca para saber 150 163 172 485 Média 992 1104 1022 De acordo com a Tabela 4 pode-se observar que a motivação que obteve maior pontuação foi a Motivação intrínseca para realização, com 492 pontos. A motivação que obteve menor pontuação foi a Motivação intrínseca para vivenciar estímulo, com 346 pontos. Pode-se observar também que o curso de Humanas obteve maior pontuação, com 1104 pontos e Exatas obteve menor pontuação, com 992 pontos. Gráfico 4: Comparação da média obtida por cada Curso quanto a Escala de Motivação Acadêmica. De acordo com o gráfico 4, pode-se observar que o curso de Humanas foi o mais motivado, tendo em segunda instância o curso da Saúde, e em terceira instancia como o menos motivado o curso de Exatas. 16 Gráfico 5: Comparação da média obtida por cada Curso em cada tipo de motivação quanto a Escala de Motivação Acadêmica. De acordo com o gráfico 5 pode-se observar que todos os cursos obtiveram maior pontuação em Motivação em intrínseca para Realização sendo o curso da Saúde o mais motivado e o curso de Exatas o menos motivado. 17 Gráfico 6: Comparação da média por cada tipo de motivação quanto a Escala de Motivação Acadêmica. De acordo com o Gráfico 6, pode-se observar que a Motivação intrínseca para realização foi a que obteve maior média, tendo sem segunda instancia a Motivação intrínseca para saber. Quanto a menor motivação desconsiderando a desmotivação em menor pontuação temos Motivação intrínseca para vivenciar estímulo e em segunda instancia Motivação extrínseca – introjeção. Discussão Os conceitos sobre a motivação são diversos, o que acaba tornando difícil chegar a um consenso sobre o seu significado e como ele atua. Malavasi e Both (2005) disseram que a motivação é fundamental para todos os aspectos da vida, mas que até nos dias atuais existem muitas controvérsias relacionadas com fatores e teorias sobre seu desenvolvimento. O relatório apresentado buscou entender a motivação acadêmica em cursos distintos, estudando seus níveis em cada área, entre as áreas e também entre os tipos de motivação. 18 As pontuações das respostas obtidas revelaram pontos importantes para análise da motivação na universidade. Os cursos relacionados com a área de humanas teve uma maior pontuação em quase todos os tipos de motivação, perdendo apenas para a área da saúde nos itens de desmotivação, Motivação intrínseca para realização e Motivação intrínseca para saber. Por mais que a motivação na área de exatas tenha apresentado uma pontuação mais baixa em todos os tópicos, a desmotivação também manteve a menor pontuação. E mesmo os cursos de humanas tendo apresentado as maiores pontuações de motivação, os cursos de saúde teve a maior pontuação no item de desmotivação. A análise das respostas mostrou o item Motivação intrínseca para realização (o de fazer algo pelo prazer ou satisfação que decorre pela busca de realização ou criação de coisas) como o maior pontuador entre as motivações. Esse resultado se torna importante quando se tem ciência dos conteúdos das afirmativas respondidas, que se relacionam com sua crença que o ensino universitário ou o curso escolhido contribuirão para seu ingresso no mercado de trabalho e aumentarão a sua competência profissional. A busca de conhecimento sobre a motivaçãodos acadêmicos do curso é uma importante medida de sua efetividade. (GUIMARÃES; BORUCHOVITCH, 2004). Contudo essa análise geral da motivação acadêmica revela não haver uma ênfase exata sobre como esta atua. Mas é irrefutável importância de estudos e pesquisas sobre como atua a motivação, para se ter subsídios para uma melhor e mais proveitosa formação educacional. 19 20 Referências GAZZANIGA, Michael S.; HEATHERTON, Tood F. Ciência Psicológica: mente, cérebro e comportamento. 2 ed. ARTMED, 2005. GUIMARÃES, Sueli Édi Rufini. BORUCHOVITCH, Evelyn. O estilo motivacional do professor e a motivação intrínseca dos estudantes: uma perspectiva da Teoria da Autodeterminação. Psicologia: Reflexão e crítica. Porto Alegre. V. 17. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 79722004000200002> Acesso em: 03 de novembro de 2013. MALAVASI, Letícia de Matos; BOTH, Jorge. Motivação: uma breve revisão de conceitos e Aplicações. Revista Digital - Buenos Aires - Ano 10 - N° 89 - Outubro de 2005. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd103/motivacao.htm. Acesso em: 23 out. 2007. PENNA, Antônio Gomes. Introdução a Motivação e a Emoção: Rio de Janeiro. Imago,2001. RYAN, R. M. (1995). Psychological needs and the facilitation of integrative processes. Journal of Personality, 63, 397-427. Williams,G.C., Gagné, M., Ryan, R.M., & Deci, E.L. (2002). Facilitating autonomous motivation for smoking cessation. Health Psychology, 21, 40-50. WITTER, Porto Geraldina; LOMÔNACO, José Fernando Bitencourt. Psicologia da Aprendizagem: 9 ed.São Paulo:EPU, 1984.
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