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26/04/2016 1 IB609 Biologia e Taxonomia de Criptógamas II Ciências Biológicas UFRRJ Prof. Nivea Dias Departamento de Botânica CRONOGRAMA! - 18/04 (08:00 às 17h) – CAMPO - 25/04 (08:00 às 10:00 h) - Metodologia Científica (10:00 às 12:00 h e 13:00 às 15:00 h) – ELABORAÇÃO PROJETOS - 02/05 (8:00 às 10:00 h) - Projetos sobre ecologia de briófitas (10:00 às 12:00 h e 13:00 às 15:00 h) – APRESENTAÇÃO PROJETOS - 09/05 (08:00 às 10:00 h) – Origem e evolução das plantas vasculares. (10:00 às 12:00 e 13:00 às 15:00 h) – Evolução plantas vasculares - 16/05 (08:00 às 10:00 h) - livre! (10:00 às 12:00 h e 13:00 às 15:00 h) – APRESENTAÇÃO E ENTREGA DOS RELATÓRIOS FINAIS DOS PROJETOS FILOSOFIA DA CIÊNCIA E METODOLOGIA CIENTÍFICA O que é Filosofia? FILÓSOFO = amigo da sabedoria O que é Filosofia? FILÓSOFO = amigo da sabedoria Difícil definição! Problemáticas heterogêneas “o questionamento sistemático, incessante e profundo de tudo o que se afirma” Por que estudar Filosofia? “Ensinando, ou pelo menos convidando, o homem a refletir criticamente sobre tudo o que se afirma ou faz em todos os setores, a filosofia de alguma forma auxilia o aprimoramento de seu intelecto e, talvez, de seus sentimentos, que o diferenciam de um mero animal que come, bebe, dorme e se reproduz” http://www.unicamp.br/~chibeni/textosdidaticos/filosofia.htm 26/04/2016 2 Formas de abordagem sobre o universo Abordagens Características básicas Ciência provisório explicativo lógico empírico Filosofia provisório explicativo lógico Religião definitivo explicativo lógico Arte estético Volpato (2013) Camille Flammarion, L'Atmosphere: Météorologie Populaire (Paris, 1888) Formas de conhecimento • Popular (senso comum); • Mitologia; • Filosófico; • Religioso (ou Teológico); • Técnico-Científico. Na ciência, o conhecimento é geralmente transmitido por escritos técnicos que obedecem uma organização e forma pré-estabelecidas. “TODO HOMEM, POR NATUREZA, DESEJA SABER” Aristóteles • Aristóteles: “a filosofia (ciência) começa com o espanto” Ciência e outras formas de conhecimento buscam respostas para esclarecer esse espanto Filosofia da Ciência • Aristóteles: “a filosofia (ciência) começa com o espanto” Ciência e outras formas de conhecimento buscam respostas para esclarecer esse espanto • Filosofia da Ciência – analisa os tipos de explicações que cientistas desenvolvem, aceitam, criticam, melhoram ou rejeitam Filosofia da Ciência Por que filosofia da ciência? • Ernest Mayr! Início da carreira Volpato (2013) ORNITÓLOGO 26/04/2016 3 Por que filosofia da ciência? • Ernest Mayr! Meados da carreira Volpato (2013) EVOLUCIONISTA Por que filosofia da ciência? • Ernest Mayr! 100 anos Volpato (2013) FILÓSOFO DA CIÊNCIA Por que filosofia da ciência? • Origem da ciência - Grécia A Escola de Atenas, pintura de Rafael Sanzio (1509-10) Por que filosofia da ciência? • Compatimentação da filosofia Filosofia Matemática Física Biologia Psicologia Outras ciências Por que filosofia da ciência? • Novas disciplinas – questões para a Filosofia resolver (1) Matemática lida com números. O que é um número? (2) Segunda Lei de Newton Força=m x a. Aceleração = dv/dt. O que é o tempo? (3) Teoria da Seleção Natural – problema da identificação da natureza do homem e significado da vida – não existem coisas como propósito, meta, fins ou significado no Universo, cuja aparência resulta de adaptações selecionadas pela constante filtragem que o ambiente faz das variações espontâneas. Rosemberg (2009) Conceitos importantes 26/04/2016 4 Conhecimento científico Conhecimento científico É o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Sua origem está nos procedimentos de verificação baseados na Metodologia Científica. - É racional e objetivo. - Atém-se aos fatos. - Transcende aos fatos. - É analítico. - Requer exatidão e clareza. - É comunicável. - É verificável. - Depende de investigação metódica. - Busca e aplica leis. - É explicativo. - Pode fazer predições. - É aberto. - É útil O Conhecimento Científico é: http://undsci.berkeley.edu/article/0_0_0/howscienceworks_02 http://undsci.berkeley.edu/article/0_0_0/howscienceworks_02 http://undsci.berkeley.edu/article/0_0_0/howscienceworks_07 26/04/2016 5 • Ciência (e outras abordagens) – resposta à nossa necessidade de compreender o mundo Conhecimento científico Explicações científicas são superiores??? Conhecimento científico Hipótese, tese, teoria, lei, ... Nome Nível Testado Status clássico Características Lei ideia sim verdade Teoria aceita como verdadeira, inquestionável Teoria ideia sim provisório Afirmativa que é sustentada por tese(s) Tese ideia não provisório Afirmativa que é sustentada por hipótese(s) Hipótese ideia não provisório Afirmativa que pode ser diretamente confrontada pelos fatos Fato ideia - real Reconhecido universalmente pelos pares Indução e Dedução Leis e Teorias Previsões e Explicações Fatos adquiridos através de observação INDUÇÃO DEDUÇÃO Chalmers (1993) Inferência Estatística Usados para tirar conclusões sobre uma população estatística, usando informações obtidas a partir de uma amostra Wild (2010) Inferência Estatística Usados para tirar conclusões sobre uma população estatística, usando informações obtidas a partir de uma amostra. -Estimativas pontuais; -Testes de hipóteses -Modelagem Resultados confiáveis ??? Necessário conhecer a distribuição estatística (probabilidade...) Valores de p (significância)! 26/04/2016 6 Pesquisa científica • É um conjunto de atividades orientadas para a busca de um determinado conhecimento; • O objetivo da pesquisa científica é explicar, prever e/ou controlar um determinado fato ou fenômeno. Fazer pesquisa é... • Investigar assunto de interesse e relevância. • Observar os acontecimentos. • Conhecer com profundidade. • Utilizar métodos científicos. • Responder às questões que surgem no decorrer do estudo. • Descobrir respostas. • Ter curiosidade constante... Busca! Características do pesquisador - Ter espírito científico; - Cultivar a honestidade, sensibilidade social, curiosidade, integridade intelectual, perseverança; - Evitar o plágio (ÉTICA!). O pesquisador deve... Tipos de Pesquisa • Pesquisa Experimental: É toda pesquisa que envolve algum tipo de experimento. • Pesquisa Exploratória/Descritiva: É toda pesquisa que busca constatar algo num organismo ou num fenômeno. • Pesquisa Teórica: É toda pesquisa que analisa e/ou testa determinada teoria. Projeto de Pesquisa em Ecologia Vegetal DESCRITIVA/EXPLORATÓRIA Distribuição de briófitas ao longo de um gradiente de altitude tropical Indução e Dedução Leis e Teorias Previsões e Explicações Fatos adquiridos através de observação INDUÇÃO DEDUÇÃO Chalmers (1993) 26/04/2016 7 Karl Raimund Popper (1902-1994) filósofo da ciência austríaco naturalizado britânico DEDUÇÃO – do geral para o específico PERGUNTA PREMISSAS (baseadas em teorias gerais) HIPÓTESE – respostaà pergunta OBJETIVO METODOLOGIA (COLETA DE DADOS E ANÁLISE) RESULTADOS ACEITA OU REFUTA A HIPÓTESE Método hipotetico-dedutivo Projeto de Pesquisa em Ecologia DESCRITIVA/EXPLORATÓRIA Distribuição de briófitas ao longo de um gradiente de altitude tropical Pergunta A altitude influencia as comunidades de briófitas na Floresta Atlântica? Premissas 1. Altitude causa alteração em condições climáticas, como temperatura e umidade; 2. Briófitas são poiquiloídricas e sensíveis à variações no ambiente. Hipótese A altitude altera a riqueza e composição de espécies de briófitas ao longo da Floresta Atlântica. Objetivo Analisar a influência da altitude sobre a comunidade de briófitas da Floresta Atlântica do litoral norte do estado de São Paulo. C.A. Joly C.A. Joly C.A. Joly 26/04/2016 8 A Ubatuba Praia da Fazenda NÚCLEO PICINGUABA NÚCLEO SANTA VIRGíNIA PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO MAR B J P N Q Metodologia Áreas de estudo PE Serra do Mar - Núcleos Picinguaba (23o31’- 23o34’, 45o02’- 45o05’), e Santa Virgínia (23o17’- 23o24’, 45o03’- 45o11’). FONTE: Plano de Manejo PE Serra do Mar FONTE: Projeto “Mosaicos do Corredor da Serra do Mar” Metodologia Desenho Amostral - 6 parcelas de 1 ha (10 parcelas de 10 x 10m). Altitude (m) Parcelas “Gradiente Funcional” Núcleo do PE Serra do Mar 50 B, C, D ou E Picinguaba 350 G, H, I ou J Santa Virgínia 650 * Santa Virgínia 950 K, L, M ou N Santa Virgínia 1200 * Picinguaba C.A. Joly C.A. Joly Metodologia Análise dos dados - Riqueza - Composição florística cinturão altitudinal 10 m 50 m 450 m 800 m 950 m 1170 m Metodologia Identificação do material - Literatura especializada; - Classificação: Stotler & Crandall-Stotler (2005) – Anthocerotophyta, Crandall-Stotler & Stotler (2000) – Marchantiophyta, Buck & Goffinet (2000) – Bryophyta; - Herborização e preservação do material – Yano (1984); - Coleção de briófitas do herbário UEC N.D. Santos 26/04/2016 9 Altitude Rique za de espéc ies 0.0 400.0 800.0 1200.0 0.00 40.00 80.00 120.00 S = 43.91194997 r = 0.56026007 altitude riquez a de e spécie s 0.0 200.0 400.0 600.0 800.0 1000.0 1200.0 1400.0 0.00 20.00 40.00 60.00 80.00 100.00 120.00 140.00 altitude altitude altitude Rique zade espé cies Rique zade espé cies Rique zade espé cies 0 50 100 150 200 250 300 350 1 2 3 4 5 6 Riq uez a ex trap olad a (C hao 1) altitude 10 50 400 800 950 1170 Resultados Riqueza RIQUEZA OBSERVADA RIQUEZA EXTRAPOLADA r = 0.56 r2 = -0.06 p = 0.55 r2 = 97.5 p = 0.0002 77 – 124 espécies Resultados Diversidade beta POLYTRICHACEAE 50m 400m10m 800m 950m 1170m Média de grupo (UPGMA) Dice /Sor ens on/C zek ano wsk i 1 0.95 0.9 0.85 0.8 0.75 0.7 0.65 0.6 0.55 0.5 0.45 0.4 0.35 0.3 0.25 0.2 0.15 0.1 A33 A49 A37 A45 A85 A81 A89 A17 A01 A09 B90 B98 B22 B10 B82 B34 B50 B58 B74 B02 J76 J68 J72 J16 J92 J12 J32 J04 J56 J40 P22 P01 P30 P12 P05 P14 P49 P40 P28 P44 N55 N97 N15 N40 N93 N95 N11 N78 N32 N19 Q5 Q9 Q10 Q4 Q8 Q6 Q7 Q2 Q3 Q1Resultados Diversidade beta Avaliação - Duas Provas Teóricas (individuais e sem consulta) - PT - Dois trabalhos em grupo (3 alunos) – TG Projeto sobre ecologia de briófitas Produção de modelos didáticos PT1 + PT2 + (TG1+TG2/2) 3 Participação em sala e pontualidade Projetos IB609 • Objetivo do projeto • Pergunta(s) de trabalho • Hipótese(s) • Área de estudo • Parâmetros analisados (composição de espécies, riqueza, cobertura, incidência, etc.) Comunidades biológicas Favela (Tarsila do Amaral) 26/04/2016 10 Comunidades Conjunto de espécies que ocorrem juntas, no tempo e no espaço. Estas espécies podem interagir entre si, através de relações consumidor-recursos, competitivas e de cooperação; - Presença “individualista” das espécies. - Alguns tributos do funcionamento das comunidades surgem somente a partir das interações entre as espécies - Propriedades Emergentes! Parâmetros de comunidades Descrição da composição e estrutura de comunidades Composição se refere a identidade das espécies Estrutura se refere a abundância relativa destas espécies Parâmetros de comunidades Descrição da composição e estrutura de comunidades Composição de espécies (Taxonomia) Riqueza de espécies Equitabilidade (abundância relativa) Diversidade Composição de espécies QUAIS??? . Lista de espécies de determinada comunidade (medida qualitativa); TAXONOMIA! Riqueza (S) . Número de espécies presentes em uma determinada comunidade. . Valor expresso em números (medida quantitativa) e não em lista de espécies (medida qualitativa). Curva de acumulação de espécies Riqueza (S) QUANTAS??? . Número de espécies presentes em uma determinada comunidade. . Valor expresso em números (medida quantitativa) e não em lista de espécies (medida qualitativa). 26/04/2016 11 Equitabilidade e/ou Dominância Abundância Relativa das espécies presentes em uma determinada comunidade . Quanto mais próximas as abundâncias das espécies dentro de uma comunidade, maior a equitabilidade e/ou menor a dominância. Equitabilidade e/ou Dominância Abundância Relativa das espécies presentes em uma determinada comunidade . Quanto mais próximas as abundâncias das espécies dentro de uma comunidade, maior a equitabilidade e/ou menor a dominância. Equitabilidade e/ou Dominância - Numa comunidade, em geral, poucas espécies são abundantes e muitas são raras Diversidade Diversidade - medida de acordo com o número de espécies, com o padrão de abundância das espécies ou combinando os dois componentes. - Grande variedade de índices - A maioria das diferenças entre os índices está na peso dado à riqueza e à equabilidade - No índice mais simples, diversidade = riqueza de espécies! Diversidade Riqueza: Número de espécies Equitabilidade: Refere-se ao padrão de distribuição de indivíduos entre as espécies 20 indivíduos 20 indivíduos 5 espécies de árvores em duas comunidades Diversidade A mesma Diversidade? Menor equitabilidade Maior equitabilidade Riquezas iguais 26/04/2016 12 Resumindo... principais parâmetros Projetos FORMATO • Título • Autores • Introdução • Justificativa • Objetivo • Pergunta(s) de trabalho e Hipótese(s) • Metodologia (Área de estudo, Amostragem e Análise dos Dados) • Bibliografia Relatório Final FORMATO • Título • Autores • Introdução • Justificativa • Objetivo • Pergunta(s) de trabalho e Hipótese(s) • Metodologia (Área de estudo, Amostragem e Análise dos Dados) • Resultados e Discussão • Conclusão • Bibliografia Artigo científico
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