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10 Lições de Maquiavel Trabalho Dr. Vinicius

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA - UEPB
CENTRO DE HUMANIDADES - CAMPUS III – GUARABIRA
Direito 2015.1 Tarde
T.G.E. – Teoria Geral do Estado
Professor: Dr. Vinícius Soares de Campos Barros
Aluna: Tatiane Batista de Oliveira
Trabalho Acadêmico
Guarabira – PB
2016
Trabalho Acadêmico para a disciplina de Ciência Política sobre o livro “10 Lições sobre Maquiavel”, de autoria do Dr. Vinicius Soares de Campos Barros, Editora Vozes – 6ª Edição/2013.
A principio, fazer o que se foi pedido, um resumo sobre as 10 Lições de Maquiavel foi quase que impossível, e, um grande desafio, tendo em vista que não o conheci tão pouco suas obras, que por diversas vezes são citadas, principalmente O Príncipe e Discursos, sem falar na sua difícil compreensão, pelo menos para a minha pessoa.
Como pedido anteriormente, não iremos falar da primeira lição, mas da segunda em diante, fazendo um breve resumo das mesmas, mas a principio podemos afirmar que todo o texto nada mais é que o pensamento do Chanceler em relação à política e suas formas de governo.
Na segunda lição, podemos ver que Maquiavel, não é um filósofo, mas sim um pensador, que passou 14 anos de sua vida sendo chefe da Segunda Chancelaria; a sua obra lançou os alicerces de uma nova modalidade de ciência política, no qual todas provadas por suas analises empíricas por excelência. Surge como fundador da ciência política renascente, e segue um caminho até então que não havia sido trilhado por ninguém. O secretário florentino realça que a necessidade política é a verdadeira viga que sustenta os Estados, e aos fenômenos políticos obedecem as suas próprias leis, seria assim, Maquiavel o Cristovão Colombo – assim descrito no livro – da política, pois descobre um mundo novo, o mundo da política, tal como ela é, e não como deveria ser.
Na terceira lição, Maquiavel é pessimista em relação ao ser humano, carregado de ambições e de desejos que busca a todo custo, satisfazer suas próprias vontades. As ações concretas dos indivíduos não lhe permitem sonegar ao investigador suas verdadeiras essências. Para ele, o tempo é o pai da verdade, e apesar de toda a ambição humana, o homem é capaz de construir boas instituições, meio contraditório com o que falamos, já que o homem é mau, como faria algo para o bem dos demais? E isso só tem uma explicação – Oposição de interesses – que propiciam o interesse coletivo.
Na quarta lição Maquiavel deixa claro o que já sabemos, o homem deseja tudo, porém é impossível conseguir – adquirir - tudo o que se quer, ou seja, se deseja tudo, mas não se pode tudo. A corrupção estará sempre presente, e para minha pessoa nunca irá acabar, pois sempre vai haver um ciclo tendencioso entre o bem e o mal.
Na quinta lição, vemos a relação entre fortuna e vitu. Fortuna era vista na figura uma deusa, onde distribuía seus presentes de acordo com os méritos de cada homem, presenteava os “audaciosos” e punia os “covardes”. Com o cristianismo, fortuna é vista como uma força designada a desviar os homens dos caminhos de Deus. Com isso, diz-se se que já que fortuna é mulher, é necessário para domina-la, bater-lhe e contraria-la. E virtù para Maquiavel, significa homem, a figura viril, e assim, para o mesmo, faz a associação de virtù a valor, determinação, capacidade, energia, engenhosidade e proeza. Se o mundo é imperfeito não há eficácia em portar-se como um cordeiro no âmbito político. A sobrevivência do governante conta mais que a salvação da alma. Sendo assim há um conflito entre: CristãoXPagão, MoralXPolítica. Para Maquiavel o homem de virtù pode resistir à fortuna e domina-la, tarefa tão difícil e rara que só cabe aos homens extraordinários. Maquiavel foi e é um verdadeiro patriota, e para ele a ação do governante se adéqua a necessidade do momento.
Na sexta lição vemos de imediato que o bom político é aquele, que, independente do que a sua moral pregue, alcance um bom resultado não pro seu próprio interesse, mas para o do público. O critério para julgamento de uma ação é moralmente boa ou má, já na política o critério para se avaliar se a ação em questão foi boa ou má, leva-se em conta o alcance do resultado almejado. Sendo assim podemos fazer a breve assimilação:
Campo Político: Vale a ética do resultado.
Campo Moral: Deve ser cumprida pelo dever.
Com isso existem dois caminhos: o do bem (tranquilidade longe da vida pública) e o do mal – PODER – (deixar a moral de lado para assegurar a 	“vida” política e integridade do Estado.). Uma citação muito boa para se definir isso é: “(...) os Estados não podiam ser governados com o rosário na mão.” (Cf, VILORRI, M, op., cit. P.29)”. Maquiavel não separa política da moral, mas sim, moral pagã e moral cristã. 
Na sétima lição Maquiavel torna Gloriosa a Moral Pagã (que valoriza as glórias desse mundo terreno e a defesa da pátria), e menospreza a Moral Cristã (individualista, que faz o homem pensar mais na salvação de sua alma). Com isso vem a pergunta: Maquiavel era ateu? Tá mais que provado que não, porém ele era contrario ao clero, onde via a principal causa da decadência italiana, e não aceitava o poder da igreja. Sendo assim, não era ateu nem cristão. Maquiavel confere à importância a religião por sua eficácia social. O culto as aparências é fundamental a quem pretende governar, sendo importantíssimo aparentar o sentimento de religiosidade. Maquiavel vê pouca eficiência no cristianismo, uma religião que não colabora para o enaltecimento das virtudes cívicas. Uma atitude governamental ou militar, camuflada pela religiosidade sempre será bem vista, assim a religião era usada para conquistas futuras militares.
Na oitava lição Maquiavel fala sobre a arte da guerra, e que a mesma não é somente um ato político, mas um verdadeiro instrumento político. A virtù guerreira necessita da virtù política, uma vez que ambas conduzem ao mesmo fim. A religião civil sendo manipulada facilmente pelos generais faziam que, com isso, os romanos fossem também manipulados em prol de um interesse maior, e alcançar o resultado desejado. Mesmo devotados integralmente ao oficio das armas, esses homens e mulheres são, antes de qualquer coisa, cidadãos voltados para a defesa dos altos interesses nacionais. 
Na nona lição vemos a teoria das formas de governo elaboradas pelo chanceler. O conteúdo moral, visando o interesse geral e a administração do governante e de forma pura ou boa, quando a intenção é satisfazer os interesses pessoais, as formas são impuras e más. Portanto, há três formas de governo:
Monarquia: Poder de uma pessoa só
Aristocracia: Poder de poucas pessoas
Democracia: Poder entregue a maioria da população
Ambas as formas de governos diferentes, porém passíveis a corrupção, quando se há o interesse individual, ou privado assim dito. Desse modo seguindo a mesma combinação entre os aspectos moral e numérico, podemos falar em:
Tirania:
Oligarquia
Demagogia
E dois tipos de principados:
Hereditários: são bem menores as dificuldades, pois bastar não descuidar da ordem instituída anteriormente, contemporizando assim os acidentes, conservando assim as tradições dos avós. Há dois subtipos, os príncipes cujo poder é absoluto e os que governam com a intermediação da nobreza. Ex: Turquia 9 Depotismo oriental) X França (Poder real Vs Poder aristocrático)
E os Novos: Que ao arrepio das leis, usurpam o poder, ou seja, um ditador que funda um novo Estado.
A diferente forma de como o poder é conquistado: pela virtù, pela fortuna, pelo crime, pelo consentimento dos cidadãos, que ambas formam duplas em direções contrarias ( virtù/fortuna; força/consentimento).
Não acredita que os Estados possam atravessar todas essas mutações continuas e permanecer de pé. A virtù casada com a fortuna deu vida ao perfeito modelo constitucional romano. Dessa maneira souberam equilibrar as duas partes, sempre conflitantes de uma cidade: os grandes e os povos.
Na décima e ultima lição vamos ver o amor a pátria, a opção republicana e a ditadura transitória. Não se trata do poder pelo poder De modo inverso, o realismo políticode Maquiavel esta em perfeita consonância com seu amor a pátria. Maquiavel é um critico das republicas aristocráticas. (...) os bons exemplos nas cem da boa educação, a boa educação, das boas leis, dos tumultos (... Grifo Nosso). Em suas ideias, Para Maquiavel, o povo é o protagonista no meio político, desenvolvido por meio de uma oposição institucionalmente aceita por todos. O povo é mais confiável, já que aceitam o império da lei, enquanto os grandes querem estar acima delas. Quando empregamos a palavra ditadura, pensamos em uma forma de governo totalmente negativa, ago que originalmente não se era empregado a mesma, que passou a ser as formas de governos que não são democracias e que nascem derrubando as democracias precedentes, então com isso, quando pensamos em ditadura, pensamos em uma forma de governo que não tolera a oposição, e que a persegue e massacra a mesma. Na Republica Romana o ditador era nomeado por tempo determinado, geralmente após os 36 anos depois de ter passado por diversos cargos públicos, não podendo privar o senado ou povo de autoridade, destruir as antigas ordenações da cidade e criar novas, sempre por tempo determinado, e que muitas das vezes após conseguir alcançar o objetivo no qual foi determinado, entregava o cargo. O principado novo é, em nossa concepção, um tipo de ditadura. O príncipe: realismo, discursos: idealismo cívico e comovente.
Conclusão
Maquiavel morreu na pobreza e sem ver seu sonho realizado, que era a Itália unificada. Foi odiado por todos por conta de sua obra O Príncipe, que não viam a mesma como o realismo político de sua época, mas sim como um “instrumento” para que os privilegiadas conseguissem mais poder, o mau pudesse ser mais mau, e os pobres mais miseráveis, não conseguiam assimilar a magnitude de que tão grande, poderosa e tão gloriosa era sua obra.
Referência:
BARROS, Vinicius Soares de Campos
10 lições sobre Maquiavel/Vinicius Soares de Campos Barros. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2013

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