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Histologia oral - Cemento

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Bianca Teles – Odonto UFPE – 2016.1. 
 
Áudio de Histologia oral 
Cemento 
Como ocorre a formação da raiz? A partir da alça cervical, vai se multiplicar e 
formar o diafragma e a bainha epitelial de Hertwing. A alça cervical é formada 
de epitélio interno e epitélio externo do órgão do esmalte, não tem retículo 
estrelado, não tem estrato intermediário. Essa bainha vem do órgão do esmalte 
mas não vai formar esmalte, ela vai se multiplicar, formar a bainha epitelial de 
Hertwing e que não tem mais propriedade de formar o esmalte. Essas células 
vão induzir as células da papila dentaria a se diferenciar em pré-odontoblastos, 
que vão produzir dentina do manto da raiz e vão continuar o processo de 
dentinogênese até se diferenciar em odontoblastos e formar a dentina 
cicumpulpar da raiz; o processo de dentinogenese radicular. Mas assim que a 
primeira camada de dentina do manto é depositada e mineraliza, se fosse na 
coroa formaria pré-ameloblasto, depois ameloblastos e formaria esmalte. Só 
que quando chega na alça cervical não tem estrato intermediário e o epitélio 
externo não passa para as outras fases (pré-ameloblastos e ameloblastos), 
consequentemente não tem capacidade de formar esmalte. A bainha epitelial 
de Hertwing, antes de entrar no saco dentário e depois de ter formado a 
dentina, aí ela vai formar um tecido mineralizado por dentro e não é dentina 
nem cemento, mas tem uns resquícios de amelogenina, alguns autores 
chamam esse tecido de enamelóide, que parece um esmalte mas não é 
esmalte, nem é dentina nem cemento. É um tecido que serve como uma cola 
pra depositar o cemento em cima da dentina; esse tecido que é formado antes 
da bainha epitelial fragmentar, é formado pela própria bainha epitelial, é 
chamado de cemento intermediário ou membrana hialina de Hoppwell. 
A bainha epitelial de Hertwing induz a diferenciação dos pré-odontoblastos, 
forma a dentina do manto, depois que deposita a primeira camada de dentina 
do manto, ela fragmenta. Se ela fragmentar vai ser depositado dentina em cima 
do cemento, o cemento pra ficar bem aderido nessa dentina, ele forma um 
tecido intermediário, que é a membrana hialina de Hoppwell. Os restos se 
agregam, formam os restos epitelial de Malassez e espera a célula do saco 
dentário adentrar nesse espaço, e aí elas vão se diferenciar em 
cementoblastos. Quando a bainha epitelial de Hertwing fragmenta formando os 
restos epiteliais de Malassez, as células do saco dentário começa a sua 
função. As células do saco dentário que estão do lado da bainha epitelial de 
Hertwing vão infiltrar os espaços e sobre a membrana hialina, vão depositar 
cementoblastos e fibroblastos. Do outro lado, as células do saco dentário vão 
em direção ao osso e vão se diferenciar em osteoblastos. E as células que 
ficam no meio fibroblastos. 
Cementoblastos – cemento 
Osteoblastos – osso (osso alveolar) 
Bianca Teles – Odonto UFPE – 2016.1. 
 
Fibroblastos – fibras de colágeno que vão se inserir tanto no osso como no 
cemento (ligamento periodontal) 
Então se os fibroblastos do meio vão formar fibras colágenas que vai de um 
lado ao outro, de um lado vai ter cemento e do outro osso, o cemento e o osso 
vão prender as fibras, então elas ficam ancoradas, aí formam a fixação do 
dente. 
Ligamento periodontal – fibroblastos, forma as fibras colágenas do ligamento 
periodontal. É um tecido conjuntivo que liga o osso ao cemento. 
Tem a bainha epitelial de Hertwing, ela vai induzir a formação da dentina 
radicular. Quando a dentina do manto se forma, a bainha se fragmenta, mas 
antes dela se fragmentar ela vai recuar um pouquinho e no espaço que sobra 
vai depositar uma camada fininha de um tecido que não tem células nem nada, 
que nós chamamos de cemento intermediário, que é a membrana hialina de 
Hoppwell (ela é formada de proteoglicanas e hialina). O cemento vai ter mais 
afinidade molecular pela membrana hialina do que pela dentina do manto. 
Antes da bainha epitelial de Hertwing se fragmentar, ela vai recuar um 
pouquinho e forma a membrana hialina. 
Quando a bainha epitelial de Hertwing é fragmentada vai sobrar restos 
epiteliais de Malassez. As células do saco dentário vai em direção a membrana 
hialina, aí nesse momento começa a diferenciação das células do saco 
dentário. As células que estão do lado da membrana hialina vão se diferenciar 
em cementoblastos e fibroblastos. As células que estão do lado do osso vão se 
diferenciar em osteoblastos. No meio vai ter os fibroblastos (para formar a 
fixação da raiz do dente sobre o osso). 
O osso alveolar tem características diferentes do osso comum. 
Alguns autores acreditam que os restos epiteliais de Malassez fiquem como 
resquícios e não tem função nenhuma. 
Já se identificou fatores de indução, de osteodegeneração, de reabsorção 
óssea, são fatores que fazem com que o osso seja reabsorvido e outros fatores 
que fazem com que o osso seja depositado. Então o processo de remodelação 
óssea, se você estiver fazendo uma força sobre aquele dente o osso tem que 
responder, se você empurra o dente as células dos restos epiteliais de 
Malassez vão perceber aquela pressão e começariam a secretar os fatores 
indutores estimulando os osteoclastos. 
- Cemento: o cemento é bem fininho perto do esmalte e a medida que vai 
descendo ele vai aumentando a sua espessura, em direção a raiz. De 20-50 
micrômetros e quando desce fica 200 micrômetros. 600 micrômetros de 
cemento (hipercementose). O cemento é um tecido duro, mineralizado, 
Bianca Teles – Odonto UFPE – 2016.1. 
 
proveniente do saco dentário (células ectomesenquimais), tem todas as 
características o tecido conjuntivo, é mineralizado. 50-60% de mineral (muito 
parecido com o osso). A matriz do cemento tem colágeno, proteoglicanos, 
glicoproteínas. Sua constituição mineral e orgânica é muito semelhante ao 
osso. 
Cemento X Osso 
O cemento não é vascularizado, não é inervado; metabolismo baixo (não faz 
reparação celular). 
O osso é vascularizado e inervado (tem metabolismo mais acelerado), os 
mecanismos de reabsorção e reparação é muito mais acelerado que o 
cemento. O tecido ósseo está sendo formado constantemente. 
- Cemento: 
Síntese = Cementoblasto e cementócito 
Reabsorção = cementoclasto 
Durante o desenvolvimento do cemento ocorrem algumas alterações. 
Até mais ou menos a metade, ou dois terços da raiz, 50% da raiz – o cemento 
se forma lentamente, os cementoblastos são lentos na formação de cemento. 
Então o cemento vai ser produzido numa velocidade lenta. Quando chega na 
metade da raiz, no final, síntese rápida, as células começam a produzir 
cemento rapidamente. Isso traz diferença na colocação estrutural do cemento. 
Até a metade o cemento que está sendo formado, o dente ainda não irrompeu, 
o dente ainda não rasgou a mucosa. Quando o dente rasga a mucosa ele vai 
começar a subir com pressão, com essa pressão, vai começar a produzir o 
resto da raiz rapidamente. 
O dente demora pra chegar na mucosa, quando chega na mucosa, atinge o 
plano de oclusão rapidinho. 
Até a metade da raiz, os cementoblastos produzem cemento lentamente e isso 
faz com que o cementoblasto recue totalmente O primeiro terço do cemento é 
uma camada fina, o cementoblasto produz cemento e recua. Por isso ele 
recebe o nome de cemento acelular (não tem cementócitos, mas tem 
cementoblastos). 
Quando chega na metade ou no terço final da raiz, a gente tem os 
cementócitos (que lembram a forma de um osteócito, células amendoada cheia 
de canalículos). Todos os prolongamentos dos canalículos dos cementócitos 
são voltados para o ligamento periodontal, pra fora; isso porque o cemento não 
tem vasos sanguíneos. Os prolongamento são voltadospara fora por causa da 
Bianca Teles – Odonto UFPE – 2016.1. 
 
vascularização do ligamento periodontal. O cemento que tem cimentócitos é o 
cemento celular. 
No terço mais apical da raiz variam as camadas de cemento celular e acelular. 
Camadas alternadas de cemento acelular e celular. Nesse caso chamamos de 
cemento misto. 
Classificação quanto a presença de células: 
1-Celular 
2-Acelular 
Classificação quanto à origem das fibras: 
1- fibra extrínseca 
2- fibra intrínseca 
Quando começa a formação do cemento superior da raiz. O cemento acelular 
tem velocidade de formação lenta. A medida que vai se formando o cemento, 
neste momento o cementoblasto não produz muita fibra colágena, ele produz 
mais matriz amorfa. A fibra colágena que é produzida aqui vem do ligamento 
periodontal, então também tem fibroblastos neste local. Estas células vão 
produzir fibras colágenas que vão ficar incorporadas ao cemento, á medida que 
o cementoblasto for formando o cemento, o cemento vão engolindo aquela 
fibra. A fibra vem do ligamento periodontal e fica dentro do cemento, 
chamamos este de cemento de fibra extrínseca (que vem do ligamento 
periodontal, vem de fora). 
Quando um cementoblasto vai chegando nas proximidades do terço final da 
raiz, ele vai aumentando a velocidade, aí o cementoblasto vai produzir fibras 
em grande quantidade. Neste caso, vai ter fibra colágena produzida pelos 
cementoblastos; cemento de fibra intrínseca. 
Fibras extrínsecas – Quando a origem das fibras vem do ligamento periodontal, 
que são produzidas pelos fibroblastos do ligamento periodontal são as 
extrínsecas. 
Fibras intrínsecas – são produzidas pelos cementoblastos. 
Classificação quanto a presença das células e origem das fibras: 
1 – Acelular de fibra extrínseca 
2 – Celular de fibra mista 
3 – Acelular de fibra intrínseca 
4 – Celular de fibra intrínseca 
Bianca Teles – Odonto UFPE – 2016.1. 
 
1 - Acelular de fibra extrínseca – não tem cementócitos e todas as fibras vem 
do ligamento periodontal, como a produção de cemento é muito lenta, a fibra 
colágena que vem de fora também mineraliza totalmente, a mineralização é 
homogênea. Tem muita fibra de Sharpey. 
Fibras de Sharpey – as fibras extrínsecas que vem de fora (do ligamento 
periodontal) quando entram no cemento ou no osso são chamas de fibras de 
Sharpey. 
2 - Celular de fibra mista – ele é acelular e também tem cementócitos e as 
fibras são mistas, tanto intrínsecas quanto extrínsecas. 
3 -Acelular de fibra intrínseca – a fibra só é produzida pelo cementoblasto, não 
vem mais do fibroblasto. 
4 - Celular de fibra intrínseca – a fibra só é produzida pelo cementoblasto, não 
vem mais do fibroblasto. 
3 e 4 são cementos reparadores, que são possíveis de formar no dente após o 
término da erupção. Cemento regenerador, que se encontra quando há um 
processo de agressão. 
 
- Junção amelocementária 
Classificação – as formas como o cemento e o esmalte se encontram. 
30% dos pacientes, o cemento termina topo a topo. Normal. 
60% dos pacientes, o cemento cobre o esmalte (após o término da amelôgene 
o tecido que cobre o esmalte (epitélio reduzido do órgão do esmalte), se esse 
epitélio reduzido fragmentar bem no final do esmalte, deixar um pedacinho do 
esmalte exposto, as células do cementoblasto vão até a superfície do esmalte 
e colocam cemento aí). O cemento não gruda bem em cima do esmalte e 
durante a escovação é comum que o fragmento de cemento se descole da 
superfície do esmalte. E nessa fratura do cemento pode ocorrer exposição da 
dentina (sensibilidade). 
10% das pessoas, o esmalte não toca o cemento, a dentina fica exposta 
(sensibilidade). 
 
- O cemento é originado do saco dentário. É um tecido que tem contato com 
todos os outros tecidos do dente. Tem contato com esmalte, dentina, polpa, 
ligamento periodontal. 
- Ponto CDC – ponto cemento-dentina-canal 
Bianca Teles – Odonto UFPE – 2016.1. 
 
- Plano CDCA – divide o canal do periodonto 
 
Tudo o que estiver do plano CDC pra dentro é canal radicular 
Tudo o que estiver do plano CDC pra fora é periodonto de inserção + canal 
cementário. 
- Plano limite de trabalho = não pode passar com a lima do ponto CDC, se não 
vai pra o periodonto e pode contaminar o periápice. 
OBS: Tem pacientes que tem canais laterais, colaterais.

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