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PROCESSO CIVIL IV - Geral - EXAME

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PETIÇÃO INICIAL
Ato de provocação do judiciário – onde é considerado pressuposto de existência e validade do processo. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, mas para o réu só produz efeitos quando este for citado.
Art. 312 do CPC: “Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado.”
São requisitos da petição inicial os que constam no art. 319 do CPC: o juízo a que é dirigida; os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; o pedido com as suas especificações; o valor da causa; as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
			PRONUNCIAMENTO DO JUIZ
Art. 203.  Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o.
§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte.
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
			SENTEÇA
Art. 489.  São elementos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
A fundamentação constitui garantia essencial ao jurisdicionado, pois por meio dela será possível às partes entenderem o raciocínio utilizado pelo magistrado para decidir a causa à luz das provas produzidas no decorrer da lide, possibilitando a interposição de recursos de forma mais objetiva.
O dispositivo é a conclusão da sentença, no qual o magistrado resolverá as questões a ele submetidas pelas partes, reconhecendo ou não o direito de ação e a procedência ou não do pedido. A sentença será chamada:
Ultra petita: quando decidir além do pedido feito pelo autor;
Extra petita: quando for proferida sem ter havido qualquer pedido nesse sentido;
Citra petita: quando deixar de analisar o pedido formulado pelas partes.
EFEITOS DA SENTENÇA
 Efeitos principais: são aqueles que decorrem diretamente do conteúdo da decisão, tais como, por exemplo, a declaração da existência ou da inexistência de uma relação jurídica (sentenças meramente declaratórias), a previsão de sanção que incidirá caso a parte sucumbente deixar de cumprir o comando sentencial (sentenças condenatórias) e a criação, a modificação ou a extinção de uma relação jurídica (sentenças constitutivas).
Efeitos secundários: segundo a doutrina, são aqueles decorrentes de previsão legal, ou seja, não são consequência do conteúdo da decisão, mas de uma determinação legislativa específica. São efeitos indiretos e automáticos que resultam do fato de a decisão existir
COISA JULGADA
Art. 502.  Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.
COISA JULGADA FORMAL: é a impossibilidade de modificação da decisão judicial dentro do mesmo processo, em razão da preclusão dos recursos. Todavia, o tema atingido pela coisa julgada formal poderá ser questionado em nova relação jurídica processual. A coisa julgada formal é uma qualidade comum a todas as decisões, de mérito ou não.
COISA JULGADA MATERIAL: é a impossibilidade de alteração da decisão judicial dentro do mesmo processo ou em qualquer outro, tendo em vista que os seus efeitos se irradiam para além do processo no qual foi decidida a questão. Apenas as decisões judiciais de extinção do processo com resolução de mérito fazem coisa julgada material, uma vez que, nos termos do art. 486, caput, do CPC, “o pronunciamento judicial que não resolve o mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação”.
REQUISITOS DA COISA JULGADA
Relativamente à coisa julgada formal, observa-se que o requisito para a sua produção é mais simples, ou seja, basta o trânsito em julgado decisão proferida pelo juiz no processo, independente do exame ou não do mérito da lide. Já para a configuração da coisa julgada material, os requisitos são mais complexos, pois envolvem, concomitantemente: a) a existência de um processo constituído de forma válida e regular; b) o adequado exercício do direito de ação; c) a prolação de uma decisão de mérito, nos termos do art. 487 do novo CPC; e d) o trânsito em julgado dessa decisão judicial, ou seja, a impossibilidade da interposição de recursos.
		EFEITOS OU LIMITES OBJETIVOS E SUBJETIVOS DA COISA JULGADA
COISA JULGADA MATERIAL – EFEITO OBJETIVO
Efeito positivo, gera a vinculação do julgador de outra causa ao que foi decidido na causa em que a coisa julgada foi produzida, ou seja, o juiz fica adstrito ao que foi decidido em outro processo, pois a coisa julgada sempre deverá ser levada em consideração. Observe-se, nesse sentido, o art. 503 do CPC de 2015, que estabelece que, “a decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida”, com pequena alteração em relação ao art. 468 do CPC de 1973, que continha o termo “sentença”.
Efeito negativo, por sua vez, impede que a questão principal seja novamente julgada em outro processo, nos termos do art. 505 do CPC de 2015: “nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma lide, salvo: I – se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito, caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença; II – nos demais casos prescritos na lei.
Efeito preclusivo, ou seja, com a formação da coisa julgada, preclui a possibilidade de rediscussão de dos argumentos suscitados pelas partes, conforme dispõe o art. 474 do CPC/1973: “passada em julgado a sentença de mérito, reputar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas, que a parte poderia opor assim ao acolhimento como à rejeição do pedido”.
COISA JULGADA MATERIAL – EFEITO SUBJETIVO
Em relação aos efeitos subjetivos da coisa julgada, a regra do art. 506 do CPC de 2015 é clara de que “a sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros”.
EXCEÇÕES À COISA JULGADA:
Por fim, as principais exceções à coisa julgada, citadas pela doutrina e pela jurisprudência, são as seguintes:
O cabimento da ação rescisória, que permite a modificação da decisão no prazo de até 2 (dois) anos do seu trânsito em julgado, desde que preenchidos os requisitos legais;
As decisões proferidas em relações de caráter continuado, como o pagamento de pensão alimentícia, que não transitam em julgado caso haja alteração da situação fática que ensejou a sua prolação;
A possibilidade de modificação das sentenças em processos de investigação de paternidade, proferidas anteriormente à existência do exame de DNA, uma vez que, de acordo com entendimento do STJ, o exame de DNA constitui “documento novo” para fins do ajuizamento da ação rescisória;
Erros materiais e de cálculo, que também não transitam em julgado, podendo ser corridos de ofício pelo juiz ou a requerimento da parte interessada.DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
Não produzirá efeitos senão após confirmada pelo tribunal (duplo grau de jurisdição obrigatório), a sentença: proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público; e que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
Nesses casos, ultrapassado o prazo de 15 dias para a interposição de recurso de apelação, o juiz ordenará o envio dos autos ao tribunal respectivo. Se não o fizer, o presidente do aludido tribunal poderá avocar a demanda.
Não se aplica o disposto quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público. 
E também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: súmula de tribunal superior; acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
			TEORIA ECLÉTICA
A teoria eclética do direito de ação tem como seu maior expoente Liebman. Esse autor definiu ação como direito subjetivo instrumental e, mais do que um direito, um poder ao qual não corresponde a obrigação do Estado, igualmente interessado na distribuição da justiça; poder esse correlato com a sujeição e instrumentalmente conexo com uma pretensão material, afirma também que o direito de ação de natureza constitucional, em sua extrema abstração e generalidade, não pode ter nenhuma relevância para o processo, constituindo o simples fundamento sobre o qual se baseia a ação em sentido processual.
Na teoria a ação independe do reconhecimento do direito material ou de uma sentença favorável. A ação constitui apenas direito ao julgamento do mérito, por conseguinte atinge sua completude com uma sentença tanto favorável como desfavorável. Com efeito, o que realmente importa para a configuração da ação é a presença de suas condições, que a princípio foram apresentadas por Liebman como legitimação para agir, interesse de agir e possibilidade jurídica do pedido, que posteriormente foram reduzidas por ele apenas à legitimidade para agir e ao interesse.
		DEFESA DO JUIZ
			RECURSOS
Art. 994.  São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação; 	II - agravo de instrumento; 	III - agravo interno;
IV - embargos de declaração; 	V - recurso ordinário;	VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinário; 	VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX - embargos de divergência.
APELAÇÃO - cabível da sentença e de questões resolvidas na fase de conhecimento, (decisões interlocutórias) se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões
AGRAVO DE INSTRUMENTO - tem cabimento restrito ao que a Lei Disciplina sua função e impugnar decisões interlocutórias. Artigo 1015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I-Tutelas provisórias; II - mérito do processo; III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; VI - exibição ou posse de documento ou coisa; VII - exclusão de litisconsorte; VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o; XII - (VETADO); XIII - outros casos expressamente referidos em lei. Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
AGRAVO INTERNO - se presta a impugnar decisões Monocráticas do Relator. Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
EMBARGO DE DECLARAÇÃO - no novo CPC houve a ampliação das hipóteses de cabimento, qual seja, correção de erro material. Pelo Princípio da Fungibilidade o novo CPC permitiu que o relator transforme os embargos de declaração em agravo interno no Tribunal, condicionado à intimação do recorrente, previamente, para regularizar a peça. Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.
DOS RECURSOS PARA O STF E PARA O STJ 
RECURSO ORDINÁRIO - (Art. 1027 do CPC) Serão julgados em recurso ordinário: I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão; II - pelo Superior Tribunal de Justiça: a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. § 1o Nos processos referidos no inciso II, alínea b, contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015. § 2o Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3o, e 1.029, § 5o.
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO E DO RECURSO ESPECIAL - Em se tratando de recurso especial e extraordinário, o NCPC permite que o STJ e o STF desconsiderem vício formal e admitam um recurso tempestivo, desde que não o repute grave.
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas.
DO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO – o agravo se presta a impugnar a decisão que inadmite o recurso especial ou extraordinário em certas situações, exemplo de intempestividade. Não tem recolhimento de custas, desde que seja assegurada a sustentação oral é permitido que seja julgado o agravo com os demais recursos na sessão.
Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos
DOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA - os embargos de divergência no novo CPC tiveram ampliadas as hipótese de cabimento, além disso e, cabível a interposição quando a divergência tiver sido no mesmo órgão, condicionada à alteração de mais da metade de seus membros, quando os mesmos sãointerpostos no STJ, interrompem o prazo para interposição do recurso Extraordinário.
Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fracionário que: I - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito; III - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia; § 1o Poderão ser confrontadas teses jurídicas contidas em julgamentos de recursos e de ações de competência originária. § 2o A divergência que autoriza a interposição de embargos de divergência pode verificar-se na aplicação do direito material ou do direito processual. § 3o Cabem embargos de divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade de seus membros. § 4o O recorrente provará a divergência com certidão, cópia ou citação de repositório oficial ou credenciado de jurisprudência, inclusive em mídia eletrônica, onde foi publicado o acórdão divergente, ou com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, indicando a respectiva fonte, e mencionará as circunstâncias que identificam ou assemelham os casos confrontados.
			DESISTÊNCIA DO RECURSO
Art. 998.  O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. Parágrafo único.  A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos.
Art. 999.  A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.
Art. 1.000.  A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer. Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer.
			PRINCÍPIO DO DEDUTIVO E DO DEDUZÍVEL
Art. 508.  Transitada em julgado a decisão de mérito, considerar-se-ão deduzidas e repelidas todas as alegações e as defesas que a parte poderia opor tanto ao acolhimento quanto à rejeição do pedido.
Essa regra é denominada por parte da doutrina como princípio do deduzido e do dedutível. Segundo esse princípio a autoridade da coisa julgada incide não apenas sobre as questões que tenham sido explicitamente decididas no dispositivo, mas também sobre as que poderiam ter sido alegadas e não foram.
			PRINCÍPIO DO DISPOSITIVO
Princípio Dispositivo (da inércia ou da demanda). Consubstancia que a jurisdição apenas atua quando provocada por algum interessado, ressalvadas hipóteses legalmente previstas, recordando que a inércia da jurisdição não importa passividade e apatia do juiz na condução do processo, o qual deverá sempre perseguir a verdade.
Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
		RESCURSO DE APELAÇÃO
Está previsto no caput do art. 1009 do CPC – diz que da sentença cabe apelação. Entende-se assim que toda sentença dada em primeira instância é cabível apelação.
- Sentença: ato decisório que dá fim ao procedimento em primeira instância, seja ele de conhecimento ou de execução.
- Decisão interlocutória: toda aquela que não for sentença, ou seja, qualquer decisão que não coloque fim no processo em primeira instância.
Finalidade: impugnar todas as questões que foram decididas ao longo do procedimento e que não comportem recurso de agravo de instrumento.
₴1º do art. 1009 – CPC: tudo que não for impugnável por agravo de instrumento, não precisa ser impugnado por agravo retido que não existe mais no ordenamento jurídico, no entanto, pode se fazer impugnação se a parte do processo desejar em sua apelação ou contrarrazões.
₴2º do art. 1009 – CPC: fora as decisões da sentença, se quiser impugnar outras decisões antes tomadas no decorrer do processo, poderá fazer isso nas contrarrazões. E por força do princípio do contraditório, abre-se prazo de 15 dias para a parte contrária se manifestar.
Legitimidade: art. 996 do CPC – o recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado/interessado ou ainda pelo MP quando parte ou fiscal da ordem.
Parágrafo único: terceiro deve demonstrar que a decisão de alguma forma atingirá o seu direito em questão.
Conteúdo de objeto de impugnação: podem ser impugnados erros relacionados as questões processuais (error in procedendo) ou quando se tratar do mérito (error in judicando).
RECURSO ADESIVO
Art. 997, ₴2º do CPC: autoriza o recorrido, que decidiu não apelar no prazo de 15 dias, mas que ao tomar ciência de que a outra parte recorreu no prazo, a entrar com recurso adesivo, ou seja, não tinha a intenção de recorrer daquela sentença, mas ao tomar conhecimento também decide fazer apelação. Esse recurso fica subordinado a apelação principal, se a principal não passar pela admissibilidade o recurso adesivo também não será admitido.
Procedimento: petição de apresentação (onde há qualificação e apresentação) e uma segunda (onde apresentam-se as razões do recurso de apelação).
A interposição é no juízo “a quo” – no juízo de primeira instância, onde haverá analise a partir daí passará para outra instância.
Prazo: 15 dias, contados a partir da ciência da sentença, somente contados em dias úteis.
Efeitos: enquanto houver recurso interposto sendo analisado não haverá coisa julgada. Há também efeito suspensivo (art. 1012 do CPC).
Nos casos previstos em lei e nos exposto no ₴1º, art. 1012 do CPC, não haverá efeito suspensivo, desta forma a sentença terá efeito imediato quando: homologa divisão ou demarcação de terras; condena a pagar alimentos; extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; confirma, concede ou revoga tutela provisória e decreta interdição.
Tem também efeito devolutivo – art. 1013 do CPC: deve na apelação feita ao tribunal conter matéria do qual sofre impugnação, após análise da matéria específica determinada, o tribunal devolve os autos com a decisão tomada.
Efeito translativo - art. 1013 do CPC:
₴1º importa dizer que poderá o tribunal analisar questões que ainda não foram decididas, desde que estas pertençam ao capítulo do qual está sendo impugnado. 
₴2º fala quando se acolhe apenas um fundamento – assim irá devolver com aquela decisão tomada.
₴3º traz a possibilidade de imediatamente o tribunal julgar o mérito, visando economia processual.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
	São todos os elementos de existência, os requisitos de validade, e as condições de eficácia do procedimento.
Existência: são considerados elementos mínimos para que se tenha a existência da relação jurídica processual.
O primeiro deles é a presença do autor (aparecendo por via de regra na petição inicial – provocação das partes); jurisdição (provocar autoridade judiciária, aquela investida nos poderes de dizer o direito); presença do réu ou possibilidade de participação do réu (citação do réu, ou seja, o réu estar ciente daquilo que estiver sendo acusado, forma-se a triangulação da relação jurídica processual).
- subjetivo: tem a ver com as partes, ou seja, jurisdição e capacidade de ser parte.
- objetivo: vincula com a existência da demanda.
Requisitos de validade: vão dizer sobre o desenvolvimento valido e regular do processo, são eles:
A petição apta (quando preencher todos os requisitos da petição inicial, previstos na legislação. Se estiver a petição com algo do art. 330 do CPC, será considerada inepta, podendo ser indeferida), essa aptidão é necessária pois a petição é quem irá determinar o pedido, trançando seus contornos que devem ser analisados. 
A competência do juízo e imparcialidade do juiz: esta é a análise do judiciário, verificando se a autoridade é imparcial,se não se enquadra nas hipóteses de impedimento previstas no arts. 144 e 145 do CPC. Ou se é ainda competente para julgar daquele litígio. (Se a suspeição não for alegada pelas partes no momento oportuno não poderá ser alegada depois – Já o impedimento pode ser alegado a qualquer momento).
A capacidade de ser parte e de estar em juízo também são requisitos. A capacidade de ser parte está prevista no art. 1º do CC, ou seja, pode ser parte quem tiver personalidade jurídica e hipóteses que a legislação prevê sobre entes despersonalizados. A capacidade de estar em juízo decorre da capacidade de ser parte, para ter capacidade de estar em juízo é necessário ser capaz de responder em juízo.
*Capacidade postulatória: é investida aqueles, a quem a lei atribui capacidade de representar alguém, pedir nome próprio ou em razão de terceiro para se pedir algo em juízo.
*Interesse de agir: quando houver a necessidade e a parte achar que deve entrar com ação.
- subjetivo: tem a ver com o juiz – competência e imparcialidade, capacidade processual e postulatória
- objetivo: intrínsecos (respeito ao formalismo processual) e extrínsecos (negativo e positivos)
Condições de eficácia:
PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS
Proíbe a reforma para pior. A parte recorre para obter uma melhora, não para ser prejudicada. Ela não pode ter sua situação piorada por meio de um recurso interposto por ela própria.
EX.: Ajuízo ação de danos morais pedindo aqueles R$ 10 mil, o juiz acolhe meu pedido, mas entende que o só me são devidos 5 mil pelo réu, que não recorre. Recorro ao tribunal, que analisa o mérito e chega à conclusão que eu, na verdade, não teria direito a nada. O juízo ad quem não pode dar provimento e reduzir a qualidade da pretensão do recorrente. Se, entretanto, o réu tivesse recorrido, aí sim, é óbvio que o autor poderia ser prejudicado.
Existem exceções, no entanto. São três:
Matérias de ordem pública: prevalece o interesse público sobre o direito privado. São matérias reconhecidas de ofício. 
Fato superveniente: surge um novo fato que influencia no julgamento do recurso, e pode prejudicar quem recorreu. O recurso terá que ser analisado na perspectiva do novo fato. 
Condenação em litigância de má-fé.
PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE
Liga-se à fundamentação. O recurso em Processo Civil precisa de fundamentação. Não se admite recurso em termos gerais. 
Trata-se do recebimento/conhecimento dos recursos impõe à parte recorrente impugnar todos os fundamentos que justificariam a manutenção da sentença ou acórdão recorrido, mostrando serem insustentáveis, sob pena de tornar rígido o julgado objeto do recurso, por ausente demonstração do interesse recursal (que não basta existir, precisa ser demonstrado ao juízo ad quem).
		AGRAVO DE INSTRUMENTO
Art. 1015 do CPC – hipóteses em que é possível entrar com agravo.
Agravo de instrumento é o recurso cabível contra algumas decisões interlocutórias (NCPC, art. 1.015, caput),351 ou seja, contra os pronunciamentos judiciais de natureza decisória que não se enquadrem no conceito de sentença (art. 203, § 2º).
São exemplos de decisões interlocutórias no processo de execução e seus incidentes: as que determinam ampliação ou redução de penhora, deferem a adjudicação ou a alienação, resolvem a impugnação à avaliação, decidem sobre o pedido de pensão do insolvente, autorizam levantamento de dinheiro etc., todas elas impugnáveis por meio de agravo de instrumento. 
É caso, também, de agravo o da decisão em torno da atualização do valor do crédito, nas execuções de título extrajudicial, assim como a que prepara a execução do título judicial, quando a condenação é proferida de forma genérica (decisão de liquidação). 
Ao contrário do que se passa no processo de conhecimento, em que nem todas decisões interlocutórias podem ser atacadas por agravo de instrumento, no processo de execução todas as decisões da espécie são agraváveis (art. 1.015, parágrafo único).
		AGRAVO INTERNO
Contra a decisão interlocutória proferida pelo juiz a quo cabem o agravo de instrumento ou a apelação, conforme o caso. Não é, porém, somente a decisão interlocutória do juiz de primeira instância que desafia agravo. Também nos tribunais superiores há situações em que se verificam decisões interlocutórias com previsão, no Código, do cabimento de agravo. Pela peculiaridade desses casos, há uma disciplina própria a ser observada (CPC, art. 1.021). 
A nova legislação ampliou a utilização do recurso, admitindo-o contra qualquer “decisão proferida pelo relator” (art. 1.021, caput).
	TUTELAS PROVISÓRIAS
Tutela provisória: é o mecanismo processual pelo qual o magistrado antecipa a uma das partes um provimento judicial de mérito ou acautelatório antes da prolação da decisão final, seja em virtude da urgência ou da plausibilidade do direito. No artigo 294 do CPC, a tutela provisória encontra-se prevista como gênero que contempla as seguintes espécies: 
 - Tutela provisória de urgência: é o instrumento processual que possibilita à parte pleitear a antecipação do pedido de mérito com fundamento na urgência. Essa espécie de tutela provisória se subdivide em duas subespécies. 
	a) Tutela provisória de urgência antecipada: caso o risco seja contemporâneo à propositura da ação, a parte poderá preparar a inicial de forma simplificada, indicando como fundamento a tutela provisória de urgência antecipada em caráter antecedente (artigo 303, caput, CPC/2015). Nessa hipótese, concedida a tutela, caso a parte autora tenha optado pela petição simplificada, deverá aditá-la com a complementação dos fatos e fundamentos e a juntada de novos documentos, além de ratificar o pedido principal dentro do prazo mínimo de 15 dias (artigo 303, parágrafo 1º, inciso I, CPC/2015), sob pena de extinção da ação sem a apreciação do mérito. Caso a tutela seja indeferida, a parte autora será intimada para emendar a inicial, mas no prazo máximo de cinco dias (artigo 303, parágrafo 6º, CPC/2015).
Outro ponto de relevante destaque é a possibilidade de os efeitos da tutela de urgência antecipada se tornarem estáveis. 
b) Tutela de urgência cautelar: trata-se do mecanismo que permite à parte obter um provimento acautelatório que preserve o direito material almejado. Em outras palavras, as tutelas de urgência cautelares têm caráter instrumental. Elas não recaem sobre o mérito em si, mas sobre os instrumentos que asseguram a efetividade do mérito e do processo. Poderá ser conferida em caráter antecedente ou incidente. Caso seja deferida na modalidade antecedente, a parte autora também poderá lançar mão da petição simplificada (artigo 305, do CPC), mas deverá aditá-la dentro de 30 dias, de modo a indicar o pedido principal (artigo 308, do CPC).
- Tutela de evidência: prevista no artigo 311 do CPC, a tutela de evidência pode ser requerida independentemente da comprovação do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, levando em consideração a evidência do direito. Nessa modalidade de tutela, o CPC privilegia a boa-fé processual e os casos em que a plausibilidade do direito é patente. São quatro hipóteses:
- abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
- alegações de fato passíveis de comprovação apenas documentalmente e se houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos (incluindo o Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas) ou em súmula vinculante; 
- pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob pena de multa; 
- petição inicial instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
		EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Fica explícito no CPC que cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial, a incluir, por óbvio, as decisões interlocutórias (art. 1.022, caput), conforme a doutrina já vinha sinalizando há muito. As hipóteses de cabimento aparecem nos incisosdo art. 1.022, quais sejam: “I – esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II – suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III – corrigir erro material.”.

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