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TEORIA_DO_FATO_JURIDICA_+_PRESCRICAO+_DECADENCIA

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FATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO (FATO NATURAL)
ORDINÁRIOS
EXTRAORDINÁRIOS
ATO FATO
AÇAO HUMANA – FATO JURÍDICO HUMANO, ATO HUMANO, ATO JURÍGENO- ATO JURIDICO EM SENTIDO AMPLO
LÍCITO 
1- ato jurídico em sentido estrito (não negocial)
2- negócios jurídicos
3- ato-fato jurídico
ILÍCITO (ato ilícito)
FATOS JURÍDICOS EM SENTIDO AMPLO
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Todo acontecimento natural, determinante de efeitos na órbita jurídica. Classificam-se em:
ORDINÁRIOS: fatos da natureza de ocorrência comum, costumeira, cotidiana (nascimento, morte, decurso do tempo, prescrição).
EXTRAORDINÁRIOS: acontecimentos inesperados e em alguns casos imprevisíveis (terremoto, enchente, caso fortuito (imprevisível) e força maior (previsível e inevitável)).
FATO JURIDICO EM SENTIDO ESTRITO – FATO NATURAL
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REQUISITOS:
A) OBJETIVOS: inevitabilidade do acontecimento;
B) SUBJETIVOS: ausência de culpa na produção do evento.
FATO NATURAL EXTRAORDINÁRIO
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Constitui simples manifestação de vontade, sem conteúdo negocial, que determina a produção de efeitos legalmente previstos (lícitos – art. 185 CC).
Não há manifestação de vontade com o intuito de concretizar um negocio jurídico, mas um comportamento humano deflagrador de efeitos estabelecidos em lei.
Ex: fixação de domicílio, registro de filho, quitação.
ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO- MERAMENTE LÍCITOS
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Corresponde a um fato jurídico qualificado pela atuação humana, sendo irrelevante para o direito se a pessoa teve ou não intenção de praticá-lo. Não se leva em consideração a vontade.
 Ex: compra de uma bicicleta realizada por uma criança, indenização decorrente da quebra de uma vidraça para salvar uma vítima do incêndio, louco que encontra um tesoura ou pinta quadros, criança que compra confeitos em botequim.
OBS: o elementos vontade humana é insignificante para configuração do ato.
ATO-FATO JURÍDICO
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É todo ato humano contrário ao ordenamento jurídico (art. 186).
Praticados em desacordo com o prescrito no ordenamento jurídico, embora repercutam na esfera do direito, produzindo efeitos involuntários mas impostos por este ordenamento. Em vez de direito criam obrigações e deveres.
São atos jurídicos pois produzem efeitos, geram obrigação de reparar o dano, art. 927 CC.
ATO ILÍCITO
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CONCEITO 
TEORIAS EXPLICATIVAS
Negócio jurídico é toda manifestação de vontade destinada a produzir efeitos jurídicos. A manifestação de vontade tem conteúdo negocial.
TEORIAS EXPLICATIVAS
1- Teoria da vontade (voluntarista): as declarações de vontade produzem efeitos se dirigidas a um determinado fim querido e previamente conhecido. Teoria dominante no Direito brasileiro (art. 112 CC).
2- Teoria da declaração: o elemento produtor de efeitos jurídicos é a declaração e não a intenção.
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CLASSIFICAÇAO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
Quanto ao número de declarantes:
1- Unilaterais: única manifestação de vontade (testamento, renúncia a herança). Pode ser classificado:
Receptícios: a declaração de vontade depende do conhecimento da outra pessoa (mandato ou notificação de término de relação contratual).
Não-receptícios: o conhecimento pelo outra parte é irrelevante (testamento, confissão de dívida).
2- Bilaterais: manifestação de duas partes formadoras de um consenso (locação).
3- Plurilaterais: se conjugam mais de duas partes (contrato de sociedade).
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Quanto ao exercício de direitos:
1- negócios de disposição: autorizam o exercício de amplos direitos, inclusive alienação (doação).
2- negócios de administração: admitem a administração e uso do objeto cedido (comodato, mútuo).
Quanto às vantagens patrimoniais:
1- gratuitos: somente uma das partes é beneficiada (doação pura).
2- onerosos: ao beneficio auferido corresponde um sacrifício correspondente e subdividem-se em:
Comutativos: equilíbrio entre as prestações (locação).
Aleatórios: a prestação de uma das partes fica condicionada a um acontecimento exterior (safra).
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3- neutros: são destituídos de atribuição patrimonial, não tem natureza gratuita nem onerosa (instituição de bem de família, renúncia abdicativa que não aproveita a ninguém).
4- bifrontes: podem ser gratuitos ou onerosos (depósito, mútuo, mandato).
Quanto à forma:
1- formais ou solenes: exigem para a sua validade, a observância da forma legalmente exigida (venda de bens imóveis- art. 108 CC).
2- não-formais ou de forma livre: a forma pode ser livremente pactuada (venda de bens móveis, art. 107 CC).
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Quanto ao momento da produção dos efeitos:
1- inter vivos: produzem efeitos estando as partes ainda vivas;
2- mortis causa: produzem efeitos após a morte do declarante (testamento).
Quanto à existência: 
1- principais: existentes por si mesmos.
2- acessórios: a existência pressupõe a de um principal (fiança, penhor).
Quanto ao conteúdo: 
1- patrimoniais: avaliados pecuniariamente
2- extrapatrimoniais: sem conteúdo econômico
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Quanto à eficácia:
1- constitutivos: eficácia opera-se ex nunc, ou seja, a partir do momento da celebração.
2- declaratórios ou declarativos: os efeitos retroagem ao momento da ocorrência fática a que se vincula a declaração de vontade, ex tunc.
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Interpretação do negocio jurídico
Regra: art. 112 CC, prevalecendo a teoria da vontade sobre a da declaração.
Art. 114- os negócios jurídicos benéficos (gratuitos) e a renúncia interpretam-se restritivamente. 
Art. 424- quando houver no contrato de adesão cláusula ambígua deve-se adotar a interpretação mais favorável.
Art. 843- a transação interpreta-se restritivamente.
Art. 819 – a fiança não admite interpretação extensiva.
Art. 47 CDC- - interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.
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ELEMENTOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
REQUISITOS ESSENCIAIS:
1- EXISTÊNCIA
2- VALIDADE
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ELEMENTOS CONSTITUTIVOS- Art. 104 CC.
A) Manifestação (declaração) de vontade
B) Agente emissor de vontade
C) Objeto
D) Forma
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Manifestação de vontade
A manifestação de vontade poderá ser:
1- expressa: palavra escrita ou falada, gestos ou sinais.
2- tácita: aquela que resulta de um comportamento do agente.
Meios que neutralizam a vontade: violência, hipnose, tornam o negócios inexistente. Enquanto não exteriorizar a sua vontade não há negócio jurídico.
SILÊNCIO: art. 111 CC, só produz efeitos quando acompanhado de outras circunstancias ou condições. Só induzindo manifestação de vontade, se pelos usos e costumes do lugar, pode intuir-se uma manifestação de vontade.
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Objeto 
Objeto: Precisa ser uma utilidade física ou ideal, em razão do qual giram os interesses das partes.
Imediato: constituição, extinção ou modificação da relação jurídica.
Mediato: a própria coisa ou interesse sobre que recai o negócio.
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FORMA
Forma: meio pelo qual a declaração se exterioriza, o tipo de manifestação através do qual a vontade chega ao mundo exterior (forma escrita, oral, sinais). A forma é o elementos existencial, indispensável para a existência do negócio jurídico.
Art. 107 CC- forma livre- regra geral
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Pressupostos de validade
1- Manifestação de vontade livre e de boa-fé.
2- Agente emissor da vontade capaz e legitimado para o negócio jurídico. (requisito subjetivo)
3- Objeto lícito, possível e determinado (ou determinável). (requisito objetivo)
4- Forma adequada (livre ou legalmente prescrita).
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Manifestação de vontade
A) Princípio da autonomia privada: liberdade negocial. Limites: lei, moral, ordem pública.
B) Princípio da boa-fé.
A vontade uma vez manifestada, obriga o contratante, princípio da obrigatoriedade dos contratos (pacta sunt servanda), o contrato faz lei entre as partes, não podendo ser modificada pelo poder judiciário.
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Agente emissor capaz e legitimado
Capacidade plena: se a incapacidade for absoluta (negócio nulo, se for relativa, negócio anulável).
Legitimidade: não estar impedido de praticaro ato, não obstante goze de plena capacidade. (Proibida a venda do imóvel pelo inquilino).
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Objeto lícito, possível e determinado
Licitude: o que não contraria a lei, a moral, os bons costumes e a ordem pública (prestação de serviços sexuais).
Possível: possibilidade física ou humanamente possível (homem médio). Somente a impossibilidade absoluta invalida o negócio, se for relativa poderá ser realizada por terceiro às custas do devedor.
Determinado ou determinável: contendo elementos mínimos de individualização que permitam caracterizá-lo. Certo (quanto a existência) e determinado (valor-objeto).
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Forma
Prescrita ou não proibida em lei: observando o principio da liberdade das formas (art. 107 CC) 
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RESERVA MENTAL
Quando um dos declarantes oculta a sua verdadeira intenção, isto é, quando não quer que um efeito jurídico que declara querer.
Tem por objetivo enganar o outro contratante ou declaratário.
A reserva (o que se passa na mente do declarante) é indiferente ao mundo jurídico e irrelevante no que se refere à validade e eficácia do negócio jurídico. 
Se o declaratário conhece a reserva mental, configura-se hipótese de ausência de vontade, negócio inexistente. 
Ex: casamento de estrangeiro com brasileira, com única finalidade de não ser expulso (se a mulher não tiver conhecimento da reserva, o casamento é válido e não poderá ser anulado); se tiver conhecimento poderá ser anulado ou declarado inexistente. 
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ELEMENTOS ACIDENTAIS
Procurando alterar ou regular a produção dos efeitos do negócio jurídico, podem as partes inserir elementos acidentais, pois são dispensáveis para a existência do negócio jurídico. Existem negócios em que é vedada a utilização de elementos acidentais, como casamento e herança.
1-condição
2- termo
3- modo ou encargo
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CONDIÇÃO
É a determinação acessória, que faz a eficácia da vontade declarada dependente de algum acontecimento futuro e incerto.
A) incerteza: com relação à própria ocorrência do fato, e não ao período de tempo em que este irá se realizar. 
B) futuridade: não se considera condição o passado ou presente, mas somente o futuro.
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OBS: Por isso a MORTE em princípio não é considerada condição, visto que o indivíduo nasce e tem a certeza de que um dia irá morrer, mesmo que não saiba quando.
A morte pode vir a ser uma condição, se subordinada a evento incerto, ex: doarei uma fazenda a meu tio moribundo se falecer até o dia 5, o acontecimento subsume-se à categoria de condição, uma vez que, neste caso, haverá incerteza quanto à própria ocorrência do fato dentro do prazo que se fixou.
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FORMAS
1- Quanto a licitude:
LICITA: quando não contrariar a lei, moral, ordem pública e os bons costumes
ILICITA: quando contrariar a lei, a moral,a ordem pública e os bons costumes.
2- Quanto ao modo de atuação
SUSPENSIVA: subordina o início dos efeitos do negócio ao implemento da condição. O nascimento do direito fica suspenso (se chover amanhã poderá utilizar meu carro)
RESOLUTIVA: quando a condição põe fim aos efeitos (pode utilizar meu carro enquanto estiver chovendo).
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3- Quanto a vontade das partes
Casuais: subordina o negócio jurídico ao acaso. A um fato alheio à vontade das partes (emprestarei meu carro se chover amanha).
Potestativa: subordina e eficácia a vontade de uma das partes
A) puramente potestativa (mero arbitrium): deixar a eficácia subordinada ao arbítrio da parte (dou meu carro se eu quiser). São ilícitas (art. 122)
B) meramente potestativa (arbitrium boni viri): depender de um ato e não do capricho da parte (empresto meu carro se der uma volta no quarteirão correndo)
Perplexas: as que privarem de todo o efeito o negócio jurídico, que são as puramente potestativas.
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4- Quanto a possibilidade
POSSÍVEL: quando puder ser cumprida, tanto no aspecto físico como no jurídico.
IMPOSSÍVEL: não puder ser cumprida por nenhum ser humano, por razão natural ou jurídica. Se a condição for suspensiva (invalida o negócio) e se for resolutiva (inexistente). São aquelas irrealizáveis por qualquer pessoa, ou seja, cujo implemento exigiria esforço sobrenatural. Ex: dar uma volta de 7 Km em 2 segundos; colocar toda a água do oceano em um copo.
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TERMO
É o momento (dia, mês, ano) em que começa ou termina a eficácia do negócio jurídico.
A) futuridade
B) certeza 
OBS: vinculam os negócios jurídicos de execução diferida e não os instantâneos, que se consumam em um só ato.
O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito (art. 131).
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1- Quanto ao modo de atuação
SUSPENSIVO: (termo inicial) (dies a quo) subordina o início da eficácia do negócio jurídico (ganhará um carro ao completar 18 anos)
RESOLUTIVO: (termo final) (dies ad quem) te empresto meu carro até junho.
2- Quanto a origem
LEGAL: previsto em lei
CONVENCIONAL: previsto em contrato.
GRAÇA: fixado por decisão judicial.
OBS: o período de tempo entre os termos inicial e final denomina-se prazo (art. 132). Nos casos de atos sem prazo são exigíveis de imediato.
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MODO OU ENCARGO
Consiste no ônus ou obrigação à parte que é beneficiada em virtude de uma liberalidade pratica pelo agente. Consiste em autolimitação da vontade, típica dos negócios gratuitos.
Não suspende nem interrompe a eficácia do negócio jurídico (empresto meu carro para que cuide de minha sogra).
Encargo é peso atrelado a uma vantagem. 
O encargo ilícito ou impossível é considerado não escrito (inexistente) remanescendo ao ato na sua forma pura.
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Vícios de consentimento (afetam a vontade, impedem que seja a vontade declarada livre e de boa-fé)
Erro (art. 138 a 144 CC)
Dolo (art. 145 a 150 CC)
Coação (art. 151 a 155 CC)
Lesão (art. 157 CC)
Estado de perigo (art. 156 CC)
Vícios sociais (intenção de ludibriar)
1- Simulação (art. 167 CC) - nulidade
2- Fraude contra credores (art. 158 a 165 CC)
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Erro
Erro: quando o agente, por desconhecimento ou falso conhecimento das circunstancias, age de um modo que não seria a sua vontade se conhecesse a real situação.
Erro é um estado de espírito positivo, a falsa percepção da realidade, diferente da ignorância, que é um estado de espírito negativo, o total desconhecimento do declarante a respeito das circunstancias do negócio.
Aplica-se à ignorância as mesmas consequências do erro.
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Erro
Essencial (substancial)
Escusável (perdoável)
Substancial é o erro que incide sobre a essência (substancia) do ato que se pratica, sem o qual este não se teria realizado. Art. 138 CC.
I) interessa à natureza do negócio, ao objeto da declaração ou a alguma das qualidades a ele essenciais (celebrar contrato de compra e venda pensando que é doação).
II) concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante (celebrar contrato de doação a um falso herói)
III) sendo de Direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico (celebrar locação de imóvel por situar-se em local com ar puro).
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Error in negotio: incide sobre a natureza do negócio que se leva a efeito (comodato como doação). Art. 139, I.
Error in corpore: aquele que versa sobre a identidade do objeto (comprar um animal trocado). Art. 139, I.
Error in substancia: versa sobre a essência da coisa ou qualidade do objeto (comprar anel imaginando ser de ouro). Art. 139, I.
Error in persona: versa sobre a identidade física ou qualidades de determinada pessoa (doar uma quantia a Caio imaginando ser ele o salvador de seu filho) . Art. 139, II.
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Escusável: perdoável, dentro do que se espera do homem médio que atue com grau normal de diligencia. Não anula o negócio o erro grosseiro.
ERRO DE DIREITO (error juris): admitido pela doutrina desde que não implique recusa à aplicação da lei (art. 139, III), sendo o requisito da boa-fé indispensável para quese reconheça esta espécie de erro, sendo substancial.
Adotando o padrão abstrato, do homem médio, média das pessoas.
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Erro
Convalescimento: Art. 142 CC. Aplicação do princípio da conservação, deve o interprete, desde que não haja prejuízo, empreender todos os esforços para resguardar a eficácia jurídica do ato acoimado de invalidade.
Erro vicia a vontade do agente, diferente do vício redibitório como defeito oculto que lhe diminui o valor, não incorrendo em erro o agente, visto que adquiriu a coisa que exatamente pretendia.
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Dolo
Dolo é o erro provocado por terceiro, e não pelo próprio sujeito enganado. Corresponde a todo artifício malicioso empregado por uma das partes ou por terceiros com o propósito de prejudicar outrem, quando da celebração do negócio jurídico, artimanha, engodo, encenação, astúcia, desejo maligno tendente a viciar a vontade do destinatário, a desviá-la de sua correta direção.
Requisitos:
1- intenção de induzir o declarante a praticar o ato jurídico;
2- utilização de recursos fraudulentos graves;
3- que esses artifícios sejam a causa determinante da declaração de vontade;
4- que procedam do outro contratante ou sejam por este conhecidos como procedentes de terceiros.
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Quanto à extensão dos efeitos:
1- Principal (essencial, determinantes ou causal) ataca a causa do negocio jurídico, art. 145 CC. Ocorre um vício de consentimento.
2- Acidental: gera apenas a obrigação de indenizar, visto que há ato ilícito.
Dolus bonus: realçar, de forma exagerada, as qualidades do produto, sem enganar, não caracteriza dolo. È o dolo menos intenso, tolerado.
Dispensa-se a prova de efetivo prejuízo.
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Quanto à atuação do agente:
1- Positivos (comissivo): atos enganatórios
2- Negativos (omissivo), precisando caracterizar:
Silencio de levar o outro contratante a se desviar de sua real vontade, induzindo o a erro.
Relação de essencialidade entre a omissão dolosa intencional e a declaração e vontade.
Omissão do próprio contraente e não de terceiro.
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Dolo de terceiro: somente invalida o ato quando a parte a quem aproveita soube do expediente astucioso ou devesse dele ter conhecimento, criando o dolo eventual da parte a quem aproveita o ardil. Art. 148. 
Dolo do representante: 
1- Legal: só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve.
2- Convencional: o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.
Se ambas as partes agirem com dolo, pelo princípio que veda a alegação da própria torpeza em juízo, a lei proíbe que se possa anular o negócio ou pleitear indenização. Art. 150. 
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Coação
É preciso ameaça, física ou moral, sobre uma das partes, que faz com que essa tenha sua vontade alterada, deixando de agir de acordo com suas intenções e convicções. 
Incutir no paciente um temor de dano iminente e considerável à pessoa, à família ou aos seus bens.
Leva-se em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstancias que possam influir na gravidade. Art. 152.
Não gera coação o temor reverencial, respeito a autoridade paterna ou eclesiástica;
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Requisitos para caracterização da coação:
1- violência psicológica
2- declaração de vontade viciada
3- receio sério e fundado de grave dano à pessoa, à família (ou a pessoa próxima) ou aos bens do paciente.
Anulação do negócio jurídico se a parte beneficiada sabia ou devesse saber da coação. Se a parte não coagida não sabia, persiste o negócio jurídico.
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Espécies de coação
1- Moral (relativa – vis compulsiva): a vontade do agente é restringida e não totalmente excluída, podendo deixar de praticar o negócio jurídico optando por resistir ao mal pretendido. Tornando o negócio jurídico inexistente e não simplesmente anulável. 
2- Física (absoluta – vis absoluta): não existe vontade. Causa de anulabilidade por não tolher completamente a liberdade volitiva.
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requisitos
1) a coação deve ser a causa do ato;
2) deve ser grave
3) deve ser injusta ou ilícita
4) deve ser atual ou iminente
5) deve acarretar justo receio de dano
6) deve constituir ameaça de prejuízo à pessoa ou a bens da vítima, ou a pessoa de sua família. Art. 151, se não constituir familiar, o juiz decidirá se houve coação. 
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Estado de perigo
Ocorre quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
Reconhecido que o agente praticou o fato em estado de perigo, o negócio jurídico deverá ser anulado, desde que tais circunstâncias sejam conhecidas pelo agente.
Ex: seqüestro de um familiar, exigência de quantia exorbitante, vende um bem por valor cinco vezes abaixo do de custo.
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Elementos do estado de perigo:
1- OBJETIVO: assunção de obrigação excessivamente onerosa
2- SUBJETIVO: sensação de inferioridade da vítima quanto ao dolo de locupletamento da parte beneficiada.
OBS: não é necessário a ocorrência do dolo (elemento subjetivo), basta a inexperiência do lesado.
Dano: atual ou iminente e grave. Art. 156 permite que seja a pessoa não restrita ao âmbito familiar da vítima, devendo provar a efetividade entre ambas, o que não se faz necessário nos demais casos.
Não se prevê a hipótese de redução de prestações excessivamente onerosas como nos casos de lesão, mas aplica-se o instituto da lesão ao estado de perigo.
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Lesão
Ocorre quando uma pessoa, por premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
É o desequilíbrio entre as prestações de um contrato, observáveis quando da celebração da avença. Obtendo uma das partes um aproveitamento indevido em virtude da situação de inferioridade da outra.
Esta proporção precisa ser apreciada de acordo com os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio.
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Fraude contra credores
Caracterizada quando o devedor insolvente, ou na iminência de assim se tornar, pratica atos maliciosos no intuito de diminuir o seu patrimônio, reduzindo, assim, a garantia que esse representa para o pagamento de suas dívidas perante credores.
Indispensável a prova dos seguintes requisitos: 1- CONSILIUM FRAUDIS: conluio fraudulento: má-fé.
	2- EVENTUS DAMNI: evento danoso: prejuízo causado ao credor, que não conseguirá satisfazer o seu crédito diante da insolvência do devedor.
	3- Anterioridade do crédito
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FRAUDE À EXECUÇÃO X FRAUDE CONTRA CREDORES
Fraude contra credores: deve ser constatada em sede de ação autônoma, ação pauliana.
Fraude à execução: pode ser reconhecido em decisão interlocutória por meio de mera petição. 
Súmula 195 do STJ: Em embargo de terceiro, não se anula ato jurídico, por fraude contra credores. Esse entendimento ressalta a necessidade de discussão do defeito em tela em processo próprio, não incidentalmente, o que, em alguns casos, dificulta o acesso à Justiça e à economia processual. 
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INVALIDADE
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NULIDADE E ANULABILIDADE
Nulidade é um vício que retira todo ou parte de seu valor a um ato jurídico, ou o torna ineficaz apenas para certas pessoas.
Nulidade vem a ser a sanção, imposta pela norma jurídica, que determina a privação dos efeitos jurídicos do negócio praticado em desobediência ao que prescreve.
1) ato nulo (nulidade absoluta): desvalioso por violar norma de ordem pública, de natureza cogente, e carrega um vício considerado grave.
2) ato anulável (nulidade relativa): contaminado por vício menos grave, decorre de infringência de norma jurídica protetora de interesses eminentemente privados.
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Classificação das nulidades
A) originária e sucessiva: a primeira nasce com o próprio ato, contemporaneamente à sua formação e a segunda decorre de causa superveniente.
B) total e parcial: no primeiro caso atinge todo o ato, contaminando-o por inteiro e no segundo caso contamina apenas parte do negócio, mantendos demais segundo o princípio da conservação.
OBS: todo ato, nulo ou anulável é considerado inválido. Mas a invalidade parcial, não contamina as partes válidas e aproveitáveis de um negócio.
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NULIDADE ABSOLUTA
1) celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
2) for ilícito ou impossível ou indeterminável o seu objeto;
3) o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito.
4) não revestir a forma prescrita em lei;
5) preterir alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade
6) tiver por objeto fraudar a lei imperativa;
7) a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
8) tiver havido simulação
OBS: todas as hipóteses estão relacionadas aos requisitos de validade. 
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Os negócios nulos não admitem confirmação, razão porque, constatando-se o vício, o ato há de ser repetido, afastando-se o seu defeito.
Deverão renová-lo, repetindo-o em novo instrumento contratual, com a observância de todos os requisitos formais de validade.
Imprescritibilidade da declaração de nulidade do negócio jurídico: art. 169.
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Precisam ser declarados judicialmente e esta é imprescritível, mas se cumulada de pretensão condenatória é prescritível.
Por ser sentença proferida no bojo de ação declaratória de nulidade, os seus efeitos retroagem até a data da realização do ato, invalidando-o ab initio (efeitos ex tunc).
Art. 182 –”nulo”, no sentido de abranger a nulidade relativa e absoluta.
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NULIDADE RELATIVA (ANULABILIDADE)
Não tem efeito antes de julgada por sentença, não poderá ser pronunciada de ofício, exigindo, para o seu reconhecimento, alegação dos legítimos interessados.
Se for indivisível o objeto do negócio jurídico, quando cada um dos declarantes tem direito ou está obrigado a dívida toda, a arguição de nulidade relativa feita por um dos envolvidos aproveita aos demais interessados.
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AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGOCIO JURIDICO
Prazo de 4 anos contados (art. 178):
1) no caso de coação, do dia em que ela cessar;
2) no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico.
3) no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade.
Este prazo de 4 anos será reduzido para 2 anos, nos casos de a norma legal não estabelecer prazo para a anulação.
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Confirmação do negócio jurídico anulável
A) expressa: quando as partes manifestam firme e claro propósito de reafirmar todos os termos do negócio jurídico.
B) tácita: não se manifestando explícito interesse de confirmá-lo, a parte comporta-se diante da outra nesse sentido. Ex: o devedor poderia negar a obrigação, mas cumpre o pagamento.
OBS: em nenhuma hipótese a obrigação poderá violar interesse de terceiros.
A sentença tem natureza constitutiva ou desconstitutiva negativa, desfazimento do ato e extinção da relação jurídica viciada, com efeitos ex tunc, art. 182. 
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CONVERSÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO
Trata-se de uma medida sanatória, por meio do qual aproveitam-se os elementos materiais de uma negócio jurídico nulo ou anulável, convertendo-o, juridicamente, de acordo com a vontade das partes, em outro negócio válido e de fins lícitos.
Pressupostos da conversão:
1) material: aproveitam-se os elementos fáticos do negócio jurídico inválido, convertendo-o para a categoria jurídica do ato válido.
2) imaterial: intenção direcionada à obtenção da conversão negocial e recategorização jurídica do negócio inválido.
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Exemplos: nota promissória nula por inobservância dos requisitos legais de validade é aproveitada como confissão de dívida. 
Doação mortis causa, inválida, converte-se em legado, desde que observadas as normas de sucessão testamentária.
Contrato de compra e venda de imóvel valioso, firmado por instrumento particular, nulo de pleno direito por vício de forma, converte-se em promessa irretratável de compra e venda, para a qual não se exige a forma pública.
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Simulação
É a declaração enganosa da vontade, com o objetivo de produzir efeito diverso do ostensivamente indicado. As partes fingem praticar um negócio, que na verdade não desejam, para prejudicar um terceiro.
Espécies de simulação:
1- Absoluta: celebram um negócio jurídico falso sem a intenção de realizá-lo ou de realizar qualquer outro. Há apenas o objetivo de lesar terceiro. Situação irreal.
2- Relativa (dissimulação): os contratantes realizam um negócio sob determinada aparência, desejando, na verdade, realizar negocio diverso.
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Elementos da simulação:
1- divergência intencional entre vontade e declaração, ou melhor, entre o negócio aparente e os efeitos buscados.
2- um acordo simulatório entre os declarantes.
3- o intuito de enganar terceiros.
OBS: os agentes simuladores tem plena consciência de seu agir, buscando com a realização do negócio infringir a lei ou o interesse de terceiros, desta forma a simulação volta-se a ofensa a interesse público, não se restringindo a interesses particulares.
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PRESCRIÇÃO
É a perda da ação atribuída a um direito, e de toda a sua capacidade defensiva, em consequência do não uso dela, durante determinado espaço de tempo.
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REQUISITOS
1- VIOLAÇÃO DO DIREITO
2- INÉRCIA DO TITULAR
3- DECURSO DO TEMPO FIXADO EM LEI
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PRETENSÕES IMPRECRITÍVEIS
1- OS QUE PROTEGEM OS DIREITOS DA PERSONALIDADE
2- AS QUE SE PRENDEM AO ESTADO DAS PESSOAS
3- AS DE EXERCÍCIO FACULTATIVO
4-AS CONCERNENTES A BENS PÚBLICOS
5- AS QUE PROTEGEM O DIREITO DE PROPRIEDADE, QUE É PERPÉTUO;
6- AS DE REAVER BENS CONFIADOS À GUARDA DE OUTREM
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CAUSAS IMPEDITIVAS E SUSPENSIVAS
SEMELHANÇA: ambas são formas de paralisação do prazo prescricional;
DIFERENÇA: quanto ao termo inicial, pois no impedimento o prazo nem chegou a correr, enquanto na suspensão, o prazo, já fluindo, congela-se, enquanto pendente a causa suspensiva.
Causas previstas nos art. 197 a 199 CC.
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INTERRUPÇÃO
A diferença entre interrupção e suspensão 
Suspensão o prazo fica paralisado
Interrupção o prazo zera-se todo o tempo decorrido, recomeçando a contagem da data do ato que a interrompeu, ou do ultimo ato do processo para interromper. (art. 202 CC).
INTERRUPÇÃO PERMITIDA UMA ÚNICA VEZ 
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CAUSAS DE INTERRUPÇÃO
ART. 202 CC.
A- DESPACHO DO JUIZ, MESMO INCOMPETENTE, QUE ORDENE A CITAÇÃO, SE O INTERESSADO PROMOVER NO PRAZO E NA FORMA DA LEI PROCESSUAL
B-O PROTESTO, NAS MESMAS CONDIÇÕES DA INCISO ANTECEDENTE (MEDIDA CAUTELAR DE PROTESTO, PREVISTA NOS ARTS. 867 E 873 CPC)
C- O PROTESTO CAMBIAL (PROTESTO EXTRAJUDICIAL), MESMO CONTRÁRIO A SUMULA 153 DO STF.
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D- A APRESENTAÇÃO DO TÍTULO DE CRÉDITO EM JUÍZO DE INVENTÁRIO OU EM CONCURSO DE CREDORES.
E- QUALQUER ATO JUDICIAL QUE CONSTITUA EM MORA O DEVEDOR
F- QUALQUER ATO INEQUÍVOCO, AINDA QUE EXTRAJUDICIAL, QUE IMPORTE RECONHECIMENTO DO DIREITO DO DEVEDOR
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INSTITUTOS AFINS
PRECLUSÃO: é de ordem processual. Consiste na perda de uma faculdade processual, por não ter sido exercida no momento próprio.
PEREMPÇÃO: também é de natureza processual. Consiste na perda do direito de ação pelo autor contumaz, que deu causa a três arquivamentos sucessivos . Não extingue o direito material nem a pretensão, que passar a ser oponíveis somente como defesa.
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DISPOSIÇÕES LEGAIS SOBRE PRESCRIÇÃO
- OS PRAZOS NÃO PODEM SER ALTERADOS POR ACORDO DAS PARTES.
A PRESCRIÇÃO PODE SER ALEGADA EM QUALQUER GRAU DE JURISDIÇÃO, PELA PARTE A QUEM APROVEITA, DEVENDO SER DECLARADA DE OFÍCIO PELO JUIZ
A PRESCRIÇÃO INICIADA CONTRA UMA PESSOA CONTINUA A CORRER CONTRA O SUCESSOR.
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DECADÊNCIA
É a perda do direito potestativo pela inércia do seu titular no período determinado em lei.
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DISTINÇÃO
São prescritíveis somente os prazos discriminados na parte geral, nos arts. 205 e art. 206, sendo decadenciais os demais, estabelecidos como complemento de cada artigo que rege a matéria.
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Disposições legais
Decadência legal:deverá o juiz conhecê-la de ofício (art. 210).
Decadência convencional: a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação (art. 211).
NÃO SE APLICAM À DECADÊNCIA AS NORMAS QUE IMPEDEM, SUSPENDEM OU INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO, SALVO ESTIPULAÇÃO EM CONTRARIO (ART. 207)

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