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AGRAVO EM EXECUÇÃO E RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. AGRAVO EM EXECUÇÃO. Fundamento legal: Artigo 197 da LEI DE EXECUÇÕES PENAIS (Lei 7210/84) e Súmula 700 do Supremo Tribunal Federal. Cabimento: Recurso cabível para atacar todas as decisões proferidas em sede de execução penal (art. 197 LEP). Ainda, é cabível contra decisões que: conceda, negue ou revogue a suspensão condicional da pena ou livramento condicional decida sobre a unificação das penas decrete medida de segurança depois da sentença tramitada em julgado imponha medida de segurança por transgressão de outra mantiver ou substituir a medida de segurança nos casos do art. 774 revogar medida de segurança deixar de revogar medida de segurança nos casos onde a revogação for admitida converta a multa em detenção ou prisão simples Endereçamento: Ao Juízo da Execução Penal Verbos: “interpor” – “apresentar” – “prover” Sujeitos: Agravante (aquele que interpõe) Agravado (contra quem foi interposto) Prazo: 05 (cinco) para interposição. O início do prazo é da data da intimação da decisão. (art. 586 CPP) Contrarrazões: 02 (dois) para razões (Súmula n. 700 do STF) - (art. 588 CPP Estrutura da peça: Segue nos moldes do Recurso em Sentido Estrito: - endereçamento - parte introdutória - pedidos (art. 589 CPP) - parte final Agravo em Execução – Estrutura da Peça (endereçamento) EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARAS DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA ____, (parte introdutória) Execução Penal n. ____, ____, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, atualmente recolhido no presídio estadual ____, por seu advogado, que esta subscreve, vem, muito respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, não se conformando com a r. decisão que negou a sua soltura, interpor Agravo em Execução, com fulcro no artigo 197 da Lei 7.210/84. (pedidos -art. 589 CPP) Requer que, recebido e processado este, já com as inclusas razões, possa Vossa Excelência retratar-se, concedendo o direito pleiteado. No entanto, caso entenda de forma diversa, após ouvido o ilustre representante do Ministério Público, requer seja encaminhado o recurso ao Egrégio Tribunal de Justiça de ____. (parte final) Termos em que, pede deferimento. Comarca, data. Advogado, OAB/____ n. ____. Formação do instrumento: Conforme paragrafo único do art. 587 CPP. Peças obrigatórias: - decisão recorrida - certidão de intimação - termo de interposição Agravo em Execução – Modelo de Peça / Formação do Instrumento RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO: Agravante: ____. Agravado: Ministério Público. Execução Penal n.: ____. Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara, Douta Procuradoria, Em que pese o ilibado saber jurídico do Meritíssimo Juiz da Vara das Execuções Criminais da Comarca ____, a respeitável decisão de fls. ____/____ não merece prosperar, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I. DOS FATOS ____, denunciado e condenado em 03 (três) processos criminais às penas de 19, 21 e 25 anos, cumpriu 15 (quinze) anos da pena de reclusão, quando fugiu do presídio estadual ____. Após 01 (um) ano foragido, foi capturado e passou mais 15 (quinze) anos encarcerado, totalizando 30 (trinta) anos de pena cumprida. Por esse motivo, foi requerida a sua imediata soltura ao juiz da Vara das Execuções Criminais. No entanto, o pedido foi negado, sob a alegação de que o agravante deveria cumprir outros 35 (trinta e cinco) anos de prisão – soma total das penas, já reduzido o tempo cumprido. II. DO DIREITO Entretanto, a decisão do Meritíssimo Juiz afronta, diretamente, a Constituição Federal, que veda as penas de caráter perpétuo: “Artigo 5º, XLVII, ‘b’: não haverá penas: b) de caráter perpétuo”. Com base no princípio contido na cláusula pétrea acima transcrita, e considerada a expectativa de vida do brasileiro, o legislador pátrio, quando elaborou o Código Penal, limitou o cumprimento de pena privativa de liberdade a 30 (trinta) anos. “Art. 75 – O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos”. Como já relatado, o agravante já cumpriu uma pena de 30 (trinta) anos, pouco importando o fato de ter fugido durante o período. Logo, faz-se imperiosa a sua soltura. Vale ressaltar, por derradeiro, que, para os casos em que a pena é superior ao limite legal, deve ser realizada a unificação das penas, nos termos do artigo 111 da Lei 7.210/84. Caso contrário, teríamos, inevitavelmente, penas de caráter perpétuo. “Ex positis”, requer seja conhecido e provido o presente recurso, tornando-se sem efeito a decisão atacada, e expedido o respectivo alvará de soltura. Termos em que, pede deferimento. Comarca, data. Advogado, OAB/____ n. ____. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO Fundamento legal: Artigos 581 a 592 do Código de Processo Penal. Cabimento: O Recurso em Sentido Estrito, para parte da doutrina, cabe apenas nas hipóteses do artigo 581 do Código de Processo Penal. O artigo 581 do CPP autoriza o Recurso em Sentido Estrito nos seguintes casos: Que não receber a denúncia ou a queixa (Ministério Público, querelante): falta de formalidade; (artigo 41 do CPP). (Segue-se a posição que o ato de não receber é diferente de rejeitar a denúncia) Apesar de posição jurisprudencial diversa. Quando rejeitada, fala-se de decisão terminativa, cabendo, portanto, apelação (artigo 43 do CPP). Endereçamento: EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA ____. Verbos: “interpor” Sujeitos: Prazo: para interposição 05 (cinco) dias (salvo na hipótese do artigo 581, XVI, CPP); Contrarrazões: para razões 02 (dois) dias. Estrutura da peça: EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA ____. Processo criminal n. ____. FELÍCIO, já qualificado nos autos do processo criminal em epígrafe,por seu advogado, nos autos da ação penal que lhe move o Ministério Público, não se conformando, “data vênia”, com a respeitável sentença de pronúncia, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fulcro no artigo 581, IV, do Código de Processo Penal. Destarte, requer seja recebido e processado o presente recurso, e, caso Vossa Excelência mantenha a r. sentença de pronúncia, encaminhado ao Egrégio Tribunal de Justiça. Temos em que, Pede deferimento. Comarca, data. Advogado, OAB/____ n. ____. Formação do instrumento: Recurso em Sentido Estrito – Modelo de Peça RAZÕES: Razões de Recurso em Sentido Estrito Recorrente: Felício. Recorrido: Ministério Público. Processo n.:____. Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara, Douta Procuradoria de Justiça, Em que pese o notável saber jurídico do Meritíssimo Juiz de Direito da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca ____, a respeitável sentença de pronúncia não merece prosperar, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: I. Dos Fatos Segundo a denúncia, no dia ____, após uma partida de tênis, o recorrente desferiu um golpe de raquete na vítima Roberval, que, em razão do ataque, perdeu o equilíbrio e chocou-se contra a guia do calçamento, vindo a falecer e decorrência dos ferimentos Por esse motivo, o Ministério Público ofereceu denúncia em desfavor do recorrente, com fulcro no artigo 121, “caput”, do Código Penal. Encerrada a instrução, o magistrado entendeu que o acusado agiu com dolo eventual, devendo ser submetido a julgamento perante o Tribunal do Júri, conforme sentença de pronúncia de fls. ____/____. II. Do Direito Contudo, a respeitável sentença de pronúncia não deve prosperar, pois é contrária aos ditames legais. Como já relatado, a vitima faleceu por motivos alheios à vontade e à conduta do acusado, que não concorreu intencionalmente para a ocorrência do fatídico desfecho – nem pôde prever ou assumir o resultado. Para que houvesse o dolo eventual, o acusado teria que ter assumido o resultado morte, o que não ocorreu, pois, como ficou comprovado,o golpe desferido pelo recorrente sequer foi dado com força. Entretanto, por infortúnio, a vítima perdeu o equilíbrio durante o entrevero e chocou-se contra a guia da calçada, vindo a falecer em razão disso. Portanto, inexistiu “animus necandi” na conduta do acusado, não havendo o que se falar em crime doloso contra a vida, de competência do Tribunal do Júri, sendo indubitavelmente excessiva a imputação que lhe é atribuída. Em verdade, a conduta do acusado amolda-se perfeitamente à descrição do tipo previsto no artigo 129, § 3º, do Código Penal, que trata sobre a lesão corporal seguida de morte: “se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo”. “Ex positis”, requer seja conhecido e provido o presente recurso em sentido estrito, para que se desclassifique a conduta do recorrente para aquela prevista no artigo 129, § 3º, do Código Penal, como medida de justiça. Termos em que, Pede deferimento. Comarca, data. Advogado, OAB/____ n. ____. BIBLIOGRAFIA GRINOVER, Ada Pellegrini; FERNANDES, Antonio Scarance; GOMES FILHO, Antonio Magalhães. Recursos no processo penal. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 8. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011. TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Prática de processo penal.
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