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Psicologia e Saúde Pública

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Aponte quais as principais críticas a respeito do conceito de Saúde apresentado pela OMS, traçando um paralelo com o referido conceito.
Antigamente acreditava-se que saúde era a ausência de doença, esse conceito foi alterado devido à evolução e progresso das pesquisas na área, juntando forças de muitas áreas e conhecimentos distintos para encontrar de que forma devemos encarar essa realidade.
	A OMS definiu como saúde o perfeito bem-estar e equilíbrio físico, psicológico, social e espiritual. Essa definição sofre diversas críticas, pois a perfeita harmonia em todos esses aspectos é utópica, também pelo fato de não podermos definir normalidade frente à subjetividade de todos, diversas culturas, contextos, necessidades, e características diferentes, ou classificar como doentes pessoas que vivem em realidades diferentes. Então a crítica se refere à dificuldade de estar harmonicamente bem em todos os aspectos, pela dificuldade de definir “bem”, e pela categorização generalista da doença.
	
Qual seu entendimento sobre o processo Saúde adoecimento?
Saúde para mim é a soma de todos os aspectos básicos do ser humano (bio-psico-social), em que o resultado dessa soma é uma pessoa livre de sofrimento cotidiano, não impedindo ou comprometendo o crescimento pessoal e desenvolvimento biológico. 
Fato que existem determinantes sociais influentes no processo saúde/doença, e condições que são necessárias para um desenvolvimento sadio, no nosso país é dever do estado promover as condições mínimas para esse desenvolvimento. O processo de adoecimento não é adquirido apenas por um fator, como por exemplo, a dengue, em que o responsável pela contaminação foi o mosquito, mas existe o fato de que o ambiente é propício para a proliferação do mesmo.
	Promover saúde indica primeiramente à luta para que todos tenham acesso às instituições de saúde, escolas, trabalho digno, alimentação, habitação com infraestrutura e noção de seus demais direitos. Para ter saúde precisamos ser vistos como um todo, como afirma o conceito da OMS, por isso trabalhamos em equipes multidisciplinares e interdisciplinares, que objetiva suprir as carências e demandas de pessoas mais vulneráveis em todos os aspectos.
Culturas apresentando caracteristicas particulares necessitam de atenção particular, é necessário ser flexível e entender as necessidades locais, determinantes sociais específicos em cada região, usando conceitos globais como referência e nao como regra.
Descreva as principais correntes de pensamento e suas características sobre o processo saude e doença e relacione com a resposta da questão nº 2. 
R: No modelo biomédico, a ideia é de que existe uma estrutura dinâmica e biológica que permite um funcionamento “normal” do corpo. 
Boorse (1975) citado por Czeresnia e Freitas (2003, p.56) diz que: “saúde se refere à normalidade no cumprimento das funções das diferentes partes do organismo: o normal é objetiva e propriamente definido como aquele cuja função está em acordo com o seu desenho”. 
Kleinman, et al. (1978) citado por Czeresnia e Freitas (2003, p-98), introduzem a ideia de enfermidade, que diz respeito aos “processos de significação cultural da doença: “a saúde, a enfermidade e o cuidado são parte de um sistema cultural e assim devem ser entendidos em suas relações mútuas; examiná-los isoladamente distorce a compreensão da natureza de cada um deles e o modo como funcionam em um dado contexto”.
Canguilhem (1995) citado por Czeresnia e Freitas (2003) afirma que “é impossível associar normalidade e saúde, ou anomalia e patologia”, dado que a vida não se resume ao funcionamento fisiológico do organismo individual e que “o ser vivo e o meio não podem ser chamados de normais se forem considerados em separado”.
Para Good e Good (1980), citado por Czeresnia e Freitas (2003), “as fronteiras entre o normal-patológico e saúde-doença seriam estabelecidas pelas experiências de enfermidade em diferentes culturas, pelos modos como elas são narradas e pelos rituais empregados para reconstruir o mundo que o sofrimento destrói [...], a enfermidade situa- se no domínio da linguagem e do significado e por isso, constitui-se em uma experiência humana”.
 A distinção entre patologia e enfermidade também não dá conta da dimensão social do processo de adoecimento, considerando-se esta última não apenas enquanto determinante, mas também, e fundamentalmente, como um processo de atribuição de significados socialmente reconhecidos a signos de comportamentos desviantes e sinais biológicos, de modo a transformá-los em eventos plenos de sentido. 
A saúde e o adoecer são formas pelas quais a vida se manifesta. Correspondem a experiências singulares e subjetivas, impossíveis de serem reconhecidas e significadas integralmente pela palavra. A primeira não é objeto que se possa delimitar, não se traduz em conceito científico, da mesma forma que o sofrimento que caracteriza o adoecer.
	
Sobre processo saúde e doença, na perspectiva cultural, aponte o entendimento dos principais aspectos que caracterizam este contexto. Texto 1.
A construção do significado de doença sofreu muitas alterações no passar dos tempos, sempre se adaptando tendo episódios empíricos como base. A cultura envolve os paradigmas e comportamentos compartilhados por um grupo ou classe, desde rituais, artes, comidas até a saúde e higiêne. 
Com o passar do tempo, juntando as obervações e conhecimentos de muitas áreas, novos entendimentos foram surgindo. Pode-se concluir que as instituições de saúde estão em constante progresso e sempre estiveram não vistos como senhores da razão, mas coletando caracteristicas padrões que trazem adoecimento e péssima qualidade de vida, e a partir dessa coleta intervindo da melhor maneira possivel.
A cultura serve como um guia das noções, sendo a construção consequente do passado até o presente, e no âmbito da saúde, nos revela informações de prevenção e de identificação de anormalidade. A cultura pode ser alterada, mudanças comportamentais induzidas por intervenções ou naturalmente, resultarão numa cultura modificada.
Quanto ao padrão e normalidade que resulta na ideia de doença, um exemplo disso é o fato de que em uma cultura africana esquizofrenia não é vista como doença e nem é tratada como anormal, simplesmente essas pessoas são aceitas e vistas como seres humanos que possuem apenas uma personalidade diferente.
Sobre o processo saúde e doença e a cultura, aponte as principais ideias de GOOD. TEXTO 1
Para GOOD(1996), a doença não é um estado fisiológico ou biológico do corpo humano, nem tampouco um reflexo do estado dessa experiencia do doente... A doença é uma forma complexa e dinamica de relacionamento, um objeto de síntese por excelência e deve ser tratado como aspecto do sistema simbólico. 
Para ele são quatro posições teóricas neste campo principalmente após a decáda de 70, vistos como paradigmas da representação de doenças, são eles: 
-Crenças populares:A intenção destes modelos é escuar os individuos para modificar as condutas irracionais para diminuir os fatores de risco, aderir prescrições médicas e procurar ajuda no momneto certo.
-modelos cognitivos: inicio no fim da década de 50 e inicio de 60, desenvolveu a “etnociência”, investigando como a linguagem e a cultura estruturaram a percepção, com o objetivo de classificar doenças. 
-realidades culturalmente constituídas: a doença é um modelo exploratório, pertencida à cultura especializada em medicina. A cultura não é apenas um meio de representar a doença, mas essencial para sua constituiçao humana. Fenômenos humanos complexos são estruturados como doença e objetos da prática médica. 
-mistificação: Antropologia médica numa perspectiva critica, surge esse movimento contra a abordagem interpretativa (culturalmente constituídas). Maior integração com a história e análise do colonialismo, economia politica e estudos subalternos. O objetivo dessa abordagem é entender de que forma as forças politicas e econômicas que padronizam e moldam as relações interpessoaisinterferem na saúde.
	Por fim, considera que seu ponto fundamental sejam as questões biológicas e culturais relacionados ao sofrimento humano e aos esforços ritualizados utilizados no manejo de desordens e riscos pessoais, e com investigação da experiencia humana e as bases existenciais da cultura.
Realizamos a análise da música "sucrilhos" e o estudo de caso sobre a importância do respeito do profissional psicólogo e da equipe multidisciplinar. Descreva aspectos que envolvem as crenças culturais apontadas no texto relacionado com as discussões em sala.
Refere-se às diversas formas de conhecimento sobre a “alma” ou psiquê, na qual benzedeiras, curandeiros partilham rituais envolvendo aspectos mentais com a intenção de promover proteção, qualidade de vida, cura ou trazer respostas a assuntos que nos “atormentam”.
	A diversidade cultural nos traz diferentes noções de mundo, seja espiritual ou psicológico, por isso é preciso delicadeza da parte da equipe ao intervir em questões delicadas como crenças religiosas. O objetivo não é interferir na crença das pessoas ou torná-las céticas, mas sim educar os indivíduos á modificar condutas irracionais que oferecem risco, e aderir métodos mais recomendados.
	
Aponte as diferenças entre: promoção de saúde, prevenção de doenças, estilo de vida e condição de vida.
Promoção de saúde hoje, na modernidade é tida como a promoção do completo bem estar do sujeito, sendo categorizado como Bio-psico-social-ambiental-espiritual, muito longe da realidade mundial, esse conceito é utópico e deve ser promovido por todas as áreas, todos os povos e nações para que tenhamos um mundo saudável e que nossos problemas não sejam os mais pequenos e sim sejam os desafios que a humanidade ainda tem pela frente em questões revolucionarias. Promover saúde é, não só estipular politicas publicas, mas é coloca-las em pratica de maneira Inter setorial, sendo abrangente ao ponto da própria comunidade promover saúde entre sí, muitas vezes suprindo os próprios determinantes negativos deixados a deriva pelo estado.
Prevenção de doenças é essencial, evitável e justo para todos e a falta dessas estratégias são iniquidades que atrasam o processo evolutivo. Não é uma tarefa fácil se precaver do que remediar, muito menos é mais cômodo, mas se faz extremamente necessário, a longo e a curto prazo estratégias de prevenção são mais eficazes em todos os sentidos, do que a remediação. 
Acontece que com a prevenção ha a conscientização, que por fim se torna de grande valor para todos, pois a conscientização promove o auto conhecimento. O conhecer de assuntos que são tratados de maneira racional leva a precaução e a não discriminação de temas relacionados a saúde e as doenças. As intervenções para precaução podem ser muito bem aplicadas se levado em conta os determinantes sociais, e não apenas aplicar supostas melhorias sem nem mesmo dar conta de fatores extremos necessários. 
Compreender fatores que levam ao adoecimento é o primeiro passo para que a saúde seja respeitadas e que politicas de intervenção e ação possam sem implantadas. A maior dificuldade dessa intervenção acontece pelos interesses privados e a desigualdade absurda na nossa realidade, e a falta de politicas publicas bem aplicadas, além do desinteresse e o descaso na questão financeira direcionada para saúde, se tratando do estado. Isso dificulta muito se levado em conta que pessoas de classe econômica superiores não conhecem a realidade de quem vive com menos do que condições básicas de vida, ou seja, se nem mesmo se conhece os determinantes e a falta deles, como posso entender as dificuldades do outro, ou seja, se prevenir é educar e remediar é um retrocesso em todas as áreas, principalmente as que envolvem a saúde. 
Estilo de vida se refere a forma, a maneira, e o jeito de se viver, se refere as praticas de ações por escolhas próprias, partindo da subjetividade de cada um ao escolher seu estilo, e comportamentos. Nem todos os estilos de vida são opções, pois para aqueles que carecem de condições básicas de vida certos comportamentos estão inacessíveis seja por condições financeiras, educacionais, ambientais entre outras. 
Mas considera-se também um estilo de vida, a pessoa que mesmo sem condições de pagar uma academia e um nutricionista, ainda assim realiza caminhadas e busca ter uma alimentação saudável com o pouco que tem. As pessoas adequam seus estilos de vida conforme as suas condições e seus interesses. 
Condição de vida são os atributos que envolvem o ambiente e o meio do sujeito, bem como seus determinantes, os bem materiais que se tem etc. Condição de vida não se escolhe, é condicionado e por sua vez limita o crescimento em qualquer área para os mais afetados. Não existe meritocracia sem igualdade.
	
O ser humano é complexo socio-cultural e indivisível. Com o passar do tempo o entendimento do processo saude e doença deixou de ser analisado pelo modelo biológico, biomédico, pautado em agentes patogênicos. Diante das evoluções do tema apresente as principais críticas a este modelo. 
R: 	O modelo biologico, biomédico tem uma abordagem errada e limitada da idéia de saúde. A idéia é de que existe uma estrutura dinâmica e biológica que permite um funcionamento “normal” do corpo; qualquer alteração nestes domínios causaria a doença. Esse conceito é insuficiente, pois desconsidera os aspectos socio-culturais e ambientais do indivíduo como causadores de doença, já que a vida não se resume ao funcionamento fisiológico do organismo individual.
Com essa conclusão hoje temos o que é chamado de intersetorialidade, não mais o médico centrado, trabalhamos em equipes inter e multi disciplinares envolvendo vários campos do conhecimento e da saúde, buscando suprir as diversas carências e necessidades do ser humano.
Sobre antecedentes dos determinantes em Saúde, de acordo com o texto e aulas, aponte as principais características de cada período histórico e relacione com a atualidade.
R: ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Explicação: Metafísica, vontade dos deuses.
Terapêutica e formas de tratamento:- Mágica, oferendas, poções, sacrifício - Relaxamento, hospitais do espírito, ambiente de penumbra, banhos, repousos a busca pela paz e equilíbrio. -->Hipócrates: Estudo das causas naturais da doençaConsiderou os efeitos das situações climáticas, propriedade da água por exemplo Estudo de doenças locais -> (Regiões demográficas de acordo com alterações)
IDADE MEDIA
Explicação: Monoteísmo Cristão, ação divina era responsabilizada pelos males e doenças considerados como punições de pecados.
Terapêutica e formas de tratamento: Penitência, castigos e fogueiras, método de expurgar seus erros. Endemias combatidas como busca de "bodes expiatórios" individuais e sociais.
“período negro da história” – retrocesso na área da saúde, quando se estava desenvolvendo conhecimentos científicos nessa área o período da inquisição interrompe esse desenvolvimento punindo todos que tentassem fazer pesquisas que não fossem escolásticas. 
RENASCIMENTO
Explicação: impulso do pensamento racional, desnaturalização do mundo. O que anteriormente era considerado praga, agora é vista como objeto de observação e reflexão sistemática longe do conhecimento de microorganismos. Causalidade em fatores externos. 
Terapêutica e formas de tratamento: ciências da saude em desenvolvimento, novas formas de tratamento e controle de doenças, como a higiêne e controles endêmicos.
MODERNIDADE
Explicação: Saúde pública - novos conceitos. Mudança no modelo de gestão dos cidadãos, além do escoamento de dejetos. Ocorre o desenvolvimento de Políticas Públicas à partir do sec. XVIII - Consolidação dos estados nacionais, população passa a ser vista como bem do estado. Grande aumento nos estudos sobre os modelos e fatores sociais na saúde – determinantes sociais.
RELAÇAO:
	Na atualidade, a abrangência de conteúdos e informação que temos e o quanto desenvolvemos até chegar onde estamos nos permite uma visão panorâmica em relação aos problemas de saúde pública,vários modelos foram utilizados para explicar o processo saúde e adoecimento, e hoje nos encontramos num processo construtivo evolutivo, que busca o progresso cultural da saúde como um todo, visando que todos os grupos tenham acessibilidade a saúde e cada vez menos sejam influenciados por determinantes sociais negativos.
	Não sendo mais a saúde apenas a ausência de doença, e sim a harmonia dos aspectos biológicos, culturais, sociais e espirituais, uma nova meta é lançada, nos importa agora superar as barreiras da iniquidade.
O que são os determinantes sociais de saúde? Qual o entendimento e definição de iniquidades neste contexto?
Os determinantes sociais de saude são fatores que influenciam diretamente na saúde do sujeito, são eles renda, educação, emprego, desenvolvimento infantil, cultura, gênero e condições ambientais e saneamento. Essas questões determinam a ausência ou a presença de saúde, visto que, a falta dessas condições causam o adoecimento não apenas do sujeito mas também do progresso social. Uma pessoa que carece de educação, carece também de poder reivindicar seus direitos na saúde, muitas vezes a falta de informação leva ao adoecimento e também ao agravamento de doenças. A questão do emprego e renda também são fatores que influenciam na saúde do sujeito, seja por não poder comprar medicamentos caros ou até mesmo a questão da saúde emocional e psicológica em relação a ter ou não uma renda, um emprego. Nossa sociedade trata os estilos de vida como se fossem condições, um erro gravíssimo levado em conta a definição do que é estilo e do que é condição. A falta desse suporte determinante básico são iniquidades e descaso com a saúde, pois o adoecimento por tais fatores são evitáveis, relevantes e injustos.
A desigualdade na distribuição de renda de uma população interfere diretamente nos índices de saúde. Sobre essa problemática apresente os principais impactos sociais. 
A desigualdade na distribuição de renda evidencia dois polos da realidade, a questão do ter e poder escolher e a questão do não ter e nem poder escolher. A distribuição de renda interfere drasticamente nos determinantes de cada sujeito, e se ha desigualdade nessa questão ha também a falta de condições básicas de vida, pois é através dos determinantes que se considera alguém saudável ou não, embora esse conceito não abranja o meio como um todo, ele se refere a condições básicas necessárias para se viver, e através da má distribuição de renda ocorre a continuidade de condições desumanas de vida, carente em seus determinantes também. 
Poucos tem muito e muitos tem pouco, e o grande impacto dessa situação na saúde, é o adoecimento progressivo por falta de planejamento preventivo e descaso com a população. A desigualdade de renda, se categorizada em varias barreiras, sendo elas a barreira organizacional, financeira, informativa, geográfica e de acesso, todas essas barreiras são limites de acesso, ou seja barram o desenvolvimento, refletindo mais uma vez na questão de como a má distribuição de renda acarreta em fatores limitantes para pessoas com condições que não passam do básico, sem contar as pessoas que nem condições básicas tem.
O conceito de solidariedade e capital social, bem como, a desigualdade de renda estão associadas aos índices de saúde de determinada população. Quais as estratégias para lidar com estes aspectos e como o profissional psicólogo pode atuar diante dessas dificuldades? (Lembre-se de utilizar o conceito de oportunidade.)
	A inserção do psicólogo tem como objetivo principal a MUDANÇA, transformar a realidade de pessoas vulneráveis e desamparadas, promover a consciência através de intervenções, sustentando as relações desses grupos. Faz-se necessário a geração de oportuniades econômicas, construindo mais redes de apoio que aumentarão a capacidade do grupo, favorecendo maior entendimento de seus direitos e da realidade local e global, ou seja, transformando indivíduos passivos em sujeitos atores ativos.
	Para enfrentar a raiz do problema, precisamos de intevenções não apenas no sistema de atenção à saúde, como mudanças nos modelos assistenciais e ampliação da autonomia dos sujeitos, intervenções nas condições socioeconômicas, ambientais e culturais por meio de políticas públicas intersetoriais e políticas de desenvolvimento mais igualitárias.
As alterações no estilo de vida do indivíduo e da população, atualmente estão amplamente difundidas, no entanto, aatuação prática ainda está direcionada às intervenções de saúde. Quais os desafios da atuação do psicólogo neste contexto?
Todas as áreas da psicologia são de suma importância, a de saúde nem se fala, porém a ideia de promover saúde esta muito difundida, pensando além da área clinica, temos muito campo para se trabalhar, juntamente a equipe multidisciplinar, podemos transformar realidades e promover saúde além das quatro paredes, promovendo o auto conhecimento e a orientação necessária para que consigam alcançar suas metas, conscientizando para que as pessoas decidam por si, e tomem ciência de sua própria realidade, que mesmo sendo dura e sofrida, não é motivo para parar de lutar. 
Outra maneira interventiva para promover saúde além das quatro paredes é a dialética a respeito da realidades visando, difundir realidades, atingindo não apenas um polo mas sim todos os polos, para que haja empatia a partir de conhecer a realidade do outro. O trabalho do psicólogo junto com a equipe multidisciplinar se torna eficaz quando todos fazem sua parte, assim como se busca promover essa função na sociedade, fortalecendo e quebrando paradigmas individualistas, mostrando que é possível transformar a realidade se coletivamente houver contribuições.

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