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Faculdade de Engenharia Civil Materiais de Construção II Estudos de Dosagem de Concretos – Aula 1 Prof. Maria Carolina A. L. da R. Homrich Scortegagna 2013/01 Concreto – Fatos Marcantes 1824 – Joseph Aspdin patenteou o Cimento Portland 1926 – 1ª Fábrica de Cimento no Brasil 1936 – ABCP é fundada Estudos de Dosagem De Preaudiau - 1881 Estuda as características dos agregados e nota uma alta variabilidade nos vazios: Agregado Teor de Vazios em relação ao volume aparente Areia 26% a 42% Seixos Rolados 32%a 42% Britas 45%a 50% Estudos de Dosagem Dosagem significa: “Determinar regras de mistura de agregados, no sentido de preencher os vazios dos agregados graúdos com argamassa” (De Preaudiau, 1881) Estudos de Dosagem Alexandre - 1888: Estuda a quantidade de água necessária para misturar os agregados e conclui que: É necessária uma grande quantidade de água para molhar os grãos finos; A água necessária para molhar e hidratar o cimento é da ordem de 0,25 do peso do cimento Estudos de Dosagem Alexandre - 1888: Pesquisa: Uma argamassa preparada com areia de 0,8/0,7 mm e um consumo de cimento de 400 kg/m³ Para este mesmo consumo de cimento, estudou utras dosagens preparadas com areia 3,2/1,6 mm; 0,5/0,4 mm e comparou com o comportamento destas argamassas com o de outras preparadas com areias de granulometrias diferentes; Avaliou ainda, a influência da temperatura sobre a pega. Estudos de Dosagem Alexandre - 1888: Pesquisa - conclusões: A resistência da argamassa aumenta em decorrência Do aumento do consumo de cimento e/ou do aumento da bitola do agregado; A natureza do agregado não altera a resistência O frio causa paralisação do processo de pega, que pode ser retomado, sem interferência sobre a resistência da argamassa, quando o concreto é novamente aquecido; A pega é acelerada quando o concreto é aquecido à temperatura de até 80°C. => Fica evidente a influência da composição granulométrica dos agregados sobre a qualidade dos concretos. Estudos de Dosagem Feret Fez estudos de compacidade da mistura, avaliando a porosidade/ permeabilidade e a resistência dos argamassas Conclusões de Feret: A compacidade e a resistência variam em função da quantidade de água e das 3 parcelas de agregado (“G” – Gráudo, “M” – Médio, “F” – Fino); A maior compacidade (que coincide com a maior resistência) é obtida quando se emprega misturas de parcelas G e F, sem parcela de M; A natureza do agregado não tem influência prática na resistência das argamassas; A água de mistura é proporcional à água de molhagem dos agregados e do cimento Estudos de Dosagem Conclusões de Feret (cont.): A resistência depende unicamente da relação: Há uma melhoria na qualidade das misturas descontínuas, usando grãos G + F (sem usar grãos médios) e na proporção de G/F = 2 (incluindo o cimento na parte de finos) Onde: C = Consumo de cimento c = volume absoluto de cimento a = volume absoluto de água v = volume absoluto de vazios Estudos de Dosagem Abrams - 1918 Propõe uma modificação na fórmula de Feret e sugere uma nova expressão para determinar a resistência em função da relação água/cimento (a/c) Onde: x = a/c A = valor da ordem de 1000 b = variável com a idade e a qualidade do aglomerante Quanto maior for a idade e melhor a qualidade do cimento, menor será o valor de b Concretos preparados com o mesmo módulo de finura, apresentam a mesma resistência Estudos de Dosagem Bolomey - 1925 - Os concretos com a mesma quantidade de água têm a mesma resistência, restando então para a correlação pedregulho/areia, a responsabilidade pela variação da quantidade de água de molhagem Estudos de Dosagem Leclerg Du Sablon - 1927 Continuou os estudos de Feret e obteve as seguintes conclusões: A compacidade do concreto não resulta diretamente da compacidade do agregado; A relação entre a menor bitola de agregado graúdo e a maior bitola de agregado miúdo deve ser = 2,5; A relação agregado graúdo/agregado miúdo é de pouca importância; A maior compacidade é obtida com proporção de argamassa igual a 1,35 vezes os vazios do agregado graúdo. Estudos de Dosagem Até o final da Década de 30 Os concretos eram preparados da seguinte forma: Mistura Argamassa : agregado Graúdo Manual 3:4; 2:3; 1:2 Betoneira 1:2 e 1:1,6 Os concretos de maior responsabilidade eram preparados de acordo com as composições de Bolomey, por serem consideradas as mais compactas ou mais densas, por conta da mistura agregado graúdo/areia Estudos de Dosagem Critérios Práticos Para o estudo da dosagem, o engenheiro deve conhecer: 1°) O projeto 2°) Os materiais disponíveis 3°) Os equipamentos e mão-de-obra disponíveis Resistência Estanqueidade Trabalhabilidade Retração Mínima Dentre os concretos trabalháveis com o mínimo de vazios, o melhor será aquele mais rico em pasta, ou seja, aquele que tiver a menor quantidade de areia ou a maior relação g/s Água de Molhagem dos Agregados Bolomey estabeleceu a seguinte fórmula para definir a quantidade de água necessária para molhar uma certa quantidade de agregado Onde: P = Peso d1 e d2 = diâmetro do maior e menor agregado K = varia com o coeficiente de forma, tipo de rocha, consistência, etc... Água de Molhagem dos Agregados A tabela abaixo mostra a água de molhagem “A” para vários valores de “k”, considerando-se sempre o peso “P” = 1 kg Água de Molhagem dos Agregados A água de molhagem é também determinada pela forma dos agregados - A forma do agregado, bem como a sua textura e capacidade de absorção, influenciam diretamente na quantidade de água de molhagem e consequentemente, na trabalhabilidade do concreto O Coeficiente de forma é definido por: Fixação de Elementos para Dosagem Dimensão máxima característica dos Agregados (Dmax) Módulo de Finura dos Agregados (MF) Relação Água/Cimento Relação àgua/Mistura seca Relação cimento/agregado Relação areia: agregados Correção do Traço quanto à granulometria Correção do Traço quanto à consistência Consumo de Cimento Quantidade de Agregado em Volume por m³ de concreto Quantidade de Água Custo do m³ do concreto
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