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Módulo: Termodinâmica Conceitos e definições Sadi Carnot 1796 - 1832 James Joule 1818 - 1889 Rudolf Clausius 1822 - 1888 Wiliam Thomson Lord Kelvin 1824 - 1907 Emile Claupeyron 1799 - 1864 Alguns ilustres pesquisadores que construiram a termodinâmica A termodinâmica Parte da física que trata da transformação da energia térmica em energia mecânica e vice-versa. Calor É a transferência de energia entre corpos à diferentes temperaturas. Unidades de calor: SI:Joule J Caloria Quantidade de calor necessária para elevar em 1 ºC a temperatura de 1 g de água. 1 cal = 4,186 J Btu (British thermal unit) Quantidade de calor necessária para elevar em 1 ºF a temperatura de 1 lbm de água. 1 Btu = 1.055,06 J Propriedade Propriedade Características macroscópicas de um sistema: não dependem da história do sistema; a mudança de seu valor entre dois estados é independente do processo. Exemplos massa, volume, energia, pressão e temperatura. Propriedades intensivas São independentes da massa do sistema. Ex.: pressão, temperatura, massa específica Propriedades extensivas São dependentes da massa do sistema. Ex.: massa, volume Medida de Pressão P = Pex + r g h Manômetros (a) Tubo fechado (b) Tubo aberto Estado Estado Condição do sistema, como descrito por propriedades macroscópicas observáveis. O estado pode ser caracterizado por um subconjunto de propriedades. Processo e Ciclo Processo É o caminho definido pela sucessão de estados através dos quais o sistema percorre. Para ocorrer uma mudança de estado, é necessário que pelo menos uma propriedade do sistema se altere. Ciclo termodinâmico Seqüência de processos que começam e terminam em um mesmo estado. Comportamento P-V-T das substâncias puras Substância pura É aquela que possui a mesma composição química independente da fase em que se apresente. Ex.: mistura de gelo e água líquida, ou água líquida e vapor. Qualidade, ponto de orvalho e ponto de bolha Qualidade: é a fração em massa do vapor na mistura deste com O seu líquido em equilíbrio. Ponto de orvalho: ponto em que inicia a condensação quando A temperatura é reduzida a pressão constante, para um sistema De composição invariável. Ponto de bolha: temperatura na qual o líquido puro ou uma solução inicia a evaporação quando é submetido a um aquecimento a pressão constante. Diagrama P x T Propriedades críticas Propriedades críticas de algumas substâncias: Substância Temperatura crítica (K) Pressão crítica (kgf/cm2) Água 647,3 225,6 Ácido acético 594,8 59,0 Bromo 584 105,4 Etanol 516,3 65,1 Metanol 513,2 81,1 Acetona 508,0 48,6 Dióxido de carbono 304,2 75,4 Metano 190,7 88,3 Monóxido de carbono 133,0 35,6 Ar 132,5 38,4 Hidrogênio 33,3 13,2 PROPRIEDADES DOS GASES O Gás Perfeito moléculas (ou átomos) em movimento • Movimento aumenta com aumento da Temperatura • Moléculas muito separadas umas das outras • Trajetórias muito pouco perturbadas por forças intermoleculares Os estados dos gases Estado físico : definido por propriedades físicas Gás puro: Volume que ocupa, V Quantidade de substância (número de moles) , n Pressão, P Temperatura , T Se três variáveis especificadas quarta variável fixada Equação de Estado: P = f ( T, V, n) O gás ideal Grandezas fundamentais de um gás: P = pressão V = volume T = Temperatura P.V = n.R.T Equação de um gás ideal: Lei dos Gases perfeitos ou ideais P V = n R T Condições normais de temperatura e pressão (CNTP) T = 0o C = 273,15 K P = 1 atm Maior interação Volume molar: Vm Vm = V / n Princípio de Avogadro: “Volumes iguais de gases, nas mesmas condições de temperaturas e pressão contêm o mesmo número de moléculas” V = constante x n A constante de proporcionalidade é independente da identidade do gás Misturas de gases A pressão exercida por uma mistura de gases é a soma das pressões parciais dos gases que a compõem Lei de Dalton i iPP PxP ii xi = fração molar Gases Reais Interações entre as moléculas gasosas Forças de atração Forças de repulsão Interações de curto alcanço distancia inter-molecular pequena Pressão alta Alcanço relativamente grande pressões moderadas Gases Reais Fator de compressibilidade: Z 0 m m V V perfeitogásumdemolarvolume gásdomolarvolume Z RT PV Z m como P RT Vom Fluído Supercrítico: passa da região de líquido para a região de gás sem atravessar a fronteira que representa a transição de fases, isto é, a mudança ocorre continuamente, sem a identificação de duas fases coexistindo. Fator de compressibilidade É um coeficiente que representa o desvio das propriedades de um gás ideal que um gás real apresenta. É designado pela letra Z, sendo que: Para os gases ideais, Z = 1. RT V P Z = Desvios da idealidade: Variação com a temperatura Pressão Considera-se um recipiente cilíndrico, que contém um gás ideal, provido de um êmbolo, de área A, que pode deslocar-se sem atrito, submetido a uma força resultante de intensidade F exercida pelo gás, como mostra a figura. A pressão que o gás exerce sobre o êmbolo é dada por: F P A F A P Trabalho numa transformação Expansão O volume aumenta e o gás "realiza trabalho" sobre o meio externo. O trabalho é positivo, pois é feito pelo gás. Deslocamento do pistão área do pistão W = P (Vf – Vi) Vf > Vi W > 0 Trabalho numa transformação Compressão O volume diminui e o gás “recebe trabalho“ do meio externo. W = P (Vf – Vi) Vf < Vi W < 0 Deslocamento do pistão área do pistão Transformações gasosas Transformações isotérmicas São aquelas que ocorrem a temperatura constante. Nestas condições, para um sistema hermeticamente fechado, temos: 2 2 1 1 V P V P Transformações gasosas Transformações isobáricas São aquelas que ocorrem a pressão constante. 2 2 1 1 T V T V A primeira lei da termodinâmica Transformações 1a Lei da Termodinâmica ΔU = U2 – U1 Variação Energia Interna W > 0 → energia que sai do sistema W < 0 → energia que entra no sistema Q > 0 → calor que entra no sistema Q < 0 → calor que sai do sistema 1a Lei Q = W + ΔU Sistema Fechado ∆U = Q - W Gás Expansão nula W = 0 Δ U = Q = (mc)gás ΔT Como (mc)gás = ctc ΔU depende apenas de ΔT. ΔT = 0 → ΔU = 0 ΔT > 0 → ΔU > 0 ΔT < 0 → ΔU < 0 Como U é uma variável de estado, ΔU não depende do processo. Variação da Energia Interna A energia interna de um gás é função apenas da temperatura absoluta T. PVUH Energia interna Energia interna (U) de um gás: Está associada à energia cinética de translação e rotação das moléculas. Podem também ser consideradas a energia de vibração e a energia potencial molecular (atração). No caso dos gases ideais, apenas a energia cinética de translação é considerada. Portanto, a variação da energia interna (DU) depende unicamente da variaçãode temperatura (DT). A variação de entalpia de uma reação pode ser calculada, conhecendo-se apenas as entalpias de formação dos seus reagentes e produtos. DH = DH(produtos) – D H(reagentes) Transformações gasosas Transformações adiabáticas São aquelas que ocorrem sem troca de calor. Nestas condições, para um sistema hermeticamente fechado, temos: Isolamento sendo g g 2 2 1 1 V P V P v p C C g ∆V = V2 -V1 ∆U = Q - W W depende de como a pressão e volume mudam no processo. W = F.d F = P.S W = P.S.d W = P.ΔV . O trabalho que atravessa a fronteira depende do processo? PVUH A segunda lei da termodinâmica 1a Lei da Termodinâmica A energia total do Universo, com ou sem transformações, permanece constante. 2a Lei da Termodinâmica A disponibilidade de energia para realização de trabalho diminui após cada transformação 2a Lei da Termodinâmica Entropia A segunda lei da termodinâmica Os processos espontâneos possuem uma direção definida: Corpo quente esfriamento equilíbrio; Vaso pressurizado vazamento equilíbrio; A segunda lei e suas deduções propiciam meios para: predizer a direção dos processos; estabelecer condições de equilíbrio; determinar qual o melhor desempenho teórico dos ciclos, motores e outros dispositivos; e avaliar quantitativamente os fatores que impedem que esse melhor desempenho seja atingido. Enunciados da segunda lei da termodinâmica Enunciado de Kelvin-Planck É impossível para qualquer sistema operar em um ciclo termodinâmico e fornecer trabalho líquido para sua vizinhança trocando energia na forma de calor com um único reservatório térmico. Classe especial de sistema fechado que mantém constante sua temperatura mesmo que energia esteja sendo recebida ou fornecida pelo sistema. Exemplo: atmosfera; grandes massas de água: oceanos, lagos. Reservatório térmico Entropia É uma propriedade extensiva de um sistema termodinâmico (depende apenas do estado inicial e final) que aponta a espontaneidade dos processos. Processos ditos espontâneos ou irreversíveis são aqueles que tendem a um aumento de entropia. Para processos reversíveis, define-se como: L L H H T Q T Q S D 55 TEORIA DE COLISÕES ENERGIA DE ATIVAÇÃO (Ea) - é a energia mínima necessária para que se inicie uma reação. COMPLEXO ATIVADO - A espécie formada transitoriamente pelas moléculas de reagentes, como resultado da colisão, antes da formação do(s) produto(s). número de colisões Velocidade α segundo 56 Perfis de energia potencial Reação exotérmica Reação endotérmica Máquina Térmica O funcionamento de uma máquina térmica está associado à: presença de uma fonte quente (que fornece calor ao sistema); à presença de uma fonte fria (que retira calor do sistema) à realização de trabalho. Princípio da máquina térmica Refrigeradores O funcionamento de um refrigerador está associado à: fornecimento de trabalho; presença de uma fonte quente (à qual o calor é fornecido); à presença de uma fonte fria (da qual o calor é retirado). Energia livre de Gibbs • Para avaliar as mudanças na entropia entalpia de um sistema, o professor J. Williard Gibbs (1839-1903), da Universidade de Yale, definiu uma função termodinâmica que hoje leva seu nome,a Energia livre de Gibbs; • DG = DH - TDS Energia Livre de Gibbs • A energia livre de Gibbs (DG) mede a espontaneidade de um processo, isto é, o quanto o processo é favorável aos produtos. • DG é uma função de estado. Assim como a entalpia depende apenas do estado inicial e final • Valores negativos para a DG indicam que o processo é espontâneo (favorável aos produtos). • Valores positivos indicam que o processo é não- espontâneo (“favóravel aos reagentes”) Aplicações Industriais ruimota@cefetba.br- 82049930 Trocadores de contato direto • Neste trocador os fluidos se misturam,alem de troca térmica há também a transferência de massa,sua aplicação esta limitada a fluidos permissíveis. ruimota@cefetba.br- 82049930 Classificação de acordo a construção ruimota@cefetba.br- 82049930 Tipo casco tubo • Construído de tubos circulares,trabalham com líquido- líquido(um ou duas fases),tem grande eficiência com gás – gás principalmente a elevadas temperaturas e pressões,podem ser carcaça-tubo,duplo tubo ou espiral ruimota@cefetba.br- 82049930 Trocador tipo tubo duplo • Consiste em dois tubos concêntricos,de construção simples onde um fluido escoa pelo tubo interno e o outro pela parte anular entre tubos em contra fluxo ou contra corrente,geralmente usado para pequenas capacidades. ruimota@cefetba.br- 82049930 Trocador de serpentina • Este tipo consiste de uma ou mais serpentinas ordenada em uma carcaça,possui alta eficiência e as expansões térmicas não são problemas ,porém a limpeza é complicada. ENERGIA • Por definição, energia é a capacidade que um corpo tem de realizar um trabalho ou uma ação. • A energia potencial é a energia que está relacionada a um corpo em função da posição que ele ocupa. é aquela armazenada em um corpo ou objeto quando esse é submetido a certas condições, como gravidade (g), elasticidade, eletricidade ou magnetismo. Sua intensidade varia conforme a massa (m) do corpo e sua posição ou altura(h) em relação a um nível de referencia. Epg = m . g . h A energia mecânica (Emec) de um sistema é a soma da energia cinética e da energia potencial. Duas substâncias que reagem entre si não demonstram a existência de energia no seu interior, quando separadas, mas quando juntas podem transformar-se numa outra (ou outras). Quando se dá uma reação química estamos perante uma demonstração de que havia energia potencial química 'guardada' nas substâncias originais, capaz de provocar alterações ao nível estrutural.
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