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Estrutura da contabilidade brasileira aula 2

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Ciências Contábeis 
 
Estrutura da Contabilidade Brasileira 
Aula 2: Postulados e Pressupostos da 
Informação Contábil 
 
 
Professora Edicreia Andrade dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Oi, seja bem-vindo(a) à segunda aula de Estrutura da Contabilidade Brasileira, 
onde vamos definir o que constitui um Postulado, um Princípio e uma 
Convenção; e descrever a busca e a evolução dos Princípios contábeis. Para 
tanto, vamos entender e aplicar os fundamentos dos postulados e pressupostos 
da informação contábil; e trabalhar, na pratica, os postulados, princípios 
contábeis, características da informação e a posição financeira, patrimonial e 
econômica. 
A informação é o núcleo de toda decisão e é sobre alguns critérios de estrutura 
e publicação que conversaremos. Para uma boa gestão, as organizações 
precisam de informações de maneira ágil e relevante. Basear-se simplesmente 
em emoções não é o suficiente para ter certeza da decisão no meio profissional. 
Da mesma forma, a sociedade, os clientes, os investidores e os órgãos 
fiscalizadores necessitam que a divulgação seja pertinente entre as empresas, 
ou seja, que elas assumam um mesmo posicionamento quanto ao tratamento 
dos acontecimentos que ocorrem diariamente, permitindo o estabelecimento de 
bases comparativas. 
Os postulados e pressupostos da informação contábil assumem um papel 
significante como “formador” de critérios no registro contábil nas empresas. Eles 
normatizam, descrevem e orientam como a contabilidade deve tratar a 
organização. Vamos aprender mais sobre isso! 
Acesse a versão online da aula e assista a seguir ao vídeo com a fala inicial da 
professora Edicreia. 
 
 
 
 
CONTEXTUALIZANDO 
A informação assume importância crescente nos dias atuais. Nas empresas, ela 
torna-se essencial para descobrir e introduzir novas atividades, explorar 
oportunidades, e no planejamento de suas operações. No entanto, antes da 
informação tornar-se disponível, é necessário que ela seja gerada, papel que é 
preliminarmente realizado nos registros contábeis. Desse modo, além de realizar 
os lançamentos diários das ocorrências, a contabilidade emite dados que 
evidenciam a situação econômica e financeira da empresa ao final de cada 
“ciclo”. 
Por meio desses dados, é possível mensurar o Patrimônio da organização e 
estabelecer diagnósticos fundamentais tanto para os gestores quanto aos 
investidores. Sabemos também que o desenvolvimento histórico, econômico e 
social está relacionado aos meios de produção e distribuição da riqueza, o que 
valoriza o papel da contabilidade em evidenciar as finanças empresariais e, 
antes de tudo, atuar como auxílio na tomada das melhores decisões. No entanto, 
tornar uma informação comparável, seja entre períodos ou entre empresas, 
requer o estabelecimento de regulamentos. A contabilidade, a fim de atender a 
essa necessidade, assume de forma implícita os postulados contábeis. Eles 
funcionam como “fundamentos” incontestáveis sobre o modo como as empresas 
devem atuar. 
Os Postulados da Continuidade e da Entidade constituem o pilar sobre o qual se 
baseia todo o edifício dos conceitos contábeis. Lembre-se que além oferecer 
suporte aos gerentes e estímulo à investidores, a contabilidade exerce a função 
de prestar contas ao fisco. Novamente entra em ação a necessidade de 
parametrização da informação. 
Sobre esta reflexão, acesse a versão online da aula e assista a seguir ao vídeo 
da professora Edicreia. 
 
 
 
Tema 1: Postulados: Entidade e Continuidade 
Noções sobre Entidade e Continuidade – os Pilares da Contabilidade 
A escrituração dos fatos contábeis segue proposições acerca da realidade que 
é registrada. Essas proposições são como verdades incontestáveis sobre o 
objeto da Contabilidade, sua existência no tempo, e o ambiente (econômico, 
social e político) no qual ela atua. Esse conjunto de observações são, então, 
designadas como postulados. Os postulados não estão sujeitos a contestação, 
uma vez que representam a base sobre a qual se desenvolve todo o raciocínio 
contábil (ambiente e condições em que ela atua). Além disso, devido a sua 
relevância ao entendimento da teoria, os postulados são considerados como os 
Pilares da Contabilidade. Os mesmos são categorizados conforme sua utilidade, 
dividindo-se em: 
Postulados Normativos 
Determinam o que ou como a Contabilidade deveria fazer ou atuar, 
condicionando que para todas as ações são necessárias justificativas 
(explicações). As ações devem ser amparadas de alguma forma – leis, 
normativos, decretos. 
Postulados Descritivos 
Descrevem como (e por que) a informação contábil deve ser apresentada aos 
seus usuários. 
Postulados Ambientais 
Determinam o ambiente no qual a Contabilidade opera, seja em nível econômico, 
social ou político. Desse modo, a fim atingir sua finalidade (ser útil aos usuários), 
é necessário que a Contabilidade exerça duas funções no ambiente empresarial: 
definir e manter sua existência. Essas são as duas principais razões que a 
Entidade e a Continuidade não considerados os dois postulados contábeis. 
 
 
Postulado da Entidade 
Entidade contábil refere-se ao grupo de recursos e pessoas orientados pelos 
objetivos relativos à sua missão enquanto organização, ou seja, todo ente capaz 
de gerir recursos e agregar utilidade. A entidade contábil é o ente, juridicamente 
delimitado ou não, divisão ou grupo de entidades ou empresas para os quais 
devemos realizar relatórios distintos, independentemente dos relatórios que 
fizermos para as pessoas físicas ou jurídicas que têm interesse em cada uma 
das entidades definidas em cada oportunidade. 
Importante 
O postulado da entidade contábil estabelece que a contabilidade é mantida para 
a entidade e os sócios. Proprietários, administradores e outros agentes não se 
confundem com elas. 
No entendimento e na aplicação do Postulado da Entidade, esforços deve ser 
realizado na avaliação dos consumos, como das utilidades auferidas, com os 
respectivos ativos e passivos. 
Lembre-se: e imprescindível distinguir corretamente a pessoa física da pessoa 
jurídica. Um exemplo muito comum que observamos e que violam esse 
postulado é o uso de finanças da empresa (valores em caixa) para quitação de 
débitos dos sócios. 
 
 
 
 
 
Postulado da Continuidade 
 As entidades são consideradas empreendimentos em andamento (going 
concern), cujos ativos devem ser avaliados de acordo com seu potencial de 
geração de recursos e benefícios futuros para a empresa. Este Postulado 
considera a entidade um organismo vivo, que deverá operar em suas atividades 
por tempo indeterminado, até o momento em que surjam evidências contrárias 
a essa constatação. 
 
 
 
 
 
A contabilidade reconhece que, na realidade, a empresa está em operação de 
forma contínua. Os períodos analisados normalmente são abstrações sem 
relação econômica direta com a vida econômica da empresa. Pressupõe que a 
entidade contábil continuará funcionando por tempo suficiente para cumprir seus 
compromissos existentes. Se houver evidências de que a entidade não 
continuará operando por um período razoável (grandes prejuízos históricos e 
persistentes), o contador auditor deve informar o leitor a respeito desta 
circunstância. 
Uma empresa em continuidade (operação) adapta-se sucessivamente pela 
venda de seus ativos no curso normal de seu negócio “liquidação ordenada”, em 
vez de “liquidação forçada”. Quanto mais ordenada for a liquidação no período 
de ascensão da empresa, menores serão os prejuízos na fase de liquidação 
forçada ou de obsolescênciado empreendimento. 
 
 
Entenda: a proposição de prever a suspensão das atividades poderia provocar 
sérios efeitos na organização, como a desvalorização de seus ativos, por 
exemplo. Além disso, o Postulado da Continuidade entende que a organização 
possui a finalidade de gerir seus ativos com esforços a produzir receita, e não 
simplesmente serem vendidos. Desse modo, a empresa é um empreendimento 
em andamento, devendo seus fundadores realizarem os esforços necessários 
para ter um patrimônio potencial de geração de benefícios futuros. 
Acesse a versão online da aula e assista a seguir ao vídeo com a professora 
Edicreia tratando deste tema que estamos estudando. 
 
 
Tema 2: Princípios Contábeis 
O que são princípios? 
Vamos observar a definição de Lopes & Martins (2005) sobre os princípios 
contábeis: são o núcleo central da teoria contábil e estruturam a resposta da 
contabilidade aos seus desafios na busca de atingir seus objetivos dentro do 
ambiente delimitado pelos postulados fundamentais. 
Após várias mudanças e alterações, existem, hoje, os seguintes princípios: 
 Princípio da Entidade 
 Princípio da Continuidade 
 Princípio da Oportunidade 
 Princípio do Registro pelo Valor Original 
 Princípio da Competência 
 Princípio da Prudência 
 
 
Vamos ver cada um deles em detalhes, a seguir. Acompanhe. 
Princípio da Entidade 
Reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia 
patrimonial, a necessidade da diferenciação de um patrimônio particular no 
universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma 
pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer 
natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. 
 
O patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no 
caso de sociedade ou instituição. A soma e as agregações dos patrimônios de 
diferentes entidades não compreendem em uma nova entidade, apenas abrange 
demonstrações contábeis consolidadas de duas ou mais entidades que 
pertencem a um mesmo grupo econômico, sendo submetidas a um controle 
único. 
Princípio da Continuidade 
Pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a 
mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta 
esta circunstância. Estabelece o aspecto indeterminado de duração do 
empreendimento empresarial. 
 
 
 
 
Princípio da Oportunidade 
Refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes 
patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas, cuja falta pode 
ocasionar a perda de sua relevância – por isso, é necessário ponderar a relação 
entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. Os registros patrimoniais 
devem ser feitos de acordo com a possibilidade de existência de estimativa 
razoável do fenômeno. 
Princípio do Registro pelo Valor Original 
Determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente 
registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda 
nacional. A premissa subjacente a esse princípio é a de que o valor de troca, 
acordado pelas partes, é a melhor expressão do valor econômico dos ativos no 
ato da transação. Se, com o passar do tempo, houver a modificação do valor em 
foco, os ajustes serão realizados, mas ao abrigo do Princípio da Competência. 
Princípio da Competência 
Determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos 
nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou 
pagamento. Isto posto, as receitas e as despesas devem ser incluídas na 
apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente 
quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. 
Determina ainda quando as alterações no Ativo ou no Passivo resultam em 
aumento ou em diminuição do patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para 
a classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do 
Princípio da Oportunidade. 
O reconhecimento simultâneo das Receitas e das Despesas, quando correlatas, 
é consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração. 
 
 
 
Exemplificando, as Receitas são consideradas realizadas: 
(i) nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o 
pagamento ou quando assumirem compromisso firme de efetivá-
lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente 
pertencentes à entidade, quer pela fruição de serviços por esta 
prestados 
(ii) quando do desaparecimento parcial ou total de um Passivo, 
qualquer que seja o motivo 
(iii) pela geração natural de novos Ativos, independentemente da 
intervenção de terceiros 
Exemplificando, as Despesas são consideradas incorridas no exercício: 
(i) quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por 
transferência de sua propriedade para terceiro; 
(ii) pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; (iii) 
pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. 
Princípio da Prudência 
Pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos 
necessários às estimativas em certas condições de incerteza. É utilizado no 
sentido de que Ativos e Receitas não sejam superestimados e que Passivos e 
Despesas não sejam subestimados, ou seja, recomenda a adoção do menor 
valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo, sempre 
que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das 
mutações patrimoniais que alteram o patrimônio líquido. 
Iudícibus (2004) destaca que a aplicação do Princípio da Prudência, de forma a 
obter o menor Patrimônio Líquido, dentre aqueles possíveis diante de 
procedimentos alternativos de avaliação, está restrita às variações patrimoniais 
posteriores às transações originais como mundo exterior, uma vez que estas 
deverão decorrer de consenso com os agentes econômicos externos ou da 
 
 
imposição destes. Ainda nas palavras de Iudícibus (2004), a prudência deve ser 
observada quando, existindo um Ativo ou um Passivo já escriturados por 
determinados valores, segundo os Princípios do Registro pelo Valor Original e 
da Atualização Monetária, surge dúvidas sobre a ainda correção deles. 
Havendo formas alternativas de se calcular os novos valores, deve-se optar 
sempre pelo que for menor que o inicial, no caso de Ativos; e maior, no caso de 
componentes patrimoniais do Passivo. Para que melhor se entenda esse 
princípio, é importante lembrar que: 
 Os custos ativados devem ser considerados Despesa no período em que 
ficar caracterizada a impossibilidade de eles contribuírem para a 
realização dos objetivos operacionais da Entidade 
 Todos os custos relacionados à venda, inclusive aqueles de publicidade, 
mesmo que institucional, devem ser classificados como Despesas 
 Os encargos financeiros decorrentes do financiamento de Ativos de longa 
maturação devem ser ativados no período pré-operacional, com 
amortização a partir do momento em que o ativo entrar em operação 
Acesse a versão online da aula e assista a seguir ao vídeo com a professora 
Edicreia tratando deste tema que estamos estudando. 
 
 
 
 
 
Tema 3: Convenções (Normas e Restrições) 
As Convenções dizem respeito a algumas Restrições à aplicação dos Princípios, 
no sentido de delimitar, por intermédio da experiência e da viabilidade prática, 
as situações nas quais as escolhas devem ser feitas no que se refere às várias 
opções, normalmente existentes, para a aplicação dos princípios. As 
Convenções, portanto, têm por função qualificar melhor o comportamento 
necessário em face de situações com amplos graus de liberdade que os 
princípios e postuladosdão à Contabilidade. Dividem-se em: 
 Objetividade 
 Materialidade 
 Conservadorismo 
 Consistência 
Vamos ver cada uma delas em detalhes, a seguir. Acompanhe! 
Convenção da Objetividade 
É o atributo da informação que permite a indivíduos qualificados, trabalhando 
independentemente um do outro, chegar a medidas ou conclusões 
essencialmente iguais, a partir do exame da mesma evidência. A objetividade se 
refere à escolha, sempre que houver alternativas concorrentes de aplicação dos 
Princípios, daquele que puder ser objetivamente verificado, de preferência por 
intermédio de documentos e outros critérios claros. 
Convenção da Materialidade 
A Contabilidade pode ser feita com requintes de detalhes que visem sua 
perfeição, mas na verdade sua perfeição pode comprometer o benefício 
adicional gerado pela informação, em função do custo de obtenção das 
informações. A utilização do conceito de materialidade não significa desprezo 
pelos detalhes, se este for indicador de algo grave. 
 
 
 
Convenção do Conservadorismo 
Nesta convenção, a Contabilidade sempre optará, em situações de decisão na 
aplicação de princípios, em casos de cenários de probabilidade razoavelmente 
idênticas, por aquele que resultar em menor valor para os ativos e maior valor 
para os passivos. O termo conservadorismo é utilizado para dizer que os 
contadores necessitam divulgar o menor dos vários valores possíveis para ativos 
e receitas, e o maior dos vários valores possíveis de passivos e despesas. O 
conservadorismo é, na melhor das hipóteses, um método muito pobre para lidar 
com a existência de incerteza na avaliação de ativos e passivos e na 
mensuração de lucro. 
Conflitos 
 Com o objetivo de divulgar toda informação relevante 
 Com a consistência no sentido de que é uma limitação relevante 
 Pode conduzir a uma falta de comparabilidade, porque não há padrões 
uniformes para seu emprego 
Convenção da Consistência 
Caracteriza-se pelo fato de que, desde que se tenha adotado certo critério, entre 
os vários que poderiam ser válidos à luz dos princípios contábeis, não deveria 
este ser alterado nos relatórios periódicos. Consistência não significa 
uniformidade de procedimentos contábeis de uma empresa para outra, mas é 
entendida no sentido de que certa empresa utilizou critérios consistentes, a fim 
de que a comparabilidade seja assegurada, pelo menos dos dois últimos 
exercícios. 
Acesse a versão online da aula e assista a seguir ao vídeo com a professora 
Edicreia tratando deste tema que estamos estudando. 
 
 
 
 
Tema 4: Primazia da Essência sobre a Forma e Regime da Competência 
É necessário que as transações e os eventos sejam contabilizados e 
apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e não 
meramente sua forma legal. Nestes termos, pode-se exemplificar que uma 
entidade pode vender um Ativo a um terceiro, de tal maneira que a 
documentação indique a transferência legal da propriedade a esse terceiro; 
contudo, poderão existir acordos que assegurem que a entidade continuará a 
usufruir os futuros benefícios econômicos gerados pelo Ativo e o recomprará, 
depois de certo tempo, por um montante que se aproxima do valor original de 
venda, acrescido de juros de mercado durante esse período. 
Em tais circunstâncias, reportar a venda não representaria adequadamente a 
transação formalizada. Neste sentido, sempre que houver discrepância entre 
a forma jurídica de uma operação a ser contabilizada e sua essência 
econômica, a contabilidade deverá privilegiar a essência sobre a forma. 
Balanço consolidado, por exemplo, não possui personalidade jurídica, mas tem 
essência econômica. 
Vamos aplicar este conceito ao caso do leasing... 
Na sua essência, são compras financiadas. A observância da essência sobre a 
forma, levaria a registrar a operação, tanto no Ativo quanto no Passivo, 
amortizando-se um pelas depreciações e outro total da prestação por aquela 
parcela que ultrapassa o valor do juro implícito embutido, sendo esta última a 
despesa do período. A Prevalência da essência sobre a forma é pré-requisito 
fundamental para a aplicação correta dos Postulados, Princípios contábeis e 
Convenções. 
Regime de Competência 
A empresa deve preparar as suas demonstrações contábeis, exceto para a 
demonstração dos fluxos de caixa, utilizando-se do regime de competência, que, 
quando utilizado, seus itens são reconhecidos como Ativos, Passivos, 
Patrimônio Líquido, Receitas e Despesas quando atendem as definições e os 
 
 
critérios de reconhecimento para esses elementos, contidos na Estrutura 
Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. 
O Regime de Competência retrata com propriedade os efeitos de transações e 
outros eventos e circunstâncias sobre os recursos econômicos e reivindicações 
da entidade que reporta a informação nos períodos em que ditos efeitos são 
produzidos, ainda que os recebimentos e pagamentos em caixa derivados 
incidam em períodos distintos. Isso é importante pois: a informação sobre os 
recursos econômicos e as reivindicações da entidade que reporta a informação, 
assim como sobre as mudanças nesses recursos econômicos e nessas 
reivindicações ao longo de um período, fornece melhor base de avaliação das 
performances passada e futura da entidade, enquanto a informação meramente 
baseada em recebimentos e pagamentos em caixa ao longo desse mesmo 
período fornece pior base de avaliação das performances passada e futura da 
entidade. 
Restrições de Custo na Elaboração e Divulgação da Informação 
Os custos da geração da informação, assim como de sua análise, devem ser 
justificados pelos benefícios da divulgação dessa informação. Há diversos 
custos incidentes sobre a informação, alguns suportados pela entidade (que a 
gera), e outros, pelos usuários (que a utilizam). Os custos de geração da 
informação são compostos pela coleta de dados, por seu processamento e pela 
divulgação do respectivo resultado. Esses custos são suportados: 
 pela entidade (principalmente), na forma de salários de seu pessoal 
administrativo, uso de equipamentos e contratação de serviços 
 pelos usuários (indiretamente), que, na qualidade de investidores, terão 
seus retornos (dividendos) reduzidos por conta dos custos suportados 
pela entidade 
 
 
 
 
 
Atenção 
Os custos de análise suportados pelos usuários são relativos à atividade de 
interpretação de informação, podendo inclusive compreender estimativas e 
custos de obtenção de informações adicionais. 
Acesse a versão online da aula e assista a seguir ao vídeo com a professora 
Edicreia tratando deste tema que estamos estudando. 
 
 
Tema 5: Princípio da Oportunidade e Registro pelo Valor Original 
Princípio da Oportunidade 
Refere-se ao momento em que devem ser registradas as variações patrimoniais 
das entidades. Portanto, é por meio dele que se busca a agilidade (ou 
tempestividade) das informações contábeis. Por esse aspecto, os registros 
contábeis devem ser feitos imediatamente após as causas que os originaram, 
mesmo na hipótese de alguma incerteza. 
Exige o registro e o relato de todas as variações patrimoniais vivenciadas pela 
entidade, no momento em que elas ocorram e de forma completa. Deste modo, 
cumprido tais preceitos, chega-se ao acervo máximo de informações sobre o 
patrimônio, fonte de todos os relatos, demonstrações e análises posteriores, ou 
seja, é a base indispensável à fidedignidade das informações sobre o patrimônio 
da entidade referentes a um determinado período e com o emprego de quaisquer 
procedimentos técnicos. É o fundamento daquilo que muitos sistemas de normas 
denominamde “representação fiel” pela informação, ou seja, que esta espelhe 
com precisão e objetividade as transações e os eventos a que concerne. 
 
 
Aborda também a integridade das informações contábeis geradas pelas 
entidades. Neste aspecto, os registros contábeis devem ser reconhecidos em 
sua totalidade, sem qualquer falta ou excesso, incluindo os das filiais, sucursais 
e demais dependências de uma mesma entidade. Caso seja tratado um fato 
futuro, o registro deve ser feito caso exista como provar o seu valor (e.: 
provisões como férias, 13º Salário, contingências) 
Deve ser observado, sempre que haja variação patrimonial na entidade, cujas 
origens principais são: 
1. Transações realizadas com outras entidades, formalizadas mediante 
acordo de vontades, independentemente da forma ou documentação de 
suporte (ex.: compra ou venda de bens e serviços) 
2. Eventos de origem externa, de ocorrência alheia à vontade da 
administração, mas com efeitos sobre o patrimônio (ex.: modificações nas 
taxas de câmbio, quebras de clientes, efeitos de catástrofes naturais) 
3. Movimentos internos que modificam predominantemente a estrutura 
qualitativa do patrimônio (ex.: transformação de materiais em produtos 
semiacabados ou destes em produtos acabado); mas também a estrutura 
quantitativo-qualitativa (ex.: sucateamento de bens emprestáveis) 
 
Importante 
Sendo assim, a informação contábil deve, de forma concomitante, ser ágil e 
íntegra, na sua produção e na sua divulgação, de maneira que represente, fiel e 
imediatamente, as variações do patrimônio da entidade em determinado período 
de tempo, sob pena de ocasionar a perda de sua relevância. Por isso mesmo, é 
preciso ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da 
informação. 
O Princípio da Oportunidade abarca dois aspectos distintos, mas 
complementares entre si, a integridade e a tempestividade, razão pela qual 
muitos autores preferem denominá-lo de Princípio da Universalidade. 
 
 
Restrições do Princípio da Oportunidade 
Integridade 
Procura demonstrar o fato patrimonial em sua totalidade, da forma mais fiel e 
honesta possível, sendo que fraudes, erros e omissões deturpam a realidade da 
empresa. Assim, registros contábeis devem ser reconhecidos em sua totalidade, 
sem qualquer falta ou excesso, incluindo os das filiais, sucursais e demais 
dependências de uma mesma entidade. Caso seja tratado um fato futuro, o 
registro deve ser feito caso exista como provar o seu valor (e.: provisões como 
férias, 13º Salário, contingências) 
Tempestividade 
Obriga que os registros contábeis sejam feitos imediatamente após as causas 
que os originaram, mesmo na hipótese de alguma incerteza. Sem o registro no 
momento da sua ocorrência, ficarão incompletas as informações sobre o 
patrimônio até aquele momento, e, em decorrência, insuficientes quaisquer 
demonstrações ou relatos, e falseadas as conclusões, diagnósticos e 
prognósticos. Ademais, a informação contábil deve chegar às mãos de quem 
dela necessitam, em tempo hábil para que seja possível tomar alguma decisão 
em relação aos fatos informados. 
Importante 
Salienta-se que em várias situações, o Princípio da Oportunidade é confundido 
com o da Competência, embora os dois apresentem conteúdos diferentes. No 
primeiro, está a completeza do registro das variações patrimoniais, do seu 
oportuno reconhecimento, enquanto, no segundo, o objeto está na qualificação 
das variações diante do Patrimônio Líquido (PL), ou seja, na decisão sobre se 
estas o alteram ou não. 
 
 
 
 
Princípio do Registro pelo Valor Original 
Determina que os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos 
valores originais das transações com o mundo exterior, expressos em moeda 
nacional. Deve ser observado rigorosamente por resultar na unificação da 
metodologia de avaliação, fato essencial na comparabilidade dos dados, relatos 
e demonstrações contábeis e, consequentemente, na qualidade da informação 
gerada, impossibilitando critérios alternativos de avaliação. 
A expressão do valor dos componentes patrimoniais em moeda nacional decorre 
da necessidade de homogeneização quantitativa do registro do patrimônio e das 
suas mutações, com a finalidade de obter a necessária comparabilidade e 
possibilitar agrupamentos de valores. Assim sendo, quaisquer transações em 
moeda estrangeira devem ser transformadas em moeda nacional no momento 
do seu registro. 
Este princípio estabelece que os componentes do patrimônio tenham seu 
registro inicial efetuado pelos valores ocorridos na data das transações havidas 
com o mundo exterior à entidade, estabelecendo, assim melhor controle. 
A aplicação do Princípio do Registro pelo Valor Original resulta que: 
a. A avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base 
nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes 
do consenso com os agentes externos ou da imposição destes 
b. O bem, o direito ou a obrigação, uma vez integrados ao patrimônio, 
não poderão ter seus valores intrínsecos alterados, admitindo-se 
tão-somente sua decomposição em elementos e/ou sua 
agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais 
c. O valor original será mantido enquanto o componente permanecer 
como parte do patrimônio, inclusive na saída deste 
d. O uso da moeda do país na tradução do valor dos componentes 
patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa 
 
 
Em resumo, Iudícibus (2000) considera que este princípio seja uma sequência 
natural do postulado da continuidade; que os ativos são incorporados pelo preço 
pago para adquiri-los ou fabricá-los, mais todos os gastos, incluindo-se todos 
aqueles necessários para colocá-los em condições de gerar benefícios para a 
empresa. Por tudo isso, pode-se, então, afirmar que este princípio se 
fundamenta no registro das transações da entidade na data e pelo valor da sua 
realização. 
Fica, portanto, implícito que os Ativos serão registrados pelo valor de aquisição, 
de construção ou de fabricação, conforme o caso, e que os Passivos serão 
registrados pelos valores correspondentes nos documentos ou títulos que 
comprovem a dívida. 
Acesse a versão online da aula e assista a seguir ao vídeo com a professora 
Edicreia tratando deste tema que estamos estudando. 
 
NA PRÁTICA 
Vamos resumir os Princípios da Contabilidade em exemplos bem interessantes? 
Confira a seguir! 
https://caduceunoticias.wordpress.com/2014/07/29/entenda-os-principios-
contabeis-em-6-imagens-2/ 
 
 
 
 
 
SÍNTESE 
É importante você saber que, além dos postulados contábeis, a Contabilidade 
deve observar aos Princípios Fundamentais que condicionam legitimidade às 
Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) e orientam o exercício da profissão. 
Os mesmos desenvolvem-se a partir da necessidade de se estabelecer 
conceitos e procedimentos que viabilizar aos demais usuários padrões de 
comparabilidade e credibilidade, como nos casos dos critérios adotados na 
elaboração dessas demonstrações. Nesse sentido, os princípios atuam como 
suporte aos postulados, delimitando e qualificando o campo de atuação da 
Contabilidade. Todavia, a partir da evolução da Contabilidade, e caso surjam 
fatos socioeconômicos ou alterações na legislação que suportem a ideia 
proposta pelos princípios, estes podem ser alterados para atender as inovações 
ocorridas na vida empresarial. 
Os princípios básicos, essenciais ao exercício da Contabilidade são: o da 
Entidade; o da Continuidade; o da Oportunidade; o do Registro pelo Valor 
Original; o da Competência; e o da Prudência (Resolução CFC n. 750/93; e 
Resolução CFC n. 1.282/10). Por fim, a condutado profissional contábil e a 
delimitação de conceitos e atribuições preconizadas pelos Postulados e 
Princípios Contábeis são definidas com maior precisão por meio das 
Convenções Contábeis. 
As convenções atendem um perfil mais claro e objetivo, indicando a conduta 
adequada que deve ser observada no exercício profissional, e representam o 
complemento dos Princípios e Postulados, sendo dividas em: Convenção da 
Objetividade, Convenção da Materialidade, Convenção da Consistência e 
Convenção do Conservadorismo. 
 
 
 
 
 
Leitura obrigatória 
DELGADO, W. G. M. et al. Convergências e divergências entre princípios, 
convenções e postulados e atual estrutura conceitual básica da 
contabilidade. 2014. 6ª ECAECO. Anais. Setembro, 2013. Ponta Porã, MS. 
http://anaisonline.uems.br/index.php/ecaeco/article/view/2727/2800 
 
Leitura complementar 
Para conhecer mais profundamente sobre os princípios contábeis, dê uma 
olhada na Resolução CFC n. 750/93: 
www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_750.doc 
 
Saiba mais 
Os princípios contábeis 
https://www.youtube.com/watch?v=7RqTIZhyylA 
 
Princípios e convenções 
https://www.youtube.com/watch?v=WYcmalYtiLo 
 
Acesse a versão online da aula e assista a seguir ao vídeo com a fala final da 
professora Edicreia. 
 
 
 
Referências 
ZANLUCA, Júlio César. Portal da Contabilidade. Os Princípios de 
Contabilidade. 2013. Disponível e: 
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/principiosfundamentais.htm
>. Acesso em: 28 abr. 2016. 
IUDÍCIBUS, Sérgio; MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da 
Contabilidade. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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