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aula 4 estrutura da contabilidade brasileira

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Estrutura da Contabilidade Brasileira 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 04 
 
 
 
 
 
 
 
Edicreia dos Santos 
 
 
 
 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Oi, seja bem-vindo(a) à quarta aula de Estrutura da Contabilidade 
Brasileira. O objetivo desta aula é explanar a avaliação de desempenho 
empresarial e apresentar os principais indicadores aplicados nesta finalidade, 
descrevendo-os quanto a sua função, fórmula e interpretação. Para tanto, vamos 
precisar: 
 definir o que constitui a posição patrimonial, financeira e econômica 
 definir o que é um ativo, passivo, patrimônio líquido, receita, 
despesa, perda, ganho 
 entender e aplicar, os conceitos de ativo, passivo, patrimônio 
líquido, receita, despesa, perda, ganho 
 
O contexto econômico empresarial tem passado por constantes e 
significativas mudanças nas últimas décadas e as empresas precisam se 
adequar a este novo cenário mais disputado, para que consiga se manter entre 
a concorrência na disputa por produção de bens e serviços com maior qualidade 
aliado a preços baixos. As empresas que não se adaptarem correm sério risco 
de perder seu mercado. 
As informações sobre a empresa são de fundamental importância para 
que consigam ver o real estado em que se encontram e tomar decisões para 
onde pretendem chegar. Portanto, são necessárias constantes análises 
econômicas e financeiras sobre os seus demonstrativos. 
 
Assista ao vídeo, disponível no material on-line, com a fala inicial da professora 
Edicreia. 
 
CONTEXTUALIZANDO 
As decisões econômicas tomadas pelos usuários das demonstrações 
contábeis demandam um julgamento da capacidade da empresa para gerar 
caixa e equivalentes de caixa, bem como do tempo e do grau de certeza dessa 
geração. Essa capacidade determina se a empresa poderá honrar com seus 
compromissos. Os usuários da informação podem melhor ponderar essa 
 
capacidade de gerar disponibilidades de caixa se lhes forem munidas 
informações que visem à posição patrimonial, financeira e econômica. 
A posição patrimonial e financeira da organização é afetada pelos 
recursos econômicos que possui, sua estrutura financeira, liquidez, e a 
capacidade de adequação às mudanças no ambiente em que atua. Dessa forma, 
informações sobre os recursos econômicos da empresa e a sua capacidade são 
úteis para prever a capacidade que da empresa em gerar caixa e equivalentes 
de caixa no futuro. As informações sobre a estrutura financeira são úteis para 
prever as futuras necessidades de financiamento e como os lucros futuros e os 
fluxos de caixa serão distribuídos entre aqueles que têm participação na 
empresa. As informações patrimoniais podem ser visualizadas de forma estática 
no Balanço Patrimonial. 
Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição 
patrimonial e financeira são os ativos, os passivos e o patrimônio líquido, os 
quais são assim definidos por Martins et al. (2013, p. 46): 
 Ativo – é um recurso controlado pela entidade como resultado de 
eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos 
para a entidade 
 Passivo – é uma obrigação presente da entidade, derivada de 
eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos 
da entidade capazes de gerar benefícios econômicos 
 Patrimônio líquido – é o interesse residual nos ativos da entidade 
depois de deduzidos todos os seus passivos 
 
As definições de ativo e de passivo identificam suas características 
primordiais, mas não buscam explicitar os critérios que necessitam ser 
observados para que eles possam ser reconhecidos no balanço patrimonial 
(HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). Especificamente, a perspectiva de que 
benefícios econômicos futuros fluam para a empresa ou saiam da empresa 
necessita ser satisfatoriamente certa para que seja notado o critério de 
possibilidade, antes que um ativo ou um passivo seja reconhecido como tal 
(MARTINS et al., 2013). 
 
Ao ponderar se um item se enquadra na definição de ativo, passivo ou 
patrimônio líquido, deve-se olhar para a sua essência e realidade econômica, e 
não apenas para sua base legal. Assim, abordaremos detalhadamente nesta 
aula os principais aspectos introdutórios que compõem a estrutura patrimonial, 
econômica e financeira das empresas, quais sejam: Ativos; Passivos e 
Patrimônio Líquido; Receitas; Despesas; Perdas e Ganhos. 
 
Assista ao vídeo, disponível no material on-line, com a fala inicial da professora 
Edicreia. 
 
PESQUISE 
Ativos 
Um profissional da contabilidade precisa compreender e explicar como as 
coisas são e como deveriam ser, e não simplesmente cumprir métodos, como se 
costuma ouvir “é assim que sempre foi feito” (GOULART, 2002). Na teoria da 
contabilidade, existem diversos objetos de estudo, como os postulados, os 
princípios e os próprios objetivos da contabilidade. Outro item refere-se às 
definições de termos utilizados, dentre os quais se destacam os elementos das 
demonstrações contábeis, como ativos e passivos. O estudo e a delimitação dos 
conceitos utilizados são uma necessidade de qualquer ciência. É preciso haver 
uma espécie de tratado acerca das expressões e dos vocábulos, permitindo a 
compreensão dos conceitos utilizados, em benefício da eficácia do processo de 
comunicação. Trata-se de uma questão de linguagem. 
Hendriksen e Van Breda (1999, p. 281-3), por exemplo, afirmam que 
"ativos são essencialmente reservas de benefícios futuros". E mencionam 
definição do FASB, encontrada em seu referencial conceitual, no SFAC 62: como 
sendo "benefícios econômicos futuros prováveis, obtidos ou controlados por uma 
empresa em consequência de transações ou eventos passados". Para o FASB 
(1980), incorporar um benefício futuro provável é característica essencial dos 
ativos. Sem tal característica, não se pode reconhecer a existência do ativo em 
termos contábeis. 
Nesse raciocínio, Hendriksen e Van Breda (1999, p. 285), analisando a 
necessidade de existência de direito específico a benefícios futuros, ressaltam 
 
que "o direito deve produzir um benefício positivo; os direitos com benefícios 
nulos ou negativos em potencial não são ativos". Exemplo: "se um prédio tiver 
perdido seu valor como gerador de utilidade, seu único valor residirá no 
sucateamento dos materiais de que é composto. Se o custo de remoção for igual 
ou superior ao valor de liquidação dos materiais, o prédio não terá valor algum, 
não devendo ser considerado um ativo". 
O exemplo citado ajuda a observar como a noção de benefício futuro 
esperado é relevante para a compreensão do significado do termo ativos. As 
expressões "aplicações de recursos" e "conjunto de bens e direitos de uma 
entidade" vão, dessa maneira, demonstrando sua imperfeição e deficiência 
(HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). Iudícibus (2000, p. 130) destaca três 
aspectos a serem observados na definição de ativos: 
1. O ativo deve ser considerado à luz de sua propriedade e/ou à luz 
de sua posse e controle; normalmente as duas condições virão juntas 
2. Precisa estar incluído no ativo, em seu bojo, algum direito 
específico a benefícios futuros ou, em sentido mais amplo, o elemento precisa 
apresentar uma potencialidade de serviços futuros (fluxos de caixa futuros) para 
a empresa 
3. O direito precisa ser exclusivo da entidade 
 
Entende-se, portanto, que precisa estar incluído no cerne o ativo 
um direito específico a benefícios futuros. 
Os ativos são os bens e direitos da organização, o benefício econômico 
futuro agregado a um ativo é o seu potencial em colaborar, de forma direta ou 
indireta, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a empresa.Esse 
potencial pode ser produtivo, quando o recurso for parte integrante das 
atividades operacionais da entidade, ele também pode ter a forma de 
conversibilidade em caixa ou equivalentes de caixa, ou ainda ser capaz de 
diminuir as saídas de caixa, como no caso de procedimento industrial alternativo, 
que diminua os custos de produção. 
A organização, na maioria das vezes, utiliza os seus ativos para a 
produção de bens ou prestação de serviços, que são capazes de atender os 
desejos e as necessidades dos consumidores (CPC 00 R1, 2011). Na visão de 
 
que esses bens ou serviços venham a satisfazer os desejos ou necessidades, 
os consumidores se preparam a pagar por eles, contribuindo, dessa forma, para 
o fluxo de caixa da organização. 
Um ativo é algo que existe agora e tem a capacidade de render 
serviços ou benefícios no período corrente e no futuro. Os benefícios 
econômicos futuros prováveis, obtidos ou controlados por uma dada entidade 
em consequência de transações ou eventos passados, são considerados como 
ativos. Ele representa os bens e os direitos da empresa. 
Os ativos representam benefícios futuros esperados, direitos que foram 
adquiridos pela entidade como resultado de alguma transação corrente ou 
passada. Para caracterizar-se como um ativo, o bem deve satisfazer 
simultaneamente as seguintes características: 
 
 
Para que haja benefícios futuros prováveis, precisa existir algum direito 
específico a benefícios futuros positivos ou potenciais de serviços. No caso do 
controle do bem, os direitos devem pertencem a algum indivíduo ou alguma 
empresa, devendo permitir a exclusão de outras pessoas, embora, em alguns 
casos, o direito seja compartilhado com pessoas ou empresas específicas, e as 
transações e outros eventos devem resultar de transações ou eventos passados. 
Os benefícios econômicos futuros incorporados a um ativo podem fluir 
para a entidade de diversos modos, conforme Martins (2013, p. 47), o ativo pode 
ser: 
 usado isoladamente em conjunto com outros ativos na produção de 
bens ou na prestação de serviços a serem vendidos pela entidade 
 
 trocado por outros ativos 
 usado para liquidar um passivo (ou) 
 distribuído aos proprietários da entidade 
 
Para ser um ativo, a forma física não é essencial. Muitos ativos têm forma 
física, como itens do imobilizado. Mas marcas e patentes, por exemplo, não 
possuem forma física; no entanto são classificados como ativo se gerarem 
benefícios econômicos futuros e serem controlados pela empresa. Dessa forma, 
os ativos da empresa procedem de transações passadas ou de outros fatos 
passados. Normalmente, as empresas obtêm ativos por meio de sua compra ou 
produção, mas outras transações ou eventos podem gerar ativos. 
O reconhecimento de um item do ativo se refere ao processo de incorporar 
no balanço patrimonial um recurso econômico. Para ser reconhecido como tal, 
um item do ativo deve satisfazer a definição de materialidade, probabilidade de 
ocorrência e confiabilidade da medida. 
 
Assista ao vídeo, disponível no material on-line, com a professora Edicreia 
tratando deste tema que estamos estudando. 
 
Passivos e Patrimônio Líquido 
Passivo 
O Passivo representa um serviço, com valor monetário, que o proprietário 
de ativos é obrigado legal ou justamente a prestar a uma segunda pessoa ou 
grupo de pessoas. Um passivo é algum compromisso reconhecido de se 
transferir ativos, executar serviços ou incorrer em outros passivos no futuro. Uma 
característica fundamental para a existência de um passivo é que a empresa 
tenha uma obrigação presente (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999; CPC 00 R1, 
2011). 
Uma obrigação é um dever ou uma responsabilidade de agir ou 
desempenhar uma dada tarefa de certa maneira. As obrigações podem ser 
legalmente exigíveis em decorrência de acordo ou exigências estatutárias, no 
entanto, as obrigações nascem também de práticas comuns do negócio, de usos 
 
e costumes e do desejo de conservar boas relações comerciais ou agir de modo 
equitativo (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). 
Exemplo: empresas que consertam os defeitos em seus produtos, mesmo 
após a expiração do prazo dado como garantia pela empresa; os gastos 
esperados com os produtos já vendidos serão considerados passivos. 
Os passivos são prováveis sacrifícios futuros de benefícios econômicos 
decorrentes de obrigações presentes de uma dada organização, quanto à 
transferência de ativos ou prestação de serviços a outras entidades no futuro, 
em consequência de transações ou eventos passados. Dessa forma, podemos 
resumir um passivo como uma obrigação presente da entidade, derivada de 
eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos 
capazes de gerar benefícios econômicos. 
 
 
Ele resulta da obrigação presente com uma ou mais entidades, que 
implica a liquidação do bem por provável transferência futura ou uso de ativos 
em uma data especificada ou determinável, na ocorrência de um evento 
específico. Um passivo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for 
provável que uma saída de recursos envolvendo benefícios econômicos seja 
exigida em liquidação de uma obrigação presente e o valor para qual essa 
liquidação se dará possa ser determinado em bases confiáveis. 
A liquidação de uma obrigação presente implica na utilização, pela 
empresa, de recursos capazes de gerar benefícios econômicos a fim de 
satisfazer o direito da outra parte. 
 
Hendriksen e Van Breda (1999) relatam que se deve fazer uma separação 
entre obrigação presente e compromisso futuro. A deliberação da administração 
de uma empresa para aquisição de ativos no futuro não dá procedência, por si 
só, a uma obrigação presente; geralmente, a obrigação nasce exclusivamente 
 
quando um ativo é entregue ou a entidade entra em acordo irrevogável para 
adquirir o ativo (CPC 00 R1, 2011). 
Obrigação presente  Compromisso futuro 
 
Hendriksen e Van Breda (1999) descrevem que a liquidação de uma 
obrigação presente comumente implica o uso, pela empresa, de recursos 
incorporados de benefícios econômicos a fim de atender a demanda da outra 
parte. 
A liquidação de uma obrigação presente pode acontecer de diversas 
formas, conforme evidenciado por Martins et al. (2013, p. 48), por meio de: 
 Pagamento em caixa 
 Transferência de outros ativos 
 Prestação de serviços 
 Substituição da obrigação por outra (ou) 
 Conversão da obrigação em item do patrimônio líquido 
 
A obrigação também pode ser eliminada por outros meios, tais como pela 
renúncia do credor ou pela perda dos seus direitos (HENDRIKSEN; VAN 
BREDA, 1999). Passivos derivam de transações ou outros fatos passados, 
dessa maneira, a compra de bens e o uso de serviços dão origem a contas a 
pagar (a não ser que pagos à vista) e o recebimento de empréstimo bancário 
implica na obrigação de honrá-lo na data do vencimento (CPC 00 R1, 2011). 
Dessa forma, a empresa também pode ter a precisão de reconhecer como 
passivo os futuros abatimentos fundamentados no volume das compras anuais 
dos clientes, nesse caso, a venda de bens no passado é a ligação que dá origem 
ao passivo. 
Alguns passivos são mensurados por meio do emprego de um 
determinado nível de estimativa. Segundo Martins et al. (2013), esses passivos 
no Brasil, são chamados de provisões, caso a provisão abranja uma obrigação 
presente e satisfaça os demais critérios da definição, ela é um passivo, mesmo 
que seu montante precise ser estimado. 
 
 
 
Patrimônio Líquido 
O patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da empresa, depois 
de deduzidos todos os seus passivos. Apesar de o patrimônio líquido servisto 
como algo residual, ele apresenta subclassificações no balanço patrimonial, 
como, por exemplo, na sociedade por ações, recursos aportados pelos sócios, 
reservas resultantes de detenções de lucros e reservas de ajustes para 
manutenção do capital podem ser demonstrados de maneira separada (CPC 00 
R1, 2011). Essas classificações podem ser relevantes para a tomada de decisão 
quando recomendarem restrições legais ou de outra natureza sobre a 
capacidade que a empresa tem de disseminar ou aplicar de outra forma os seus 
recursos patrimoniais. 
Ele está relacionado de forma direta com os elementos da equação 
patrimonial. De maneira geral, ele representa a diferença entre aplicações de 
recursos e obrigações, ou seja, a diferença entre ativos e passivos. 
PL = Ativo – Passivo 
 
Ele representa o interesse residual nos ativos da entidade, depois de 
deduzir todos os seus passivos, ou seja, o valor residual dos ativos da empresa, 
depois de deduzidos todos os seus passivos. Na figura a seguir é apresentada, 
de forma resumida, a estrutura do PL. 
 
 
Dessa forma, o Patrimônio Líquido pode ser simplesmente definido como 
a diferença, em determinado momento, entre o valor do ativo e do passivo, 
atribuindo-se a este último a conotação restrita de dívidas e obrigações. 
A visualização das fontes do patrimônio líquido ocorre por meio dos 
valores reconhecimento do capital social e suas derivações. A forma de 
 
evidenciar o patrimônio líquido ajuda na tomada de decisão, ao refletir a 
capacidade de distribuir ou aplicar recursos. O patrimônio líquido divide-se em: 
 Capital Social 
 Reservas de capital 
 Reservas de Lucros 
 Ajustes de avaliação patrimonial 
 Ações em tesouraria 
 Prejuízos acumulados 
 
O valor pelo qual o patrimônio líquido é exposto no balanço patrimonial 
depende da mensuração dos ativos e passivos. Geralmente, o valor agregado 
do patrimônio líquido corresponde ao valor de mercado das ações da empresa 
ou da soma que poderia ser obtida pela venda dos seus ativos líquidos, ou da 
entidade como um todo. 
 
Assista ao vídeo, disponível no material on-line, com a professora Edicreia 
tratando deste tema que estamos estudando. 
 
Receitas 
As receitas são entradas ou outros aumentos de Ativos de uma empresa, 
ou ainda liquidação de seus Passivos (ou ambos), decorrente da entrega ou 
produção de bens, prestação de serviços, ou outras atividades correspondentes 
a operações normais ou principais da empresa (FASB, 1980). As receitas podem 
ser vistas também como aumentos nos benefícios econômicos durante o período 
contábil, sob a forma de entrada de recursos ou aumento de Ativos ou diminuição 
de Passivos. 
O comitê de conceitos e padrões da American Association of Accountants 
afirma que receita é a expressão monetária do agregado de produtos ou serviços 
transferidos por uma empresa para seus clientes durante um período de tempo. 
Segundo ele, ainda, receita representa uma mensuração do valor de troca dos 
produtos (bens e serviços) de uma empresa durante aquele período. As receitas 
são comumente medidas em termos do valor líquido de numerário que se espera 
receber em função da venda de bens ou da prestação e serviços, 
 
independentemente de como seja definida, ela deve ser medida, pelo valor de 
troca do produto vendido ou do serviço prestado. 
O valor de troca do produto ou serviço prestado pela empresa representa 
o valor atual dos fluxos de dinheiro que serão recebidos. Ela deve ser 
reconhecida na Demonstração do Resultado quando procede em um aumento, 
que possa ser determinado em bases confiáveis, nos benefícios econômicos 
futuros provenientes do aumento de um ativo ou da diminuição de um passivo. 
As receitas são os acréscimos nos benefícios econômicos durante o 
período contábil (exercício social), na configuração de entrada de recursos ou do 
aumento de ativos ou diminuição de passivos, os quais resultam em acréscimos 
no patrimônio líquido, e que não estejam conexos com a contribuição dos 
possuidores dos instrumentos patrimoniais (CPC 00 R1, 2011). 
Esta definição compreende tanto receitas propriamente ditas quanto 
ganhos. A receita nasce no fluxo das atividades habituais da empresa e é 
denominada por vários nomes, tais como: vendas, honorários, juros, dividendos, 
royalties, aluguéis. Para Iudicibus (1989), a receita caracteriza o que é 
essencialmente a receita e dá margem a uma ampla gama de formas pelas quais 
pode ser reconhecida, colocando bem o fato de que o mercado deverá validar o 
esforço desenvolvido pela empresa, atribuindo um valor de troca à produção de 
bens e serviços. 
Como tentativa de englobar as alternativas de reconhecimento, enfocando 
o efeito no patrimônio dos acionistas, Iudicibus (1989) expõe receita como uma 
expressão monetária, validada pelo mercado, do agregado de bens e serviços 
da empresa, em sentido amplo, em determinado período de tempo, e que 
provoca um acréscimo concomitante, no ativo e no patrimônio líquido, 
considerando separadamente da diminuição do ativo e do patrimônio líquido 
provocados pelo esforço em produzir tal receita. 
O que considerar ou não como receita? 
Essa questão é bem controversa, conforme coloca o AICPA (1961), o qual 
estabelecia os ganhos derivados das vendas ou trocas de ativos (menos ações), 
juros e dividendos ganhos em investimentos e outros acréscimos de PL, exceto 
os derivantes de contribuições de capital e de ajustamentos de capital deveriam 
ser incluídos em receita. Para o FASB (1980), a receita resulta das operações 
 
principais ou básicas da empresa, ao passo que os ganhos são lucros em 
atividades como venda ocasional de terrenos e outros imóveis do patrimônio 
líquido decorrentes de operações periféricas ou incidentais. 
Receita  resulta de operações principais ou básicas da empresa 
 
Ganhos  são lucros em atividades como venda ocasional de terrenos e 
outros imóveis do patrimônio líquido decorrentes de operações periféricas ou 
incidentais 
 
A receita deve ser reconhecida independentemente de como seja 
definida, deve ser medida, em termos ideais, pelo valor de troca do produto ou 
serviço da empresa, esse valor de troca representa o equivalente a caixa, ou o 
valor presente de direitos monetários a serem recebidos eventualmente, em 
consequência da transação que gera a receita (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 
1999). Portanto, deve-se medir as receitas pelo valor de troca do produto ou 
serviço da empresa, expressando às variações futuras correspondentes à perda 
do poder aquisitivo da moeda, ou seja, o valor atual dos fluxos futuros de 
dinheiro. 
Para que uma receita seja reconhecida, é necessário que haja a 
apropriação simultânea de uma despesa correspondente, ou seja, uma 
vinculação. Para Hendriksen e Van Breda (1999), um item deve ser 
reconhecido como receita de uma empresa quando for parte do produto da 
organização, puder ser medido e verificado com precisão. Seu 
reconhecimento pode ser analisado pelo enfoque econômico1 e pelo enfoque 
financeiro2. 
 
Assista ao vídeo, disponível no material on-line, com a professora Edicreia 
tratando deste tema que estamos estudando. 
 
 
1 Está relacionado à execução do processo de produção e quando da 
conclusão da produção. 
2 Está relacionado com a conversão de recursos e direitos não monetários em 
dinheiro. 
 
 
Despesas 
As despesas são o uso ou consumo de bens e serviços no processo de 
geração de receitas. O FASB (1980) define despesas concentrando-se no fluxo 
de saída de ativos da empresa para o pagamento na aquisição de fatores de 
produção. Ele define despesascomo: saídas ou outros usos de ativos, ou 
ocorrências de passivos (ou ambos) para a entrega ou produção de bens, a 
prestação de serviços, ou a execução de outras atividades que representam as 
operações principais em andamento da empresa (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 
1999). 
As despesas reduzem o patrimônio líquido da empresa, porém, assim 
como as receitas, não se devem definir despesas somente quando a esse efeito 
de patrimônio. Dessa forma, podemos definir despesas como variações 
negativas dos recursos, ou seja, redução de lucro da empresa, mas cabe lembrar 
que nem todas as variações negativas de recursos são, necessariamente, 
despesas. 
As despesas, importam em variações desfavoráveis dos recursos da 
empresa, ou seja, são as reduções do lucro. No entanto, nem todas as variações 
desfavoráveis de recursos são despesas. De forma mais precisa, as despesas 
constituem o uso ou consumo de bens e serviços no processo de obtenção 
de receitas. 
Despesas representam decréscimos nos benefícios econômicos durante 
o período contábil, sob a forma de saída ou redução de Ativos ou incrementos 
em Passivos, que resultam em decréscimo do Patrimônio Líquido e que não 
sejam provenientes de distribuições aos detentores dos instrumentos 
patrimoniais. As despesas são medidas em termos de numerários pagos, ou que 
se espera ser pago por bens e serviços utilizados pela empresa. Elas devem ser 
reconhecidas na Demonstração do Resultado quando resultarem em decréscimo 
nos benefícios econômicos futuros, relacionado com o decréscimo de um ativo 
ou o aumento de um passivo, e puder ser mensurado com confiabilidade. 
As despesas são os decréscimos nos benefícios econômicos durante o 
período contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou 
assunção de passivos, os quais derivam em decréscimo do patrimônio líquido, e 
 
que não sejam conexos com distribuições aos detentores dos instrumentos 
patrimoniais (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). O conceito de despesas 
engloba tanto as perdas quanto as despesas propriamente ditas, que nascem no 
fluxo das atividades habituais da empresa (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). 
As despesas que nascem no fluxo das atividades habituais da empresa 
abrangem, por exemplo, o custo das vendas, salários e depreciação. Em regra, 
assumem a forma de desembolso ou redução de ativos como caixa e 
equivalentes de caixa, estoques e ativo imobilizado. Entende-se despesa como 
o "consumo de ativos" ou, alternativamente, como o "ativo expirado ou 
sacrificado". A despesa é o custo incorrido para gerar um a receita, onde se 
conclui que o que não contribui para a geração daquela receita não é 
considerado despesa e sim perda. 
Pode-se considerar assim como despesas as deduções de receita, pois 
estas não representam o uso de bens ou serviços para a geração de receitas 
(HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). A mensuração da despesa é algo muito 
polêmica, pois cada empresa possui objetivos distintos ou conceito de lucros 
diferentes. A despesa, quando não considerada redução de ativos líquidos da 
empresa, é medida pelo valor constatado no momento em que os bens ou 
serviços são utilizados nas operações porque representa o sacrifício econômico 
necessário para se obter receita. 
Caso a empresa opte pelo regime de caixa, deve-se considerar como 
despesas os desembolsos correntes, independentemente de sua ocorrência ou 
da relação mantida direta ou indiretamente com as receitas. 
Para Hendriksen e Van Breda (1999), as medidas mais comuns de 
despesas são: 
 
Custo histórico 
É o método tradicional mais utilizado para o registro das despesas e das 
perdas, até porque é mais fácil sua verificação, pois seus valores estão 
estampados nos documentos comprobatórios. Caso bens e serviços sejam 
adquiridos por preço acima do que valem, inclui-se este preço no custo. Se os 
bens ou serviços valerem, mais que o custo registrado (histórico), essa diferença 
será um ganho para a empresa, o qual incluir-se-á no lucro no momento em que 
 
a receita for registrada. Caso ocorra o oposto, considerar-se-á uma perda a ser 
deduzida do lucro (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). 
 
Medidas correntes, exemplo custo de reposição 
Tais como o custo de reposição, refere-se à avaliação das mercadorias e 
serviços consumidos pelo preço corrente. Sua vantagem é a obtenção do lucro 
mais próximo da realidade, pois as receitas são medidas a preços correntes. A 
aplicação dessa medida, na prática, é prejudicada em decorrência de dois 
fatores (IUDICIBUS, 1989): 
 as variações constantes nos preços de mercado 
 nem sempre existe um preço de mercado para todos os insumos 
O valor deste desembolso representa o de troca determinado pelo preço 
de mercado ou pelo acordo entre o vendedor e o comprador. Uma vantagem de 
mensurar despesas em termos de preços correntes reside em conseguir 
distinguir o lucro corrente da transação dos ganhos ou perdas originadas da 
posse de ativos antes de sua utilização (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). 
 
Custo de oportunidade de equivalentes correntes de caixa 
É representado pelo valor presente do custo que poderia ser 
economizado, usando da melhor forma um ativo, ao invés de outro. Sua 
aplicabilidade no meio contábil é muito difícil, dada a sua natureza, até porque, 
para cada decisão a ser tomada, é oferecida uma infinidade de alternativas, 
entretanto, como só é possível escolher uma, as demais são custo de 
oportunidade. 
Para reconhecer uma despesa, é preciso saber que ele pode ocorrer 
antes, depois ou no momento da utilização dos bens ou serviços. O momento 
deste reconhecimento se dará de acordo com o enfoque da definição de lucro. 
A contabilidade tradicional entende que o reconhecimento da despesa deve 
ocorrer no momento do reconhecimento da receita correspondente, dentro de 
um período especifico. Isso caracteriza o processo de vinculação: as despesas 
estão vinculadas as receias, as quais são registradas em primeiro lugar. 
A associação americana de contadores (AAA), em 1964, considerou 
vinculação como o processo de registro de despesas com base numa relação de 
 
causa e efeito com receitas registradas. Assim, essa determinação do momento 
em que as despesas ocorrem exige: 
 Associação a receitas 
 Registro no mesmo período em que a receita correspondente é 
registrada 
 Registro na mesma unidade monetária em que a receita 
correspondente é registrada, em função do princípio do denominados comum 
Para Hendriksen e Van Breda (1999), o registro de uma despesa pode 
coincidir com a atividade de utilização dos bens e serviços, ou pode ser posterior 
a essa atividade, ou ainda, em casos excepcionais, pode preceder à ocorrência 
da atividade. Kam (1986) apresenta três critérios que auxiliam a associação das 
despesas as receitas: 
 Associação causa e efeito (ex.: comissões sobre vendas, custo dos 
produtos vendidos, etc.) 
 Alocação sistemática (ex.: depreciação e amortização de ativos, 
alocação de seguros) 
 Reconhecimento imediato (ex.: despesa com propaganda, salário 
da administração, etc.) 
 
Assista ao vídeo, disponível no material on-line, com a professora Edicreia 
tratando deste tema que estamos estudando. 
 
Perdas e Ganhos 
Perdas 
O FASB (1980) define perdas como decréscimos pela participação de 
transações periféricas ou incidentais de uma empresa, e em outras transações 
ou outros eventos e circunstancias, afetando a empresa durante um período, 
exceto aqueles que resultam de despesas ou distribuição de dividendos para os 
proprietários. Para o AICPA, perda é o excesso de toda ou de uma parte do custo 
dos ativos sobre as receitas respectivas, se existir, quando os itens foremvendidos, abandonados ou parcial ou totalmente destruídos em consequência 
de sinistros ou de alguma forma baixados. 
 
Gonçalves e Batista (1996) tratam perdas como bem ou serviço 
consumido, dispondo que perda é bem ou serviço consumido de forma anormal 
ou involuntária e não obstante a distinção conceitual, no processo contábil as 
perdas serão tratadas como custo ou despesa, conforme natureza do elemento. 
Perdas representam reduções nos benefícios econômicos resultantes de 
atividades periféricas da empresa, que não são de natureza diferentes das 
despesas, consequentemente, não devem ser considerados como elementos 
separados das despesas. Elas representam outros itens que se enquadram na 
definição de despesas e podem ou não surgir no curso das atividades ordinárias 
da entidade, representando decréscimos nos benefícios econômicos e, como tal, 
não são de natureza diferente das demais despesas (CPC 00 R1, 2011). 
As perdas compreendem, por exemplo, as que procedem de sinistros 
como incêndio e inundações, assim como as que derivam da venda de ativos 
não circulantes (CPC 00 R1, 2011). O conceito de despesas também inclui as 
perdas não realizadas. Quando as perdas são reconhecidas na DRE, elas são 
em regra demonstradas separadamente, pois sua divulgação é útil para fins de 
tomada de decisões econômicas, elas são, via de regra, divulgadas líquidas das 
respectivas receitas. As perdas podem ainda ser classificadas como normais3 ou 
extraordinárias4. 
Atenção 
A mensuração das perdas assume critérios semelhantes ao da despesa, 
porém são registrados pelo valor liquido desfavorável da operação, devendo-se 
levar em consideração a diferença entre o valor transacionado e o valor contábil 
 
3 Todo processo produtivo pode gerar gastos decorrentes da atividade desenvolvida, 
de forma previsível. Estes são considerados normais à atividade, portanto devem 
englobar o custo do produto fabricado. Por isso, tais perdas são custos. Exemplo: 
perdas de material por evaporação ou consumo no processo produtivo. 
4 São provenientes de eventos fortuitos e de força maior, tais como incêndio, 
obsolescência, roubo, inundação, etc. São consideradas perdas do período, sendo 
contabilizadas como tal, incidindo diretamente no resultado do exercício, não sendo 
ativadas (não compõem os custos dos produtos, simplesmente reduzem o resultado do 
período). 
 
 
registrado. As perdas seguem o mesmo critério de reconhecimento da despesa, 
porém não podem ser vinculadas às receitas. São, portanto, reconhecidas no 
momento da evidência de seu fato gerador, mas, no caso de perda gradativa da 
utilidade de um bem, a determinação da ocorrência da perda é mais difícil, mas 
jamais deve ser carregada para exercícios futuros. 
 
Ganhos 
Os ganhos sempre estão relacionados com efeitos líquidos favoráveis. 
Eles são eventos que aumentam o patrimônio líquido e que não possuem 
nenhuma associação com as atividades operacionais da empresa. Segundo 
Iudicibus (1989), os ganhos representam um resultado favorável resultante de 
transações ou eventos não relacionados às operações normais do 
empreendimento. 
Most (1982) aborda ganhos como aumentos em ativos líquidos, 
provenientes de operações periféricas ou incidentais, e de outros eventos que 
podem estar em grande parte além do controle da empresa. Kam (1986) fala que 
os ganhos são acréscimos nos direitos provenientes de transações periféricas 
ou incidentais de uma empresa e de todos os outros eventos e circunstancias 
que afetam a empresa durante o período, exceto aqueles que resultam de 
receitas ou investimentos pelo proprietário. 
Os ganhos representam outros itens que se enquadram na definição de 
receita e podem ou não surgir no curso das atividades ordinárias da entidade, 
representando aumentos nos benefícios econômicos e, como tal, não diferem, 
em natureza, das receitas. Os ganhos são tratados de maneira semelhante às 
receitas. Exceto pelo fato de que os custos associados são compensados 
imediatamente, de forma a produzir um resultado líquido. 
Os ganhos incluem aqueles que procedem da venda de ativos não 
circulantes, a definição de receita também abrange os ganhos não realizados 
(HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999). Quando esses ganhos são reconhecidos 
na demonstração do resultado, eles são habitualmente apresentados 
separadamente, pois sua divulgação é útil para fins de tomada de decisões 
econômicas. Os ganhos, em regra, são divulgados líquidos das respectivas 
despesas. 
 
A mensuração dos ganhos é semelhante à das receitas, porém os custos 
correspondentes àqueles ganhos são compensados imediatamente, gerando um 
resultado líquido. Como exemplo, podemos citar as doações cuja classificação 
se dá de acordo com o objetivo do doador, com as circunstancias da doação e 
com a definição de lucro que se adote, podendo ser consideradas lucro ou 
capital. Quando o objetivo da doação for reforçar o rendimento da empresa, ela 
será classificada no resultado, aumentando o lucro, ou no patrimônio, como 
capital, se o objetivo for fortalecer o patrimônio da empresa. 
O reconhecimento dos ganhos é semelhante ao das receitas, entretanto, 
na prática, é feito quando da efetivação de uma troca ou venda de ativos. Como 
exemplo podemos citar um reconhecimento sob o enfoque econômico, é o da 
valorização de ativos, estoques. 
 
Assista ao vídeo com a professora Edicreia, disponível no material on-line, 
tratando deste tema que estamos estudando. 
 
TROCANDO IDEIAS 
Para aprofundar os conhecimentos sobre os indicadores, pesquise na 
internet os vídeos sobre Análise de Demonstrações Contábeis, no blog Aulas 
Prof. Scarpin (Projeto Aulas Online). Depois, discuta com seus colegas sobre: 
 Análise vertical e Horizontal de Balanços 
 Estrutura de Capital 
 Análise de Liquidez 
 Indicadores de Margem e Retorno 
 Indicadores de Giros e Prazos Médios 
 
 
NA PRÁTICA 
Vamos continuar tratando de indicadores de desempenho... pesquise na 
internet dois excelentes artigos: 
a) Ferramentas para uma Gestão mais Competente, de Reginaldo 
André, no site Administradores 
 
b) Conheça os Indicadores mais Usados pelos Analistas (26 set. 
2006), no site InfoMoney 
 
SÍNTESE 
Vimos nesta aula aspectos relacionados aos ativos, passivos, patrimônio 
líquido, às receitas, despesas, aos ganhos e às perdas, os quais compõem a 
essência da empresa. Veja resumidamente cada um deles: 
 Ativos representam os benefícios futuros esperados, os quais 
foram adquiridos pela empresa em decorrência de um evento passado. 
 Passivos representação uma obrigação presente da empresa, 
derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte em saída 
de recursos capazes de gerar benefícios econômicos. 
 Patrimônio líquido representa a diferença entre aplicações de 
recursos e obrigações, ou seja, a diferença entre ativos e passivos. 
 Receitas, em sentido amplo, podem ser definidas como o produto 
da empresa, o seu fluido vital, constituindo assim, um dos aspectos mais 
importantes no estudo da Contabilidade 
 Despesas representam variações desfavoráveis dos recursos da 
empresa, ou seja, são as reduções do lucro. 
 
Assista ao vídeo com a fala final da professora Edicreia, disponível no material 
on-line. 
 
 
Referências 
COMITÊ de Pronunciamentos Contábeis. CPC 30 – Receitas. 2012. 
Disponível em: <www.cpc.org.br>. 
COMITÊ de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Técnico 
CPC 25 – Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes. 
Disponível em: <www.cpc.org.br>. 
COMITÊ de Pronunciamentos Contábeis. Estrutura conceitual paraa 
elaboração e apresentação das demonstrações contábeis. 2011. Disponível 
em: <www.cpc.org.br>. 
 
GONÇALVES, C. G.; BATISTA, A. E. Contabilidade geral. São Paulo: 
McGrawHill, 1984. 
GOULART, A. M. C. O Conceito de Ativos na Contabilidade: um 
fundamento a ser explorado. Revista Contabilidade & Finanças – USP, São 
Paulo, n. 28, p. 56 - 65, jan./abr. 2002. 
HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. Teoria da Contabilidade. São 
Paulo: Atlas, 1999. 
IUDICIBUS, S. Teoria da contabilidade. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1989. 
KAM, v. Accounting theory. Nova Iorque: Jonh Wiley, 1983. 
MOST, K. S. Accounting theory. 2 ed. Nova Iorque: Columbus, 1982.

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