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DIREITO CIVIL I Parte Geral ANO 2016 UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Campus Mooca Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 1 DIREITO CIVIL I Parte Geral ANO 2016 UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Campus Mooca Docente: Prof.ª Ana Paula Pulgrossi Aluno (a): Rafaela A. J. Silva. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 2 Sumário 1. DAS PESSOAS NATURAIS - DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE ...........4 Da Personalidade Jurídica ......................................................................4 Conceito de pessoa natural ..........................................................4 Começo da personalidade ............................................................4 Situação jurídica do nascituro ......................................................5 2. DAS PESSOAS NATURAIS - DAS INCAPACIDADES ....................................5 Incapacidade Civil .................................................................................5 Incapacidade civil absoluta ..........................................................5 Incapacidade civil relativa ...........................................................6 3. DAS PESSOAS NATURAIS - MAIORIDADE E EMANCIPAÇÃO ........................7 Maioridade...........................................................................................7 Emancipação .......................................................................................7 Conceito ......................................................................................7 Emancipação voluntária: ..............................................................7 Emancipação judicial: ..................................................................7 Emancipação Legal: .....................................................................7 4. DAS PESSOAS NATURAIS - EXNTINÇÃO DA PERSONALIDADE NATURAL ......9 Modos de extinção: ......................................................................9 Da morte real ...............................................................................9 Da morte simultânea ou comoriência ......................................... 10 Da morte civil ............................................................................ 10 Da morte Presumida .................................................................. 10 Morte presumida por justificação ............................................... 11 5. DAS PESSOAS NATURAIS - DA AUSENCIA ............................................ 11 Da ausência ....................................................................................... 11 Da curadoria dos bens do ausente .............................................. 12 Da sucessão provisória .............................................................. 13 Da sucessão definitiva ............................................................... 14 Do Retorno do ausente ............................................................... 14 Dos prazos ................................................................................. 14 6. DAS PESSOAS NATURAIS - DO NOME .................................................. 15 Nome ............................................................................................... 15 Conceito .................................................................................... 15 Elementos do nome .................................................................... 17 Prenome .................................................................................... 17 Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 3 Sobrenome ................................................................................ 18 Retificação de prenome .............................................................. 18 Mudança do Sobrenome ............................................................. 19 Outras hipóteses ........................................................................ 19 7. DAS PESSOAS NATURAIS - INDIVIDUALIZAÇÃO DA PESSOA NATURAL ...... 20 Estado .............................................................................................. 20 Aspectos ................................................................................. 20 Caracteres .............................................................................. 21 Domicílio ........................................................................................... 21 Conceito .......................................................................................... 21 Elementos ....................................................................................... 22 Espécies .......................................................................................... 22 Domicilio da Pessoa jurídica ............................................................ 23 Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 4 1. DAS PESSOAS NATURAIS - DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE Da Personalidade Jurídica Todo aquele que nasce com vida torna-se uma pessoa, ou seja, adquire personalidade. A personalidade é a aptidão reconhecida pela ordem jurídica a alguém, para exercer direitos e contrair obrigações. Afirmar que todo homem tem personalidade jurídica é o mesmo que dizer que ele tem capacidade para ser titular de direitos. Capacidade é a medida da personalidade, pois para uns ela é plena e, para outros, limitada. A que todos têm, e adquirem ao nascer com vida, é a capacidade de direito ou de gozo. Essa espécie de capacidade é reconhecida a todos os seres humanos. Estende-se aos privados de discernimento e aos infantes em geral, independentemente de seu grau de desenvolvimento mental. Porém, nem todas as pessoas têm, contudo, a capacidade de fato, também denominada de exercício ou de ação, que é a aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil. Assim, os recém-nascidos possuem apenas a capacidade de direito, podendo, por exemplo, herdas. Mas não têm a capacidade de fato ou de exercício. Quem possui as duas espécies de capacidade (de fato e de direito) tem a capacidade civil plena, e quem ostenta apenas da capacidade de direito, tem capacidade limitada e necessita de outra pessoa que substitua ou complete a sua vontade. São por isso chamados de "incapazes". Conceito de pessoa natural Pessoa natural é o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações. Para qualquer pessoa ser assim designada, basta nascer com vida e, desse modo, adquirir personalidade. Começo da personalidade De acordo com o sistema adotado, tem-se o nascimento com vida como o marco inicial da personalidade. Respeitam-se, porém, o direito do nascituro, desde a concepção, pois desde esse momento já começa a formação do novo ser. Para se dizer nasceu com vida, todavia, é necessário que haja respirado. Se respirou, viveu, ainda que tenha perecido em seguida. Lavram-se, neste caso, dois assentos¹, o de nascimento e o de óbito. Art. 1° CC/2002- Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. Art. 2° CC/2002 - A personalidade civil da pessoa começa com o nascimento com vida; mas a lei põe a salva, desde a concepção, os direitos do nascituro. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g ina 5 Exemplo: Se o infante chegou a respirar, recebeu, nos poucos segundos de vida, todo o patrimônio deixado pelo falecido pai, a título de herança, e a transmitiu, em seguida, por sua morte, à sua herdeira, que era a sua genitora. Se, no entanto, nasceu morto, não adquiriu personalidade jurídica e, portanto, não chegou a receber nem a transmitir a herança deixada por seu pai, ficando está com seus avós. Situação jurídica do nascituro Três teorias a respeito: a) Teoria natalista: afirma que a personalidade civil somente se inicia com o nascimento com vida; b) Personalidade condicional: sustenta que o nascituro é pessoa condicional, pois a aquisição da personalidade acha-se sob a dependência de condição suspensiva, o nascimento da vida, não se tratando propriamente de uma terceira teoria, mas de um desdobramento da teoria natalista, visto que também parte da premissa de que a personalidade tem início com o nascimento com vida; c) Concepcionista: admite que se adquire a personalidade antes do nascimento, ou seja, desde a concepção, ressalvados apenas os direitos patrimoniais, decorrentes de herança, legado e doação, que ficam condicionados ao nascimento com vida. Antes do nascimento não há personalidade. Ressalva-se, contudo, os direitos do nascituro, desde a concepção. Nascendo com vida, a sua existência, no tocante aos seus interesses, retroage ao momento de sua concepção. O Art. 130 CC/2002 permite ao titular de direito eventual, como o nascituro, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, o exercício de atos destinados a conservá-lo, como, por exemplo, requerer, representado pela mãe, a suspensão do inventário, em caso de morte do pai, estando a mulher grávida e não havendo outros descendentes, para se aguardar o nascimento; ou, ainda, propor medidas acautelatórias, em caso de dilapidação por terceiro dos bens que lhe foram doados ou deixados em testamento. 2. DAS PESSOAS NATURAIS - DAS INCAPACIDADES Anotações em sala de aula - 21.03.2016 Incapacidade Civil Às pessoas naturais que possui direito limitados, o ordenamento jurídico dá o nome de incapazes, por não terem o direito de fato ou de ação. Sendo assim, o ordenamento tem o intuito de protegê-las, exigindo que sejam representados ou assistidos nos atos jurídicos em geral. Assim, a incapacidade civil é dívida em dois tipos: Incapacidade civil absoluta LRP, art. 53 §2° No caso de a criança morrer na ocasião do parto, tendo, entretanto, respirado, serão feitos dois assentos, o de nascimento e de óbito, com os elementos cabíveis e com remissões recíprocas. Art. 130 CC: Ao titular de direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 6 . Para esses, a forma de suprimento que, nos atos da vida civil, o menor de idade seja representado por seus representantes legais, tais como seus pais. Caso o absolutamente incapaz pratique atos sem ser representado, os atos praticados serão considerados nulos. Incapacidade civil relativa Para os relativamente incapazes, a forma de suprimento para a prática de atos da vida civil é a assistência, e os atos praticados por eles, no momento em que não estavam sendo assistidos, é considerado um ato anulável (anulabilidade/ nulidade relativa). Obs. 1: no inciso III, do art. 4° é aonde serão encaixados os doentes mentais em casos de necessidade de nomeação de curador, para fins de prova, nos casos de ação de interdição. Os relativamente incapazes só serão assim considerados, após a ação de interdição, para fins patrimoniais, ou seja, atos praticados pelo relativamente incapaz serão válidos se, no momento do ato, ele não tinha curador. Caso ele tenha curador e no momento do ato ele não foi assistido, o ato será nulo. A ação de interdição pode ser proposta pelo familiar mais próximo interessado. Obs. 1: No caso dos indígenas, aqueles que estão inseridos na sociedade, serão considerados PLENAMENTE CAPAZES DE EXERCER ATOS NA ESFERA CIVIL. Obs. 2: Senilidade (idade avançada) não é uma forma de incapacidade. Obs. 3: A interdição por incapacidade absoluta ou relativa será registrada no Cartório de Registros Públicos. (Art. 9, III CC/2002). Art. 3 CC/2002: São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. Art. 166 CC/2002 é nulo o negócio jurídico quando: I. Celebrado por pessoa absolutamente incapaz. Art. - 4° CC/2002: São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I- Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II- Os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III- Aqueles que por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir a sua vontade; IV - os pródigos. Parágrafo único: A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. (Lei n°. 6.001, de 19-12-1973). Art. 17, CC/2002: Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I. Por incapacidade relativa do agente... Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 7 3. DAS PESSOAS NATURAIS - MAIORIDADE E EMANCIPAÇÃO Maioridade Emancipação Conceito Aquisição da capacidade civil antes da idade legal. Consiste na emancipação da aquisição da capacidade de fato ou de exercício (aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil. Pode decorrer de concessão dos pais ou de sentença do juiz, bem como de determinados fatos a que a lei atribui esse efeito. Emancipação voluntária: A emancipação voluntária só é possível com a manifestação de vontade dos pais/responsáveis legais. Na morte de um dos dois, poderá ser feita com a manifestação da vontade de apena um deles, caso tenha atestado de óbito; se não houver um atestado de óbito ou os pais não concordem entre si, só poderá ser emancipado através da emancipação judicial. Porém, se houver apenas um genitor conhecido, a manifestação de vontade deste bastará; se um dos genitores for desaparecido, não poderá ser feita a emancipação, devido à falta de manifestação de vontade do outro.² A emancipação voluntária independe de homologação (ratificação) judicial, tendo esta que ser feita através de instrumento público. Porém, para surtir efeitos, a emancipação deve ser registrada em livro próprio do 1° Ofício do Registro Civil da comarca do domicílio do menor, anotando-se também, com remissão recíprocas, no assento de nascimento (Art. 9, II, CC; art. 107, §1°). Antes do registro, não produzirão efeitos (LRP, art. 91, parágrafo único). Emancipação judicial: A emancipação judicial só ocorre, por sentença, quando o menor que já completou 16 anos, estiver sob tutela. O procedimento está descrito nos artigos 719 a 725, do novo código de processo civil. Emancipação Legal: Art. 5, caput CC/2002 - A maioridade começa aos 18 anos completos, tornando-se a pessoa apta para as atividades da vida civil que não exigirem limite especial, como as de natureza política. Art. 5, parágrafo único CC/2002- cessará, para os menores, a incapacidade: I- pela concessão dos pais¹, ou de um deles na falta do outro², mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ... Art. 5, parágrafo único - ...ou por sentença do juiz, ouvindo o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito CivilBrasileiro 1, Parte Geral P á g in a 8 Casamento: O casamento válido produz o efeito de emancipar o menor (art. 5, parágrafo único, II - pelo casamento; ...). Se a sociedade conjugal logo depois se dissolver pela viuvez ou pela separação judicial, não retornará ele à condição de incapaz. O casamento nulo, entretanto, não produz nenhum efeito (art. 1.563). Proclamada a nulidade, ou mesmo a anulabilidade, o emancipado retorna à situação de incapaz, salvo se o contraiu de boa-fé. Nesse caso, o casamento era putativo¹ em relação a ele e produzirá todos os efeitos de um casamento válido, inclusive a emancipação. A idade mínima para o casamento do homem e da mulher é 16 anos, com autorização dos representantes legais. Excepcionalmente, porém, será permitido o casamento de quem não alcançou a idade núbil, mediante suprimento judicial de idade, em caso de gravidez, segundo dispõe o art. 1.520 CC/2002- Excepcionalmente, será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbio (art. 1.517), para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez. Obs.: A lei 11.106, de março de 2005 revogou tacitamente, no artigo 1.520 do código civil de 2002, a parte que diz: "... para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal, (...)", pois a referida lei revogou, entre outros dispositivos, o inciso VII do art. 107 do código penal. Com isso, o casamento deixou de evitar a imposição ou cumprimento de pena criminal nos crimes contra os costumes de ação penal pública. É, pois, o casamento que emancipa a menor grávida, e não a gravidez. Nos casos em que a genitora é maior de idade e genitor é menor, estender-se-á ao menor a emancipação pelo casamento, com a autorização judicial (art. 1.517 e 1.520 CC/2002). Pelo exercício de emprego público efetivo: A emancipação pelo exercício de emprego público efetivo ocorre no momento em que o menor toma posse do cargo. Observa-se que se havendo eventual burla ou fraude praticada pelo menor, em conluio com suposto empregador, será reprimida pela anulação a emancipação. Colação de grau em curso de ensino superior: Os gênios que se submeterem a procedimento especial para avaliação dessa circunstância junto ao Ministério da Educação. Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou a existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 anos completos tenha economia própria: Art. 1.561, CC/2002, caput - Embora abaulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória. Art. 1.517 CC/2002 - O homem e a mulher com dezesseis anos podem se casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 9 Corresponde ao estado econômico de independência do menor, que decorre da propriedade de bens que ele adquire proveniente do seu trabalho, de herança não administrável pelos pais, ou alguma doação ou legado nessas condições. Já decidiu o TJSP que "não pratica comércio com economia própria menor que se estabelece em razão de sucessão causa mortis, por não se encontrar essa hipótese contemplada e elencada entre as causas previstas na lei". Para existir relação de emprego capaz de emancipar o menor entre 16 e 18 anos de idade é necessário que não se trate de trabalho eventual, devendo o empregado prestar serviços de forma constante e regular ao empregador, com subordinação hierárquica, ou jurídica, mediante contraprestação. 4. DAS PESSOAS NATURAIS - EXNTINÇÃO DA PERSONALIDADE NATURAL Modos de extinção: Somente com a morte real termina a existência da pessoa natural, que pode ser também simultânea (comoriência). Da morte real É a extinção da pessoa natural. A sua prova se faz pelo atestado de óbito ou por ação declaratória de morte presumida, sem declaração de ausência, podendo ainda, ser utilizada a justificação de óbito, prevista no art. 88 da LRP, quando houver certeza da morte em alguma catástrofe, não sendo encontrado o corpo do falecido. A morte real - que ocorre com o diagnóstico de paralisação da atividade encefálica, seg. O art. 3° da Lei n. 9.434/97, que dispõe sobre o transplante de órgãos - extingue a capacidade e dissolve tudo (mors amnia solvit), não sendo mais o morto sujeito de direitos e obrigações. Acarreta extinção do poder familiar, a dissolução do vínculo matrimonial, a abertura da sucessão, a extinção dos contratos personalíssimos, a extinção da obrigação de pagar alimentos, que se transfere aos herdeiros do devedor (art. 1.700, CC/2002). Art. 6 CC/2002: A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. Art. 7, CC/2002 - Pode ser declarada a morte presumida, sem a decretação da ausência: I. Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo; II. Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos o término da guerra. Parágrafo único: a declaração de morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 1 0 Ao cadáver é devido respeito. Vide: art. 209 a 212 CP. Da morte simultânea ou comoriência Na comoriência não há necessidade de a morte ocorrer no mesmo lugar, mas sim, na mesma ocasião. O principal efeito da presunção da morte simultânea é que, não tendo havido tempo ou oportunidade para a transferência de bens entre os comorientes, um não herda do outro. Não há, pois, transferência de bens entre os comorientes. Por conseguinte, se morrem em acidente casal sem ascendente ou descendentes, sem se saber qual morreu primeiro, um não herda do outro. Assim, os colaterais da mulher ficaram com a meação dela, enquanto os colaterais do homem ficaram com a meação dele. Diversa seria a solução se houvesse prova de que um faleceu pouco antes do outro. O que viveu um pouco mais herdaria a meação do outro e, por sua morte, a transmitiria para seus colaterais. Da morte civil A morte civil foi abolida no direito civil moderno, tendo como resquício no art. 1.816 CC/2002¹, que trata o herdeiro, afastado da herança, como se ele "morto fosse antes da abertura da sucessão". Mas somente para afastá-lo da herança. Conserva, porém, a personalidade, para demais efeitos. Também na legislação militar pode ocorrer a hipótese de família do indigno do oficialato, que perde o seu posto e respectiva patente, perceber pensões, como ele houvesse falecido. Da morte Presumida . A morte presumida pode ser com ou sem declaração de ausência. O art. 37, CC 2002 - "Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas." - Permite que os interessados requeiram sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura de sucessão definitiva, provando-se que o ausente conta 80 anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele. A declaração ausência, ou seja, de que o ausente desapareceu de seu domicílio sem dar notícia de seuparadeiro e sem deixar um representante, produz efeitos patrimoniais, permitindo a abertura de sucessão provisória e, depois, a definitiva. Na Art. 8, CC/2002 - Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos. Art. 6, 2° parte, CC/2002 - ...presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva Art. 38 CC/2002: Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam as últimas notícias dele. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 1 1 hipótese, constitui causa de dissolução da sociedade conjugal, nos termos do Se estiver vivo e aparecer, depois de presumida a sua morte e aberta a sucessão definitiva, com a dissolução da sociedade conjugal, e seu cônjuge houver contraído novo matrimônio, prevalecerá o último. Quando os parentes requerem apenas a declaração de ausência, para que possam providenciar a abertura e sucessão provisória e, depois, a sucessão definitiva (art. 22, CC/2002: Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.), não estão pretendendo que se declare a morte do ausente, mas apenas que ele se encontra desaparecido e não deixou representante para cuidar de seus negócios. Morte presumida por justificação A declaração de morte presumida por justificação é necessária para chegar-se, com a sentença judicial, a uma certidão de óbito, para que, com isso, possa finalizar a vida jurídica de alguém. A morte presumida por justificação é feita através da ação declaratória de morte presumida por justificação. Tem que se provar que a pessoa estava em perigo de vida, tal como um acidente, inundação, catástrofes naturais, etc. A “ação declaratória de morte presumida por justifição” deve ser arguida logo que encerrada as buscas oficiais. 5. DAS PESSOAS NATURAIS - DA AUSENCIA Da ausência Ausente é a pessoa que desaparece de seu domicílio sem dar notícias de seu paradeiro e sem deixar um representante ou procurador para administrar-lhe os bens. art. 1.571, § 1° CC/2002 - O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente. Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I - Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II - Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 1 2 Com ou sem representante, é permitido ao interessado entrar com um processo para a nomeação de curador. A primeiramente, há a distribuição da ação, e na petição inicial, o interessado irá requerer a nomeação do curador provisório. Não há, neste primeiro momento, a nomeação do curador definitivo e nem a declaração de ausência. Prolongando-se a ausência e crescendo as possibilidades de que haja falecido, a proteção legal volta-se para os herdeiros, cujos interesses passam a ser considerados. Ausente sem representação: aquela pessoa que simplesmente some; Ausente com representação: antes da ausência a pessoa deixa um representante para cuidar de seus bens, e durante um tempo ela mantém contato, porém, desapresse sem deixar qualquer notícia. Da curadoria dos bens do ausente Constando o desaparecimento do indivíduo, sem que tenha deixado procurador com poderes para administrar os seus bens e sem que dele haja notícias, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, ou do Ministério Público, declarará a ausência¹, e o nomeará curador (art. 22 CC/2002). Também será este nomeado quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes (art. 23 CC/2002). Em falta de cônjuge, a escolha recairá, em ordem preferencial, nos pais e nos descendentes (art. 25,§ 1°). Dentre estes, os mais próximos precedem os mais remotos (art. 25, §2°). Art. 22. CC/2002 Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador. Art. 23. CC/2002 Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus poderes forem insuficientes. Art. 24. CC/2002 O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores. Art. 25. CC/2002 O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador. § 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo. § 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos. § 3o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 1 3 Em falta de cônjuge e existindo companheiro (a), este deverá ser nomeado (a), aplicando-se o art. 226, §3° da CF/1988 - "Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento." Nesse sentido, o Enunciado 97 da I Jornada de Direito Civil realizada pelo CJF: "No que tange à tutela especial da família, as regras do Código Civil que se refere apenas ao cônjuge devem ser estendidas à situação jurídica que envolve o companheirismo, como por exemplo, na hipótese de nomeação de curador dos bens do ausente (art. 25 CC/2002). É a fase de curadoria do ausente, em que o curador cuida de seu patrimônio. Na segunda fase, prolongando-se a ausência, o legislador passa a se preocupar com os interesses de seus sucessores, permitindo a abertura de sucessão provisória. Finalmente, depois de longo período de ausência, é autorizada a abertura de sucessão definitiva. A curadoria do ausente fica restrita aos bens, não produzindo efeitos de ordem pessoal. Equipara-se à morte (é chamada de morte presumida) somete para o fim de permitir a abertura da sucessão, mas o cônjuge do ausente não é considerado viúvo (a). Para se casar, terá de promover o divórcio, citando o ausente por edital. Da sucessão provisória Os bens serão entregues aos herdeiros, porém, em caráter provisório e condicional, ou seja, desde que prestem garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos, em razão da incerteza da morte do ausente².Se não o fizerem, não serão imitidos na posse, ficando os respectivos quinhões sob a administração do curador ou de outro herdeiro designado pelo juiz e que preste dita garantia. O excluído da posse provisória poderá, contudo, justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria. (Art. 34 CC/2002). Os descendentes, os ascendentes e o cônjuge, todavia, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente (art. 30, §2°). Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhe evitar a ruína (art. 31 CC/2002). Prescreve o art. 33, caput, que o descendente, o ascendente ou o cônjuge que for sucessor provisório do ausente fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que Art. 26. CC/2002 Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão. Art. 30, §1° CC/2002: Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa garantia. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 1 4 couberem a estes; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, na forma no disposto no art. 29, com a fiscalização do Ministério Público e prestação anual de contas ao juiz. Da sucessão definitiva Poderão os interessados, dez anos depois de passada em julgado a sentença que concedeu a abertura da sucessão provisória, requerer a definitiva e o levantamento das cauções prestadas. Do Retorno do ausente Se este reaparecer nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, haverá "só os bens existentes e no estado em que se encontrarem. Se tais bens tiverem sido alienados, o ausente haverá o preço que os herdeiros e demais interessados tiverem por eles recebido. Se, por ordem judicial, houverem sido vendidos os bens do ausente e convertido o produto da venda em imóveis ou títulos de dívida pública, opera-se, na hipótese, a sub-rogação real, ou seja, os bens adquiridos tomam o lugar, no patrimônio do ausente, dos bens que foram alienados para com seu produto adquirir aqueles. Se o retorno do ausente ocorrer antes, ou seja, durante o período da sucessão provisória, e ficar provado que o desaparecimento foi voluntário e injustificado, perderá ele, em favor dos sucessores, sua parte nos frutos e rendimentos. Retornando o ausente no período da curadoria de seus bens, esta cessará automaticamente, recuperando ele todos os seus bens. Dos prazos Sem representante: da data do transito em julgado da Ação de nomeação do curador provisório. (Art. 22 CC/2002). A nomeação durará por 1 (hum) ano. Com representante: da data do transito em julgado da Ação de nomeação do curador provisório. (Art. 23 CC/2002). A nomeação durará por 3 (três) anos. Nos dois casos, será expedido a certidão de curadoria. Após esperar pelos prazos acima estipulados (1 ou 3 anos), pedir a nomeação do curador definitivo, caso o ausente permaneça desaparecido. Pedir-se-á certidão de curadoria definitiva. Junto com a nomeação do curador definitivo, sairá a declaração de ausência, ou seja, há a oficialização da ausência da pessoa. Art. 39 CC/2002 - Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub- rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo. Art. 36 CC/2002 - Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 1 5 Já poderá pedir a autorização para a abertura da sucessão provisória, ou seja, dar início ao processo de herança, inventário, arrolamento dos bens do desaparecido. As ações são feitas a parte, onde a declaração de sucessão provisória irá substituir o certidão de óbito. Com isso - sucessão provisória -, adiantar-se-á todo o processo de partilha, só não acontecerá o último ato: real partilha dos bens. Após o trânsito em julgado da abertura da sucessão provisória, terá que esperar por 10 (dez) anos para pedir a declaração da morte presumida e a nomeação do sucessor definitivo. A declaração de morte presumida terá os mesmos efeitos da certidão de óbito, podendo ser juntada à ação de partilha e, a partir de então, pode se ter a partilha real dos bens. Somente após 10 (dez) anos do trânsito em julgado da ação declaratória de morte presumida é que a partilha é consolidada e o herdeiro passa a ser proprietário definitivo. 6. DAS PESSOAS NATURAIS - DO NOME Nome É empegado em sentido amplo, como forma de indivudualizador da pessoa natural, indicando o nome e o sobrenome. Integra a personalidade, individualizando a pessoa não só durante a vida como também após a sua morte, e indica a sua procedência familiar. Conceito Elemento inalienável e imprescritível da individualidade da pessoa, não se concebendo, na vida social, ser humano que não traga um nome. Aspecto público: decorre do fato de o Estado ter interesse em que as pessoas sejam perfeitas e corretamente identificadas na sociedade pelo nome e, por essa razão, disciplina o seu uso na Lei de Registro Públicos (Lei n. 6.015/73), proibindo a alteração do nome, salvo exceções expressamente admitidas (art. 58) e o registro de prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores (art. 55, parágrafo único). Aspecto individual: consiste no direito ao nome, no poder reconhecido ao seu possuidor de por ele designar-se e de reprimir abusos cometidos per terceiros. Art. 37 CC/2002 - Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas. Art. 39 CC/2002 - Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 1 6 Esse direito abrange o de usá-lo e de defendê-lo contra usurpação, como no caso de direito autoral, e contra exposição ao ridículo. O uso desses direitos é protegido mediante ações, que podem ser propostas independentemente da ocorrência de dano material, bastando que haja interesse moral. Têm dupla finalidade as ações relativas ao uso do nome: A retificação, para que seja preservado o verdadeiro; A contestação, para que terceiro não use o nome, ou o não exponha ao desprezo público1. No direito comercial, o nome é um direitoautônomo, exclusivo, do comerciante, que pode impedir que outro o utilize no exercício da profissão mercantil, e suscetível de alienação com a transferência do fundo de comércio. Diversamente do nome civil, que é inalienável, como direito da personalidade, o nome comercial integra-se ao "fundo" como propriedade incorpórea e é cessível juntamente com este. Pseudônimo ou codinome: literatos e os artistas. Utilizam um nome fictício, diferente do seu nome civil verdadeiro. Heterônimo: nome imaginário que um criador identifica como o autor de obras suas e que, à diferença do pseudônimo, designa alguém com qualidades e tendências diferentes das desse criador, como os diversos usados por Fernando Pessoa. Atuteladonomesarte, alcança o pseudônimo, propiciando direito à indenização em caso de má utilização, inclusive em propaganda comercial, ou com o intuito de obter proveito político, artístico, eleitoral ou religioso. Natureza jurídica Teorias: Da propriedade: essa corrente entende que o nome se trata de uma forma de propriedade, tendo como titular a família ou seu portador. Não é aceita pois o nome é alienável, não podendo dele dispor, e é de natureza extramatrimonial. Esta tese 1 Tem a jurisprudência entendido que, havendo duplicidade de assentos de nascimento, o cancelamento deve recair sobre o mais recente (cf. RT, 602/214, 551/230, 528/230; RJTJSP, Lex, 136/275). Art. 16 CC/2002: Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. Art. 17 CC/2002: O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. Art. 18 CC/2002: O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. Art. 19 CC/2002: O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 1 7 poderia prosperar em relação ao nome comercial, que tem pecuniário e é suscetível de alienação com o fundo de comércio; Propriedade sue generis: algo particular, peculiar, único. Reporta-se a um fato singular; Negativista: para essa, o nome não apresenta os caracteres de um direito, mão merecendo proteção jurídica; Sinal distintivo revelador da personalidade; Do direito da personalidade: teoria essa que melhor define a natureza jurídica do nome, o considerando um direito da personalidade, ao lado de outros, como o direito à vida, à honra, à liberdade etc. Elementos do nome O nome completo compõe-se, pois, de dois elementos: prenome e sobrenome ou apelido familiar. Em alguns casos, usa-se também o agnome, sinal que distingue pessoas pertencentes a uma mesma família que têm o mesmo nome (Junior, Neto, Sobrinho etc.). Axiônimo é a designação que se dá à forma cortês de tratamento ou à expressão de reverência, como, por exemplo: Exmo. Ser., Vossa Santidade etc. Os títulos de nobreza, como conde, comendador e outros, usados em alguns países, completam o nome da pessoa, servido para sua identificação. Por essa razão, integram-no para todos os efeitos. Prenome Prenome é o nome de cada pessoa que serve para distinguir membros da mesma família. Pode ser simples ou composto. Irmãos não podem ter o mesmo prenome, a não que seja duplo, estabelecendo a distinção. Prenome pode ser livremente escolhido pelos pais, desde que não exponha o filho ao ridículo. Art. 16 CC/2002: toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. Art.63 da lei 6.015/79 - No caso de gêmeos, será declarada no assento especial de cada um a ordem de nascimento. Os gêmeos que tiverem o prenome igual deverão ser inscritos com duplo prenome ou nome completo diverso, de modo que possam distinguir-se. Parágrafo único. Também serão obrigados a duplo prenome, ou a nome completo diverso, os irmãos a que se pretender dar o mesmo prenome. Art. 55, parágrafo único da lei 6.015/73 - os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores. Quando os pais não se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o caso, independente da cobrança de quaisquer emolumentos, à decisão do Juiz competente. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 1 8 Essa regra aplica-se também aos apelidos populares. Sobrenome Sobrenome é sinal que identifica a procedência da pessoa, indicando a sua filiação ou estirpe. Enquanto o prenome é designação do indivíduo, o sobrenome é característico de sua família, transmissível por sucessão. É também conhecido como patronímico. Este dispositivo impede, como regra, a sua alteração. Há exceções a essa proibição. As pessoas já nascem com o apelido familiar herdado de seus pais, não sendo, pois, escolhido por estes, como ocorre com o prenome. A criança que for registrada somente com o prenome, poderá o escrivão, de ofício, lançá-lo adiante do prenome, o sobrenome. Por conseguinte, o registro, com indicação do sobrenome tem caráter puramente declaratório. O registro de filhos havidos fora do matrimônio: não será lançado o nome do pai sem que este expressamente autorize. (Lei 6.015/73, art. 59 e 60). Hoje, a Lei n. 8.560/92, obriga os oficiais do registro civil a remeter ao juiz os dados sobre o suposto pai, que será convocado para reconhecer voluntariamente o filho. Não o fazendo, os dados serão remetidos ao Ministério Público, que poderá promover a ação de investigação de paternidade. Retificação de prenome A imutabilidade do prenome é salutar, devendo ser afastada somente em caso de necessidade comprovada, e não simplesmente porque ele não agrada ao seu portador. A facilidade da mudança pode ser realmente nociva aos interesses sociais. A retificação do prenome em caso de evidente erro gráfico: O Artigo supramencionado prevê a hipótese de um procedimento sumário, no próprio cartório, com manifestação do Ministério Público e sentença do juiz. No caso do parágrafo único, do artigo 55, se o oficial não houver impugnado por expor ao ridículo o seu portador, depende de distribuição, perante o juiz, de procedimento de retificação de nome. (Art. 109 da Lei 6.015/73). Incluem-se nesses casos as hipóteses de pessoas do sexo masculino registrado com nome feminino e Art. 58 da lei 6.015/73 - O prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios. Art. 56 da lei 6.015/73. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, pessoalmente ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos de família, averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa. Art. 110 da Lei 6.015/73 - Os erros que não exijam qualquer indagação para a constatação imediata de necessidade de sua correção poderão ser corrigidos de ofício pelo oficial de registro no próprio cartório onde se encontrar o assentamento, mediante petição assinada pelo interessado, representante legal ou procurador, independentemente de pagamento de selos e taxas, após manifestação conclusiva do Ministério Público. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 1 9 vice-versa. Tem a jurisprudência admitido a retificação não do prenome como também de outras partes esdrúxulas do nome. A jurisprudênciajá vinha admitindo a substituição do prenome oficial pelo prenome de uso. Se a pessoa é conhecida de todos por prenome diverso do que consta de seu registro, a alteração pode ser requerida em juízo, pois prenome imutável, segundo os tribunais, é aquele que foi posto em uso e não o que consta do registro. Os apelidos públicos notórios, porém, somente eram acrescentados entre o prenome, que era imutável, e o sobrenome. No entanto, agora, podem ser substituir o prenome. Pode haver mudança do prenome também em caso de adoção, pois o art. 47 do ECA, dispõe que a sentença concessiva de adoção conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá determinar a modificação do prenome. A alteração nesse caso poderá ser total, abrangendo o prenome e o sobrenome. Têm os tribunais, com efeito, autorizado a tradução de nome estrangeiros, para facilitar os aculturamentos dos alienígenas que vêm fixar-se no Brasil. Na realidade, somente poderá ser alterado o prenome do estrangeiro pois o sobrenome representa o sinal ou estirpe da família2. Mudança do Sobrenome O sobrenome ou patronímico só deve ser alterado em casos excepcionais3. A lei limitou a imutabilidade de modo não absoluto. (STJ: o nome pode ser modificado, desde que motivadamente justificado). Posteriormente, a Lei n. 11.924, de 17 de abril de 2009, acrescentou ao art. 57 da LRP o §8. x Outras hipóteses O Nome completo pode também sofrer alterações no casamento e na separação judicial e divórcio, na adoção, no reconhecimento de filho, na união estável e no caso de transsexualismo. 2 É permitida a substituição do prenome de origem estrangeira desde que sua pronúncia exponha seu titular ao ridículo (RT, 543/192). E ainda na RT, 443/146, diferimento da seguinte mudança: Kumio Shotaro para Paulo Shotaro. 3 A alteração do nome é permitida em caráter excepcional quando não prejudicar os apelidos de família. É a regra contida nos art. 56 e 57 da Lei 6.015/73, mas repita- se, desde que não importe em prejuízo ao patronímico de família, ou seja, não pode ser suprimido nem modificado, uma vez, que não pertence exclusivamente ao detentor, mas a todo grupo familiar, como entidade" (RT, 693/121). Art. 110 da Lei 6.015/73 - Os erros que não exijam qualquer indagação para a constatação imediata de necessidade de sua correção poderão ser corrigidos de ofício pelo oficial de registro no próprio cartório onde se encontrar o assentamento, mediante petição assinada pelo interessado, representante legal ou procurador, independentemente de pagamento de selos e taxas, após manifestação conclusiva do Ministério Público. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 2 0 Dispõe o §1° do art. 1.565 do novo diploma que "qualquer dos nubantes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro". No §2° do art. 1.571, prescreve que, "dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial." Na doação (Lei n. 12.010/2009) o adotado não pode conservar o sobrenome de seus pais de sangue, como consequência do desligamento dos vínculos de parentesco determinado no art. 41, caput, ECA, sendo acrescentado ao seu obrigatoriamente, o do adotante. O reconhecimento do filho faz com que este passe a pertencer ao grupo familiar do genitor ou genitora que o reconheceu, com direito de usar apelido familiar do referido grupo. O Transsexualismo tem sido invocado, também, em pedidos de retificação de nome de sexo no registro civil. Decisão pioneira foi proferida no Processo n. 621/89 da 7° Vara da Família e Sucessões de São Paulo, deferido a mudança de nome masculino para feminino, de transexual que se havia submetido a cirurgia plástica com extração do órgão sexual masculino e inserção de vagina. 7. DAS PESSOAS NATURAIS - INDIVIDUALIZAÇÃO DA PESSOA NATURAL Estado Estado do latim status: constitui a soma das qualificações da pessoa na sociedade, hábeis a produzir efeitos jurídicos. Aspectos Estado Individual: modo de ser da pessoa, quanto à idade, sexo, cor, altura, saúde são, insano e incapaz). Diz respeito a aspectos ou particularidades de sua constituição orgânica que exercem influência sobre a capacidade civil (homem, mulher, maioridade, menoridades etc.). Estado familiar: é o que indica a sua situação familiar, e relação ao matrimônio (solteiro, casado, viúvo, divorciado) e ao parentesco, por conseguinidade ou afinidade (pai, filho, irmão, sogro, cunhado etc.). A união estável é reconhecida como entidade familiar pela CF. Estado política: é a qualidade que advém da posição do indivíduo na sociedade política, podendo ser nacional (nato ou naturalizado) e estrangeiro. Dispõe o art. 12 da CF: (Art. 47, § 5°, ECA - A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá determinar a modificação do prenome.). Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 2 1 Cumpre distinguis nacionalidade de cidadania. O conceito de cidadania está reservado à qualidade de possuir e exercer direitos políticos. CIdadão e eleitor são, pois, palavras sinônimas, em nossa constituição. Quem não é eleitor não é cidadão, posto a nacionalidade brasileira. Caracteres As principais características ou atributos do estado são: Indisponibilidade: O estado ele é uno e indivisível, não obstante composto de elementos plúrimos. Ninguém pode ser, simultaneamente, caso e solteiro, maior e menor, brasileiro e estrangeiro. A obtenção de dupla nacionalidade constitui exceção à regra. Indisponibilidade: O estado civil, como visto, é um reflexo de nossa personalidade e, por essa razão, constitui relação fora do comércio: é inalienável e irrenunciável. Isso não impede a sua imutabilidade, assim, menor pode tornar-se maior, solteiro pode passar a casado etc. Modificam-se, nesse caso, os elementos que o integram, sem prejuízo da unidade substancial, que é inalterável. Imprescritibilidade: Não se perde nem se adquire o estado pela prescrição. O estado nasce com a pessoa e com ela desaparece. Também não se pode obtê-lo por usucapião. Domicílio Conceito Domicílio é local livremente escolhido ou determinado pela lei, onde as pessoas possam ser encontradas para ser encontradas para responder por suas obrigações. Todos os sujeitos de direito devem ter, pois, um lugar certo, no espaço, de onde irradiem sua atividade jurídica. Art. 12. São brasileiros: I. Natos: a. Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b. Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c. Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) II. Naturalizados: a. Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b. Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa doBrasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 2 2 Elementos Objetivo: é a residência, mero estado de fato material; Subjetivo: de caráter psicológico, consistente no ânimo definitivo, na intenção de aí fixar-se de modo permanente. A conjunção desses dois elementos forma o domicílio civil. Uma pessoa pode ter um só domicílio e mais de uma residência. Pode ter também mais de um domicilio, pois, o código civil admite a pluralidade domiciliar. Residência é simples estado de fato, sendo o domicilio uma situação jurídica. Residência, que indica a radicação do indivíduo em determinado lugar. Difere de morada ou habitação, que são ocupadas esporadicamente pela pessoa, tal como casa, de campo ou de praia, até mesmo hotel em que a pessoa passa uma temporada etc. . O artigo 73 do código civil de 2002 diz respeito do domicilio aparente. É o caso, por exemplo, dos ciganos e andarilhos, ou de caixeiros viajantes, que passam a vida em viagens e hotéis e, por isso, não têm residência habitual. Considera-se domicilio o lugar onde forem encontrados. As pessoas podem mudar-se de seus domicílios. Para isso, é necessário que estejam imbuídas da intenção manifesta de mudar. Espécies O primeiro domicílio da pessoa, que se prende ao seu nascimento, é denominado domicilio de origem e corresponde ao de seus pais, à época. O domicílio pode ser Voluntário: o domicilio voluntário geral ou comum é aquele que depende da vontade exclusiva do interessado. Qualquer pessoa, não sujeita a domicílio necessário, tem a liberdade de estabelecer o local em que pretende instalar a sua residência com animo definitivo, bem como de muda-lo, quando lhe convier. Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo. . Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde está é exercida Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. Parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem. Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 2 3 O domicilio especial pode ser o do contrato, a que alude o art. 78, e o de eleição. O primeiro é sede jurídica ou o local especificado no contrato para o cumprimento das obrigações dele resultantes. O foro de eleição é o escolhido pelas partes para a propositura de ações relativas às referidas obrigações e direitos recíprocos. . Não se admite, o foro de eleição nos contratos de adesão, salvo demonstrando-se a inexistência de prejuízo para o aderente. Necessário: domicilio necessário ou legal é o determinado pela lei, em razão da condição ou situação de certas pessoas. Nesses casos, deixa de existir liberdade de escolha. Observa-se, no tocante ao incapaz menor, tutelado ou curatelado, que o domicilio obrigatório é imposto em razão do estado de dependência em que se encontra e, no caso do preso, em decorrência de sua situação especial. Pluralidade de domicílio: as pessoas não perdem automaticamente o domicilio que antes possuíam ao receberem, por imposição legal, o novo, como no caso do servidor público, que tem domicilio em cidade interligada à São Paulo e trabalha em na capital, terá, pois, dois domicílios, podendo ser procurado em qualquer um deles. Domicilio da Pessoa jurídica O domicilio da pessoa jurídica trata-se de domicilio especial, que pode ser livremente escolhido no seu estatuto ou ato constitutivos. Na omissão em seus atos constitutivos ou estatutos, o seu domicilio será o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações. Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: IV - Das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. Súmula 363 STF: A pessoa jurídica de direito privado pode ser demandada no domicílio da agência, ou estabelecimento, em que se praticou o ato. Direito Civil à luz da doutrina de Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil Brasileiro 1, Parte Geral P á g in a 2 4 8. DAS PESSOAS NATURAIS - DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE O respeito à dignidade da pessoa humana encontra-se em primeiro plano, entre os fundamentos constitucionais pelos quais se orienta o ordenamento jurídico brasileiro na defesa dos direitos da personalidade. , Destinam-se os direitos da personalidade a resguardar a dignidade humana, por meio de medidas judiciais adequadas, que dever ser ajuizadas pelo ofendido ou pelo lesado indireto. Estas podem ser de natureza preventiva, cautelar, objetivando suspender os atos que ofendam a integridade física, intelectual e moral, ajuizando-se em seguida a ação principal, ou de natureza cominatória, destinadas a concretização da ameaça de lesão. Pode também ser movida desde logo de indenização por danos materiais e morais, de natureza repressiva, com pedido de antecipação de tutela4 A violação do direito da personalidade que causa dano à pessoa acarreta, pois, a responsabilidade civil extracontratual do agente 4 A tutela antecipada pode ser buscada, exemplificativamente: “a) para o cancelamento dos efeitos da inscrição do nome de pessoa perante o Serviço de Proteção ao Crédito ou a inclusão do seu nome na relação do sistema Serasa, indicando a existência de impedimento ao credito quando, evidentemente, essa providencia se mostre indevida; b) para suspender o protesto de indevido titulo de rédito; c) para impedir ou suspender a publicação de fotografia, de divulgação de voz, entrevista ou programa com conotação vexatória ou ofensiva da imagem da pessoa etc. Art. 75. § 1o Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. § 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder. CF, Art. 1º, III - a dignidade da pessoa humana; CF Art. 5, X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; Art. 12 CC/02 Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. Parágrafo único.Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
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