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Tipos de Democracia

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Universidade Federal de Alagoas
Teoria Democrática Contemporânea: Modelo Democracia Competitiva
Resenha crítica para a disciplina
Metodologia das Ciências Sociais
								
Ewerton Diego de Souza
Maceió - 2016
Ewerton Diego de Souza
Teoria Democrática Contemporânea: Modelo Democracia Competitiva
Resenha crítica para a disciplina
Metodologia das Ciências Sociais
para obtenção de nota extra para 
avaliação da AB1
Professora: Marina Félix de Melo
Maceió - 2016
Teoria Democrática Contemporânea: Modelo Democrático Competitivo
Ranufo, Paranhos & Setti, Gabriel A. M. - Teoria Democrática Contemporânea: Modelo Democrático Competitivo e Modelo Democrático Popular. Revista Eletrônica Em Tese - Florianópolis, v. 10, n. 1, jan./jun., 2013. ISSN: 1806-5023.
Este trabalho dos cientistas políticos, professores e coordenadores do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Alagoas nos traz uma abordagem reflexiva sobre dois polos teóricos da democracia a partir da segunda metade do século XX e explana sobre a teoria/método de Dois grandes escritores, Schumpeter e Dahl.
Na introdução do artigo encontram-se os fatos históricos para a periodização do estudo, “A segunda metade do século XX pode se caracterizar como o momento da ascensão do modelo democrático enquanto forma de governo e tal pressuposto pôde ser corroborado pela queda dos regimes socialistas no final do mesmo século” (Ranufo & Setti 2013, pág. 01). Nota-se um pequeno déficit teórico acerca do conceito marxista de democracia no regime socialista conforme é possível apontar por intermédio de Ivo Tonet (2009 pág. 01) “ o ponto de partida não deve ser o exame dos textos onde Marx se refere explicitamente à questão da democracia [...]o ponto de partida deve ser o estabelecimento da natureza do pensamento de Marx, a sua arquitetura fundamental, para em seguida, compreender aquela problemática a partir desse fio condutor. Isso porque, o sentido de qualquer questão (no caso, da democracia) só aparecerá efetivamente quando ela for remetida à arquitetura do conjunto da obra desse autor. ” E em outro trecho evidencia as qualidades básicas que propiciam a democracia: “Quando então, examinamos o contrato original de trabalho (capitalista), vemos que ele exige para sua efetivação, dois sujeitos que tenham, no mínimo, três qualidades básicas. Ambos têm que ser livres, iguais e proprietários [...] estas três qualidades básicas serão o fundamento a partir do qual se configurará o conjunto das objetivações democrático-cidadãs. “ (Ivo Tonet ibidem pág. 08). Após identificar o fundamento da democracia, finalmente, Tonet conclui: “...democracia – aí incluindo a cidadania – é forma política. Ela é a expressão formal (igualitária) do conteúdo real (desigualitário) gerado pela relação capital-trabalho. Por isso mesmo, a democracia é ao mesmo tempo, expressão da desigualdade social e condição da sua reprodução. “ (Ivo Tonet 2009 pág. 8). Por isso mesmo diz Marx e Engels no Manifesto Comunista (1849 pág. 23) que (...) “ o primeiro passo na revolução operária (socialista – grifo meu) é a passagem do proletariado a classe dominante, a conquista da democracia pela luta...” fazendo um link com Ivo Tonet (2009 pág. 10) (...) ”esse é o sentido da tão discutida e mal interpretada “ditadura do proletariado” [...] esse é o momento em que, ao contrário da forma tipicamente burguesa, a democracia está voltada ao atendimento dos interesses da maioria (os trabalhadores) em detrimento dos interesses da minoria (burgueses). ”. Ainda através de Tonet, podemos reparar mais um equívoco teórico em relação aos regimes socialistas (...) “todas as revoluções que se pretendiam socialistas não foram além da quebra do poder político da burguesia. [...] em suma, chamou-se socialismo o que, na verdade, nada mais era do que o controle do capital por parte do Estado. “ (Ivo Tonet 2009 pág. 10 e 11).
Quando adentramos no texto é abordada a Teoria Democrática Competitiva; usando o método comparativo são confrontados o “modelo elitista” e o “modelo pluralista”. Primeiramente nos apresenta a interpretação de democracia feita por Schumpeter, ou modelo elitista: (...) “a democracia deve estar totalmente desvinculada de todo e qualquer caráter normativo. “ (Ranufo & Setti 2013, pag04). No sentido de que a democracia consiste em um processo de escolha de lideranças, Joseph Schumpeter escreve, “o método democrático é um sistema institucional, para a tomada de decisões políticas, no qual o indivíduo adquire o poder de decidir mediante uma luta competitiva pelos votos do eleitor”. Baseados nisso, afirmam: “Percebemos em Schumpeter que é prejudicial à pratica democrática a participação popular [...] o papel do indivíduo ou “do povo” resume-se a votar para escolher quem os governará. “ (Ranufo & Setti 2013 pág. 5 e 6). Porém, o aprofundamento nessa teoria é superficial e deixa várias lacunas em que o próprio Schumpeter tenta preencher, por exemplo, para explicar a democracia no regime monárquico parlamentar e a ausência de democracia no regime monárquico constitucional.
Quando o documento introduz o segundo teórico, Dahl, e a democracia competitiva acertadamente os autores nos atentam para uma definição que parece um pouco confusa (...) “quando Dahl se refere a democracia está fazendo referência a termos normativos, e quando se refere à prática do regime democrático, utiliza o conceito de poliarquia”, cabe aqui a definição de poliarquia segundo os próprios escritores (...) “Poliarquia, pode significar o governo de muitos, que a partir das regras pré-estabelecidas competem pela aprovação do eleitor nos sistemas eleitorais [...] O conceito de poliarquia é formulado em duas dimensões, a prescritiva e a empírica. É nesse sentido que Dahl operacionaliza variáveis para classificar regimes políticos numa escala de duas dimensões. Dessa maneira, sua análise é construída a partir de dois pilares básicos: o da contestação pública e a inclusividade. O conceito de poliarquia é idealizado como mecanismo de avaliação empírica de modelos de governo. (Ranufo & Setti 2013, pág. 07). Com esse alerta inicial já se apresenta a definição de democracia segundo Dahl, opondo-se à ideia de democracia defendida pelo primeiro teórico. “Diferente de Schumpeter, Dahl atribui à participação um importante papel na arena da tomada de decisão política. Porém, ambos se aproximam quando analisam que tal arena é um espaço de competição pelo poder político. Deve-se salientar que a concepção de Dahl sobre a participação política não repousa sobre a atuação do indivíduo, pelo contrário, a participação na teoria poliárquica está intrinsecamente ligada às associações políticas. Sendo assim, os indivíduos participam através de instituições, nunca fora dela. ”
Então depois de apresentar ambas teorias, o texto acaba com uma correlação entre os autores: “Dessa maneira, há um afastamento entre o autor elitista e o teórico pluralista contemporâneo. Schumpeter é pessimista ao avaliar a participação popular nas democracias, enquanto Dahl atribui muita importância à participação. Mas ao mesmo tempo em que se afastam, tornam a aproximar-se no que se refere à competição entre grupos pelo poder político. Ora, se por um lado Schumpeter estava preocupado com o funcionamento da democracia, Dahl preocupa-se principalmente com a democratização da mesma (SARTORI, 1994), onde uma das principais condições para uma poliarquia é a responsividade por parte dos governos às preferências de seus cidadãos (DAHL, 1997). ” (Ranufo & Setti 2013 pág. 10)
Apesar do imenso tropeço inicial com a questão do socialismo e da abordagem latus sensus acerca das teorias sobre democracia, é válida a leitura deste artigo. Desperta um grande interesse pelas teorias politicas contemporâneas e nos apresenta dois “métodos democráticos” que não foram totalmente apresentados, mas, que podem ser comparados e também é perceptível evolução no pensamento político mundial em especial nosEUA (País de Origem de Robert A. Dahl e Joseph Schumpeter). É preciso ter uma certa bagagem teórica para estudar através deste artigo, afinal, ele nos apresenta meias verdades e oculta outras meias verdades. 
É possível fazer um link deste estudo com o que realizamos em sala de aula por abordar a política não apenas como uma ciência, mas sim, pelo fato de que ambos os autores (Schumpeter e Dahl) consideram a democracia também uma questão social. Deve-se ressaltar a influência de teorias sociológicas na expressão ou conceito de democracia, no caso do trabalho de Ranufo e Setti, temos fortes influencias da “teoria do conflito”. Evidentemente, tentaram excluir de Karl Marx conceito/termo democracia e não evidenciaram totalmente a contribuição de Max Webber para a construção do pensamento dos teóricos comentados, já que a definição de Estado e de Burocracia segundo Max Webber é determinante para o desenvolvimento do conceito de democracia.
Bibliografia
Tonet, Ivo - Marxismo e Democracia - São Paulo: Xamã, 2009
Marx, Karl & Engels, Friedrich – O manifesto do Partido Comunista – 1849
Schumpeter, Joseph – O que é Democracia IN: Capitalismo, Socialismo e Democracia – Rio de Janeiro 1961
Robert Rahal – Sobre a Democracia – Brasília – 2001
Ranufo, Paranhos & Setti, Gabriel A. M. - Teoria Democrática Contemporânea: Modelo Democrático Competitivo e Modelo Democrático Popular. Revista Eletrônica Em Tese - Florianópolis, v. 10, n. 1, jan./jun., 2013. ISSN: 1806-5023.

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